BYD atrasa abertura de fábrica brasileira, mas diz que quer transformar a Bahia no “Vale do Silício da América Latina”
Chinesa fabricante de carros elétricos apresentou sua estrutura de produção no local onde um dia operou a Ford; montadora aguarda licenças para dar pontapé inicial

A Bahia se tornará o Vale do Silício da América Latina. Esta foi a promessa feita pela vice-presidente global da BYD, Stella Li, nesta terça-feira (1º), durante evento de apresentação da fábrica da montadora chinesa em Camaçari (BA), onde um dia operou a Ford.
“Estamos construindo uma das maiores fábricas dedicadas a veículos de nova energia. Nosso objetivo é fazer com que o Estado da Bahia seja o Vale do Silício da América do Sul”, disse a executiva.
Ainda não se trata, porém, da esperada inauguração da unidade de Camaçari. Isso porque a BYD ainda aguarda aprovações regulatórias para oficialmente dar início às operações, como licença ambiental e alvará do corpo de bombeiros.
- VEJA MAIS: Já está no ar o evento “Onde investir no 2º semestre de 2025”, do Seu Dinheiro, com as melhores recomendações de ações, FIIs, BDRs, criptomoedas e renda fixa
“Esse processo dos últimos 15 meses tem sido tão difícil. Temos encontrado muitos obstáculos, então viemos trabalhando a confiança das autoridades”, afirmou Stella Li. A produção no Brasil foi anunciada em julho de 2023, prevendo um investimento de R$ 3 bilhões no país.
De todas as formas, a “pré-inauguração” da unidade em Camaçari acontece em uma corrida contra o tempo para bater a rival chinesa GWM, que também anunciou fábrica no Brasil e deve começar a produção em Iracemápolis, em São Paulo, já neste mês de julho.
100% brasileiro, só que não
O evento da BYD realizado nesta terça-feira marcou a apresentação do primeiro carro elétrico da montadora chinesa totalmente montado no Brasil: um BYD Dolphin Mini “100% brasileiro”.
Leia Também
Cade decide apurar suposta prática de venda casada pelo Banco do Brasil (BBAS3)
As partes desse veículo vieram prontas da China e só algumas etapas de sua montagem foram feitas aqui no país, num sistema conhecido na indústria automotiva como SKD (semi knocked down). Além disso, o modelo não está liberado para venda comercial; trata-se de um automóvel de teste, que antecede o começo da linha de produção.
O modelo escolhido, o Dolphin Mini, é atualmente o mais barato da BYD no país (cerca de R$ 119 mil), atrás apenas do concorrente Renault Kwid E-Tech (R$ 99.990). Lançado no Brasil em fevereiro de 2024, o menor modelo da fabricante chinesa conquistou o posto de elétrico mais vendido do país, com quase 35 mil unidades comercializadas desde então.
- E MAIS: Hora de ajustar a rota – o evento “Onde investir no 2º Semestre” reuniu gigantes do mercado financeiro com as principais oportunidades para o restante de 2025
Quando a produção estiver liberada, as máquinas presentes na unidade de Camaçari devem finalizar também outros dois modelos, só que híbridos: o Song Pro e o King.
Futuramente, a BYD espera lançar por aqui também um modelo com motor híbrido flex, desenvolvido para rodar com a tecnologia elétrica, mas também com gasolina e o etanol brasileiro. No entanto, ainda não há previsão de lançamento.
Plano é nacionalizar a produção gradualmente
A expectativa é que a licença para produção em série saia nos próximos dias ou semanas, segundo Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD no Brasil.
“A velha indústria não está inquieta à toa. Ela perceberá hoje que não viemos aqui só para a montagem de carros. É produção nacional e desenvolvimento no Brasil, com cadeia produtiva em conjunto com fornecedores locais”, disse o executivo.
Como parte do contrato fechado com os governos estadual e federal, a BYD deverá nacionalizar a produção gradualmente. “Todo o complexo será usado para a prospecção de fornecedores”, disse Baldy.
- VEJA TAMBÉM: Quais são as melhores ações, fundos imobiliários, títulos de renda fixa, ativos internacionais e criptomoedas para o 2º semestre de 2025? Gigantes do mercado financeiro revelam suas apostas
A planta de Camaçari deve evoluir gradualmente para produção nacional completa, incluindo estampagem, soldagem, pintura e aumento do conteúdo local, segundo a montadora chinesa.
“O regime de transição para esse processo de montagem contratualmente estabelece o prazo de 12 meses. Portanto, nós teremos 12 meses no regime de montagem SKD para atender a nossa produção local. Passado esse período, queremos em 2026 já nacionalizar essa produção”, afirmou Baldy.
De acordo com o executivo, a projeção da BYD é encerrar o ano com 50 mil carros produzidos em Camaçari, atingindo a marca de 150 mil até 2026, e quadruplicar essa produção ao longo de cinco anos.
Segundo a BYD, o investimento na planta de Camaçari será superior a R$ 5,5 bilhões, e o objetivo é contratar 3 mil novos funcionários até o fim deste ano.
- E MAIS: O que esperar do 2º semestre? Especialistas do mercado financeiro apontam como se posicionar para buscar lucros no evento gratuito do Seu Dinheiro
Vale destacar que a inauguração da fábrica de Camaçari está sendo realizada em etapas. Assim que o faseamento estiver concluído, a expectativa da BYD é gerar até 20 mil empregos diretos e indiretos.
