🔴 META: ‘CAÇAR’ AS CRIPTOMOEDAS MAIS PROMISSORAS DO MERCADO DE FORMA AUTOMÁTICA – SAIBA COMO

Estadão Conteúdo

E o teto de gastos?

‘Responsabilidade social não significa irresponsabilidade fiscal’, diz Goldfajn, ex-presidente do BC

Atual presidente do conselho do Credit Suisse no país, Ilan Goldfajn vê com preocupação os recentes movimentos do governo no front fiscal

Estadão Conteúdo
1 de novembro de 2021
7:06 - atualizado às 7:13
Ilan Goldfajn BID
Atual presidente do BID, Ilan Goldfajn destaca que a COP30 deve ser a "conferência do palpável" - Imagem: Beto Nociti/BCB - Imagem: Beto Nociti/BCB

O economista Ilan Goldfajn, presidente do conselho do Credit Suisse no Brasil e ex-presidente do Banco Central (BC), vê com apreensão a violação do teto de gastos, que limita as despesas do governo num ano ao nível do ano anterior, corrigido pela inflação. "A percepção que ficou foi de que o teto acabou e o País perdeu a âncora fiscal", diz. "O que assusta não são os gastos a mais que querem fazer fora do teto, mas o fato de não haver uma ferramenta que permita o controle das contas públicas."

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesta entrevista, ele fala também que é falsa a narrativa de que é preciso acabar com o teto para aumentar os gastos sociais. "Responsabilidade social não significa irresponsabilidade fiscal e vice-versa", diz Goldfajn, que deverá assumir o cargo de diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI (Fundo Monetário Internacional) em janeiro.

De forma geral, como o sr. avalia a situação econômica do País?

Quando saí do Banco Central, em fevereiro de 2019, a percepção era de que a gente poderia entrar num período mais longo de inflação baixa e de juros baixos e teria de se preocupar mais com o aumento da produtividade e a questão fiscal. Então, acho uma pena que, no fim de 2021, a gente tenha voltado a uma inflação de dois dígitos e provavelmente esteja caminhando também para juros básicos de dois dígitos, o que considero um retrocesso. A situação conjuntural é tal que não poderemos dizer que será resolvida em um mês, seis meses ou mesmo um ano. Vamos precisar de pelo menos dois anos para arrumar a casa.

Quer dizer que quem assumir a Presidência em 2023, seja quem for, ainda terá de lidar com esse cenário difícil?

Em 2023, a gente ainda vai ter inflação alta e juro alto e a necessidade de voltar a crescer. Na melhor hipótese, o ano que vem será de pouco crescimento. Se não houver queda do PIB (Produto Interno Bruto), já vai ser bom. Não vejo que estejamos diante de um problema que possa ser resolvido rapidamente. É algo que vai exigir novamente uma arrumação da casa: reformas, ajuste fiscal, trazer a inflação para baixo, reduzir os juros.

Até que ponto isso se deve a fatores externos e até que ponto tem a ver com questões internas?

Houve uma conjunção de fatores, externos e internos. Claro que o choque externo foi relevante, porque fez com que a gente tivesse de gastar o que não tinha, aumentando a dívida pública. Agora, a gente magnificou o choque com várias questões domésticas, que tiveram efeito na inflação, nos juros, no câmbio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Que fatores internos amplificaram o choque externo?

Primeiro, as incertezas econômicas. A questão fiscal, a dívida que você vai fazer, as reformas que não saem, a falta de apoio político ao teto de gastos. O teto caiu na semana passada, mas vem sendo torpedeado por todo mundo ao longo dos últimos dois anos - pelo Congresso, pela oposição, pelos ministros. Depois, houve as incertezas políticas, decorrentes das brigas homéricas do governo federal com os Estados, o Judiciário, o Congresso, que culminaram com o enfrentamento com o Supremo Tribunal e a percepção de ameaças à própria democracia. Essas incertezas viram inflação, câmbio depreciado, juros maiores, investimento menor, emprego menor, renda menor.

Leia Também

Como o sr. analisa a atuação do Banco Central em 2020 e mais recentemente, com a alta dos juros?

Em termos monetários, talvez a gente tenha sido otimista demais com a nossa estabilidade. Houve um certo otimismo, não só do Banco Central, mas do mercado, de todo mundo, em relação aos juros que podemos ter no Brasil, dada a nossa situação fiscal e todos os ruídos que a gente estava enfrentando. Sempre fui a favor de uma política monetária serena, que não andasse na frente dos progressos. Uma das grandes críticas à minha gestão no Banco Central foi de que nós demoramos para cortar as taxas. A gente quis estabilizar antes, ver as expectativas, para então colher os frutos. Tenho a impressão de que o mercado, a sociedade, gosta de colher os frutos antes de estarem maduros.

Na questão específica da violação do teto de gastos, qual a sua visão?

A queda do teto, como falei há pouco, é consequência de uma pressão permanente. O ministro da Economia e os secretários ficam sempre lutando contra o resto, precisando de apoio político para conseguir se contrapor a tudo e a todos. A percepção que ficou foi de que a medida talvez tenha cunho eleitoral e de que o teto acabou e o País perdeu a âncora fiscal. Isso é grave. O que assusta não são os R$ 30 bilhões ou os R$ 80 bilhões de gastos a mais que querem fazer fora do teto, mas o fato de não haver uma ferramenta que permita um controle das contas públicas.

Como o sr. vê o argumento de que o "furo" no teto é para viabilizar gastos sociais?

A narrativa de que ou tem o teto ou tem gasto social é falsa. Os R$ 30 bilhões, R$ 40 bilhões, R$ 50 bilhões necessários para o Bolsa Família cabem num orçamento de R$ 1,5 trilhão. É só a gente conseguir fazer as opções. Só que a gente não quer fazer as opções. Quer ter emendas do relator, gastos obrigatórios, fundo eleitoral, reajuste de salários do funcionalismo. A gente quer ter tudo. Acreditamos como sociedade que o Estado está sempre nos devendo algo. As reformas que são para tirar do orçamento um pouco do que não é absolutamente necessário não andam. O Brasil tem de ir em direção às economias que já amadureceram e souberam que responsabilidade social não significa irresponsabilidade fiscal e vice-versa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De repente, se o teto fosse mantido, talvez lá na frente o governo tivesse até uma folga no orçamento, com um crescimento mais forte da economia, uma arrecadação maior e um gasto menor com juros.

Houve um momento neste ano em que deu uma sensação de alívio, porque a economia retomou o crescimento e a arrecadação voltou. Se o teto fosse mantido, esse processo continuaria. Mas o que aconteceu? Com os ruídos internos, esses ruídos políticos, você dobrou a inflação externa. Metade da nossa inflação é externa e a outra metade a gente criou.

No caso do parcelamento dos precatórios, que é outra medida que está em discussão para abrir espaço fiscal, qual a sua avaliação?

O ideal é respeitar o que foi julgado. Se foi julgado, tem de ser pago, caber de alguma forma nas contas. O que é preciso fazer é um esforço anterior para o Estado defender sua posição, saber se esses precatórios têm mérito. A gestão não pode ser feita a posteriori. Não podemos considerar os precatórios como algo que vem de fora e nos atinge. É preciso acompanhar o julgamento, olhar o que está acontecendo. Tem de trabalhar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DESCONTO MISTERIOSO?

Este banco pode devolver R$ 7 milhões a 100 mil aposentados por erros no empréstimo consignado do INSS

4 de novembro de 2025 - 14:01

Depois de identificar falhas e cobranças irregulares em operações de consignado, o INSS apertou o cerco contra as instituições financeiras; entenda

ENERGIA MAIS CARA

A decisão da Aneel que vai manter sua conta de luz mais cara em novembro

4 de novembro de 2025 - 11:04

Com o nível dos reservatórios das hidrelétricas abaixo da média, a Aneel decidiu manter o custo extra de R$ 4,46 por 100 kWh, mas pequenas mudanças de hábito podem aliviar o impacto no bolso

INJEÇÃO BILIONÁRIA

Cosan (CSAN3) levanta R$ 9 bilhões em 1ª oferta de ações e já tem nova emissão no radar

4 de novembro de 2025 - 10:05

Em paralelo, a companhia anunciou que fará uma segunda oferta de ações, com potencial de captar até R$ 1,44 bilhão

BOLA DIVIDIDA

Lotofácil 3529 tem 16 ganhadores, mas só um deles fica mais perto do primeiro milhão

4 de novembro de 2025 - 6:25

A Lotofácil tem sorteios diários e volta à cena nesta terça-feira (4) com um prêmio maior do que de costume. Isso porque o sorteio de hoje tem final zero, para o qual é feita uma reserva especial.

Um vira-lata no espaço

Laika vai para o espaço: a verdadeira história da ‘astronauta caramelo’

3 de novembro de 2025 - 17:06

Há exatos 68 anos, a cadela Laika fazia história ao ser o primeiro ser vivo a deixar a órbita do planeta Terra rumo ao espaço

NOME LIMPO

Serasa inicia o Feirão Limpa Nome 2025 com descontos de até 99% e dívidas parceladas por menos de R$ 10

3 de novembro de 2025 - 17:00

Mutirão do Serasa reúne mais de 1.600 empresas e oferece condições especiais para quem quer encerrar o ano com o nome limpo

DESVALORIZOU!

Convocação da seleção brasileira: última lista de Ancelotti em 2025 derruba valor da equipe canarinho

3 de novembro de 2025 - 15:57

A última convocação da seleção brasileira de Ancelotti em 2025 trouxe novidades como Luciano Juba e Vitor Roque, mas fez o valor de mercado da equipe cair

ÚLTIMA DE 2025

Convocação da Seleção Brasileira: veja onde assistir ao vivo à última lista de Ancelotti em 2025

3 de novembro de 2025 - 13:56

A última convocação de Carlo Ancelotti à frente da Seleção Brasileira acontece nesta segunda (3); veja o horário e onde assistir ao anúncio ao vivo

COMBATE AO CRIME

Receita coloca organizações criminosas na mira e passará a exigir o CPF de todos os cotistas de fundos de investimentos; entenda o que você precisa fazer

3 de novembro de 2025 - 10:29

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a iniciativa foi inspirada na Operação Carbono Oculto, que investiga suspeitas de lavagem de dinheiro do PCC por meio de fundos de investimento

MAIS TEMPO PARA APOSTAR

Sorteios das Loterias Caixa têm novo horário a partir de hoje (3); veja como ficam os sorteios da Mega-Sena e outros jogos

3 de novembro de 2025 - 10:02

Mudança em horário de sorteio das loterias começa a valer nesta segunda-feira (3); prazos para apostas também foram atualizados

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Maré baixa para fundos de infraestrutura isentos de IR, dados de PMI, e o que mais o investidor precisa saber hoje

3 de novembro de 2025 - 7:50

Rentabilidade das debêntures incentivadas, isentas de IR, caiu levemente mês passado, mas gestores se preocupam com ondas de resgates antecipados; investidores também estão de olho em dados econômicos internacionais e na fala de dirigente do Fed

ANOTE NO CALENDÁRIO

Decisão do Copom, balanço da Petrobras (PETR4) e mudança de horário das bolsas — confira a agenda econômica da semana

3 de novembro de 2025 - 7:02

A temporada de resultados pega fogo aqui e lá fora, enquanto a política monetária também dá o tom dos mercados no exterior, com decisão na Inglaterra, discursos do BCE e ata do BoJ

NOVO HORÁRIO NA B3

Horário de verão na bolsa? B3 vai funcionar por uma hora a mais a partir desta segunda-feira (3); entenda a mudança

2 de novembro de 2025 - 15:24

A Bolsa de Valores brasileira ajusta o pregão para manter sincronia com os mercados de Nova York, Londres e Frankfurt. Veja o novo horário completo

CARRO-CHEFE ENGUIÇADO

Mega-Sena começa novembro encalhada e prêmio acumulado já passa dos R$ 40 milhões

2 de novembro de 2025 - 10:37

Se a Lotofácil e a Quina entraram em novembro com o pé direito, o mesmo não pode ser dito sobre a Mega-Sena, que acumulou pelo terceiro sorteio seguido

ENTRE A TEIMOSIA E A COLETIVIDADE

Quina desencanta e faz 19 milionários de uma vez só, mas um deles vai ficar bem mais rico que os outros

2 de novembro de 2025 - 8:46

Depois de acumular por 14 sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio das loterias sorteadas pela Caixa na noite de sábado, 1º de novembro

BILHETE PREMIADO

Lotofácil entra em novembro com o pé direito a faz um novo milionário no Nordeste

2 de novembro de 2025 - 8:11

Ganhador ou ganhadora Lotofácil 3528 poderá sacar o prêmio a partir de amanhã, quando vai mudar o horário dos sorteios das loterias da Caixa

CONSTRUÍDO DO ZERO

De hacker a bilionário: o único não herdeiro na lista de ricaços brasileiro antes dos 30 da Forbes construiu seu patrimônio do zero

1 de novembro de 2025 - 14:31

Aos 28 anos, Pedro Franceschi é o único bilionário brasileiro abaixo dos 30 que construiu sua fortuna do zero — e transformou linhas de código em um império avaliado em bilhões

O MAIOR PRÊMIO DA HISTÓRIA

Caixa abre apostas para a Mega da Virada 2025 — e não estranhe se o prêmio chegar a R$ 1 bilhão

1 de novembro de 2025 - 11:27

Premiação histórica da Mega da Virada 2025 é estimada inicialmente em R$ 850 milhões, mas pode se aproximar de R$ 1 bilhão com mudanças nas regras e aumento na arrecadação

MAIS LOTERIAS

Quina acumula de novo e promete pagar mais que a Mega-Sena hoje — e a Timemania também

1 de novembro de 2025 - 9:38

Além da Lotofácil e da Quina, a Caixa sorteou na noite de sexta-feira a Lotomania, a Dupla Sena e a Super Sete

BRILHOU SOZINHA

Lotofácil fecha outubro com novos milionários em São Paulo e na Bahia

1 de novembro de 2025 - 8:49

Cada um dos ganhadores da Lotofácil 3527 vai embolsar mais de R$ 2 milhões. Ambos recorreram a apostas simples, ao custo de R$ 3,50. Próximo sorteio ocorre hoje.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar