Google teve semana de más notícias nos EUA e Reino Unido; o que esperar da próxima semana, quando sai seu balanço
Nos EUA, juíza alega que rede de anúncios digitais do Google é monopólio ilegal; no Reino Unido, empresa enfrenta ação coletiva de até 5 bilhões de libras por abuso em publicidade

Os últimos dias não têm sido fáceis para a Alphabet, empresa por trás do Google. Na quarta-feira (16), a má notícia para a companhia veio do Reino Unido. Já na quinta-feira (17), os ventos ruins sopraram dos EUA.
No primeiro caso, o Google está sendo processado por possíveis danos de até 5 bilhões de libras (R$ 38,5 bilhões) em uma ação coletiva no Reino Unido.
- VEJA MAIS: Nvidia cai mais de 6% com ‘bloqueio’ de Trump em vendas de chip para a China e analista prefere ação de ‘concorrente’ para investir agora; entenda
A ação alega que a empresa abusou de sua posição dominante no mercado de pesquisas online para cobrar preços mais altos pelos anúncios que aparecem nos resultados das buscas.
Segundo o processo, a gigante da tecnologia dos EUA contratou fabricantes de telefones celulares para pré-instalar o mecanismo de pesquisa do Google e o navegador Chrome em dispositivos Android.
A empresa também pagou à Apple para torná-lo o mecanismo de pesquisa padrão em iPhones, com a intenção de eliminar a concorrência, alega a ação.
Um porta-voz da Google disse à agência de notícias Reuters que o caso era especulativo e oportunista, acrescentando que os consumidores e anunciantes recorrem à empresa porque ela é útil.
Leia Também
“O Google tem aproveitado seu domínio no mercado de pesquisa geral e de publicidade em buscas para cobrar mais dos anunciantes”, disse a especialista em direito da concorrência Or Brook, que apresentou a ação em nome de milhares de empresas.
A ação está sendo tomada em nome de organizações do Reino Unido que publicaram anúncios na plataforma de janeiro de 2011 até o momento em que a reclamação foi apresentada.
O órgão regulador antitruste da Reino Unido lançou em janeiro uma investigação sobre os serviços de busca do Google, incluindo seu impacto nos mercados de publicidade.
'Monopólio ilegal', segundo juíza dos EUA
O caso na Justiça dos EUA não é muito diferente. Na quinta-feira (17), a juíza distrital Leonie Brinkema, da Virgínia, considerou o Google um "monopolista abusivo" por explorar ilegalmente parte de sua tecnologia de marketing on-line para aumentar os lucros.
A decisão vem na esteira de outra tomada em agosto, quando um juiz federal concluiu que o mecanismo de busca da empresa tem aproveitado ilegalmente seu domínio para sufocar a concorrência e a inovação. Ele agora está analisando uma solicitação do Departamento de Justiça para desmembrar a empresa.
- VEJA MAIS: Como declarar os seus investimentos? Guia gratuito do Seu Dinheiro ensina como acertar as contas com o Leão
No novo caso, o Departamento de Justiça e um grupo de estados processaram o Google argumentando que seu monopólio na tecnologia de anúncios permitiu que a empresa cobrasse preços mais altos e ficasse com uma parcela maior de cada venda.
O momento não é dos melhores para a gigante da tecnologia. Ao mesmo tempo em que enfrenta decisões contrárias na Justiça, a empresa tenta se reposicionar em meio à crescente onda da inteligência artificial generativa, com a startup OpenAI dominando o mercado com seu ChatGPT.
O crescimento da receita tem desacelerado nos últimos anos, e o Google enfrenta agora o potencial adicional de uma desaceleração nos gastos com publicidade, devido às preocupações econômicas decorrentes das novas tarifas comerciais do presidente Donald Trump.
Vem aí: o que esperar do balanço do Google
O preço das ações da Alphabet (GOOG) caiu mais de 1% na quinta-feira (17) e acumula baixa de 20% neste ano.
Na próxima quinta-feira (24), após o fechamento dos mercados, o Google divulga seus resultados do primeiro trimestre de 2025.
- VEJA TAMBÉM: Quer saber mais sobre viagens, gastronomia, moda e estilo? Cadastre-se para receber a newsletter gratuita do Lifestyle do Seu Dinheiro
A Alphabet deve reportar uma receita de US$ 89,22 bilhões no primeiro trimestre fiscal, um aumento de 11% em relação ao ano anterior, e um lucro líquido de US$ 24,71 bilhões, ou US$ 2,01 por ação, acima dos US$ 23,66 bilhões, ou US$ 1,89 por ação, do ano anterior, segundo expectativa de analistas reportada pelo site Investopedia.
Ainda segundo a Investopedia, dos 19 analistas que acompanham a Alphabet e são monitorados pela Visible Alpha, 14 recomendam "comprar" as ações, enquanto os demais recomendam "manter".
O preço-alvo consensual próximo a US$ 195 sugere uma alta de aproximadamente 29% em relação ao preço de fechamento de quinta-feira, em torno de US$ 151.
Durante a teleconferência de resultados da empresa, a Alphabet poderá ser questionada por analistas sobre a decisão judicial desta semana nos EUA.
Vem aí: julgamento histórico
O Google também enfrenta um julgamento histórico na segunda-feira (21), quando as autoridades antitruste dos Estados Unidos em Washington tentam forçar o gigante da tecnologia a vender seu navegador Chrome como parte de uma tentativa de restaurar a concorrência no mercado de mecanismos de busca online.
O Google planeja recorrer da decisão final do caso.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e uma coalizão de 38 procuradores-gerais estaduais propuseram medidas destinadas a abrir rapidamente o mercado de busca e dar aos novos concorrentes uma vantagem.
As propostas incluem o fim dos acordos exclusivos nos quais o Google paga bilhões de dólares anualmente à Apple e a outros fornecedores de dispositivos para tornar o Google o mecanismo de busca padrão em seus tablets e smartphones.
* Com informações de Estadão Conteúdo
Totvs (TOTS3) diz que ainda negocia com a Stone (STNE) a compra da Linx, mas nega busca por financiamento
Empresa rebate reportagem sobre suposta movimentação com bancos e diz que ainda não assinou contrato definitivo
Santander rebaixa recomendação para ações da B3 (B3SA3) e indica que tem opções melhores para se investir; veja quais
Relatório aponta volumes de negociação fracos, apesar do bom desempenho, e sinaliza empresas que oferecem múltiplos mais promissores no cenário atual
Petrobras (PETR4) avalia voltar ao mercado de venda de combustíveis para conter preços ao consumidor, mas há pedras no caminho
A proposta buscaria resolver a insatisfação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao preço dos combustíveis
Claude, inteligência artificial da Anthropic, ganha versão para o mercado financeiro
Ferramenta foi criada para aproximar IAs generativas do trabalho de analistas e gestores
Nem K-Pop, nem Golden: dólar fraco ajuda, Netflix supera previsão de resultado no 2T25 e projeta receita maior para o ano
O crescimento saudável do número de assinantes e das vendas de anúncios também apoiaram o desempenho da gigante do streaming entre abril e junho; confira os números
Lucro bilionário e liderança isolada: JP Morgan vale mais do que os três maiores concorrentes juntos
O banco norte-americano seguiu em expansão no segundo trimestre e encerrou o período com US$ 1,5 trilhão em ativos — US$ 1 trilhão à frente do segundo colocado
Engie Brasil Energia (EGIE3) levanta R$ 2,2 bilhões em estreia nas debêntures verdes
Recursos serão destinados a parques renováveis, transmissão e modernização hidrelétrica
Totvs (TOTS3) já sobe 60% no ano; entenda os motivos por trás da alta e se ainda há espaço para mais, segundo o Itaú BBA
As ações da Totvs são vistas como escolha de qualidade e defensiva para investidores de longo prazo; entenda
Até o Banco do Brasil (BBAS3) pode pagar a conta das tarifas de Trump: Moody’s revela o impacto da guerra comercial para os bancos brasileiros
Para a Moody’s, o setor financeiro já vivia um cenário complexo, dadas as taxas de juros elevadas e as tendências de inadimplência — e as tarifas dos EUA devem ajudar a complicar a situação
Weg (WEGE3) avança na bolsa: tarifas não assustam mercado, enquanto analistas enxergam papéis “baratos” antes do 2T25
Com queda acumulada no ano e expectativa de alta na demanda, mercado volta a apostar em recuperação das ações ainda em 2025
Gafisa (GFSA3) aumenta oferta de follow-on em R$ 27 milhões e amplia “presente” aos acionistas que participarem; entenda
As modificações atingem a “vantagem adicional gratuita”, que é disponibilizada aos investidores que decidirem participar
Gol (GOLL54) emite mais de 9 trilhões de ações e conclui capitalização bilionária; confira os detalhes da reestruturação
A operação teve como objetivo converter em ações os créditos devidos pela Gol, conforme o plano de recuperação judicial aprovado na Justiça dos EUA
Cade dá sinal verde para Nelson Tanure comprar controle da Braskem (BRKM5) mesmo sem OPA. O que falta para a aquisição sair do papel?
O Cade aprovou, sem restrições, a potencial transação proposta pelo empresário. No entanto, há outras etapas a serem concluídas antes que uma eventual troca de controle se concretize
Um cliente, US$ 52 bilhões a menos: a saída inesperada que derrubou as ações da BlackRock; entenda o que aconteceu
No pregão da última terça-feira (15), as ações da gestora listadas na bolsa de Nova York chegaram a desabar 7% após a divulgação dos resultados
Para o BTG, venda da Santa Elisa mostra pressa da Raízen (RAIZ4) em ganhar eficiência
Analistas enxergam movimento simbólico na reestruturação da companhia e destacam impacto operacional além do financeiro
Usiminas (USIM5): Os seis motivos que explicam por que o Goldman Sachs rebaixou as ações — um deles tem a ver com a CSN (CSNA3)
As ações encerraram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de o banco rebaixar as ações citando a China e a CSN entre as razões
US$ 10 bilhões para mudar o mundo: Jeff Bezos escala veterano da Amazon para comandar fundo climático
Ex-chefe da divisão da assistente de voz Alexa na Amazon deixa a aposentadoria para liderar uma das apostas mais simbólicas do bilionário em seu “legado verde”
Entenda o que está em jogo para Nvidia e AMD com retomada de vendas para a China
Após a proibição imposta em 15 de abril, rumores sugerem que a licença para embarques de GPUs de IA à China pode ser retomada; Bank of America faz projeções para as ações das duas empresas
Heineken sobe preço da cerveja no Brasil e Ambev (ABEV3) brinda com alta das ações
Os papéis da gigante das bebidas surgem entre as maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira (16) na esteira da notícia de que a holandesa vai reajustar preços depois de um ano
Ações da Aura Minerals chegam a Wall Street, mas IPO fica abaixo da meta de US$ 210 milhões
A mineradora canadense desembarcou nesta quarta-feira (16) com as ações AUGO na bolsa norte-americana Nasdaq