Adeus, débito automático e boletos: BC prevê revolução com o Pix Automático e espera forte adesão à novidade
Para o BC, o Pix regular representou uma primeira revolução nos meios de pagamento do Brasil. O Pix Automático foi projetado para ser a segunda revolução
O Pix Automático será lançado em duas semanas, em 16 de junho — mas já se fala sobre essa nova funcionalidade do sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central há algum tempo.
Para o BC, o Pix regular representou uma primeira revolução nos meios de pagamento do Brasil. O Pix Automático foi projetado para ser a segunda revolução.
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Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (4), no evento Conexão Pix, Renato Gomes, diretor de organização do sistema financeiro e de resolução do BC, afirmou que a nova funcionalidade deve atuar principalmente em três frentes:
- Substituir as funções de débito automático;
- Diminuir o uso de boletos e
- Incluir 60 milhões de brasileiros que não têm cartão de crédito no sistema financeiro.
Para Gomes, o novo lançamento é considerado revolucionário não apenas pela comodidade e inclusão de novos consumidores, mas também por permitir que novos comerciantes ofereçam pagamentos com recorrência e por diminuir custos para as empresas.
"O débito automático é um acordo bilateral entre empresa e banco e tem um custo muito alto. Muitas empresas têm dezenas de contas para oferecer o serviço em diferentes instituições financeiras. Isso acaba com o Pix Automático. O mesmo vale para o boleto, que também é um serviço caro e exige que todo mês seja refeito", disse Gomes.
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Fim do débito automático e decadência do boleto
Ailton Aparecido da Silva, head de produtos de pagamentos PJ do Santander, acredita que o débito automático será completamente canibalizado pelo Pix Automático.
"É uma questão de tempo", afirmou, em painel no evento do Banco Central.
O Santander vem se preparando há meses para estar com todo o sistema pronto no dia do lançamento, em 16 de junho. Ailton afirmou que todas as APIs já estão disponíveis para as empresas testarem, assim como explicações de procedimentos e outros detalhes operacionais.
"Tem um apelo muito grande para as empresas. Potencial de digitalizar mais o cliente, reduzir a inadimplência e também oferece uma previsibilidade de caixa que é relevante do ponto de vista de liquidez imediata e de oportunidade de contratação de crédito", afirmou o head do Santander.
Em relação aos boletos, Silva afirma que o meio de pagamento deve ser mais resiliente do que o débito automático por ter uma dinâmica diferente para as empresas.
Existem casos em que os boletos são oferecidos como pagamento para uma única vez, não com recorrência. E os recebíveis de boletos também são utilizados como garantia para concessão de crédito.
"Acredito que haverá uma migração parcial, mas boleto e Pix Automático devem coexistir pelo valor que uma carteira de boletos tem para as empresas", disse.
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Pix é popular
Os 60 milhões de brasileiros que não têm acesso ao cartão de crédito foram relembrados inúmeras vezes ao longo dos painéis do evento do Banco Central.
Para as empresas, são vistos como possíveis novos clientes para se conquistar. Para o Banco Central, são mais brasileiros para adentrar no sistema financeiro e usar todos os recursos possíveis.
"79 milhões de brasileiros que não faziam transações digitais antes do Pix agora fazem. Temos 160 milhões de chaves ativas para operações. Conseguimos o impacto de bancarizar cidadãos que não eram bancarizados. O próximo passo agora é atingir essas pessoas que não têm cartão de crédito", disse Gomes.
A plataforma de pagamentos Adyen apresentou em um painel uma pesquisa feita em parceria com a Opinion Box sobre o Pix Automático.
Segundo Rodrygo Moço, head de produtos da Adyen LatAm, a pesquisa feita em abril com 2.269 consumidores mostrou que 30% dos respondentes já conheciam ou tinham ouvido falar do Pix Automático.
Mais do que isso: 90% tinham a intenção de experimentar o novo serviço do Banco Central de alguma forma.
O head da Adyen disse que o Pix já é uma marca consolidada e bem vista pelos brasileiros, por isso vê uma adesão ainda mais rápida do novo serviço a ser lançado.
Detalhes do Pix Automático
O Pix Automático, assim como o Pix regular, será gratuito para quem paga.
As empresas que aderirem ao método de pagamento precisarão de um banco para condensar os recebimentos e isso poderá ter algum custo.
Mas é algo que o diretor do BC, Renato Gomes, minimiza, pois vê muita concorrência entre as instituições financeiras e nenhuma vantagem em ter custos extras para as empresas.
Diferentemente do débito automático, todo agendamento de pagamento será notificado ao consumidor, para que ele aprove ou cancele e confira os valores.
Também será possível cadastrar um valor máximo e mínimo para cada pagamento. Segundo o BC, a intenção é que o consumidor tenha completo controle e transparência sobre suas finanças pessoais.
O cliente também poderá decidir se deseja acionar o seu cheque especial ou limite de crédito no caso de não ter o valor em conta no dia da cobrança. Caso não queira, será aberta uma inadimplência com o pagamento, que deverá ser negociada com a empresa recebedora.
Para evitar fraudes, o Banco Central irá publicar uma normativa amanhã (5) sobre regras para as empresas aderirem ao Pix Automático.
- O nome da empresa recebedora deverá coincidir com o cadastro na Receita Federal;
- O CNPJ deve estar ativo há pelo menos seis meses e
- O provedor de serviços de pagamento contratado também será responsável e responsabilizado por verificar a identidade da empresa.
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