Ajuste fiscal é ‘maratona’ para colocar as contas em dia e vai além da Previdência
Relatório do BofAML mostra que nem a economia de R$ 1,2 trilhão em 10 anos com reforma preservaria o teto de gastos para o setor público
Você tem fôlego, um bom joelho e uma pisada daquelas? Se a resposta for “sim” possivelmente já descobriu os benefícios da corrida. Descargas de endorfina provocam ondas de bem-estar e euforia. Treinos constantes e pelo menos cinco modalidades de corridas são aliados de quem deseja prolongar essas sensações. A “caminhada” movida pela fé, a “trail run” e a “cross country” são algumas delas que se diferenciam pela dificuldade imposta pelo terreno e pela distância do percurso. A mãe das corridas, a mais desafiadora, é a “maratona”. Nascida na Grécia, a “maratona” é esporte para os resistentes e dispostos a cumprir circuitos de 42 km. Não é para qualquer um.
Perseguir um ajuste fiscal é lançar-se a uma maratona. Um país não chega ao pódium da noite para o dia. Muitos nem chegam. Assim como os atletas, um país interessado em colocar suas contas em equilíbrio precisa treinar muito e saber lidar com os riscos que terrenos acidentados oferecem pelo caminho. Penso nesse exercício exigente ao ler o relatório do Bank of America Merrill Lynch (BofAML) “Fireside chat with the fiscal” que trata da dinâmica da dívida pública no Brasil em tempos de reforma da Previdência.
Ana Madeira e David Beker, respectivamente, economista do BofA para Brasil e Chile e chefe de economia e estratégia para a América Latina, lembram no denso relatório construído com perguntas e respostas do engessado orçamento do governo brasileiro, destacam a necessidade de crescimento econômico para um efetivo ajuste fiscal e alertam que esse ajuste não se esgota com a reforma das aposentadorias.
O BofA explica que o ajuste continuará porque os incentivos fiscais se fortaleceram e as regras fiscais existentes – como o teto de gastos estabelecido para o setor público – pressionará o governo a agir. O Ministério da Economia e o Tribunal de Contas da União (TCU) empreendem esforços para tornar as contas públicas mais transparentes, o que facilitará o seu monitoramento.
As despesas obrigatórias devem ultrapassar 90% das despesas totais neste ano e podem superar 95% em 10 anos e os gastos com a Previdência respondem por 60%. Contudo, os economistas reconhecem que, na margem, os dados fiscais melhoram e que a reforma previdenciária em curso no Congresso poderá trazer algum alívio à atual rigidez do orçamento.
Melhora na margem
“Os dados são mais positivos, na margem, uma vez que o governo conseguiu controlar melhor os gastos obrigatórios e os pré-pagamentos do BNDES e da Caixa Econômica Federal [para o Tesouro], o que reduz diretamente a dívida pública. Esperamos agora um menor déficit primário do setor público de -1,5% do PIB para 2019 (de -1,7% anterior) e de 1% para 2020 (de -1,2% anterior). Em 2018, o déficit primário foi de -1,6%. A dívida pública em proporção do Produto Interno Bruto (PIB) continua a crescer, mas a um ritmo mais lento e esperamos que atinja 78,9% do PIB em 2019 (de 79,6% antes) e 79,3% em 2020 (de 80,7% antes), em comparação com 77,2% em 2018”, afirma o relatório.
As simulações do BofA mostram que, sem expansão do PIB, mesmo com as menores taxas de juros a dívida pública não estabilizará. Em cenário positivo - tendência de crescimento do PIB em 2,5% e taxa de juros em 6% - a dívida pública estabiliza em 2020 em 79,6% do PIB. No cenário de continuidade - tendência de crescimento do PIB em 1,5% e taxa de juros em 6,5% -, o déficit público só se estabiliza em 2027 em 85,5% do PIB.
Leia Também
Fim do tarifaço contra o Brasil? Lula se reúne com Trump, que fala em 'negociação rápida'; equipes econômicas vão debater soluções ainda hoje
João Fonseca na final do ATP 500 da Basileia: veja o horário e onde assistir
Ana Madeira e David Beker não veem preservado teto de gastos do setor público. Mesmo com a economia de R$ 1,2 trilhão em 10 anos -- proposta original do Ministério da Economia para a reforma previdenciária --, o limite de gastos seria ultrapassado em 2024. Apesar dessa constatação, eles consideram que se a dívida pública estiver em trajetória de estabilização, seja por gastos menores ou maiores receitas, o cumprimento do teto torna-se menos relevante.
Os economistas lembram que o teto de gastos – uma regra fiscal que restringe significativamente o crescimento das despesas públicas limitado à inflação – foi criado para incentivar o governo a fazer ajustes em sua estrutura de gastos, por exemplo, por meio de uma reforma da previdência. “Se a reforma previdenciária for aprovada, ela pode não garantir a conformidade do limite, mas implicaria ajuste fiscal em um nível estrutural e é por isso que o cumprimento do teto se tornaria secundário.”
O relatório do BofAML acrescenta que no Índice de Flexibilidade Fiscal, elaborado pela Moody’s Investors Service, o Brasill é o país com maior rigidez orçamentária da América Latina em contraponto ao Equador, Peru, Nicarágua e Panamá que apresentam maior flexibilidade orçamentária.