A expectativa é que, nos próximos 15 meses, a fábrica supere a marca de 4,6 milhões de metros quadrados, consagrando-a como a maior fábrica de veículos elétricos da América do Sul. Essa será também a maior unidade produtiva da BYD fora da Ásia.
*A jornalista viajou a convite da BYD.
Mais um golpe no Banco Master: INSS revoga autorização para consignado após reclamações de aposentados e pensionistas
Além de enfrentar dificuldades para se capitalizar, o banco de Daniel Vorcaro agora perde o credenciamento para operar com aposentados e pensionistas
Raízen (RAIZ4) em uma derrocada sem fim: ações agora valem menos que R$ 0,90. O que pressiona a empresa desta vez?
Embora a queda das ações chame atenção, os papéis RAIZ4 não são os únicos ativos da Raízen que estão sob pressão
Cyrela (CYRE3) e Direcional (DIRR3) entregam boas prévias, mas amargam queda na bolsa; veja a recomendação dos analistas
Empresas avançaram em segmentos de expansão e registraram boas vendas e lançamentos mesmo com juros altos; MCMV dá fôlego no presente e futuro
Venda irregular? Participação do CEO da Ambipar (AMBP3) encolhe com suposta pressão de credores
Tércio Borlenghi Junior informou que a participação no capital social total da companhia caiu de 73,48% para 67,68%
App de delivery chinês Keeta começa a operar neste mês no litoral paulista, com investimento no país previsto em R$ 5,6 bilhões
A marca internacional da Meituan estreia em Santos e São Vicente com mais de 700 restaurantes parceiros antes de expandir entregas pelo Brasil
Aura Minerals (AURA33) brilha com produção recorde na prévia do 3T25 — e o Itaú BBA revela se ainda vale comprar as ações
Segundo o CEO, Rodrigo Barbosa, a mineradora está bem posicionada em relação ao guidance de 2025
Banco Central nega transferência de controle do BlueBank para Maurício Quadrado; banco segue sob guarda-chuva do Master
O mercado já havia começado a especular que a transferência poderia não receber o aval da autoridade monetária
Do vira-lata caramelo a um carro de luxo: amor pelos cães une Netflix, Chevrolet e Rolls-Royce
Um casal americano encomendou um Rolls-Royce em homenagem ao próprio cachorro; no Brasil, a Chevrolet lançou o Tracker Caramelo, em parceria com o filme da Netflix
Na onda da simplificação, Natura (NATU3) anuncia incorporação da Avon Industrial
Segundo fato relevante, o movimento faz parte da estratégia do grupo de simplificação e reorganização de sua estrutura societária e de governança, iniciada em 2022
JHSF (JHSF3) acelera no mercado de luxo com aquisição de empresa administradora de iates e jatos
BYS International opera na gestão de grandes embarcações, um mercado de luxo que deve dobrar até 2034
Cury (CURY3) bate recorde de geração de caixa no 3T25, e quem sai ganhando são os acionistas; saiba o que esperar agora, segundo o vice-presidente
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Leonardo Mesquita comentou sobre os resultados da prévia operacional do terceiro trimestre e indicou o foco da empresa para o fim deste ano
Ações da Tenda (TEND3) caem depois de prévia do operacional ficar abaixo das expectativas; hora de vender?
Valor geral de vendas trimestrais da companhia caiu mais de 20% em comparação ao mesmo período no ano passado
Alta cúpula da Oi (OIBR3) oficialmente sai de cena, mas tele já tem nomes definidos para conduzir a transição
O gestor judicial indicou os nomes que devem compor o novo comitê de transição da Oi; confira quem são os executivos
Oncoclínicas (ONCO3) recebe aval de acionistas para novo aumento de capital bilionário; ações tombam mais de 18%
O aumento de capital irá injetar até R$ 2 bilhões na companhia, pelo preço de R$ 3 por ação. Veja o que esperar da empresa
Combo de streaming do Mercado Livre tem Netflix, Disney+, HBO Max e Apple TV em um só plano
Novo plano do Mercado Livre combina streaming, benefícios financeiros e entrega rápida em um único pacote
Quando o CEO precisa visitar a floresta: o segredo do sucesso, segundo conselheiros do Magalu (MGLU3) e da Suzano (SUZB3)
Do chão da fábrica às salas de conselho, lideranças defendem que ouvir pessoas e praticar governança é o caminho para empresas sustentáveis no futuro
Com forte exposição à Ambipar (AMBP3), BlueBank, de Maurício Quadrado, busca comprador, diz site
Papéis da empresa de soluções ambientais caíram 95% em 15 dias em meio a desconfiança do mercado
PlayStation Store dá até 90% de desconto em títulos PS4 e PS5, mas o IOF joga contra
Enquanto jogadores reclamam da cobrança de IOF nas compras digitais, a PlayStation Store tenta compensar com descontos que chegam a 90% em títulos de PS4 e PS5
Acionistas do Méliuz (CASH3) podem acabar com mais bitcoins (BTC) por ação com novo programa de recompra
O conselho de administração do Méliuz aprovou a criação de um programa para aquisição de até 9,1 milhões de papéis CASH3
Infracommerce (IFCM3) cansa de ser penny stock e avança em grupamento de ações. O que isso significa para o investidor?
Os acionistas decidiram aprovar em AGE a proposta de grupamento de ações da Infracommerce, na proporção de 20 para 1. Entenda o que muda