Brasil fecha 43 mil vagas de emprego formal em março, aponta Caged
Resultado foi puxado principalmente pelo comércio, pela agropecuária e pela construção civil; nos dois meses anteriores, saldo havia sido positivo
O Brasil fechou 43 mil vagas de emprego formal em março deste ano, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados há pouco pelo Ministério da Economia.
O resultado foi influenciado principalmente pelo comércio, que fechou 28.803 postos formais no mês, pela agropecuária, com 9.545 vagas fechadas, e pela construção civil, que encerrou 7.781 postos.
Também tiveram influencia negativa a indústria de transformação, com fechamento de 3.080 postos, e serviços industriais de utilidade pública, com 662 menos vagas.
No total, foram 1.262.177 admissões e 1.304.373 demissões, após dois meses de saldo positivo. No acumulado do primeiro trimestre, houve abertura de 179.543 postos de trabalho com carteira assinada — o número dos últimos doze meses corresponde a 472.117 vagas, revela o Caged.
Estados
Entre os estados, o pior desempenho foi registrado por Alagoas: queda de 2,79% do emprego com carteira assinada no mês (fechamento de 9.636 vagas). 19 das 27 unidades da Federação tiveram saldo negativo de vagas formais de emprego.
No Sudeste, São Paulo apresentou retração de 0,07%, com encerramento de 8.007 vagas, e o Rio de Janeiro teve baixa de 0,21%, com o fechamento de 6.986 postos.
Leia Também
O Espírito Santo apresentou queda de 0,12% do emprego formal, com o encerramento de 843 vagas. Na outra ponta, Minas Gerais foi um dos oito Estados com resultado positivo, com alta de 0,13% do emprego formal (geração de 5.163 vagas).
Salário
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada teve alta real (descontada a inflação) de 0,12% em março ante fevereiro, para R$ 1.571,58, segundo dados do Caged.
Mas se os dados forem comparados com o mês de março do ano passado, há uma baixa de 0,51%. No acumulado do primeiro trimestre de 2019, há ganho de 1,37% acima da inflação no salário médio de admissão.
Governo minimiza piora
Logo após a divulgação dos dados, o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, afirmou em coletiva de imprensa que o ano de 2019 não será "bem pior que o imaginado no mês passado".
Questionado por jornalistas sobre a piora das expectativas no mês de março, ele afirmou que o fechamento de postos de emprego formal no mês passado não é uma "questão de expectativas, mas de mercado de trabalho".
Segundo ele, empresários adiaram as demissões que geralmente ocorrem em janeiro e fevereiro para o terceiro mês do ano, o que impulsionou o saldo negativo.
"Mesmo que março tenha puxado para baixo, há geração de vagas em 12 meses", citou o secretário. Nos 12 meses encerrados em março, a geração de vagas está em 472.117 postos.
Segundo Dalcolmo, não é possível ligar as pioras das expectativas em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e à produção industrial, ocorridas em março, ao resultado negativo do Caged no mês passado. "Não dá para associar resultado do Caged em março a reversões de expectativas", disse.
"O resultado do primeiro bimestre é superior ao do mesmo bimestre do ano passado. Não dá para dizer que a economia em 2019 está pior que em 2018", defendeu, reconhecendo, porém, que as expectativas para o PIB estão se reduzindo.
Conforme o Relatório de Mercado Focus, do Banco Central, a projeção para alta do PIB em 2019 estava em 2,50% no fim de 2018. No encerramento de março deste ano, estava em 1,98%. Na última segunda-feira, o porcentual projetado já era de 1,71%.
"Está no radar se, de fato, a economia vai decolar em 2019 ou não", disse o subsecretário de Políticas Públicas e Relações do Trabalho do Ministério da Economia, Mário Magalhães, também presente à coletiva de imprensa. "Os resultados de março não significam que a economia está em retração ou não."
Os representantes do ministério destacaram, durante a coletiva, que o setor de comércio foi o principal responsável pelo fechamento de vagas formais em março. Sozinho, o setor fechou 28.803 postos.
Outros setores, porém, também registraram encerramento de vagas. Foi o caso de agropecuária, com 9.545 postos a menos em março, e construção civil, com 7.781 vagas a menos.
"Em agropecuária, existe um processo de desmonte do setor produtivo (após a safra). E eles começam a contratar em março", explicou Magalhães. "O resultado de Minas Gerais tem a ver com o plantio do café", pontuou, lembrando que, no mês passado, Minas foi um dos oito Estados que apresentaram geração de vagas (5.163 postos a mais).
"Na indústria de transformação, a indústria de alimentos puxou para baixo. Isso se deve a demissões (na área) de açúcar em bruto", acrescentou Magalhães. "Na construção civil, houve a questão do regime de chuvas. Choveu muito em março e isso atrapalhou algumas obras."
Para Dalcolmo, se forem observadas as médias móveis trimestrais do Caged, "o mercado de trabalho está reagindo, mas não é uma reação forte".
O secretário afirmou ainda que, com a aprovação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, foi dado um passo importante. "Existe a compreensão dentro da sociedade e dentro do Congresso também sobre a reforma. A nova Previdência está caminhando", disse. "Com articulação no Congresso mais fluida, a tendência é de que as expectativas voltem a melhorar. Expectativas de todos, tanto dos empresários quanto dos consumidores", acrescentou.
Segundo ele, com a aprovação da nova Previdência, "seguramente o mercado de trabalho vai reagir".
*Com Estadão Conteúdo
Quina faz um novo milionário; Lotofácil e Dia de Sorte também têm ganhadores
Enquanto a Quina, a Lotofácil e a Dia de Sorte fizeram a festa dos apostadores, a Mega-Sena e a Timemania acumularam nos sorteios da noite de quinta-feira (4).
Mercado aposta em corte da Selic em janeiro, mas sinais do Copom indicam outra direção, diz Marilia Fontes, da Nord
Para a sócia da Nord, o BC deve manter a postura cautelosa e dar sinais mais claros antes de fazer qualquer ajuste
Fundos de pensão que investiram em títulos do Banco Master entram na mira da Justiça em meio a irregularidades nos investimentos
Investigações apontam para aplicações financeiras fora dos protocolos adequados nos casos dos fundos Amazonprev, Rioprevidência e Maceió Previdência
Time sensação do Campeonato Brasileiro, Mirassol arrecada o equivalente a um terço do orçamento municipal
Sensação do Brasileirão, o Mirassol arrecadou cerca de um terço do orçamento municipal e levou a pequena cidade paulista ao cenário internacional com a vaga na Libertadores
Joesley Batista viajou para a Venezuela para pedir renúncia de Maduro: qual o interesse da JBS e da J&F no país?
Joesley Batista tem relações com o presidente Donald Trump e pediu pelo fim das tarifas sobre a carne. A JBS também tem negócios nos Estados Unidos
Lotomania e Super Sete aproveitam bola dividida na Lotofácil e pagam os maiores prêmios da noite nas loterias da Caixa
Lotofácil manteve a fama de loteria “menos difícil” da Caixa, mas cedeu os holofotes a outras modalidades sorteadas na noite de quarta-feira (3).
Alerta Selic: o que pode impedir o BC de cortar os juros, segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual
A projeção do banco é que a Selic encerre 2025 em 15% e que os cortes comecem de forma gradual em janeiro, alcançando 12% ao final de 2026
Ibovespa a 300 mil pontos? ASA vê a bolsa brasileira nas alturas, mas há uma âncora à vista
Em um cenário dúbio para 2026, os executivos da instituição financeira avaliam o melhor investimento para surfar um possível rali e ainda conseguir se proteger em um ambiente negativo
Segundo carro elétrico mais vendido do Brasil atinge marca histórica de vendas no mundo
Hatch elétrico chinês atinge marca histórica em apenas quatro anos e reforça a estratégia global da BYD no mercado de veículos eletrificados
Retrospectiva Spotify 2025: Bad Bunny lidera o mundo e dupla sertaneja domina o Brasil (de novo); veja como acessar o seu Wrapped
Plataforma divulga artistas, álbuns e músicas mais ouvidos do ano e libera função Wrapped para todos os usuários
De bailarina a bilionária mais jovem do mundo: a trajetória da brasileira que construiu uma fortuna aos 29 anos sem ser herdeira
A ascensão de Luana Lopes Lara à frente da Kalshi mostra como a ex-bailarina transformou formação técnica e visão de mercado em uma fortuna bilionária
Daniel Vorcaro — da ostentação imobiliária à prisão: o caso da mansão de R$ 460 milhões em Miami
A mansão de R$ 460 milhões comprada por Daniel Vorcaro em Miami virou símbolo da ascensão e queda do dono do Banco Master, hoje investigado por fraudes
Lotofácil 3552 faz os primeiros milionários de dezembro nas loterias da Caixa; Mega-Sena e Timemania encalham
A Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores na faixa principal na noite de terça-feira (2). A Dia de Sorte saiu para um bolão na região Sul do Brasil.
Banco Master: Ministério Público quer Daniel Vorcaro de volta à prisão e TRF-1 marca julgamento do empresário
Uma decisão de sábado soltou Vorcaro e outros quatro presos na investigação do Banco Master
Qual signo manda na B3? Câncer investe mais, Libra investe melhor — e a astrologia invade o pregão
Levantamento da B3 revela que cancerianos são os que mais investem em ações, mas quem domina o valor investido são os librianos
BC Protege+: Como funciona a nova ferramenta do Banco Central que impede a abertura de contas não autorizadas
Nova ferramenta do Banco Central permite bloquear a abertura de contas em nome do usuário e promete reduzir fraudes com identidades falsas no sistema financeiro
CNH sem autoescola: com proposta aprovada, quanto vai custar para tirar a habilitação
Com a proposta da CNH sem autoescola aprovada, o custo para tirar a habilitação pode cair até 80% em todo o país
A palavra do ano no dicionário Oxford que diz muito sobre os dias de hoje
Eleita Palavra do Ano pela Oxford, a expressão “rage bait” revela como a internet passou a usar a raiva como estratégia de engajamento e manipulação emocional
Não tem para ninguém: Lotofácil, Quina e demais loterias da Caixa entram em dezembro sem ganhadores
Depois de acumular no primeiro sorteio do mês, a Lotofácil pode pagar nesta terça-feira (2) o segundo maior prêmio da rodada das loterias da Caixa — ou o maior, se ela sair sem que ninguém acerte a Timemania
Tema de 2026 será corte de juros — e Galapagos vê a Selic a 10,5% no fim do próximo ano
No Boletim Focus desta semana, a mediana de projeções dos economistas aponta para uma Selic de 10,5% apenas no final de 2027