Campos Neto sobre stablecoins: redução da intermediação bancária será o grande tema do universo dos criptoativos no curto prazo
Além disso, o ex-presidente do BC explica que a política monetária também está ameaçada com essa desintermediação

As stablecoins são o assunto do momento no mercado de criptomoedas e Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central e atual vice-presidente e chefe global de Políticas Públicas do Nubank (ROXO34), fez suas apostas de como elas impactarão o mercado nos próximos meses: a desintermediação bancária.
“Quando uma pessoa retira dinheiro de depósitos bancários e o coloca em uma carteira digital (wallet) para transacionar, ela está diminuindo o volume de depósitos nos bancos. Isso pode acarretar em uma diminuição na capacidade do banco de oferecer crédito e, consequentemente, em uma desintermediação bancária”, explicou.
Isso porque, atualmente, a forma mais popular de se obter crédito é via bancos. A partir do momento que existe um mercado descentralizado, como DeFis (finanças descentralizadas) e DEXs (exchanges descentralizadas), é possível acessar o crédito com uma wallet — isto é, sem a necessidade de um banco.
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Para ele, esse será o “grande tema” de debate entre os emissores de stablecoins e os representantes dos Bancos Centrais pelo mundo nos próximos seis meses, dado que essas “criptomoedas com lastro” tendem a acelerar o processo de desintermediação.
Ele palestrava no evento Digital Assets Conference (DAC) 2025, promovido pelo Mercado Bitcoin (MB) nesta terça-feira (23).
Além disso, o ex-presidente do Banco Central brasileiro explica que a política monetária também está ameaçada com essa desintermediação, tendo em vista que ela também é feita via crédito dos bancos junto à autoridade monetária.
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Afinal, para quem as stablecoins são boas?
No mesmo evento, Campos Neto questionou uma visão do mercado cripto de que, no futuro, existiriam uma série de stablecoins colateralizadas (lastreadas) em moedas diferentes.
“Não faz sentido. Hoje, 99% das stablecoins são em dólar e justamente porque exerce a função de dolarizar uma economia instável. Não haveria porque ter uma stable em outra moeda” comenta.
Além disso, o ex-presidente do BC entende que quem se beneficia dessa demanda é o Tesouro dos Estados Unidos, especialmente após o Genius Act regular o segmento de stablecoins e determinar que a colateralização dos tokens deve ser em ativos líquidos da economia norte-americana, como títulos do Tesouro dos EUA ou dólares.
“Esse é um presente muito grande para o Tesouro dos Estados Unidos, porque gera uma demanda natural e robusta por esses títulos. Muito em breve, os maiores holders de títulos do tesouro vão ser os emissores de stablecoins.”
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