Roubo do século: Banco Central autoriza C&M a religar os serviços após ataque hacker; investigações continuam
De acordo com o BC, a suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial e as operações do Pix da fintech voltam ao ar nesta quinta-feira

Após o maior roubo da história do Brasil, a C&M recebeu autorização do Banco Central (BC) para restabelecer os sistemas, que haviam sido interrompidas em um esforço para estancar a sangria do ataque hacker.
Em comunicado, o BC informou que a suspensão cautelar da empresa foi substituída por uma suspensão parcial, permitindo que os sistemas da fintech fossem restabelecidos sob rigoroso controle.
“A decisão foi tomada após a empresa adotar medidas para mitigar a possibilidade de ocorrência de novos incidentes”, escreveu a autoridade monetária.
Dessa forma, as operações do Pix da fintech voltam ao ar nesta quinta-feira, sob regime de produção controlada.
- VEJA MAIS: Já está no ar o evento “Onde investir no 2º semestre de 2025”, do Seu Dinheiro, com as melhores recomendações de ações, FIIs, BDRs, criptomoedas e renda fixa
As operações da C&M poderão ser restabelecidas em dias úteis, das 6h30 às 18h30, desde que aprovadas expressamente pela instituição participante do Pix e que haja um “robustecimento do monitoramento de fraudes e limites transacionais”.
Em nota enviada ao Seu Dinheiro, a C&M confirmou que todas as medidas de segurança previstas em seus protocolos foram “prontamente implementadas”. Isso inclui auditorias independentes, reforço nos controles internos e comunicação com os clientes afetados.
Leia Também
O diretor comercial da C&M, Kamal Zogheib, afirma que a empresa segue colaborando com o Banco Central e com a Polícia Civil de São Paulo e que “continuará respeitando o sigilo das investigações em curso”.
Roubo do século: como aconteceu o maior ataque hacker da história do Brasil?
O ataque ocorreu por meio de uma vulnerabilidade nos sistemas da C&M, que permitiu ao hacker o acesso a diversas contas de clientes da companhia.
A C&M revelou que o crime envolveu o uso indevido de credenciais de clientes, o que possibilitou o acesso fraudulento.
Dessa forma, os mecanismos de segurança não foram ativados para impedir as transações, que movimentaram rios de dinheiro em poucos minutos durante a madrugada de segunda-feira (30).
Estima-se que o ataque cibernético tenha se aproximado da marca de R$ 1 bilhão em dinheiro roubado, embora o valor final ainda não esteja claro. Desse montante, cerca de R$ 400 milhões foram levados da conta reserva da prestadora de serviços de Banking as a Service (BaaS) BMP no BC.
A C&M é uma das sete empresas autorizadas pelo BC a prestar serviços de tecnologia ao sistema financeiro.
Conhecidas como PSTIs, essas empresas oferecem soluções de processamento de dados para instituições financeiras, especialmente em relação a operações de pagamentos instantâneos como o Pix, e transferências de valores.
A origem da falha e a devolução do dinheiro roubado
Ainda não se sabe exatamente qual foi o ponto de vulnerabilidade que causou o rombo bilionário.
Além disso, não há informações confirmadas sobre o total de valores recuperados até o momento.
Fontes que acompanham de perto o caso informaram ao Seu Dinheiro que a BMP conseguiu reaver cerca de R$ 150 milhões graças ao MED (Mecanismo Especial de Devolução), que permite a devolução de transações realizadas via Pix.
O MED facilita o processo de devolução de transações, permitindo que o valor seja estornado ao pagador original.
Apesar da recuperação parcial do dinheiro roubado, a BMP ficou com um rombo relevante nas contas.
A fintech ainda não sabe se conseguirá reaver os R$ 250 milhões restantes, já que a maior parte do dinheiro roubado foi rapidamente convertida em criptomoedas, segundo a fonte.
No entanto, a BMP explicou que os recursos furtados pertenciam exclusivamente à sua conta de reserva no Banco Central, utilizada para a liquidação interbancária.
Em outras palavras, o ataque não afetou as contas dos clientes finais da instituição, que permanecem seguras. O impacto foi restrito ao capital da própria companhia, que utilizava essas contas para garantir operações internas.
Alívio para o BRB (BSLI4): com polêmica compra do Master fora do jogo, Moody’s retira alerta de rebaixamento
Com o sinal vermelho do BC para a aquisição de ativos do Master pelo BRB, a Moody’s confirmou as notas de crédito e estabeleceu uma perspectiva estável para o Banco de Brasília
SLC Agrícola (SLCE3) divulga novo guidance e projeta forte expansão na produção — mas BTG não vê gatilhos no horizonte de curto prazo
Apesar do guidance não ter animado os analistas, o banco ainda mantém a recomendação de compra para os papéis
Ações da Santos Brasil (STBP3) dão adeus para a bolsa brasileira nesta sexta-feira (3)
A despedida das ações acontece após a conclusão de compra pela francesa CMA Terminals
OpenAI, dona do ChatGPT, atinge valor de US$ 500 bilhões após venda de ações para empresas conhecidas; veja quais
Funcionários antigos e atuais da dona do ChatGPT venderam quase US$ 6,6 bilhões em ações
Mercado Livre (MELI34) é o e-commerce favorito dos brasileiros, segundo UBS BB; Shopee supera Amazon (AMZO34) e fica em segundo lugar
Reputação e segurança, custos de frete, preços, velocidade de entrega e variedade de produtos foram os critérios avaliados pelos entrevistados
‘Novo Ozempic’ chega ao Brasil graças a parceira entre farmacêuticas
Novo Nordisk e Eurofarma se unem para lançar no Brasil o Poviztra e o Extensior, versões injetáveis da semaglutida voltadas ao tratamento da obesidade
Ambipar (AMBP3) volta a desabar e chega a cair mais de 65%; entenda o que está por trás da queda
Desde segunda-feira (29), a ação já perdeu quase 60% no valor. Com isso, o papel, uma das grandes estrelas em 2024, quando disparou mais de 1.000%, voltou ao patamar de um ano atrás
Banco do Brasil alerta para golpes em meio a notícias sobre possível concurso
Comunicado oficial alerta candidatos, mas expectativa por novo concurso cresce — mesmo sem previsão confirmada pelo banco
De São Paulo a Wall Street: Aura Minerals (AURA33) anuncia programa de conversão de BDRs em ações na Nasdaq
Segundo a empresa, o programa faz parte da estratégia de consolidar e aumentar a negociação de suas ações na bolsa de Nova York
Oncoclínicas (ONCO3) traça planos para restaurar caixa e sair da crise financeira. Mercado vai dar novo voto de confiança?
Oncoclínicas divulgou prévias e projeções financeiras para os próximos anos. Veja o que esperar da rede de tratamentos oncológicos
Mais uma derrota para a Oi (OIBR3): Justiça nega encerrar Chapter 15 nos EUA. O que isso significa para a tele?
Para a juíza responsável pelo caso, o encerramento do processo “não maximizará necessariamente o valor nem facilitará o resgate da companhia”; entenda a situação
Oi (OIBR3) falha na tentativa de reverter intervenção na alta gestão, mas Justiça abre ‘brecha’ para transição
A decisão judicial confirma afastamento de diretores da empresa de telecomunicações, mas abre espaço para ajustes estratégico
Retorno da Petrobras (PETR3, PETR4) à distribuição é ‘volta a passado não glorioso’ e melhor saída é a privatização, defende Adriano Pires
Especialista no setor de energia que quase assumiu o comando da petroleira na gestão Bolsonaro critica demora para explorar a Margem Equatorial e as MPs editadas pelo governo para tentar atrair data centers ao país
Diretora revela os planos do Bradesco (BBDC4) para atingir 1 milhão de clientes de alta renda no Principal até 2026
Ao Seu Dinheiro, Daniela de Castro, diretora do Principal, detalhou os pilares da estratégia de crescimento do banco no segmento de alta renda
WEG (WEGE3) vive momento sombrio, com queda de 32% em 2025 e descrença de analistas; é hora de vender?
Valorização do real, tarifas de Trump e baixa demanda levam bancos a cortarem preços-alvos das ações da WEG
A Oi (OIBR3) vai falir? Decisão inédita no Brasil pôs a tele de cara com a falência, mas é bastante polêmica; a empresa recorreu
A decisão que afastou a diretoria da empresa e a colocou prestes a falir é inédita no Brasil e tem como base atualização na Lei das Falências; a Oi já recorreu
Azul (AZUL4) apresenta números mais fracos em agosto, com queda na receita líquida e no resultado operacional; entenda o que aconteceu
A companhia aérea, que enfrenta uma recuperação judicial nos Estados Unidos, encerrou agosto com R$ 1,671 bilhão no caixa
Dasa (DASA3) se desfaz de operações ‘prejudiciais à saúde’ e dispara até 10% na bolsa; o que avaliam os analistas?
Ações da rede ficaram entre as maiores altas da B3 após o anúncio da venda das suas operações na Argentina por mais de R$ 700 milhões
Ambipar (AMBP3) tem pregão amargo após contratar BR Partners (BRBI11) para tentar sair da crise sem recuperação judicial
A contratação da assessoria vem na esteira de dias difíceis para a Ambipar, que precisou recorrer à Justiça para evitar cobranças de credores. O que fazer com as ações agora?
Americanas (AMER3) fecha acordo para venda da Uni.Co à BandUP! por R$ 152,9 milhões
Operação prevê pagamento inicial de R$ 20 milhões e parcelas anuais corrigidas pelo CDI