Os ‘gringos’ voltaram? Saldo de investimento estrangeiro na bolsa em julho foi positivo pela primeira vez em 2024; veja o que esperar para agosto
Saldo de investimento ‘gringo’ na B3 ficou positivo pela primeira vez em 2024: R$ 3,6 bilhões; veja as ações que podem se beneficiar, segundo analistas das principais instituições da Faria Lima

Em julho, pela primeira vez neste ano, os estrangeiros foram compradores líquidos de ações brasileiras. O saldo, até o dia 29, foi de +R$ 3,6 bilhões de investimento “gringo” na bolsa de valores local.
No entanto, no consolidado do ano, o saldo ainda é – muito – negativo: os investidores estrangeiros foram vendedores líquidos de R$ 36,5 bilhões.
Segundo o BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, embora os R$ 3,6 bilhões de dinheiro novo líquido “não sejam ruim, estão longe dos cerca de R$ 20 bilhões por mês que foram investidos líquidos em ações brasileiras nos meses de novembro e dezembro do ano passado” (confira no gráfico abaixo).
Vale destacar que o saldo de investimento estrangeiro funciona como uma proxy para o desempenho da bolsa como um todo.
Tanto é verdade que, em julho, o Ibovespa registrou seu melhor mês do ano e subiu 3,02%, enquanto, no ano, acumula uma performance negativa de 4,9%.
GRÁTIS: AS AÇÕES MAIS PROMISSORAS PARA AGOSTO, SEGUNDO ANALISTAS DA FARIA LIMA
Momento positivo para o Ibovespa (e a bolsa como um todo) deve continuar em agosto?
É claro que não é possível prever os movimentos da bolsa de valores. Afinal, eles são determinados por variáveis que nem sempre são possíveis de prever. No entanto, a expectativa segue positiva para o mês de agosto, avalia o BTG Pactual.
Em relatório, o banco apontou que os principais motivos que levam a crer uma continuidade do bom momento vêm do exterior.
“Continuamos a acreditar que as taxas de longo prazo menores nos EUA e o início do ciclo de flexibilização monetária em setembro devem atrair capital para o Brasil”, cita o relatório.
Segundo o BTG, foram justamente a queda dos treasuries e a maior certeza do corte de juros pelo Federal Reserve (banco central norte-americano) que sustentaram a alta da bolsa em julho.
“As taxas de 10 anos dos EUA caíram ainda mais em julho, encerrando o mês em 4,1%, abaixo dos 4,3% no final de junho e dos 4,7% no final de abril. Além disso, o mercado está agora mais confiante de que as taxas de juros serão finalmente cortadas em setembro (25bps), seguidas por um corte adicional de 25bps em dezembro”, escreveram.
O desempenho da bolsa de valores só não foi ainda melhor por conta da “crise de confiança monetária e fiscal do Brasil, que vem pesando sobre o mercado desde abril”, avalia o banco.
Isso porque o corte de R$ 15 bilhões anunciado pelo governo ajudou, mas o BTG avalia que serão necessários cortes adicionais, “e o mercado ainda está cético” quanto a essa possibilidade.
Mas, como abordado, apesar da “pedra no sapato”, os ventos auspiciosos vindo dos Estados Unidos devem continuar “alimentando” o fluxo da bolsa de valores brasileira.
Além disso, o banco destaca que as ações locais apresentam “um posicionamento leve” pelo mercado. “Os múltiplos são baixos e os lucros são sólidos”.
Bolsa brasileira está em preços atrativos – veja o quanto
Os mais antenados no mercado financeiro provavelmente já ouviram muito que a bolsa brasileira está barata. Mas o quanto isso é de fato verdade?
Ainda segundo o relatório do BTG, ao excluir Petrobras e Vale da conta, as ações brasileiras estão sendo negociadas a apenas 9,3x o Preço/Lucro 12 meses, 1 desvio padrão abaixo da média histórica (confira no gráfico abaixo).
Ou seja, apenas o retorno para a média significaria uma “pernada” de alta para a bolsa local.
“Dados os baixos múltiplos, acreditamos que a queda das taxas nos EUA e qualquer sinalização importante por parte do governo brasileiro no sentido da consolidação fiscal poderiam fazer com que as ações brasileiras subissem”, escreveram.
Os analistas destacaram ainda os lucros sólidos para as empresas brasileiras. “Nosso modelo de lucros consolidados (ex-Petro&Vale) deve crescer 19,4% em 2024 e outros 16,4% em 2025, com os resultados das empresas nacionais devendo aumentar 22,4% neste ano e 17,7% no próximo”.
Em resumo, a bolsa brasileira está em ponto de entrada atrativo e agora pode ser um bom momento para entrar em ações de qualidade que estão em promoção e podem se beneficiar da dinâmica macroeconômica nos próximos meses.
- Grátis: Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso às carteiras de diferentes instituições com as ações mais promissoras para agosto; confira aqui.
Veja gratuitamente as ações mais promissoras para o mês, segundo analistas da Faria Lima
É claro que, para aproveitar a possível continuidade do bom momento da bolsa brasileira em agosto, é preciso investir nas ações certas.
Todos os meses, os analistas de diferentes instituições da Faria Lima selecionam as ações que acreditam serem as mais promissoras para o cenário atual.
E o Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, fez uma curadoria com as recomendações de algumas das principais instituições financeiras e casas de análise do mercado financeiro brasileiro.
Você pode conferir, por exemplo, a carteira do BTG Pactual, que tem um retorno de +420% desde setembro de 2009 até 1º de agosto, contra apenas 107,5% do Ibovespa.
Mas não para por aí. São carteiras de instituições como:
- Empiricus;
- Itaú BBA;
- BB Investimentos;
- Ágora;
- Genial; e muito mais.
A boa notícia é que a curadoria das carteiras foi liberada como uma cortesia para você, leitor do Seu Dinheiro.
Sem mais delongas, você pode acessar os portfólios recomendados de maneira 100% gratuita, simples e rápida: basta clicar neste link ou no botão abaixo.
Este material não tem relação com objetivos específicos de investimentos, situação financeira ou necessidade particular de qualquer destinatário específico, não devendo servir como única fonte de informações no processo decisório do investidor que, antes de decidir, deverá realizar, preferencialmente com a ajuda de um profissional devidamente qualificado, uma avaliação minuciosa do produto e respectivos riscos face a seus objetivos pessoais e à sua tolerância a risco (Suitability)
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