Totvs (TOTS3) enfim abocanha a Linx, da Stone, por mais de R$ 3 bilhões. O que está por trás da compra bilionária?
A Totvs conseguiu fechar uma das maiores transações no setor de tecnologia e software no Brasil dos últimos anos. Veja os detalhes da operação

A tão sonhada compra da Linx, controlada pela StoneCo, pela Totvs (TOTS3) finalmente saiu do papel — em uma das maiores transações no setor de tecnologia e software no Brasil dos últimos anos.
Depois da tentativa frustrada de aquisição há alguns anos, a empresa de tecnologia anunciou na manhã desta terça-feira (22) a compra da Linx por R$ 3,05 bilhões.
Ou seja, menos da metade do valor pago pela Stone para adquirir o controle da companhia em 2020.
- VEJA TAMBÉM: Quer ter acesso em primeira mão às informações mais quentes do mercado? Entre para o clube de investidores do Seu Dinheiro sem mexer no seu bolso
O montante da transação está sujeito a ajustes com base na posição de caixa e dívida líquida da Linx no momento do fechamento. Além disso, não está previsto qualquer pagamento de preço complementar, conhecido como "earn out".
De acordo com o fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Totvs planeja financiar a compra com o próprio caixa e com instrumentos de dívida, que serão contratados “em condições propícias de mercado”.
A operação ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da aprovação dos acionistas da Totvs em assembleia — que, segundo a empresa, será "oportunamente convocada".
Leia Também
Embora a votação ainda nem esteja agendada, a companhia já adiantou que os acionistas Laércio José de Lucena Cosentino e a LC-EH Participações e Empreendimentos — que possuem, juntos, 8,82% das ações da Totvs — serão favoráveis à aprovação da compra da Linx.
Por que a Totvs (TOTS3) comprou a Linx
A compra da Linx pela Totvs (TOTS3) é reflexo da estratégia da companhia de fortalecimento de sua posição no segmento de varejo.
A Totvs espera que essa aquisição abra portas para sinergias significativas, além de ganhos de eficiência operacionais, à medida que amplia seu portfólio e sua capacidade de atender a diferentes perfis de varejistas.
"Com esta aquisição, reforçaremos nossa posição no varejo, expandindo nosso portfólio e fortalecendo nossa capacidade de atender às demandas de todos os perfis de varejistas. Trata-se de um grande e importante avanço em nossa oferta de tecnologia para este setor", disse Dennis Herszkowicz, presidente da Totvs, em nota à imprensa.
Vale ressaltar que a Linx é um dos maiores players de soluções de software para gestão do varejo, com mais de 180 soluções que atendem desde pequenos empreendedores até grandes redes de varejo.
A empresa fechou 2024 com receita de R$ 1,14 bilhão e um Ebitda ajustado de R$ 239 milhões.
Além disso, a forte presença geográfica comercial e de atendimento da Totvs é vista como um “catalisador importante” para a expansão das soluções da Linx.
A longa disputa pela Linx
A história dessa aquisição começou bem antes de 2025.
Em 2020, a Totvs perdeu a corrida pela Linx para a Stone. Naquela época, a Totvs havia oferecido cerca de R$ 6,1 bilhões pela empresa de software, mas a Stone levou a melhor com uma proposta de R$ 6,7 bilhões.
A estratégia da Stone era integrar os sistemas de gestão da Linx com seus serviços de pagamento, criando uma plataforma ainda mais robusta para o varejo.
Contudo, a integração revelou-se mais difícil do que o esperado, e, em 2024, a Stone contratou os bancos Morgan Stanley e JP Morgan para buscar um comprador para a Linx.
Problemas no home office do Itaú (ITUB4)? Por que o banco cortou funcionários em trabalho remoto
Os desligamentos foram revelados pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que publicou uma nota de repúdio às demissões do banco
Mubadala adquire 22,8 milhões de ações para fechar capital da Zamp (ZAMP3), dona do Burger King e do Starbucks no Brasil
A empresa já havia informado que a controladora avaliava uma OPA pelas ações da companhia, mas a transação havia sido questionada por acionistas minoritários
Casamento confirmado: Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) divulgam data de mudança nas ações e aprovam distribuição de R$ 5,6 bi
Após o casamento ter sido aprovado sem restrições pelo Cade, a Marfrig (MRFG3) e a BRF (BRFS3) informaram ao mercado que a data de fechamento está marcada para 22 de setembro de 2025
Raízen (RAIZ4): ações disparam com rumores de aportes; empresa não nega negociação
Na última semana, o Pipeline afirmou que a empresa conversa com os controladores da Suzano (SUZB3) e com o banqueiro André Esteves do BTG Pactual
Nubank (ROXO34) ensina, Mercado Livre (MELI34) aprende: analistas do Itaú BBA escolhem qual ação colocar na carteira agora
Relatório do Itaú BBA compara o desempenho do Mercado Livre e do Nubank e indica qual ação deve ter melhor performance no 3T25
Giant Steps e Dao Capital: o negócio na Faria Lima que chega a R$ 1,2 bilhão sob gestão
Processo de incorporação da Dao conclui o plano estratégico de três anos da Giant Steps e integra o pilar final da iniciativa “Foundation”, lançada em 2023, que busca otimizar a combinação de sinais de alpha, custos de execução e governança de risco
Ação da Azul (AZUL4) chega a saltar mais de 60% nesta segunda (8); o que explica a disparada?