No Monitor Fiscal do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil, com déficit equivalente a 87,9% do PIB, ocupa a quinta posição no ranking de economias emergentes e a décima oitava num elenco de 120 países. O Japão é o país mais endividado com 237,1% do PIB; Hong Kong é o mais saudável com déficit de 0,1% do PIB.
Trump confirma encontro com Lula e diz que avalia reduzir tarifas ao Brasil “sob certas circunstâncias”
O republicano também lembrou da breve conversa com o presidente brasileiro nos bastidores da ONU, em Nova York
Mega-Sena sorteia quase R$ 100 milhões hoje — mas não é a única com prêmio milionário; confira os sorteios deste sábado
A Mega-Sena está encalhada há sete sorteios. Timemania, Lotofácil, Quina, Dia de Sorte e +Milionária também voltam a correr hoje
João Fonseca x Jaume Munar no ATP 500 da Basileia: veja horário e onde assistir
João Fonseca encara o espanhol Jaume Munar neste sábado (25) pela semifinal do ATP 500 da Basileia; partida define quem vai à final do torneio suíço
“Brasil não precisa se defender”, diz CEO da COP30 sobre exploração de petróleo na Margem Equatorial; entenda o que o governo quer do encontro
A gestão do evento adotou medidas rigorosas para reestruturar a participação do setor privado e de outras instituições na Agenda de Ação da COP30, segundo a executiva
De desistência em desistência, João Fonseca avança à semifinal no ATP 500 da Basileia, tem melhor colocação de sua história e garante bolada
Após vitória com desistência de Shapovalov, João Fonseca chega à semifinal do ATP 500 da Basileia, conquista seu melhor ranking na carreira e garante prêmio de quase R$ 850 mil
É tudo fachada? Arranha-céu cheio de bilionários e famosos corre risco de colapso
Refúgio de bilionários onde mora Jennifer Lopez corre risco de desabamento. Entenda o que causou a crise no arranha-céu
Usiminas (USIM5) cai até 8% com prejuízo inesperado, mas possíveis dividendos melhoram humor do acionista
Empresa registrou um prejuízo de 3,5 bilhões no terceiro trimestre após revisões de ativos que os analistas não esperavam
Vai tentar o Sisu 2026? Agora você pode usar a melhor nota do Enem dos últimos três anos
MEC muda regra para ampliar oportunidades e reduzir a pressão sobre os candidatos; veja como vai funcionar o novo sistema de seleção
NBA abre temporada nas páginas policiais: escândalo de apostas leva técnico e jogador à prisão e envolve até a máfia
Escândalo de apostas esportivas e manipulação de resultados atinge a NBA; investigação do FBI prende 31 pessoas, incluindo o técnico Chauncey Billups e o armador do Miami Heat, Terry Rozier
Black Friday ou Black Fraude? Golpes disparam e consumidores ligam o alerta; veja como se proteger
Descontos de mentira, Pix falsos e anúncios clonados: os bastidores da “Black Fraude”
Restituição do IR: Receita Federal libera consulta a lote da malha fina; veja se você recebe
Consulta ao lote residual de outubro contempla contribuintes que saíram da malha fina ou entregaram a declaração fora do prazo
João Fonseca x Denis Shapovalov no ATP 500 da Basileia: veja horário e onde assistir
João Fonseca enfrenta o canadense Denis Shapovalov pelas quartas de final do ATP 500 da Basileia nesta sexta-feira (24)
Mega-Sena acumula de novo e prêmio em jogo se aproxima de R$ 100 milhões
A Mega-Sena é o carro-chefe das loterias da Caixa. Ela está encalhada há sete sorteios, mas só voltará à cena amanhã.
Lotofácil 3520 tem 33 ganhadores, mas só 5 ficam milionários
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta sexta-feira (24) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3521
Caixa libera hoje (24) parcela de outubro do Bolsa Família para NIS final 5
Caixa libera mais uma rodada do Bolsa Família; 18,9 milhões de famílias recebem em outubro
“Com a dívida pública no nível atual, cada brasileiro acorda devendo R$ 30 mil”, diz Gustavo Franco
Idealizador do Plano Real afirma estar assustado com a situação fiscal, e afirma que a postura do governo está errada e precisa mudar
Só para os “verdadeiros”: Maroon 5 fará show gratuito no Brasil, mas apenas 3 mil fãs terão acesso
Banda se apresentará de graça em São Paulo no dia 5 de dezembro; saiba como concorrer aos ingressos
Por que a temporada de balanços do 3T25 não deve ser “grande coisa”, segundo estes gestores — e no que apostar
O Seu Dinheiro conversou com Roberto Chagas, head de renda variável do Santander Asset, e Marcelo Nantes, head de renda variável do ASA. Eles explicam porque a safra de resultados deve ser morna e quais são as empresas que devem se destacar — além de ações para ficar de olho
Do CadÚnico ao CNPJ: o novo rosto do empreendedorismo brasileiro derruba mito sobre o Bolsa Família
Levantamento do Sebrae e do MDS mostra que 2,5 milhões de brasileiros inscritos em programas sociais decidiram empreender após entrarem no CadÚnico
Governo Lula aperta caixa do INSS após fraude — e um acordo com os Correios pode estar em risco
Segundo a revista Veja, o bloqueio e a redução de recursos determinados pelo governo agravaram a situação financeira do INSS; entenda o que isso significa