Oportunidade na Sabesp (SBSP3): por que esse bancão elevou o preço-alvo das ações — e não foi só pela privatização
Os papéis acumulam ganho de mais de 50% em 12 meses e podem subir ainda mais até o final do ano; entenda os motivos e se chegou a hora de comprar os papéis
A privatização da Sabesp provocou uma corrida entre os analistas, que passaram a ver um potencial ainda maior para o investidor que tiver a ação SBSP3 — mas o Itaú BBA encontrou uma oportunidade no papel que vai além do processo de desestatização da companhia.
O banco manteve a recomendação de compra para a Sabesp e elevou o preço-alvo de R$ 83,6 para R$ 120,30 em 2024 — o que representa um potencial de valorização de 58% com relação ao último fechamento.
A melhora acontece após a incorporação do novo marco regulatório proposto no processo de consulta pública do novo contrato de concessão.
Por volta de 13h10, as ações da Sabesp subiam 1,25%, cotadas a R$ 76,96. Embora acumule perda de 2,6% em março, o papel tem ganho de 52,6% em 12 meses. Acompanhe a cobertura ao vivo dos mercados.
- [Carteira recomendada] 10 ações brasileiras para investir agora e buscar lucros – baixe o relatório gratuito
Sabesp: destravando valor com novo quadro regulatório
O governo do estado de São Paulo abriu recentemente um processo de consulta pública para discutir o novo modelo de contrato de concessão entre a Sabesp e os municípios, bem como diversos documentos detalhando o novo marco regulatório que fará parte do contrato de concessão.
Segundo o Itaú BBA, os documentos deixam menos espaço para uma abordagem discricionária por parte do regulador, especialmente em relação a itens-chave como reconhecimento de investimentos, cálculo de despesas operacionais e metas de eficiência.
Leia Também
Oi (OIBR3) não morreu, mas foi quase: a cronologia de um dos maiores desastres da bolsa em 2025
“Acreditamos que os termos propostos são equilibrados, permitindo à Sabesp criar valor se operar de forma eficiente e cumprir as metas de universalização, e ser penalizada se operar mal e não atingir as metas”, diz o Itaú BBA em relatório.
A janela que se abre após a privatização
O banco vê ainda um bom espaço para desbloquear valor ao acionista após a privatização, mantendo parte dos ganhos de eficiência.
Isso porque, de acordo com os termos preliminares da consulta pública, a Sabesp manterá todos os ganhos de eficiência gerados durante o primeiro ciclo tarifário — até dezembro de 2030 — e provavelmente começará a compartilhar parte desses ganhos a partir do segundo ciclo.
O documento não divulga o percentual a ser repartido por ciclo tarifário a partir de 2031, mas será definido antes da privatização.
Segundo cálculos do BBA, a Sabesp empresa será capaz de reduzir cerca de 50% do opex (despesas operacionais) unitário controlável (BRL/m3) até o final de 2028, atingindo o nível normalizado. A partir do segundo ciclo, o banco assume um índice de partilha de eficiência de 50% até o final da concessão.
- Análises aprofundadas, relatórios e recomendações de investimentos, entrevistas com grandes players do mercado: tenha tudo isso na palma da sua mão, entrando em nossa comunidade gratuita no WhatsApp. Basta clicar aqui.
Investidor estratégico da Sabesp: risco ou oportunidade?
As ações da Sabesp tiveram um desempenho mais fraco nas últimas semanas, à medida que os investidores se tornaram mais céticos quanto às chances de o Estado atrair um investidor estratégico.
Segundo o Valor, o governo vem analisando a possibilidade de realizar um leilão separado para atrair esse investidor estratégico, que competiria com outros investidores estratégicos por uma participação de 15% a 20% na empresa, a um preço que poderá diferir do valor a pagar pelos restantes investidores no processo de bookbuilding.
O argumento jurídico para a diferença de preço é que o investidor estratégico estaria sujeito a um bloqueio de cinco anos e, portanto, estaria vinculado a condições mais restritivas do que os restantes investidores.
“Vemos essa estrutura como muito positiva porque aumenta as chances de atrair um investidor estratégico, que ainda poderá fazer lances mesmo que o preço das ações suba muito”, diz o Itaú BBA.
O banco alerta, no entanto, que o risco sem esta estrutura é o potencial para os investidores restantes se tornarem excessivamente otimistas quanto à possibilidade de uma oferta por um bom investidor estratégico, levando o preço das ações a um nível em que não faria mais sentido para o investidor estratégico fazer uma oferta — levando a uma repetição do resultado da privatização da Eletrobras (ELET3).
“Dito isto, muitos investidores com quem falámos ao longo das últimas semanas acreditam que, por razões legais, não será possível definir um preço diferente para o investidor estratégico e para o resto do mercado”, diz o Itaú BBA.
Equatorial, Cosan, Votorantim e Aegea estão analisando a possibilidade.
Correios precisam de R$ 20 bilhões para fechar as contas, mas ainda faltam R$ 8 bilhões — e valor pode vir do Tesouro
Estatal assinou contrato de empréstimo de R$ 12 bilhões com cinco bancos, mas nova captação ainda não está em negociação, disse o presidente
Moura Dubeux (MDNE3) anuncia R$ 351 milhões em dividendos com pagamento em sete parcelas; veja como receber
Cerca de R$ 59 milhões serão pagos como dividendos intermediários e mais R$ 292 milhões serão distribuídos a título de dividendos intercalares
Tupy (TUPY3) convoca assembleia para discutir eleição de membros do Conselho em meio a críticas à indicação de ministro de Lula
Assembleia Geral Extraordinária debaterá mudanças no Estatuto Social da Tupy e eleição de membros dos conselhos de administração e fiscal
Fundadora da Rede Mulher Empreendedora, Ana Fontes já impactou mais de 15 milhões de pessoas — e agora quer conceder crédito
Rede Mulher Empreendedora (RME) completou 15 anos de atuação em 2025
Localiza (RENT3) e outras empresas anunciam aumento de capital e bonificação em ações, mas locadora lança mão de ações PN temporárias
Medidas antecipam retorno aos acionistas antes de entrada em vigor da tributação sobre dividendos; Localiza opta por caminho semelhante ao da Axia Energia, ex-Eletrobras
CVM inicia julgamento de ex-diretor do IRB (IRBR3) por rumor sobre investimento da Berkshire Hathaway
Processo surgiu a partir da divulgação da falsa informação de que empresa de Warren Buffett deteria participação na resseguradora após revelação de fraude no balanço
Caso Banco Master: Banco Central responde ao TCU sobre questionamento que aponta ‘precipitação’ em liquidar instituição
Tribunal havia dado 72 horas para a autarquia se manifestar por ter optado por intervenção em vez de soluções de mercado para o banco de Daniel Vorcaro
Com carne cara e maior produção, 2026 será o ano do frango, diz Santander; veja o que isso significa para as ações da JBS (JBSS32) e MBRF (MBRF3)
A oferta de frango está prestes a crescer, e o preço elevado da carne bovina impulsiona as vendas da ave
Smart Fit (SMFT3) lucrou 40% em 2025, e pode ir além em 2026; entenda a recomendação de compra do Itaú BBA
Itaú BBA vê geração de caixa elevada, controle de custos e potencial de crescimento em 2026; preço-alvo para SMFT3 é de R$ 33
CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão
Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense
De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?
Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo
Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição
Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas
O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025
Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva
A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa
Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar
Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas
O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores
O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira
A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
De acordo com a corretora, o BRCO11 está sendo negociado praticamente pelo mesmo valor de seu patrimônio — múltiplo P/VP de 1,01 vez
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”