O movimento forte das ações do setor aéreo hoje dá sequência ao fluxo de compra dos últimos dias em ativos de risco e papéis “baratos” da bolsa brasileira, segundo analista
Petrobras avalia aquisição no mercado de etanol de milho, diz jornal, mas Raízen (RAIZ4) não aparece no radar da estatal
Estatal mira o etanol de milho em meio à pressão por diversificação e sustentabilidade, mas opções de aquisição no mercado ainda levantam dúvidas entre analistas
MBRF: o que já se sabe sobre a ‘nova’ dona de Sadia, Perdigão e Montana — e por que copiar a JBS é o próximo passo
Nova gigante multiproteína une Sadia, Perdigão e Montana sob o guarda-chuva da MBRF e já mira o mercado internacional. Veja o que se sabe até agora
Sem BRB, fundos de pensão e banco público correm risco de calote de até R$ 3 bilhões com investimentos em títulos do Master
Segundo pessoas próximas à operação entre o Master e o BRB, o Banco de Brasília carregaria no negócio R$ 2,96 bilhões de letras financeiras do Master. Isso significa que, caso o BC tivesse aprovado o negócio, esses papéis seriam pagos pelo BRB
Reag Investimentos (REAG3): fundador João Carlos Mansur deixa a companhia, após operação Carbono Oculto
Os atuais controladores da Reag Investimentos (REAG3) fecharam acordo de venda de ações com a Arandu Partners — entidade detida pelos principais executivos da gestora — por cerca de R$ 100 milhões
IRB (IRBR3) tenta virar a página cinco anos após escândalo e queda de 96% na B3 — o que pensa o mercado
Após fraude bilionária e quase desaparecer da B3, o IRB tenta se reconstruir e começa a voltar ao radar dos analistas
Ataque hacker contra 2,5 bilhões de usuários do Gmail? Google nega e conta como identificou ‘fake news’, mas admite ação contra outro serviço
Google desmente ataque hacker ao Gmail, esclarecendo mal-entendido sobre vazamento; saiba como proteger sua conta de ameaças online
Raízen (RAIZ4): para o BTG, fim da parceria da Femsa na rede Oxxo representa foco em ativos-chave
O banco vê o anúncio como uma decisão razoável diante das dificuldades financeiras da Raízen
Guerra declarada na Zamp (ZAMP3): minoritários vão à CVM para barrar OPA do Mubadala e a disputa esquenta
Gestoras de investimento entram com contestação na CVM e podem melar os planos do fundo árabe controlador
Hora da lua de mel: Cade aprova fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) sem restrições
A aprovação consolida a MBRF Global Foods Company como uma das líderes globais na indústria alimentícia, com alcance em 117 países
Novo ‘vale-gás’ faz ações da Ultrapar (UGPA3) saltarem mais de 6%; BTG eleva recomendação para compra
Novo vale-gás faz ações da Ultrapar (UGPA3) saltarem e leva BTG a recomendar compra com potencial de alta de 32%
Salvação para o Banco do Brasil (BBAS3)? Governo anuncia pacote de socorro ao agro; ação do BB salta mais de 4%
Segundo Lula, o pequeno produtor terá acesso a até R$ 250 mil de crédito por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com taxa de juros de 6% ao ano
Casas Bahia (BHIA3) anuncia dois novos nomes para o conselho; veja o que muda no alto escalão da companhia
No início de agosto, a Mapa Capital passou a deter participação aproximada de 85,5% do capital social da Casas Bahia, se tornando a maior acionista da varejista
Oi (OIBR3) tem prejuízo líquido de R$ 835 milhões no 2T25; confira os resultados completos
A companhia teve uma reversão do lucro de R$ 15 bilhões em comparação ao ano anterior, quando houve ganho de natureza contábil