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Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital na ESPM. Trabalhou com comunicação institucional e jornalismo de viagens antes de entrar no mercado financeiro. Está sempre disponível para falar sobre inovação, livros e cultura pop.
ALÉM DE BOLSAS

Depois de adquirir a dona do Copacabana Palace, LVMH dá mais um passo no segmento de hotelaria de luxo

Grupo de hotéis boutique já tem presença na França, Espanha e Itália com ‘hotelaria de experiência’

Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
12 de dezembro de 2024
19:21 - atualizado às 18:00
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Imagem: Divulgação/Shutterstock - Montagem: Maria Eduarda Nogueira

Não coloque todos os ovos na mesma bolsa. É esta a filosofia que Bernard Arnault, dono do maior conglomerado de luxo do mundo, tem adotado nos últimos anos. Em 2018, a LVMH adquiriu a rede de hotéis Belmond (dona do Copacabana Palace). Neste ano, comprou um time de futebol parisiense

Agora, o grupo, junto à firma de investimentos suíça Anaïs Ventures, adquiriu uma participação na “Les Domaines de Fontenille”.

A empresa francesa é focada em hotéis boutique, ou seja, propriedades pequenas e elegantes, que oferecem serviços personalizados e uma experiência de hospedagem mais autêntica. 

O valor da transação não foi revelado, mas a LVMH tornou-se a principal acionista da empresa com a compra. 

As 11 propriedades da “Les Domaines” se juntam à rede Belmond (adquirida por R$ 19,2 bilhões em 2018); ao resort de ski Courchevel, nos Alpes Franceses; e aos hotéis Bvlgari, consolidando ainda mais a família Arnault como uma player relevante no mercado de hotelaria de luxo. 

"Com este investimento nos Domaines de Fontenille, o grupo LVMH explora um novo universo na área de hospitalidade, complementando nossa oferta de marcas", afirmou o CFO (diretor financeiro), Jean-Jacques Guiony.

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Hotelaria de experiência: a nova tendência do turismo de luxo?

Criada em 2016, a rede de hotéis adquirida pela dona da Louis Vuitton está presente em três países: França, Espanha e Itália. No momento, são 11 hotéis, mas há dois no cronograma de inauguração: um na região da Bretanha para o ano que vem e outro em Aix-en-Provence, em 2026. 

A injeção de capital dos novos investidores vai permitir que a Domaines não só aumente o portfólio, mas também renove as propriedades já existentes.

"A chegada da LVMH e da Anaïs Ventures atesta a qualidade do trabalho realizado em pouco tempo para criar uma marca forte e única. Celebramos a possibilidade de continuar investindo a longo prazo em destinos únicos que nos representam, ao mesmo tempo em que seguimos aprimorando nossos serviços", destacaram os fundadores Frédéric Biousse e Guillaume Foucher.

Com objetivo de espalhar “a arte francesa de viver”, as propriedades da rede lembram pequenos châteaux (castelos) franceses e focam na chamada “hotelaria de experiência”.

hotel de luxo
lvmh

Os hotéis vão além do conforto e das instalações de nível quatro ou cinco estrelas. Eles buscam oferecer aos hóspedes uma conexão mais profunda com o local, além de considerarem o impacto social e ambiental da hotelaria. 

Por exemplo, entre as atividades que a rede oferece, estão visitas e degustações em vinícolas ao redor das propriedades, passeio de bike pelos campos de lavanda da região da Provence, tour pelo jardim e pomar dos hotéis e visitas guiadas em museus de arte contemporânea. 

Além disso, há uma priorização da produção local. “Nos Domaines de Fontenille, o vinho servido é o nosso próprio, o azeite de oliva que tempera as saladas vem de nossos olivais, e os legumes preparados por nossos chefs são cultivados em nossas hortas”, declara o hotel no site oficial.

Este tipo de viagem tem sido cada vez mais valorizado pelos turistas de alto padrão e promete ser uma das grandes tendências do turismo de luxo pelos próximos anos. O Seu Dinheiro fez uma reportagem falando sobre o assunto de forma mais aprofundada.

A LVMH parece já ter notado que os novos consumidores de luxo não se contentarão apenas com itens de alto padrão, como bolsas e roupas. 

À época do deal com a Belmond, o CFO, Jean-Jacques Guiony, afirmou que a compra refletia a crença da companhia de que o “futuro do luxo está em itens de luxo e em experiências de luxo.”

* Com informações de Les Echos, Journal du Luxe, La Provence e Reuters.

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