Fim da guerra? Netanyahu anuncia cessar-fogo com Hezbollah, mas impõe condições rígidas
O primeiro-ministro israelense adotou postura de força no primeiro sinal de esfriamento do conflito

As temperaturas no Oriente Médio estão prestes a baixar — ainda que não se saiba por quanto tempo. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apresentou nesta terça-feira (26) ao seu gabinete um acordo de cessar-fogo com o Hezbollah.
Segundo a imprensa local, o gabinete de segurança aprovou a medida com 10 votos a favor e 1 contra. O acordo está previsto para entrar em vigor nesta quarta-feira (27).
O cessar-fogo representa um avanço importante para encerrar um confronto que já deixou mais de 3.000 mortos no Líbano e deslocou 1,2 milhão de pessoas, incluindo 60 mil moradores do norte de Israel.
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Netanyahu justificou a busca pelo cessar-fogo apontando três razões principais:
- permitir que as forças armadas concentrem esforços no Irã;
- reabastecer os estoques de armas que estão em baixa;
- oferecer um período de descanso ao exército.
Além disso, o premiê destacou o isolamento estratégico do Hamas, que desencadeou o conflito ao atacar Israel a partir de Gaza em outubro do ano passado.
“O Hezbollah está significativamente mais enfraquecido desde o início do confronto. Retrocedemos suas capacidades em décadas, eliminamos seus principais líderes, destruímos a maior parte de seus foguetes e mísseis, neutralizamos milhares de combatentes e obliteramos anos de infraestrutura terrorista perto de nossa fronteira”, afirmou Netanyahu.
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se pronunciou sobre o acordo, afirmando que conversou com os primeiros-ministros de ambos os países e declarando: “Estou satisfeito em anunciar que seus governos aceitaram a proposta dos Estados Unidos para encerrar o devastador conflito entre Israel e o Hezbollah”.
Biden reforçou que “este cessar-fogo foi concebido como uma cessação permanente das hostilidades”. Ele ainda destacou que grupos como o Hezbollah e outras organizações terroristas não poderão mais ameaçar a segurança de Israel.
As condições para a trégua de Netanyahu
Apesar do alívio aparente, o cessar-fogo vem acompanhado de uma série de condições impostas por Israel, incluindo a proibição de reconstrução de infraestrutura militar pelo Hezbollah no sul do Líbano.
Netanyahu deixou claro que a trégua será mantida apenas se essas condições forem respeitadas.
“A duração do cessar-fogo depende do que acontecer no Líbano. Faremos valer o acordo e responderemos com força a qualquer violação. Continuaremos unidos até a vitória”, declarou.
Mesmo com as negociações em andamento, os combates entre Israel e o Hezbollah não deram trégua nesta terça-feira (26).
O governo israelense emitiu ordens de evacuação para mais de 20 localidades nos subúrbios de Beirute e realizou um ataque aéreo contra um edifício de vários andares na área de Nuwairi, na capital libanesa.
A ofensiva resultou na morte de pelo menos três pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano.
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Um conflito marcado pela escalada
A guerra entre Israel e o Hezbollah foi um desdobramento direto do conflito iniciado em Gaza, em 7 de outubro de 2023, quando membros do Hamas realizaram um ataque coordenado contra Israel. A ofensiva matou cerca de 1.200 pessoas e resultou no sequestro de mais de 200 reféns.
Em resposta, Israel lançou uma operação militar em Gaza para resgatar os reféns e desmantelar o grupo.
Pouco depois, o Hezbollah, apoiado pelo Irã, entrou no conflito, disparando mísseis contra o norte de Israel.
A escalada culminou com Israel, em setembro deste ano, ampliando suas operações militares contra o grupo libanês, com o objetivo de enfraquecer sua liderança e capacidade de ataque.
Silêncio sobre Gaza
Embora o cessar-fogo com o Hezbollah traga algum alívio, não houve qualquer menção a uma trégua em Gaza.
Desde o início da invasão israelense, mais de 41 mil palestinos foram mortos e 95 mil ficaram feridos, segundo autoridades locais.
Além disso, centenas de milhares de pessoas foram deslocadas de suas casas, agravando a crise humanitária na região.
*Com informações da Reuters e The Washington Post
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