Do streaming ao toca-discos: por que o vinil ainda move fortunas
Taylor Swift, Lady Gaga e outros nomes mostram que o vinil não é só música: é objeto desejo, marketing e um formato que movimenta bilhões no mundo
O mundo da música já se rendeu ao streaming. Spotify, Apple Music e afins concentram a maior parte das receitas da indústria, oferecendo acesso instantâneo a milhões de faixas por alguns poucos reais por mês.
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Mas, em meio a essa avalanche digital, um velho conhecido segue desafiando as estatísticas: o vinil.
Segundo a Recording Industry Association of America (RIAA), os discos de vinil já respondem por mais de três quartos das receitas físicas do mercado de música nos Estados Unidos em 2025, movimentando cerca de US$ 1,4 bilhão por ano apenas por lá.
No cenário global, estimativas apontam que o mercado de LPs deve alcançar US$ 2,4 bilhões em 2025, segundo consultorias do setor.
É um feito notável para um formato que, nos anos 1990, parecia condenado à extinção diante do avanço dos CDs e, mais tarde, dos arquivos digitais.
O apelo do ritual
Por que alguém pagaria R$ 200 em um LP quando pode ouvir a mesma música no celular por muito menos? A resposta está menos na praticidade e mais na experiência. O vinil exige um ritual: tirar o disco da capa, posicionar na vitrola, ajustar a agulha.
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Esse processo, que para alguns soa antiquado, é justamente o que encanta colecionadores e jovens que nunca viveram a era dos LPs.
Mais do que ouvir, trata-se de sentir a música. A capa grande, as edições especiais em vinil colorido, o encarte repleto de fotos e letras transformam o consumo em uma experiência tátil e visual — algo que o streaming não entrega. Isso sem contar o “peso” da agulha, que funciona como um amplificador dos sons gravados nos bolachões.
Escassez planejada: quando música vira investimento
Outro ponto é a lógica da exclusividade. Gravadoras e artistas perceberam que edições limitadas em vinil funcionam como itens de colecionador.
Tiragens numeradas, discos coloridos e box sets luxuosos se esgotam em horas e muitas vezes reaparecem no mercado secundário por preços multiplicados.
E isso não é coincidência. Um levantamento publicado pela Marketing Interactive em 2025 mostra que a combinação de nostalgia com escassez planejada é hoje uma das estratégias mais eficazes para elevar percepção de valor e engajamento do consumidor.
Na prática, os exemplos falam mais alto que a teoria:
- Em 2024, Taylor Swift apostou em múltiplas versões limitadas de The Tortured Poets Department — com vinis em cores diferentes e capas alternativas. O resultado? Mais de 850 mil cópias vendidas em vinil nos EUA só na semana de lançamento.
- Já em 2025, Lady Gaga colocou Mayhem no topo das paradas físicas ao apostar em tiragens especiais de vinil, que somaram 74 mil unidades vendidas em apenas sete dias.
Nostalgia em tempos digitais
Há também o fator emocional. Em tempos de incerteza e excesso de estímulos digitais, a nostalgia virou produto de alto valor.
Comprar um vinil dos Beatles, dos Mutantes ou até de artistas contemporâneos em edições retrô é, para muitos, uma forma de reconectar-se com memórias ou criar um passado simbólico que nunca viveram.
Não à toa, relatórios globais apontam a nostalgia como um dos grandes motores de consumo em 2025.
E o vinil talvez seja o objeto mais icônico dessa tendência. Afinal, poucas coisas traduzem tão bem a ideia de “voltar no tempo” quanto colocar uma agulha sobre um LP.
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