🔴 ESSAS CRIPTOMOEDAS PODEM DISPARAR ATÉ 300 VEZES –  SAIBA COMO INVESTIR

A primeira Super Quarta de 2025: Brasil e EUA em rotas divergentes

Lá, o Federal Reserve deve manter os juros inalterados até maio pelo menos; por aqui, a Selic está contratada para subir 1 ponto

28 de janeiro de 2025
6:13 - atualizado às 5:19
Meia bandeira do Brasil e meia bandeira dos Estados Unidos
Imagem: Shutterstock

Teremos a primeira Super Quarta de 2025, um evento conhecido no Brasil pela coincidência das reuniões de política monetária entre o Banco Central brasileiro e o Federal Reserve nos EUA (naturalmente, só nós chamamos assim).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Embora esta semana também traga decisões importantes de outros países economicamente relevantes — como ilustra o cronograma abaixo —, nosso foco principal recai sobre esses dois encontros. São eles que carregam o maior peso para definir os rumos dos mercados globais e o impacto direto em nossa economia local.

Fonte: Bloomberg

Pode-se argumentar que a decisão do Banco Central Europeu, marcada para quinta-feira, também carrega significativa relevância para os mercados globais, dado seu impacto sobre o euro e, por consequência, sobre o dólar em escala mundial. No entanto, é inegável que o grande destaque desta semana será mesmo a quarta-feira.

E este dia central da semana não poderia chegar em um momento mais tumultuado. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nos EUA, os investidores ainda processam a correção observada na segunda-feira, provocada pelo lançamento de uma nova ferramenta de inteligência artificial generativa pela startup chinesa DeepSeek, uma concorrente direta do ChatGPT. O anúncio sacudiu as ações das principais empresas de tecnologia.

Leia Também

Além disso, a semana está recheada de eventos importantes, incluindo resultados corporativos de grandes empresas e dados cruciais de inflação e atividade econômica nos EUA, que devem moldar as expectativas quanto à trajetória dos juros.

Holofotes na decisão de juros nos EUA

Os holofotes globais estarão inevitavelmente voltados para o Federal Reserve. O cenário mais provável aponta para a manutenção das taxas de juros nos EUA.

De acordo com o FedWatch do CME Group, a precificação dos contratos futuros reflete uma probabilidade de 98% de que as taxas permaneçam na faixa atual de 4,25% a 4,5%, como ilustrado abaixo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A decisão será observada de perto, pois qualquer sinalização diferente pode redefinir os rumos dos mercados.

Fonte: CME FedWatch

A combinação de uma inflação ainda elevada com um crescimento econômico resiliente e condições robustas no mercado de trabalho indica que não há urgência em avançar com novos cortes de juros nos EUA.

Isso não significa que eles estão fora de questão para 2025. Encaro a decisão atual mais como uma pausa estratégica para que o Fed avalie melhor os dados futuros e os próximos movimentos do governo Trump.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desde a posse, o novo presidente dos EUA surpreendeu positivamente ao não adotar uma postura tão agressiva em relação às tarifas — ao menos na prática, ainda que não necessariamente na retórica —, como se temia.

A única exceção foi a ameaça à Colômbia durante o fim de semana, caso o país não mudasse sua posição sobre a recepção de deportados. Não demorou para o governo colombiano ceder.

Por outro lado, a pressão institucional exercida por Trump sobre o Federal Reserve, insistindo em cortes de juros, segue como um fator prejudicial à percepção de independência da autoridade monetária. Essa retórica não é novidade em seu estilo de governar.

Durante seu primeiro mandato, Trump frequentemente criticou Jerome Powell, presidente do Fed indicado por ele mesmo, chegando a sugerir sua substituição, o que levantou dúvidas sobre a autonomia do banco central.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ainda assim, na campanha de 2024, Trump prometeu não buscar a remoção de Powell antes do fim de seu mandato, em maio de 2026. Apesar dessa promessa, ele mantém uma retórica agressiva, pressionando o Fed por taxas mais baixas.

Na minha visão, os juros devem permanecer estáveis pelo menos até maio, quando o Fed poderá voltar a avaliar cortes. É provável que 2025 veja um ou dois cortes de juros, dependendo do comportamento da atividade econômica e dos próximos passos da administração Trump. P

ara o mercado, que já precifica essa possibilidade, um ou dois cortes não devem gerar grandes turbulências.

Uma luz sobre a decisão no Brasil

No Brasil, contudo, o cenário é bem distinto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em meio a uma Brasília envolta em ruídos e balões de ensaio, continuamos à mercê do ambiente internacional. O câmbio encontrou algum alívio, mas a Bolsa e os juros não tiveram a mesma sorte.

Ambos continuam pressionados pela repercussão da crise gerada pela polêmica do PIX, que deixou o governo desestabilizado, e pelo perigoso flerte com medidas heterodoxas para lidar com a alta dos preços dos alimentos.

A prévia da inflação divulgada na última sexta-feira reforçou a deterioração do cenário. O IPCA-15 registrou uma alta de 0,11% em janeiro, frustrando a expectativa do mercado de uma leve queda de 0,01%. Em 12 meses, o índice está em 4,5%.

Fonte: IBGE e Fundo Versa

O cenário qualitativo da inflação revela um quadro ainda mais preocupante: os núcleos mostram uma clara tendência de aceleração, enquanto a difusão alcançou níveis alarmantes de 70%. E isso considerando fatores temporariamente positivos, como o pagamento do bônus de Itaipu e a bandeira tarifária verde em dezembro, que aliviaram momentaneamente a pressão inflacionária.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim, o Banco Central não tem outra opção a não ser continuar subindo os juros.

O Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar a taxa Selic em 100 pontos-base e, muito possivelmente, já sinalizar novos aumentos, não apenas para a reunião de março, mas também para a de maio. Contudo, é evidente que a política monetária isoladamente não será suficiente para combater a inflação de maneira eficaz.

A responsabilidade agora recai sobre o governo, que precisa urgentemente assumir um papel mais ativo no ajuste fiscal.

Como destacou recentemente Marcos Mendes em sua coluna na Folha de S. Paulo, o déficit primário de 2024, anunciado como 0,1% do PIB, foi mascarado por uma série de ajustes contábeis, sendo na realidade de 2,1%. O Brasil, em resumo, está gastando muito mais do que deveria.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Infelizmente, a disposição do governo para adotar medidas estruturais e fiscalmente responsáveis parece incerta. A recente queda de 5 pontos na aprovação de Lula, agora em 47%, acompanhada de uma desaprovação de 49%, agrava ainda mais o quadro. 

A grande preocupação é que, em vez de adotar um caminho de ajustes estruturais, a administração atual opte por medidas paliativas ou populistas, que apenas agravariam a situação fiscal e enfraqueceriam ainda mais a confiança do mercado. 

Por outro lado, esse ambiente de crescente instabilidade também reforça as perspectivas de uma mudança política em 2026.

O desgaste acelerado do atual governo, combinado com a perda de credibilidade e a incapacidade de oferecer soluções efetivas, abre espaço para um pêndulo político que favoreça um governo mais pró-mercado e comprometido com a responsabilidade fiscal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale lembrar que 2025 é, em essência, uma ponte. É um período que será definido tanto pelos erros e acertos do governo quanto pela capacidade da oposição de apresentar uma alternativa sólida e convincente. O cenário está aberto, mas exige atenção de todos os lados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: A neoindustrialização brasileira (e algumas outras tendências)

15 de setembro de 2025 - 20:00

Fora do ar condicionado e dos escritórios muito bem acarpetados, há um Brasil real de fronteira tecnológica, liderando inovação e produtividade

VISÃO 360

O que a inteligência artificial vai falar da sua marca? Saiba mais sobre ‘AI Awareness’, a estratégia do Mercado Livre e os ‘bandidos’ das bets

14 de setembro de 2025 - 8:00

A obsessão por dados permanece, mas parece que, finalmente, os CMOs (chief marketing officer) entenderam que a conversão é um processo muito mais complexo do que é possível medir com links rastreáveis

SEXTOU COM O RUY

A dieta do Itaú para não recorrer ao Ozempic

12 de setembro de 2025 - 6:05

O Itaú mostrou que não é preciso esperar que as crises cheguem para agir: empresas longevas têm em seu DNA uma capacidade de antecipação e adaptação que as diferenciam de empresas comuns

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Carne nova no pedaço: o sonho grande de um pequeno player no setor de proteína animal, e o que move os mercados nesta quinta (11)

11 de setembro de 2025 - 7:54

Investidores acompanham mais um dia de julgamento de Bolsonaro por aqui; no exterior, Índice de Preços ao Consumidor nos EUA e definição dos juros na Europa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Cuidado com a falácia do take it for granted

10 de setembro de 2025 - 20:00

A economia argentina, desde a vitória de Javier Milei, apresenta lições importantes para o contexto brasileiro na véspera das eleições presidenciais de 2026

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Roupas especiais para anos incríveis, e o que esperar dos mercados nesta quarta-feira (10)

10 de setembro de 2025 - 8:00

Julgamento de Bolsonaro no STF, inflação de agosto e expectativa de corte de juros nos EUA estão na mira dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os investimentos para viver de renda, e o que move os mercados nesta terça-feira (9)

9 de setembro de 2025 - 8:03

Por aqui, investidores avaliam retomada do julgamento de Bolsonaro; no exterior, ficam de olho na revisão anual dos dados do payroll nos EUA

Insights Assimétricos

A derrota de Milei: um tropeço local que não apaga o projeto nacional

9 de setembro de 2025 - 7:15

Fora da região metropolitana de Buenos Aires, o governo de Milei pode encontrar terreno mais favorável e conquistar resultados que atenuem a derrota provincial. Ainda assim, a trajetória dos ativos argentinos permanece vinculada ao desfecho das eleições de outubro.

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Tarcisiômetro

8 de setembro de 2025 - 20:00

O mercado vai monitorar cada passo dos presidenciáveis, com o termômetro no bolso, diante da possível consolidação da candidatura de Tarcísio de Freitas como o nome da centro-direita e da direita.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A tentativa de retorno do IRB, e o que move os mercados nesta segunda-feira (8)

8 de setembro de 2025 - 8:05

Após quinta semana seguida de alta, Ibovespa tenta manter bom momento em meio a agenda esvaziada

TRILHAS DE CARREIRA

Entre o diploma e a dignidade: por que jovens atingidos pelo desemprego pagam para fingir que trabalham

7 de setembro de 2025 - 7:32

Em meio a uma alta taxa de desemprego em sua faixa etária, jovens adultos chineses pagam para ir a escritórios de “mentirinha” e fingir que estão trabalhando

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Recorde atrás de recorde na bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta sexta-feira (5)

5 de setembro de 2025 - 8:04

Investidores aguardam dados de emprego nos EUA e continuam de olho no tarifaço de Trump

SEXTOU COM O RUY

Ibovespa renova máxima histórica, segue muito barato e a próxima parada pode ser nos 200 mil pontos. Por que você não deve ficar fora dessa?

5 de setembro de 2025 - 6:01

Juros e dólar baixos e a renovação de poder na eleição de 2026 podem levar a uma das maiores reprecificações da bolsa brasileira. Os riscos existem, mas pode fazer sentido migrar parte da carteira para ações de empresas brasileiras agora.

DESTAQUE NO PORTFÓLIO

BRCR11 conquista novos locatários para edifício em São Paulo e reduz vacância; confira os detalhes da operação

4 de setembro de 2025 - 11:07

As novas locações colocam o empreendimento como um dos destaques do portfólio do fundo imobiliário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O que fazer quando o rio não está para peixe, e o que esperar dos mercados hoje

4 de setembro de 2025 - 8:11

Investidores estarão de olho no julgamento da legalidade das tarifas aplicadas por Donald Trump e em dados de emprego nos EUA

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Se setembro der errado, pode até dar certo

3 de setembro de 2025 - 20:00

Agosto acabou rendendo uma grata surpresa aos tomadores de risco. Para este mês, porém, as apostas são de retomada de algum nível de estresse

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A  ação do mês na gangorra do mundo dos negócios, e o que mexe com os mercados hoje

3 de setembro de 2025 - 7:58

Investidores acompanham o segundo dia do julgamento de Bolsonaro no STF, além de desdobramentos da taxação dos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Hoje é dia de rock, bebê! Em dia cheio de grandes acontecimentos, saiba o que esperar dos mercados

2 de setembro de 2025 - 7:51

Terça-feira terá dados do PIB e início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de olhos voltados para o tarifaço de Trump

Insights Assimétricos

Entre o rali eleitoral e o malabarismo fiscal: o que já está nos preços?

2 de setembro de 2025 - 6:01

Diante de uma âncora fiscal frágil e de gastos em expansão contínua, a percepção de risco segue elevada. Ainda assim, fatores externos combinados ao rali eleitoral e às apostas de mudança de rumo em 2026, oferecem algum suporte de curto prazo aos ativos brasileiros.

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Powell Pivot 3.0

1 de setembro de 2025 - 20:00

Federal Reserve encara pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, por cortes nos juros, enquanto lida com dominância fiscal sobre a política monetária norte-americana

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar