🔴 ESTA FERRAMENTA PODE MULTIPLICAR SEU INVESTIMENTO EM ATÉ 285% – SAIBA MAIS

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
No Seu Dinheiro você encontra as melhores dicas, notícias e análises de investimentos para a pessoa física. Nossos jornalistas mergulham nos fatos e dizem o que acham que você deve (e não deve) fazer para multiplicar seu patrimônio. E claro, sem nada daquele economês que ninguém mais aguenta.
BR Distribuidora na conta

Postos ‘bandeira branca’ ganham força e geração de caixa de gigantes de distribuição decepcionam no 2º tri

No centro do problema, as gigantes do setor BR Distribuidora, Raízen Combustíveis e Ipiranga apontaram um vilão em comum: a crise econômica

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
19 de agosto de 2019
16:43
Petrobras BR
Imagem: Shutterstock

As principais distribuidoras de combustíveis do Brasil andaram de lado no segundo trimestre e decepcionaram analistas. No centro do problema, as gigantes do setor BR Distribuidora, Raízen Combustíveis e Ipiranga (do Grupo Ultrapar) apontaram um vilão em comum: a crise econômica.

Ancoradas por causa do crescimento do consumo das famílias que nunca chega, estes grandes players começaram a navegar em um mercado com cada vez mais concorrência, sobretudo com os postos bandeira branca, maior rival do segmento.

Juntas, as três principais empresas do setor apresentaram um Ebitda médio no segundo trimestre deste ano de R$ 517,6 milhões, queda de 23% na comparação com os R$ 671 milhões em igual período do ano passado. O valor está ajustado pelas perdas de estoques das distribuidoras após o corte no diesel adotado pelo então presidente Michel Temer para conter a greve dos caminhoneiros, em maio. A canetada fez desaparecer dos balanços das empresas R$ 563 milhões.

Já o volume vendido ficou praticamente estável, mesmo com a comparação ruim, com alta de 0,89%, para 7,4 milhões de metros cúbicos.

De forma geral, os executivos têm lutado para encontrar uma solução para estancar a perda de market share sem comprometer suas margens. No trimestre, entretanto, ou as empresas perderam participação, ou perderam margem - ou perderam os dois.

Ao apresentar os resultados da BR Distribuidora no início deste mês, o diretor Executivo Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, André Corrêa Natal, afirmou que a margem Ebitda apresentada no segundo trimestre, de R$ 54/m3 contra R$ 86/m3 entre janeiro e março, não seria uma boa referência para o negócio. "É importante se olhar janelas mais longas pois se reduz efeitos adversos", justificou, as ser confrontado por analistas em teleconferência.

Lutando para ganhar mercado, entre março e maio a BR forçou uma redução de preços. De agora em diante, entretanto, a estratégia foi revista. "Não queremos efeito sanfona nos preços dos combustíveis, que não gera resultado no longo prazo", disse o presidente da empresa, Rafael Grisolia, na ocasião.

Segundo especialistas, outro fator que tem corroído as margens das distribuidoras são os preços menos remuneradores hoje do etanol, segmento em que estes players lucram menos do que a gasolina e o diesel. As empresas alegam forte sonegação no etanol e temem que o cenário piore diante da liberação da venda direta aos postos.

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Ultrapar, André Pires, destacou que os postos bandeira branca ainda têm se mostrado uma pulga atrás da orelha das gigantes da distribuição no Brasil, como a Ipiranga.

"O bandeira branca continua a mostrar resiliência no mercado e isso por muitas razões. A principal é a fraqueza da economia. A questão dos preços menores continua vantajosa em algumas regiões", disse, durante conferência.

O analista da XP Investimentos, Gabriel Francisco, apontou que a concorrência com os postos bandeira branca tem deixado as distribuidoras em uma situação complexa.

"No momento que renda é o principal fator para tomada de decisão, ganha aquele que tiver melhor posicionado nesse aspecto. Esse setor ele não tem tantos ganhos de escala, que poderia favorecer as grandes empresas", explicou.

Francisco disse que antes, quando a importação não era viável, os postos bandeira branca eram inexpressivos. O cenário mudou. Em janeiro de 2011, a BR Distribuidora, maior do País, tinha cerca de 40% de participação no mercado interno de óleo diesel, contra 21% das empresas de bandeira branca, de acordo com estatísticas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Plural, que representa as grandes distribuidoras.

Em maio deste ano, a fatia da BR já tinha caído para cerca de 30% ante 28,8% dos concorrentes não embandeirados. No ciclo otto, a variação é ainda maior, com BR indo de 27% para 21%, e a bandeira branca avançando de 35,6%, para 41%.

A concorrência, de fato, foi o calcanhar de Aquiles da Ipiranga. Mesmo com a greve em maio de 2018, o volume de vendas do braço de distribuição de combustíveis do Grupo Ultrapar no segundo trimestre deste ano fechou em 5,61 milhões de metros cúbicos, queda de 4% no ano.

O maior recuo no período em volume foi o diesel, 9% menor, para 2,787 milhões de m3. O responsável pelos menores volumes no diesel, segundo o diretor André Pires, foi o segmento de B2B.

O executivo afirmou que a empresa preferiu ficar de fora de alguns negócios ao ver que eles estavam sendo feitos em margens que eles não estavam dispostos a fazer.

No cenário, a Raízen Combustíveis, joint venture entre a Cosan e a Shell, é a que tem conseguido melhores resultados. Em balanço, a Cosan, apontou que seu negócio de combustíveis tem apresentado vendas acima da indústria, "reflexo principalmente da estratégia de expansão da rede de postos revendedores, bem como da base de clientes".

Em volume, as vendas cresceram 8% no segundo trimestre deste ano na comparação anual. A própria empresa, entretanto, destaca que a base de comparação é baixa.

"O consumo segue impactado pelos níveis ainda muito altos de desemprego no País e pela desaceleração das projeções de crescimento do PIB", afirmou a Cosan, em relatório de resultados.

Apesar da dificuldade das empresas, a comercialização de combustíveis não tem recuado no País e comprova que, enquanto alguns sofrem, outros crescem. Dados da ANP mostram que as vendas pelas distribuidoras subiram neste ano a um ritmo médio mensal de 3,5%.

Compartilhe

MAQUININHA DE LUCRO

PagSeguro (PAGS34) dispara após balanço e puxa ações da Cielo (CIEL3); veja os números do resultado do 2T22

25 de agosto de 2022 - 17:28

A lucro da PagSeguro aumentou 35% na comparação com o mesmo período do ano passado e atingiu R$ 367 milhões

FIM DE TEMPORADA

Nos balanços do segundo trimestre, uma tendência para a bolsa: as receitas cresceram, mas os custos, também

19 de agosto de 2022 - 16:18

Safra de resultados financeiros sofreu efeitos do aumento da Selic, mas sensação é de que o pior já passou

Investidores gostaram

Nubank (NU; NUBR33) chega a subir 20% após balanço, mas visão dos analistas é mista e inadimplência preocupa

16 de agosto de 2022 - 12:03

Investidores gostaram de resultados operacionais, mas analistas seguem atentos ao crescimento da inadimplência; Itaú BBA acha que banco digital pode ter subestimado o risco do crédito pessoal

BALANÇO

Inter (INBR31) reverte prejuízo em lucro de R$ 15,5 milhões no segundo trimestre; confira os números

15 de agosto de 2022 - 21:01

No semestre encerrado em 30 de junho de 2022, o Inter superou a marca de 20 milhões de clientes, o que equivale a 22% de crescimento no período

BALANÇO DA HOLDING

Lucro líquido da Itaúsa (ITSA4) recua 12,5% no segundo trimestre, mas holding anuncia JCP adicional; confira os destaques do balanço

15 de agosto de 2022 - 19:52

Holding lucrou R$ 3 bilhões no segundo trimestre e vai distribuir juros sobre capital próprio no fim de agosto

Resultados

Nubank (NUBR33) tem prejuízo acima do esperado no 2º tri, e inadimplência continuou a se deteriorar; veja os destaques do balanço

15 de agosto de 2022 - 18:42

Prejuízo líquido chegou a quase US$ 30 milhões, ante uma expectativa de US$ 10 milhões; inadimplência veio dentro do esperado, segundo o banco

Bife suculento

Marfrig (MRFG3) anuncia R$ 500 milhões em dividendos e programa de recompra de 31 milhões de ações; veja quem tem direito aos proventos e os destaques do balanço

12 de agosto de 2022 - 13:15

Mercado reage positivamente aos números da companhia nesta sexta (12); dividendos serão pagos em setembro

Balanço

Oi (OIBR3) sai de lucro para prejuízo no 2T22, mas dívida líquida desaba

12 de agosto de 2022 - 6:45

Oi reportou prejuízo líquido de R$ 320,8 milhões entre abril de junho, vinda de um lucro de R$ 1,09 bilhão no mesmo período do ano anterior

Balanço do 2º tri

Cenário difícil para os ativos de risco pesa sobre o balanço da B3 no 2º trimestre; confira os principais números da operadora da bolsa

11 de agosto de 2022 - 19:56

Companhia viu queda nos volumes negociados e também nas principais linhas do balanço, tanto na comparação anual quanto em relação ao trimestre anterior

BALANÇO

Apelo de Luiza Trajano não foi à toa: Magazine Luiza tem prejuízo de R$ 135 milhões no 2T22 — veja o que afetou o Magalu

11 de agosto de 2022 - 19:26

O Magalu conseguiu reduzir as perdas na comparação com o primeiro trimestre de 2022, mas em relação ao mesmo período de 2021, acabou deixando o lucro para trás

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar