🔴 COPOM À VISTA: RECEBA EM PRIMEIRA MÃO 3 TÍTULOS PARA INVESTIR APÓS A DECISÃO – ACESSE GRATUITAMENTE

Maria Eduarda Nogueira

Maria Eduarda Nogueira

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital na ESPM. Já trabalhou com comunicação institucional e jornalismo de viagens. Atualmente, é repórter de lifestyle do Seu Dinheiro. Está sempre disponível para falar sobre inovação, livros e cultura pop.

DÍVIDA GLOBAL PREOCUPANTE

Inteligência artificial pode alavancar crescimento global, mas não é bala de prata; veja o que mais deveria ser feito, segundo a diretora do FMI

Antecipando-se às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional na semana que vem, Kristalina Georgieva falou da necessidade de regular a IA, fazer reformas e ter cautela com a dívida pública

Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
17 de outubro de 2024
20:01 - atualizado às 18:02
fmi diretora fmi fundo monetário internacional inteligência artificial ia ai
Imagem: Paulo Pinto/Agência Brasil/Canva - Montagem: Maria Eduarda Nogueira

A inteligência artificial poderia colocar a economia global em um ritmo de crescimento maior do que nos anos anteriores à pandemia de Covid-19. Esta é a visão da  diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. 

Falando em números mais concretos, uma pesquisa do Fundo mostra que a IA, se bem gerida, poderia elevar o crescimento mundial em até 0,8 ponto porcentual

Mas há um impasse importante a ser resolvido: a regulação. Na visão de Georgieva, os códigos regulatórios e éticos precisam ser fundamentalmente globais, uma vez que a IA não tem fronteiras e já está em todos os smartphones.

"Em todas essas áreas e muitas outras, o ponto principal é que os países precisam reaprender a trabalhar juntos", sugeriu a diretora, mencionando ainda o papel de organismos como o FMI.

Antecipando-se às reuniões anuais do FMI, que acontecem na próxima semana, a Georgieva fez declarações sobre a dívida pública, a situação fiscal e os desafios para as economias mundiais. 

Nesta terça-feira (15), o Fundo publicou o relatório Fiscal Monitor, estimando que a dívida pública global vai passar de US$ 100 trilhões (R$ 566 trilhões) em 2024. Em um cenário adverso severo, mas não totalmente fora de cogitação, o percentual da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) pode ficar cerca de 20 pontos porcentuais mais alto do que as atuais projeções.

Leia Também

Para Georgieva, esse cenário torna o quadro da economia mundial "mais preocupante". De acordo com ela, o espaço fiscal continua diminuindo, e as escolhas de gastos se tornaram "mais difíceis" com pagamentos de dívida mais altos. "Escolas ou clima? Conectividade digital ou estradas e pontes?", comparou.

A situação se agrava diante de questões geopolíticas sensíveis ao redor do mundo, que aumentam os gastos com defesa.

Reformas fiscais são importantes para se preparar para o próximo ‘choque’ na economia, diz FMI

Diante disso, a diretora do FMI afirma ser essencial que os governos conduzam reformas fiscais e se preparem para um futuro choque, a exemplo da pandemia, que “certamente virá, e talvez mais cedo do que esperamos”.

Segundo Georgieva, o ajuste fiscal envolverá escolhas difíceis e não tão populares. 

Análise feita pelo Fundo junto a uma ampla amostra de países mostra que o discurso político favorece cada vez mais a expansão fiscal

"Até mesmo os partidos políticos tradicionalmente conservadores em termos fiscais estão desenvolvendo um gosto por tomar emprestado para gastar", destacou Georgieva.

A diretora-gerente do FMI admitiu que as reformas fiscais não são "fáceis, mas são necessárias e podem aumentar a inclusão e a oportunidade". 

Nível de preços mais alto veio para ficar

Kristalina Georgieva disse que, embora a inflação esteja se reduzindo no mundo, não há motivos para gritos de vitória nas reuniões anuais do FMI, que acontecem na próxima semana.

Segundo ela, há três motivos principais. O primeiro é que as economias devem passar a conviver com um maior nível de preços na esteira da pandemia.

"Por um lado, as taxas de inflação podem estar caindo, mas o nível de preços mais alto que sentimos veio para ficar", alertou.

A segunda razão é um ambiente geopolítico difícil. "Estamos todos muito preocupados com o conflito crescente no Oriente Médio e seu potencial para desestabilizar as economias regionais e os mercados globais de petróleo e gás", disse Georgieva.

Por fim, as previsões do Fundo apontam para uma "combinação implacável de baixo crescimento e alta dívida", que se resume em um "futuro difícil", conforme ela. 

A expansão de médio prazo deve ser fraca e insuficiente para erradicar a pobreza mundial, bem como gerar receitas fiscais suficientes para arcar com pesadas dívidas e atender a vastas necessidades de investimento, incluindo a transição verde.

Países precisam de foco nas reformas e não há tempo a perder

Por fim, a diretora também reforçou a importância de reformas em três áreas principais: mercado de trabalho, mobilização de capital e produtividade. 

"Em todo lugar que vou, ouço a mesma coisa: uma aspiração por maior crescimento e melhores oportunidades. A questão é: como? A resposta: foco nas reformas. Não há tempo a perder", disse Georgieva.

O mercado de trabalho, primeiro segmento a ser reformado, precisa funcionar em prol das pessoas, segundo ela. Há um mundo de demografia profundamente desigual e a migração econômica pode ajudar até certo ponto, disse. 

O segundo alvo é a mobilização de capital. Conforme Georgieva, há uma abundância de recursos no mundo, mas, muitas vezes, não nos lugares certos. 

Nesse sentido, ela cobrou dos formuladores de políticas a eliminação de barreiras para favorecer a entrada de investimento estrangeiro

Por fim, os países devem se concentrar em ações que ajudem a aumentar a produtividade

Nesse contexto, ela sugere “aproveitar o poder da inteligência artificial”, além de melhorar a governança e reduzir a burocracia.  

Ela alertou ainda que, globalmente, o ritmo das reformas vem diminuindo desde a crise financeira global, à medida que o descontentamento da população aumenta. 

Estudo do FMI publicado essa semana mostra que a resistência às reformas é frequentemente motivada por crenças e percepções errôneas sobre as próprias mudanças, bem como os seus efeitos.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
AMIGOS OU RIVAIS

Vão voltar às boas? A nova declaração de Elon Musk que pode mudar os rumos da briga pública com Donald Trump

11 de junho de 2025 - 18:54

Há quem diga que um deles pode retomar a amizade depois de declarar arrependimento das declarações recentes

AGORA VAI?

Trump anuncia conclusão de acordo entre EUA e China: ‘O relacionamento está excelente!’

11 de junho de 2025 - 10:56

Tarifas, no entanto, permanecem; veja o que disse o presidente americano na sua rede social, Truth Social

EM BUSCA DA TRÉGUA

Sem prazo para acabar, mas com estratégia sem precedentes: os bastidores das negociações entre EUA e China em Londres

9 de junho de 2025 - 14:56

As negociações entre os representantes dos dois países acontecem depois que Trump manteve uma longa conversa por telefone com o presidente chinês, Xi Jinping

EXPERIÊNCIA NOS RINGUES

Elon Musk que se cuide! No hall da fama da WWE: a saga de Donald Trump nos ringues

7 de junho de 2025 - 14:00

O bilionário sul-africano talvez não saiba, mas a briga que ele está puxando é com uma verdadeira lenda certificada dos ringues

LINHA DIRETA WASHINGTON-PEQUIM

Bastidores revelados: o que Trump e Xi conversaram por mais de uma hora em meio à guerra de tarifas

5 de junho de 2025 - 18:46

Após meses sem contato direto, presidentes da China e dos EUA conversam por telefone sobre comércio entre as duas potências — mas não foi só isso

MUSK VS. TRUMP - DIA 3

Presidente dos EUA quebra o silêncio e Musk dispara: “Sem mim, Trump teria perdido a eleição”

5 de junho de 2025 - 16:52

Briga entre Elon Musk e Donald Trump esquenta nesta quinta-feira (5); acusações envolvem subsídios para veículos elétricos, comando da Nasa e suposta “ingratidão” presidencial

CIRCULANDO, CIRCULANDO

A nova tacada de Milei para os argentinos tirarem o dólar debaixo do colchão

5 de junho de 2025 - 16:04

A grana guardada não é pouca: o Instituto Nacional de Estatística e Censo estima que US$ 246 bilhões estão fora do sistema bancário do país

KILL THE BILL

Em clima de guerra: Elon Musk se junta à oposição e intensifica ataques ao plano econômico de Donald Trump

4 de junho de 2025 - 19:22

Após deixar o governo, Musk amplia críticas ao pacote orçamentário de Trump; bilionário fala em “escravidão por dívidas” e confronta presidente dos Estados Unidos

DIVÓRCIO NA CASA BRANCA

‘Abominação repugnante’ — Elon Musk e Donald Trump, do ‘match’ político à lavação pública de roupa suja

3 de junho de 2025 - 16:33

Elon Musk detona projeto de Donald Trump menos de uma semana após deixar governo dos Estados Unidos

ALERTA PARA O TURISMO

Instabilidade no verão europeu: é seguro viajar para Itália, Turquia e Grécia após erupção do vulcão Etna e terremoto?

3 de junho de 2025 - 11:43

Fenômenos naturais atingiram alguns dos destinos mais populares para as férias de julho

AINDA É EXCEPCIONAL?

Por que o mercado erra ao apostar que Trump vai “amarelar”, segundo a Gavekal

2 de junho de 2025 - 16:55

Economista-chefe da consultoria avalia se o excepcionalismo norte-americano chegou ao fim e dá um conselho para os investidores neste momento

ANTES DAS NEGOCIAÇÕES

Rússia lança maior ataque com drones contra a Ucrânia desde o início da guerra — e tensão no Leste Europeu volta a subir

1 de junho de 2025 - 16:30

Segundo a Força Aérea Ucraniana, Moscou lançou 472 drones contra o território ucraniano

TENSÃO GEOPOLÍTICA

Trump dobra tarifas sobre aço e irrita aliados — UE ameaça retaliação, Canadá e Austrália reagem

1 de junho de 2025 - 15:15

A decisão norte-americana entra em vigor no dia 4 de junho e reacende as tensões com parceiros comerciais. Veja as reações

SEXTOU? NÃO NOS EUA

Trump encerra a semana com mais um anúncio polêmico: aumento das taxas sobre importações de aço de 25% para 50%

30 de maio de 2025 - 20:06

A afirmação foi feita durante um comício para trabalhadores da siderúrgica U.S. Steel em Pittsburgh, na Pensilvânia.

AS TARIFAS CONTINUAM

Casa Branca leva a melhor: justiça dos EUA suspende decisão que barrava tarifas de Trump; governo ganha tempo para reverter sentença

29 de maio de 2025 - 18:42

Corte de Apelações suspende liminar que derrubava tarifas impostas por Trump; ações são unificadas e prazo para novas manifestações jurídicas vai até 9 de junho

EXCEDEU A AUTORIDADE

Bolsas se animam com decisão de tribunal americano que barrou tarifas de Trump; governo já recorreu

29 de maio de 2025 - 10:04

Tribunal de Comércio Internacional suspendeu tarifas fixa de 10%, taxas elevadas e recíprocas e as relacionadas ao fentanil. Tarifas relacionadas a alumínio, aço e automóveis foram mantidas

EFEITO TRUMP

Na dúvida, fica como está: ata do Fed indica preocupação com as possíveis consequências das tarifas de Trump 

28 de maio de 2025 - 16:36

A decisão pela manutenção das taxas de juros passou pelo dilema entre derrubar a atividade econômica e o risco de aumento de inflação pelas tarifas

A MÃO QUE AFAGA…

“Estou decepcionado”: Elon Musk reclama de projeto de Trump sobre impostos e gastos nos EUA

28 de maio de 2025 - 15:38

O bilionário soltou o verbo em relação a um importante projeto de lei do presidente norte-americano, que pode dar fôlego à política de deportações

NEM SURPREENDE MAIS

Trump volta atrás de tarifa de 50% contra a UE; bolsas europeias recuperam fôlego com morde-assopra

26 de maio de 2025 - 10:42

Vale lembrar que, até então, as tarifas anunciadas para a UE incluíam apenas impostos de 20% sobre as importações do bloco

SEM 'LARGAR O OSSO'

A aposentadoria de Warren Buffett: ‘não vou ficar em casa vendo novela’, diz o megainvestidor 

25 de maio de 2025 - 13:58

Bilionário anunciou a saída do cargo de CEO no começo deste mês; em entrevista à jornal americano, ele falou mais sobre os planos futuros

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar