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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Fechamento da semana

Ibovespa tem dia morno com exterior negativo, mas termina semana com ganho de 1,88%; dólar fecha em alta, mas acumula queda de 1,05% no período

Bolsa terminou o dia em baixa, com dólar e juros em alta, com piora no exterior e preocupações fiscais

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
21 de janeiro de 2022
19:39 - atualizado às 19:42
Gráfico desenhado por um homem mostra queda
Clima dos mercados mudou um pouco no último pregão da semana, com uma piora geral. Imagem: Shutterstock

Para quem não aguentava mais ver a bolsa brasileira apanhando enquanto Wall Street renovava recordes, este início de ano está sendo o momento da revanche. Ou melhor, de o Ibovespa "correr atrás do prejuízo".

Nesta terceira semana de janeiro, o principal índice da B3 mais uma vez contrariou o exterior e enfileirou altas, enquanto as bolsas europeias e americanas ficavam no vermelho.

Com a perspectiva de alta de juros e aperto monetário nos Estados Unidos, as bolsas dos países desenvolvidos vêm perdendo atratividade. As bolsas americanas, que tiveram um 2021 formidável, renovando máximas históricas, passam agora por uma ampla realização desses ganhos.

Ao mesmo tempo, a alta nos preços das commodities - notadamente, petróleo e minério de ferro -, e os preços já bastante descontados das ações, depois da pancadaria do ano passado, fazem a bolsa brasileira voltar a se tornar interessante para o investidor gringo.

Com isso, os fluxos de capital estrangeiro de risco migram para cá, impulsionando as cotações de papéis que estavam "na xepa", a começar pelas blue chips - Petrobras, Vale, siderúrgicas e grandes bancos. Em 2022, até o dia 19 de janeiro, mais de R$ 15 bilhões em recursos estrangeiros entraram na B3.

Ainda é cedo para dizer se isso vai perdurar, até porque há muitos fatores, neste ano, jogando contra; mas, a princípio, dá ao menos para interpretar o movimento como uma compensação por todo o tempo em que o Ibovespa esteve descolado das bolsas gringas no ano passado.

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A semana começou com feriado nos Estados Unidos e um repique nos juros dos Treasuries, os títulos do Tesouro americano, na terça-feira. Mas logo essas taxas de juros passaram por uma correção, contribuindo para a queda dos juros futuros por aqui.

O alívio no dólar, com a entrada de recursos externos, também contribuiu para a queda das taxas locais, e todo esse movimento abriu espaço para as ações domésticas subirem, impulsionadas pelos cortes de juros na China (que podem aumentar a demanda por minério de ferro) e as repetidas altas do petróleo, impactado por uma série de conflitos geopolíticos em países produtores dessa matéria-prima.

Com isso, o Ibovespa conseguiu acumular uma alta de 1,88% na semana, tendo chegado a testar os 110 mil pontos, enquanto o Dow Jones perdeu 4,58%, o S&P 500 caiu 5,68%, e o Nasdaq tombou 7,55% no período. Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne as principais empresas do continente, acumulou queda de 1,40%. O dólar à vista, por sua vez, caiu 1,05% ante o real.

A semana termina, porém, com um clima um pouco diferente. A sexta-feira foi morna para a bolsa brasileira, que lutou para se manter no azul, mas acabou fechando em queda de 0,15%, aos 108.941 pontos.

O dia amplamente negativo nas bolsas internacionais, com baixa de 1,30% do Dow Jones, 1,89% do S&P 500, 2,72% do Nasdaq e 1,84% do Stoxx 600, puxou o Ibovespa para baixo.

Ao mesmo tempo, os mercados de juros e câmbio começaram a precificar novas preocupações com o cenário doméstico.

A tentativa do governo de baixar o preço dos combustíveis na canetada, zerando impostos federais e reduzindo a arrecadação, não foi bem recebida, pressionando os juros futuros e a moeda americana para cima. Com isso, o dólar à vista fechou em alta de 0,72%, a R$ 5,4553, e os juros longos acabaram zerando as quedas da semana.

Veja como fecharam os principais vencimentos dos contratos de DI:

  • Janeiro/23: queda de 11,892% para 11,885%;
  • Janeiro/25: alta de 11,063% para 11,17%;
  • Janeiro/27: alta de 11,097% para 11,305%.

