Super Quarta vem aí: corte de juros nos EUA abre espaço para o Copom cortar a Selic?
Luís Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, fala sobre o início do ciclo de afrouxamento monetário nos EUA e o debate sobre os efeitos no Brasil

Depois de meses de expectativa, o corte de juros nos Estados Unidos está no radar e já começa a mexer com o preço dos ativos em todo o mundo. A decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) marca uma virada importante no ciclo monetário global e reacende as dúvidas sobre o quanto a liquidez internacional pode impulsionar mercados emergentes como o Brasil.
Mas a mudança não é apenas econômica. A pressão política de Donald Trump sobre o Fed levanta questionamentos sobre a independência da instituição e adiciona uma camada de incerteza à conjuntura internacional.
Luís Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, é o convidado do Touros e Ursos desta semana para falar sobre todos esses assuntos. Para Leal, os cortes de juros nos EUA representam uma oportunidade de alocação, mas também trazem riscos imediatos.
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O efeito Trump sobre o Fed
Para o economista, a má notícia é que o Fed não deve cortar tanto o juro quanto o mercado espera. “Existe uma divisão muito grande no Fomc, que provavelmente vai indicar só dois cortes, não três como o mercado espera”, disse.
Isso pode provocar uma correção de preço de curto prazo nos ativos, mas não muda a direção de queda.
Já a boa notícia fica para 2026, quando a composição do Fed pode mudar de forma relevante. Leal pontua como Trump já indicou nomes mais “dovish” (favoráveis a juros baixos) e pode ganhar maioria na diretoria.
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O problema é a independência da instituição diante de uma maioria favorável ao presidente dos EUA. “A gente sempre quis que o Brasil parecesse com os EUA e agora são os EUA que parecem com o Brasil. Isso não é bom”, disse o economista, comparando o risco de ingerência política.
Selic, bolsa e eleições no Brasil
Se os juros americanos caem, aumenta a liquidez global — e o Brasil pode se beneficiar. Mas aqui, a taxa básica continua em 15% ao ano, o que mantém a renda fixa atraente e limita a entrada de investidores locais na bolsa, segundo o economista.
“A bolsa brasileira está na mão do estrangeiro. Quando o gringo entra, a bolsa sobe; quando sai, a bolsa cai”, disse Leal.
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E sem o estrangeiro disposto a assumir risco, o economista acredita que o mercado acionário brasileiro perde fôlego e depende quase exclusivamente do fluxo global para ganhar tração.
Diferentemente de muitos analistas neste momento, a visão de Leal não é de um otimismo tão forte com o Ibovespa. Para 2026, ele espera um cenário altamente volátil devido às eleições presidenciais.
“A eleição vai ser o fator decisivo. Se houver manutenção do governo, o mercado deve reagir mal. Se houver perspectiva de mudança, os ativos brasileiros podem valorizar muito”, avaliou. “Teremos ‘300 mil’ pesquisas sendo divulgadas, e cada uma vai mexer com o mercado”.
E os investimentos?
Na visão de Luís Otávio Leal, a carteira do investidor precisa equilibrar proteção e oportunidades. Ele recomenda manter uma parcela relevante em títulos indexados à inflação, especialmente com vencimentos intermediários, para garantir ganho real em um cenário de juros elevados e incerteza fiscal.
“É um investimento que preserva poder de compra e ainda entrega um retorno consistente mesmo em um cenário de volatilidade política”, afirmou.
Ao mesmo tempo, o economista defende uma dose de risco controlado. Ações do setor de consumo aparecem como alternativas para capturar a recuperação da economia, enquanto ativos globais também têm espaço.
“Bitcoin pode ocupar até 5% da carteira, não como reserva de valor, mas como diversificação. Já o ouro segue como proteção clássica em momentos de instabilidade”, disse.
Touros e Ursos da semana
No quadro que dá nome ao podcast — em que os “touros” são os destaques positivos e os “ursos” são os negativos —, a China foi nomeada um urso pelos dados fracos de indústria e varejo.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) também entrou na lista negativa pela aposta arriscada de radicalizar o discurso contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os Touros, a tecnologia brilhou: a Alphabet ultrapassou US$ 3 trilhões em valor de mercado, e a Oracle surpreendeu com alta de mais de 40% em um único pregão.
Veja detalhes dos Touros e Ursos e o episódio completo no YouTube:
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