Topa tudo pelo seu dinheiro. Por que a era taxa zero nos investimentos é ótima para você
Taxa zero ganhou força no Tesouro Direto, passou para o home broker e na sexta-feira surgiu uma notícia que eu pensei que não viveria para escrever: o primeiro fundo isento de cobrança voltado para o varejo

Onde investir o seu dinheiro? Antes do surgimento das plataformas digitais de investimentos, a resposta para essa questão estava mais relacionada ao tipo de aplicação do que ao lugar. No fim do dia, o dinheiro não deixava os grandes bancos, e corretora era uma opção apenas para quem aplicava em bolsa.
Eu me lembro da cena como se acontecesse neste momento em que escrevo. O gerente do banco na minha frente a oferecer as opções de investimentos disponíveis para aquele dinheirinho que começava a sobrar na conta, no começo da minha carreira de jornalista.
Estamos em 2002, e eu havia ido à agência porque queria aplicar o meu FGTS na oferta de ações da Vale que acontecia naquela época.
Depois de me alertar para os “riscos” do investimento (sério? Eu era um jovem jornalista com pouco mais de 20 anos e sem nenhuma exposição em renda variável no portfólio), ele permitiu que eu aplicasse em um fundo do banco criado para receber os recursos do FGTS.
E, já que eu estava lá, me convenceu a deixar mais alguns trocados em um CDB que rendia (pasmem) 75% do CDI. A opção era um fundo DI do próprio banco que me levaria 4% só em taxa de administração.
Havia investimentos melhores disponíveis? Sim, mas não para o meu bico. O rendimento do CDB ou a taxa do fundo só melhorariam (um pouco) se tivesse (muito) mais dinheiro para investir. Não gostou? Sinto muito, é o que temos para hoje.
Leia Também
Foi só com o surgimento das plataformas de investimentos, que oferecem em um único ambiente produtos de diferentes instituições financeiras e gestores independentes, que a pergunta sobre onde aplicar começou a fazer algum sentido.
A XP Investimentos tem o grande mérito de desbravar esse mercado e praticamente inventar no Brasil o conceito de “supermercado financeiro” adotado nos Estados Unidos por Charles Schwab e Fidelity.
A era da taxa zero
No rastro da XP surgiram uma série de novas plataformas nos últimos anos. Estou falando de nomes como Guide, Órama, Genial, ModalMais Easynvest só entre aquelas não ligadas a um grande banco. Isso sem falar nas instituições que enxergaram aí um novo (e lucrativo) filão, como o BTG Pactual.
A estratégia para entrar nessa briga foi derrubar os preços. E foi assim que teve início a era da taxa zero, que ganhou força no Tesouro Direto. Na maioria das instituições, a única tarifa hoje para quem quer investir em títulos públicos é a da custódia na B3, de 0,25% ao ano.
A taxa zero também chegou na negociação de ações pelo home broker em corretoras como a ModalMais e a Clear, do grupo XP. E deve ganhar a adesão de outras plataformas se a bolsa continuar a subir e atrair investidores.
O aumento da concorrência pelo seu dinheiro forçou os bancos a se mexerem. O grande movimento sem dúvida foi a compra de 49,9% da XP pelo Itaú Unibanco, concluída no ano passado. Mas os outros não ficaram parados.
Na semana passada foi a vez do Santander apresentar a Pi, a sua plataforma de investimentos. Quem tem a missão de colocar o banco espanhol no jogo é Felipe Bottino, que na Icatu foi o responsável por levar planos de previdência privada de gestores independentes para as plataformas de investimento.
Essa pode ser a chance do Santander de retomar o protagonismo. Na década passada, quando a asset era chefiada por Marcio Appel (hoje sócio da Adam Capital), o banco lançou produtos inovadores para a época, como o fundo multimercado que garantia a rentabilidade da poupança caso o retorno da carteira fosse menor em um prazo de dois anos.
E por falar em fundos, na sexta-feira surgiu uma notícia que eu pensei que não viveria para escrever: o primeiro fundo com taxa zero voltado para o varejo. O pioneiro foi o BTG Pactual, que zerou a cobrança do fundo Tesouro Selic Simples.
Mas o banco não ficou nem um dia sozinho no mercado. Algumas horas depois foi a vez da Órama anunciar a isenção da cobrança do fundo Órama DI Tesouro. E a tendência é que outros fundos que têm como estratégia investir apenas em títulos públicos corrigidos pela Selic façam o mesmo para não perder investidores.
Ninguém rasga dinheiro
Quem ganha com a competição acirrada das plataformas e a redução das taxas nos produtos de investimento é você. Mas é claro que ninguém rasga dinheiro, principalmente no mercado financeiro.
O principal objetivo dos bancos e corretoras que não cobram nada pela custódia de títulos públicos ou na taxa de administração de fundos é ter o cliente dentro de casa para oferecer outros produtos da prateleira - esses sim mais rentáveis.
Não há nada errado nisso, mas é preciso ficar atento a um potencial conflito de interesses nessa relação. Como as corretoras e os agentes autônomos vinculados a elas ganham uma comissão pelos investimentos vendidos, há um incentivo para que os produtos que pagam um maior rebate - e não necessariamente os melhores - sejam oferecidos a você.
De todo modo, estamos hoje em uma situação bem mais favorável do que aquela que eu enfrentei quando fui investir as minhas primeiras economias com o gerente do meu banco.
E você, o que acha dessa briga pelos seus investimentos e da taxa zero das plataformas? Deixe seu comentário logo abaixo ou no meu Twitter.
Novo vale-gás 2025: Governo toma decisão sobre preços de referência do Gás do Povo; veja o valor em seu Estado
Com o “Gás do Povo”, o governo muda o formato do benefício: em vez de depósito, famílias de baixa renda receberão um vale exclusivo para comprar o botijão de 13 kg
MEC Enem: app gratuito traz simulados, corrige redações, monta plano de estudos e ajuda na preparação para exame
Ferramenta do Ministério da Educação reúne inteligência artificial, trilhas de estudo e plano de revisão personalizado a menos de um mês do exame
Mega-Sena 2928 acumula e prêmio em jogo se aproxima de R$ 50 milhões; ‘fermento’ do final 5 infla bolada na Quina
Além da Mega-Sena 2928, outras três loterias sorteadas ontem à noite acumularam, com destaque para o salto no prêmio da Quina
Lotofácil volta a brilhar sozinha e faz um novo milionário em SP
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta sexta-feira (17) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3515
Este é o menor país da história a se classificar para uma Copa do Mundo, tem metade da seleção nascida no exterior e convocação feita pelo LinkedIn
Com metade do elenco nascido fora e um jogador convocado pelo LinkedIn, o arquipélago africano faz história ao conquistar vaga inédita na Copa do Mundo de 2026
“Faz um Pix”: o Mercado Pago quer transformar esse pedido em rotina com o novo assistente de inteligência artificial
A fintech aposta na inteligência artificial para simplificar o dia a dia dos clientes — e o Brasil será o primeiro laboratório dessa revolução
Entenda a Operação Alquimia, deflagrada pela Receita para rastrear a origem do metanol em bebidas alcoólicas
Desdobramento das operações Boyle e Carbono Oculto, a nova ofensiva da Receita Federal mira a rota clandestina do metanol
Na onda da renda fixa, fundos de pensão chegam a R$ 1,3 trilhão em ativos, mas Abrapp alerta: “isso é a foto, não o filme”
Do total de R$ 1,3 trilhão em ativos dos fundos de pensão, cerca de R$ 890 bilhões estão em títulos públicos. Para Abrapp, isso não é bom sinal para o Brasil: “é preciso diversificar”, diz diretor-presidente
Trabalho em ‘home office’ é ‘coisa de rico’, aponta IBGE
Dados preliminares do Censo 2022 revelam desigualdade também no home office: brasileiros que ganham acima de R$ 7,5 mil por mês são os que mais exercem suas atividades sem sair de casa
Quina 6853 faz o único milionário da noite nas loterias da Caixa
Depois de acumular por três sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio da noite de quarta-feira (15) entre as loterias da Caixa
Lotofácil 3513 deixa mais dois apostadores perto do primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quinta-feira (16) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3514
Carteira Nacional Docente já está disponível; veja como emitir e descubra quais benefícios terão os professores
Documento tem validade de 10 anos e garante acesso a benefícios do programa Mais Professores, com descontos, meia-entrada e mais
Do metanol à água mineral: o que se sabe sobre o caso do homem internado em SP após suspeita de contaminação
Depois dos casos de intoxicação por metanol em bebidas destiladas, um novo episódio em Garça (SP) levanta preocupação sobre água mineral
CEO da Petrobras (PETR4) manda recado enquanto petróleo amplia a queda no exterior. Vem aí um novo reajuste nos combustíveis?
Enquanto a pressão sobre o petróleo continua no exterior, a presidente da petroleira deu sinais do que pode estar por vir
Seus filhos não foram para a escola hoje — e a ‘culpa’ é (do dia) dos professores
Se seus filhos não foram à escola ou à faculdade hoje, o motivo é o Dia dos Professores, uma data que homenageia a educação no Brasil — mas nem todos os profissionais têm direito à folga
Mega-Sena 2927 acumula e prêmio sobe ainda mais; +Milionária volta à cena hoje com R$ 10 milhões em jogo
A Mega-Sena é o carro-chefe das loterias da Caixa. Ela segue encalhada, embora já tenha saído uma vez em outubro. Com exceção da Lotofácil, todas as outras loterias também acumularam ontem.
Entre a simplicidade e a teimosia, Lotofácil 3512 deixa dois apostadores mais próximos do primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quarta-feira (15) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3513
Ouro bate recorde — e garimpo ilegal também; apreensões da PF em terras yanomami já somam 10% do orçamento da Funai
PF apreende volume inédito de ouro, em meio à escalada de preços no mercado global
Seu Dinheiro é finalista do Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2025; veja como votar
Site concorre às categorias de melhores site, podcast e canal de YouTube, além de ter quatro jornalistas no páreo do top 50 mais admirados
Carro voador de R$ 1,5 milhão estreia em Dubai; chinesa Aridge mira super-ricos do Golfo Pérsico
O carro voador de R$ 1,5 milhão da chinesa Aridge, divisão da XPeng, fez seu primeiro voo tripulado em Dubai