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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de empresas no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

FRIGORÍFICOS

JBS (JBSS3) é a ação de alimentos favorita do BofA, mas banco vê menor potencial de alta para o papel; ainda vale a pena comprar?

Analistas revisaram para baixo o preço-alvo do papel, para R$ 55, devido à expectativa de queda nas margens da carne bovina dos EUA, correspondente a 40% das vendas da empresa

Camille Lima
Camille Lima
18 de agosto de 2022
14:54 - atualizado às 15:39
JBS (JBSS3)
JBS -

O Bank of America (BofA) já deu o nome da sua ação favorita do setor alimentício. Apesar de ter visto seu lucro contrair 9,5% no segundo trimestre, a JBS (JBSS3) continua entre as recomendações preferidas dos analistas para este ano.

Porém, o banco revisou suas projeções para o frigorífico. Os analistas cortaram o preço-alvo que haviam fixado para os papéis, de R$ 67 para R$ 55.

Ainda assim, isso implica em um potencial de alta de 69,44% em relação ao fechamento das ações JBSS3 no último pregão, de R$ 32,46.

O corte no preço-alvo incorporou o aumento do WACC (custo médio ponderado de capital, em português) da JBS, que passou de 9,8% para 10,6%.

Isso porque o WACC é considerado a taxa mínima aceitável de retorno em um investimento em uma empresa. Por esse motivo, quanto maior o indicador, menor a avaliação e mais elevado o risco.

BofA otimista com a JBS (JBSS3)

Mas então, o que faz o Bank of America escolher logo a JBS (JBSS3) como ação favorita, se os riscos estão mais elevados e a valorização potencial para a ação diminuiu, na análise da própria casa?

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“À luz da volatilidade esperada durante o ciclo de baixa da carne bovina dos EUA, examinamos os casos de alta e baixa. Concluímos que o risco ainda está muito inclinado para o lado positivo e reiteramos nossa classificação de compra”, disse o BofA, em nota.

Segundo a casa de análise, em qualquer cenário, “o fluxo de caixa permanece forte e o balanço é saudável”. Os analistas sustentam essa tese otimista por três pilares:

01. Diversificação

O primeiro deles é em função da “resiliência de resultados da JBS em função da diversificação dos negócios”.

A própria companhia justificou os números fortes no segundo trimestre com seu portfólio de produtos diversificado.

“Nos Estados Unidos, a demanda nos canais de varejo e food service permaneceu robusta mesmo diante de um cenário inflacionário desafiador. As melhoras operacionais, o portfólio diversificado, a boa rentabilidade no negócio de big birds e o contínuo crescimento dos produtos com marca foram os principais impulsionadores do aumento da rentabilidade no período”, disse a companhia.

02. Resultado trimestral 

O segundo ponto que sustenta o otimismo dos analistas com a ação da companhia é justamente o resultado do segundo trimestre.

A JBS (JBSS3) teve um lucro líquido de R$ 3,9 bilhões entre abril e junho deste ano, um recuo de 9,5% em relação a igual intervalo de 2021.

Apesar do recuo, o indicador ainda veio acima das expectativas dos analistas de mercado. O consenso Refinitiv esperava um lucro de R$ 3,2 bilhões no período.

No trimestre, a receita da companhia ainda avançou 7,7% na base anual, para R$ 92,1 bilhões — também acima do esperado, de R$ 91,5 bilhões.

“O balanço sólido permite oportunidades orgânicas e inorgânicas e retorno consistente de caixa aos acionistas”, disse o BofA, em relatório.

03. Valuation

O terceiro pilar da tese do Bank of America é o valuation atrativo da ação.

Segundo os analistas, o indicador reflete um múltiplo de ciclo de pico em quatro vezes o valor da empresa (EV) em relação ao Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, em português) da companhia para os próximos três anos.

Além disso, o valuation é reflexo do rendimento do fluxo de caixa livre de 21% no ano que vem e de 20% em 2024.

A JBS (JBSS3) em um cenário neutro

Os analistas do BofA acreditam que uma das principais variáveis da JBS (JBSS3) que os investidores prestam atenção é a performance da margem da companhia.

As ações tiveram desempenho inferior ao Ibovespa em 22% no acumulado do ano, na expectativa de queda nas margens da carne bovina dos EUA, que corresponde a 40% das vendas da empresa.

“No nosso caso de base, vemos margens mais altas no Brasil compensando parcialmente um ciclo de baixa nos EUA, apoiando os lucros.”

O pior cenário da JBS

Quando analisando o bear case — isto é, o caso de baixa para a JBS —, o Bank of America destaca três projeções negativas que podem afetar o desempenho da empresa. São elas: 

  • Baixas históricas para a margem de carne bovina dos EUA a partir de 2023 em diante;
  • Margens para outras divisões abaixo da média de oito anos;
  • Queda de 20% nos preços de carne bovina e de frango nos EUA em relação aos níveis atuais. 

“Isso parece improvável, pois as proteínas em diferentes regiões tendem a ser anticíclicas, principalmente a carne bovina”, destacou a casa.

A JBS nas melhores projeções

Já quando os analistas imaginam os melhores cenários possíveis para a JBS (JBSS3), o bull case projeta:

  • Margem Ebitda de longo prazo para carne bovina dos EUA acima da média histórica de 2023 em diante. Segundo o banco, o indicador poderia ser suportado por restrições de mão de obra e capacidade de abate, devido à consolidação;
  • Margens médias de oito anos para outras divisões; 
  • Preços de carne bovina e de frango nos Estados Unidos mantidos nos patamares elevados atuais. 

O BofA destaca que a principal diferença entre os cenários é, no bull case, a projeção das margens da carne bovina dos EUA.

“Supondo que, acima da média histórica, seja viável, com o mercado frigorífico consolidado, há uma restrição de mão de obra para aumentar a capacidade de abate, e a China — e, portanto, as exportações — vem desempenhando um papel importante na demanda.”

Os analistas destacam que esse fator não é levado em conta no caso base, uma vez que a casa adota uma “abordagem mais conservadora até que essas variáveis ​​se tornem mais claras, especialmente em um cenário de ciclo de baixa”.

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