‘Morte política’ de Bolsonaro e Lula forte em 2026? Veja o que a pesquisa Quaest projeta para a próxima eleição presidencial
Da eleição de 2022 para cá, 84% dos entrevistados não se arrependem do voto, mostrando que a polarização segue forte no país

O ano está chegando ao fim e 2025 ainda tem muito chão pela frente. Mas as atenções dos investidores e de quem acompanha o cenário político mais de perto se voltam para a eleição para presidência da República de 2026 — e uma pesquisa recente da Genial/Quaest mostra quem são os grandes nomes do pleito.
Voltando um pouco no tempo, a eleição de 2022 acirrou a disputa entre o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu opositor derrotado nas urnas, Jair Bolsonaro (PL).
À época, 50,90% dos eleitores votaram em Lula, contra 49,10% para Bolsonaro, mostrando uma profunda divisão da população brasileira — que continua até hoje.
De lá para cá, 84% dos entrevistados não se arrependem do voto, enquanto apenas 10% afirmam ter algum remorso pela decisão.
Agora, de olho na eleição que acontece daqui dois anos, 52% dos entrevistados acredita que Lula não deveria concorrer em 2026, contra 45% que acredita que ele deveria se candidatar.
Ainda que a maioria enxergue que o presidente não deva tentar a reeleição, Lula vence os demais candidatos do campo da direita com ampla margem, segundo a pesquisa.
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Em um eventual segundo turno, Lula venceria Bolsonaro (51% contra 35%), o atual governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (52% a 26%), o ex-coach e ex-candidato à prefeitura da capital paulista, Pablo Marçal (52% a 27%) e o atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado (54% a 20%).
Sem Lula na eleição de 2026, o cenário não muda
No caso da ausência do presidente, o principal herdeiro político de Lula seria Fernando Haddad — é o que dizem 27% dos entrevistados da Quaest. Ele é seguido por Ciro Gomes (17%) e Geraldo Alckmin (14%), atual vice-presidente.
Com Haddad como representante do governo, a margem diminui, mas a vitória segue com a base governista.
O atual ministro da fazenda venceria Caiado por ampla margem (45% contra 19%) e teria uma diferença menor apenas contra Bolsonaro (42% a 35%), contra quem disputou a eleição presidencial em 2018.
Vale dizer que os recentes problemas de saúde do presidente Lula, com duas cirurgias emergenciais após uma queda na residência oficial da Presidência, voltaram a reforçar as apostas de que ele não deveria concorrer.
Entretanto, uma parcela do mercado financeiro vê que Haddad vem perdendo espaço com sua agenda econômica mais liberal, o que enfraqueceria o ministro contra outros candidatos.
Seja como for, a divisão entre os candidatos da direita deve favorecer o atual representante do governo que venha a concorrer em 2026.
Racha da direita
Com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030, de acordo com decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o campo político da direita tenta buscar um nome forte para a próxima eleição.
Queridinho do mercado financeiro por sua atuação a favor da privatização da Sabesp (SBSP3), Tarcísio de Freitas é considerado o nome forte da direita.
Entretanto, o desgaste de sua imagem após a divulgação de diversos casos de abuso da polícia militar em São Paulo colocaram a força da candidatura em xeque no momento.
Na pesquisa da Quaest, para 21% dos entrevistados, quem deveria substituir Jair Bolsonaro é Michele Bolsonaro. A ex-primeira dama é seguida por Pablo Marçal (18%) e por Tarcísio (17%). Simone Tebet aparece na sequência com 10%.
Vale citar, por fim, que a família Bolsonaro também busca emplacar um nome próprio para a disputa, como uma potencial candidatura de Eduardo Bolsonaro para ser o nome da direita. Ainda que o próprio ex-presidente esteja "em baixa" na disputa política, o campo identificado com o bolsonarismo segue forte.
Além disso, em se tratando de política, a "morte" nunca é permanente. Apesar disso, na pesquisa da Quaest, o terceiro filho do presidente não aparece entre candidatos potenciais para substituir o ex-presidente.
A falta de uma legenda central na direita tende a enfraquecer qualquer candidatura do campo.
Contudo, vale lembrar que ainda há um longo caminho até a decisão dos eleitores e muito pode mudar até lá.
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