A disputa pelo fundo do mar: a próxima fronteira da briga tecnológica entre EUA e China
Projetados para transportar conexões de dados e telecomunicações entre continentes, os cabos submarinos se tornaram uma nova fonte para conflitos geopolíticos

Nas últimas décadas, a tecnologia tem sido o campo de batalha para disputas geopolíticas, com destaque para o confronto entre os EUA e a China.
Carros elétricos e semicondutores se tornaram alvos na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, mas o conflito chegou a um novo nível: desta vez, no fundo do mar.
No início deste ano, os cabos submarinos ganharam as manchetes do mundo, quando danos nas redes de fibra óptica no Mar Vermelho causados por rebeldes houthis do Iêmen interromperam redes de telecomunicações.
Na ocasião, o ataque forçou os provedores a redirecionar até um quarto do tráfego, incluindo o de Internet, entre Ásia, Europa e Oriente Médio.
Agora, os cabos submarinos também são peça-chave em um novo capítulo de tensão nas relações internacionais, em meio a crescentes tensões entre EUA e a China.
LEIA TAMBÉM: Casa de análise libera carteira gratuita de ações americanas para você buscar lucros dolarizados em 2024. Clique aqui e acesse.
Leia Também
Cabos submarinos: a espinha dorsal da internet no mundo
Os cabos submarinos, também conhecidos como cabos de comunicação submarinos, são cabos de fibra óptica instalados no fundo do oceano.
Eles funcionam como uma infraestrutura projetada para estabelecer conexões de dados e telecomunicações entre diferentes pontos geográficos, como países e até continentes, através de oceanos e mares.
Essenciais para a comunicação global, esses cabos permitem a transmissão de voz, dados e sinais de internet em alta velocidade. Por isso, são considerados a “espinha dorsal” da internet mundial, transportando 99% do tráfego de dados intercontinental do planeta.
Atualmente, existem cabos que se estendem por quase 1,4 milhão de quilômetros. Os são mais curtos, como o cabo CeltixConnect, de 131 quilômetros, liga a Irlanda ao Reino Unido.
Outros, no entanto, percorrem distâncias muito maiores — como o cabo Asia-America Gateway, de 20 mil quilômetros, que conecta o Sudeste Asiático com o continente norte-americano, através do Oceano Pacífico via Guam e Havaí.
Por estarem em águas profundas, instalar esses cabos é uma tarefa complexa. E, quando há um problema em algum deles, consertá-lo é ainda mais difícil.
Redes se tornam alvo de espionagem
Cabos submarinos eram tradicionalmente de propriedade das operadoras de telecomunicações. Mais recentemente, gigantes da tecnologia dos EUA, incluindo Meta, Google, Microsoft e Amazon, investiram bilhões para instalar seus próprios cabos.
Em 2021, a Meta e o Google, por exemplo, anunciaram um projeto para ligar a América do Norte com o sudeste da Ásia por meio de dois cabos submarinos, chamados de Echo e Bifrost. A ideia seria aumentar a velocidade do tráfego de internet entre as duas regiões.
Entretanto, autoridades dos EUA têm alertado nos últimos anos as big techs sobre projetos envolvendo a Ásia. Isso porque os cabos que transportam o tráfego da internet pelo Pacífico podem estar vulneráveis a ataques de navios de reparo chineses.
Segundo autoridades do Departamento de Estado norte-americano, uma empresa estatal chinesa que ajuda a reparar cabos internacionais, a S.B. Submarine Systems, estaria dificultando a localização de suas embarcações dos serviços de rastreamento por rádio e satélite.
Os alertas destacam um risco de segurança para os cabos submarinos de fibra óptica. E, embora as big techs sejam parcialmente donas de alguns desses cabos submarinos, elas dependem de outras empresas terceirizadas e especializadas em construção e reparos.
Muitas dessas companhias são de propriedade estrangeira, e as autoridades norte-americanas temem que possam colocar em risco a segurança de dados comerciais e militares.
A preocupação do governo norte-americano com possíveis riscos de espionagem não é de hoje. No ano passado, um comitê interinstitucional chamado Team Telecom estava trabalhando para impedir que qualquer cabo submarino conectasse diretamente o território dos EUA com a China continental ou Hong Kong devido a temores de espionagem chinesa.
Enquanto isso, a China já investiu centenas de milhões de dólares para construir sua própria infraestrutura de cabos para rivalizar com os Estados Unidos.
Nas últimas décadas, o governo chinês também tentou combater o poder militar dos EUA na região, impedindo as comunicações do Pentágono e outras vantagens tecnológicas no caso de um confronto sobre Taiwan ou outro ponto crítico, dizem as autoridades.
*Com informações da CNBC e Dow Jones Newswires
Quanto vale um jantar com Trump? Para Zuckerberg, Cook e figurões do Vale do Silício pode custar bilhões de dólares
Executivos das big techs estiveram reunidos na noite de quinta-feira (4) com o presidente norte-americano, que fez questão de reforçar o aviso: em breve o governo norte-americano taxará a importação de semicondutores
“O mundo deve escolher entre a paz e a guerra”, diz Xi Jinping em discurso aberto — mas um microfone capta o que ninguém deveria ter ouvido
A quarta-feira (3) foi marcada por um dos maiores desfiles militares que a China já fez e contou com a presença de dezenas de autoridades, entre elas Vladimir Putin e Kim Jong-un; enquanto a parada acontecia em Pequim, Trump usava as redes sociais para falar de conspiração
O quarteto fantástico contra Trump: como Xi, Putin, Modi e Kim articulam o novo eixo que quer tirar os EUA do tabuleiro global
Enquanto o republicano enaltece suas relações próximas com os presidentes de China, Rússia e Índia, eles se juntam ao líder norte-coreano para reforçar os planos de uma nova ordem mundial
US Open 2025: Mesmo eliminados de maneira precoce, Bia Haddad e João Fonseca embolsaram juntos mais de R$ 3 milhões
Enquanto João Fonseca subiu no ranking da ATP, Bia Haddad perderá algumas posições, mas seguirá no Top 30 ao término do US Open 2025
US Open 2025: após bater freguesa, Bia Haddad encara a 9ª melhor do mundo, Amanda Anisimova; veja horário e onde assistir
Após vencer a ‘freguesa’ Maria Sakkari, Bia Haddad enfrenta Amanda Anisimova nas oitavas-de-final do US Open
Como uma minúscula ilha do Caribe está aproveitando um bônus acidental da inteligência artificial para faturar milhões de dólares
Assim como ocorreu com Tuvalu e o domínio .tv nos anos 1990, Anguilla recorre ao boom da inteligência artificial para capitalizar o domínio .ai, mas com uma estratégia diferente
A maioria das tarifas de Trump é ilegal, afirma Tribunal Federal dos EUA. O republicano vai ter que voltar atrás das sobretaxas?
Decisão do Tribunal de Apelações dos EUA aponta uso excessivo de poderes de emergência por Trump; entenda o que esperar dos próximos capítulos
Brasil tem muito o que ensinar aos EUA, diz The Economist; para revista, julgamento de Jair Bolsonaro é “lição de democracia”
Reportagem de capa da publicação britânica traça paralelo entre os dois países e elogia a postura da Suprema Corte brasileira — também diz que julgamento do ex-presidente será exemplo para o mundo
A aliança global dos bancos contra o aquecimento global subiu no telhado; o que isso significa?
Entidade enfrentou debandada de grandes instituições financeiras, principalmente dos Estados Unidos
US Open 2025: Depois de ‘virar a chave’ na estreia, Bia Haddad Maia enfrenta Viktorija Golubic hoje; veja horário e onde assistir
Bia Haddad Maia busca embalar no US Open depois de quebrar sequência de derrotas em sua estreia no Grand Slam
Oneflip: o método que ‘hipnotiza’ a inteligência artificial — e é quase impossível de defender ou rastrear
A boa notícia é que o método de invasão analisado exige conhecimento técnico avançado e algum nível de acesso ao sistema onde opera o modelo de inteligência artificial
Natal em risco? Depois de café, suco de laranja e manga, tarifaço dos EUA também pode atingir panetone
Quem aponta este problema iminente é a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães e Bolos Industrializados (Abimapi)
Filho do bilionário George Soros entra na mira de Trump e pode cair na lei antimáfia — e o motivo tem a ver com o Brasil
O presidente norte-americano ameaçou nesta quarta-feira (27) acusar Alex Soros na lei de organizações corruptas e influenciadas por extorsão
Taylor Swift, Travis Kelce e um anel de noivado avaliado em quase R$ 3 milhões
Anel de noivado de Taylor Swift, com diamante raro de 8 quilates, transforma a joia em peça única e repercute até no mercado financeiro
US Open 2025: após vitória em estreia João Fonseca enfrenta campeão olímpico nesta quarta (27); veja onde assistir
João Fonseca, invicto em estreias de Grand Slam, enfrenta Tomas Machac, campeão olímpico, na segunda rodada do US Open 2025, nesta quarta-feira (27)
Os EUA vão virar a Turquia? O cenário traçado por Paul Krugman, bancos e corretoras após crise no Fed
Depois que o republicano demitiu a diretora Lisa Cook e ela decidiu se defender na justiça, especialistas passaram a questionar a independência do BC norte-americano e tentar saber até onde o chefe da Casa Branca pode ir nessa história
O que está em jogo para Trump com a demissão de Lisa Cook, diretora do Fed?
As tentativas de interferência do republicano no banco central norte-americano adiciona pressão sobre a autarquia, que vem sendo cobrada pelo início da queda de juros nos EUA
Bia Haddad Maia enfrenta ‘carrasca’ em estreia no US Open; veja quanto ela vai faturar caso consiga a revanche e onde assistir
Brasileira Bia Haddad estreia no US Open 2025 em busca do maior prêmio da história do tênis; só por entrar na quadra ela vai receber US$ 110 mil
Quem é a mulher que quer desafiar a ordem de demissão de Trump
Apesar de Trump afirmar que a decisão tem efeito imediato, a diretora do Federal Reserve diz que não pretende sair do cargo
João Fonseca estreia hoje no US Open; veja quanto ele vai faturar se vencer o melhor tenista sérvio depois de Djokovic
Brasileiro João Fonseca estreia no US Open 2025 em busca do maior prêmio da história do tênis; só por entrar na quadra ele vai receber US$ 110 mil