A bolsa da China vai bombar? As novas medidas do governo para dar fôlego ao mercado local agrada investidores — mas até quando?
Esta não é a primeira medida do governo chinês para fazer o mercado de ações local ganhar tração: em outubro do ano passado, o banco central do país lançou um esquema de swap para facilitar o acesso de seguradoras e corretoras à compra de ações

A China quer dar um novo fôlego para o mercado de ações local, que, como é de se esperar, não tem vivido os melhores dias desde que a crise econômica chegou ao país. E, para isso, Xi Jinping não vai hesitar em fazer mais.
Em um coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (23), o governo chinês anunciou uma série de medidas que vai “obrigar” os maiores fundos mútuos estatais e as seguradoras a comprarem mais ações da bolsa de valores local.
As duas principais orientações de Pequim são as seguintes:
- As grandes seguradoras estatais devem aumentar a proporção das alocações em ativos listadas no bolsa chinesa e devem alocar 30% dos prêmios recém-gerados para a compra de ações;
- Já os fundos mútuos têm que aumentar anualmente em 10% a participação em ações locais, pelos próximos três anos.
Segundo Wu King, presidente do órgão regulador que é semelhante à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), trata-se de um programa piloto, que pode direcionar cerca de 100 bilhões de yuans (R$ 82 bilhões no câmbio atual) por ano para compra de ações listadas no mercado chinês.
Essa não é a primeira vez…
Esta não é a primeira medida do governo chinês para fazer o mercado de ações local ganhar tração. Em outubro do ano passado, o banco central do país lançou um esquema de swap para facilitar o acesso de seguradoras e corretoras à compra de ações, aquecendo a bolsa de valores.
O CSI 300, índice de referência com as 300 principais ações negociadas nas bolsas de Xangai e de Shenzhen, fechou 2024 com um ganho de 15%, mas começou 2025 com o pé esquerdo: caindo 12% em relação ao pico do ano anterior.
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Hoje, após a divulgação das novas medidas, o CSI 300 chegou a subir quase 2% para encerrar a sessão com ganho de 1,01%, aos 3.835,34 pontos, enquanto os papéis da China Pacific Insurance avançaram 3,6%.
Nas palavras de Wu, o pagamento de dividendos e as recompras de ações de empresas chinesas listadas atingiram recordes históricos no ano passado.
O atual dividend yield (retorno de dividendos) do CSI 300 é de 3%, "o que é significativamente maior do que o rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos", afirmou.
O rendimento dos papéis de referência de 10 anos esteve em 1,671% nesta quinta-feira.
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Por que a China quer impulsionar o mercado de ações local
De acordo com especialistas, a expectativa é de que os anúncios desta quinta-feira levem a um fluxo de capital para "ações de valor" na China, que são consideradas significativamente subvalorizadas atualmente.
Se vai funcionar, é outra coisa.
Edith Qian, estrategista de pesquisa de ações da CGS International Hong Kong, prevê que as medidas terão um impacto mínimo nos fluxos de fundos no mercado de ações classe A.
"O esforço para estabilizar o mercado de ações busca principalmente reduzir o efeito negativo da riqueza no consumo das famílias", afirma.
*Com informações da CNBC e da Dow Jones
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