PEC dos combustíveis

O novo fator de atenção no mercado doméstico é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que vem sendo negociada pelo governo para reduzir os preços dos combustíveis e da energia elétrica

A PEC dos combustíveis, como vem sendo chamada a proposta do governo para reduzir os preços dos combustíveis e da conta de luz, é um fator de pressão sobre o risco fiscal e, consequentemente, pode pesar sobre os juros futuros e o câmbio.

A intenção do projeto é retirar os tributos federais dos preços da gasolina, do diesel e do etanol, zerando as alíquotas de PIS/Cofins, o que pode gerar uma redução de R$ 50 bilhões na arrecadação federal, segundo uma fonte da equipe econômica informou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Estadão.

Caso seja incluída também a isenção desses tributos sobre a conta de luz, o rombo pode chegar aos R$ 57 bilhões, disse essa mesma fonte. Ainda segundo o Broadcast, técnicos da equipe econômica são contra a PEC, por ter um impacto muito grande nas contas públicas para uma redução de apenas cerca de 20 centavos por litro de combustível.

Com a lembrança do drible no teto de gastos feito pela PEC dos precatórios ainda fresca, o mercado deve ampliar seus temores em relação ao risco fiscal com a nova PEC.

Cautela no exterior

O mercado internacional permanece de olho na invasão iminente da Rússia à Ucrânia, fora os temores em relação à inflação no mundo e a uma possível desaceleração da economia chinesa.

Nesta sexta, pesou sobre o Nasdaq o desempenho das ações da Netflix (NFLX), que desabaram mais de 20% hoje, após a divulgação de um balanço que desagradou o mercado. A empresa lucrou mais que o esperado no quarto trimestre de 2021, mas houve uma desaceleração no crescimento do número de assinantes.

Na Europa, os mercados reagiram mal aos dados fracos de vendas do varejo no Reino Unido, que caíram 3,7% em dezembro ante novembro, bem acima do recuo de 0,6% projetado pelos analistas ouvidos pelo jornal The Wall Street Journal.

Também pesaram por lá o desempenho das petroleiras, prejudicadas pela queda nas cotações do petróleo nesta sexta, num movimento de realização de lucros depois das altas dos últimos dias. Ainda assim, na semana, o WTI terminou em alta de 1,55%, a US$ 85,14 o barril, enquanto o Brent - referência para os preços da Petrobras - acumulou ganho de 2,13%, fechando a US$ 87,89 o barril.

Fed no horizonte

Na próxima quarta-feira (26) ocorre a reunião do Fomc, o comitê de política monetária do Federal Reserve, o banco central americano.

O evento mais esperado do mês não deve trazer surpresas, uma vez que o Fed só deve elevar os juros em março, mas o mercado tem monitorado com atenção quaisquer manifestações dos dirigentes da instituição em relação à política monetária.

Na ocasião, o banco central americano deve dar maiores detalhes sobre o tapering, o processo de retirada de estímulos da economia por meio da compra de ativos, além de dar mais clareza quanto ao número de altas de juros ao longo deste ano.

Analistas internacionais esperam que o BC eleve os juros entre três e cinco vezes ainda em 2022.

Sobe e desce do Ibovespa

Na semana, os grandes destaques do Ibovespa foram as ações de empresas muito sensíveis às variações dos juros futuros, como varejistas, construtoras e techs. A queda nos juros mais curtos beneficiou essas ações, que estiveram entre as maiores altas do período.

Nesta sexta, ainda deu para ver uma continuidade deste movimento. Já a Vale (VALE3) e as siderúrgicas, que também vinham se valorizando ao longo da semana com a alta do minério de ferro e o corte de juros na China, acabaram sofrendo fortes tombos, acompanhando a piora em Nova York no fim da tarde.

Veja as maiores altas do Ibovespa nesta sexta:

CÓDIGOAÇÃOVALORVARIAÇÃO
JHSF3JHSF ONR$ 5,47+5,80%
NTCO3Natura &Co ONR$ 23,17+4,28%
LWSA3Locaweb ONR$ 9,00+4,17%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 6,90+3,76%
HAPV3Hapvida ONR$ 11,92+3,75%

Veja também as maiores quedas:

CÓDIGOAÇÃOVALORVARIAÇÃO
IRBR3IRB ONR$ 3,34-5,11%
USIM5Usiminas PNAR$ 15,86-4,28%
GGBR4Gerdau PNR$ 27,46-4,09%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 11,47-3,61%
KLBN11Klabin unitR$ 24,75-3,36%

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