Novo queridinho no pedaço: Totvs (TOTS3) é rebaixada pelo JP Morgan — e uma ação gringa agora é a favorita dos analistas
O banco revisou para baixo a recomendação para as ações TOTS3 para “neutro” e reduziu o preço-alvo para R$ 36
Considerada até então uma das queridinhas da bolsa brasileira no setor de tecnologia, a Totvs (TOTS3) acaba de perder a liderança nos campeonatos do mercado financeiro, na visão do JP Morgan — enquanto um novo favorito gringo desponta na seleção dos analistas.
O banco revisou para baixo a recomendação para as ações TOTS3 de “outperform” — equivalente a “compra” — para “neutro” e reduziu o preço-alvo para R$ 36 para dezembro de 2024, mas ainda implica em um potencial de valorização de 19% em relação ao último fechamento.
Apesar do rebaixamento, a Totvs não caiu para a lanterna da seleção do JP Morgan. Na realidade, as ações TOTS3 ainda ocupam o segundo lugar no ranking de favoritos na cobertura de tecnologia dos analistas na América Latina.
Quem assumiu a liderança foi o Mercado Livre (MELI34), com recomendação de compra dos analistas para o papel, enquanto o terceiro lugar na tabela é puxado pela Locaweb (LWSA3), que possui avaliação neutra.
As ações da Totvs operam em queda no pregão desta terça-feira (26). Por volta das 12h, os papéis TOTS3 caíam 4,83%, negociados a R$ 28,78. No acumulado de 2024, a desvalorização chega a 13%.
Confira a cobertura de mercados em tempo real do Seu Dinheiro aqui.
Leia Também
O rebaixamento da Totvs (TOTS3)
Um dos pilares da tese mais conservadora do JP Morgan para a Totvs (TOTS3) é a redução das estimativas operacionais dos analistas para a companhia.
O banco prevê uma rentabilidade menor no segmento de Gestão devido às “tendências mais difíceis” do quarto trimestre de 2023. Já para a receita da divisão, os analistas projetam um crescimento de receita recorrente de 14,6% em 2024 e de 14,2% no ano que vem.
As perspectivas menores para o segmento de Gestão da Totvs levaram a um corte de 7% nas projeções do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para o fim de 2024, além de uma redução de 9% na estimativa de lucro ajustado para este ano.
Além disso, os analistas preveem ganhos limitados da empresa de tecnologia no curto prazo, com poucos catalisadores nos próximos trimestres.
Na avaliação do JP Morgan, existe um potencial de alta reduzido para o ritmo de crescimento de software, uma vez que a Techfin, joint venture entre Totvs (TOTS3) e Itaú (ITUB4), ainda está em fase inicial e deve apresentar os primeiros resultados de novos produtos só no segundo semestre.
Para os analistas, os resultados da joint venture da Totvs com o Itaú devem ser fracos na primeira metade deste ano, com Ebitda negativo, devido à fraqueza da sazonalidade aliada ao aumento dos custos sem receitas adicionais para amortização.
- [Carteira recomendada] 10 ações brasileiras para investir agora e buscar lucros – baixe o relatório gratuito
Ação da Totvs (TOTS3) está cara?
Além das perspectivas conservadoras de curto prazo, o valuation da Totvs (TOTS3) é uma das preocupações do JP Morgan para as ações.
Segundo o banco, por um lado, o papel pode ser considerado caro, já que a empresa é negociada a um múltiplo de 23 vezes a relação preço sobre lucro (P/L) para 2024, enquanto o lucro por ação deve subir a uma taxa de crescimento anual composto (CAGR) de 18% entre 2024 e 2027.
Em contrapartida, o levantamento de soma das partes sobre o portfólio da empresa sugere vantagem em relação aos pares internacionais, com um rendimento (yield) de R$ 35 para hoje e R$ 38 para dezembro.
Para o banco, a companhia possui potencial de alta limitado para os próximos trimestres — mas continua a chamar atenção em um horizonte de investimento mais alongado.
“Ainda gostamos do caso de longo prazo da Totvs e da mistura de atitude defensiva no negócio de ERP com o potencial de valorização da TechFin JV, ao mesmo tempo que recomendamos aos investidores que esperem por um melhor ponto de entrada”, escreveram os analistas, em relatório.
Atualmente, os analistas avaliam que a TechFin tem o potencial de perturbar o setor bancário de pequenas e médias empresas através da incorporação de serviços financeiros no software de gestão (ERP) da Totvs, que está instalado em empresas que geram cerca de 25% do PIB brasileiro.
“Essa iniciativa pode ser um divisor de águas para a Totvs, mas ainda deve levar vários trimestres até que seu potencial fique mais claro”, disse o JP Morgan.
Os riscos para a ação
Na análise do JP Morgan, existem três fatores que podem impulsionar o preço das ações da Totvs (TOTS3) em 2024:
- Lançamento mais rápido do que o esperado dos novos produtos planejados para a TechFin, joint venture com o Itaú;
- Aceleração mais rápida do que o esperado da receita recorrente anualizada no produto de gestão principal; e
- Sinergias de vendas cruzadas maiores do que o esperado da plataforma Business Performance para o negócio de software de gestão (ERP).
Já do lado negativo, os analistas enxergam cinco pontos que podem fazer o papel da Totvs tropeçar na bolsa brasileira. O primeiro deles é justamente a TechFin, caso o desempenho do negócio não cresça de acordo com as expectativas.
Outro risco para a Totvs são os spreads de crédito mais baixos ou dívidas inadimplentes mais altas nas operações da TechFin;
Os analistas ainda citam a compressão de margens à medida que a Totvs aumenta o número de soluções oferecidas e uma potencial perda de benefícios fiscais, incluindo juros sobre capital próprio (JCP).
O banco ainda destaca a possibilidade de o negócio de Business Performance não atingir as margens Ebitda esperadas no longo prazo, de 33%.
Um ano depois dos ataques do Hamas contra Israel, temores de uma guerra regional pressionam os preços do petróleo
Analistas temem que Israel ataque instalações iranianas de produção de petróleo em retaliação a enxame de mísseis
S&P 500 a 6.000 pontos até o final de 2024? Para o Goldman Sachs, este cenário é bem possível
Expansão das margens das empresas estadunidenses justifica o otimismo da instituição
Terra valiosa: SLC (SLCE3) vai pagar mais de R$ 500 milhões por participação de fundo inglês em empresa controlada
A companhia vai desembolsar R$ 524,8 milhões para se tornar a única acionista da SLC LandCo, uma joint venture criada em 2012 com o fundo de private equity Valiance
Problemas para a Vale (VALE3)? Mineradora anuncia mais uma interrupção em Onça Puma — e desta vez, não tem nada a ver com a briga com o Estado do Pará
A atual paralisação na mina de níquel acontece devido a danos na rede de transmissão de energia da companhia elétrica local depois de um “forte vendaval” no fim de semana
Por que as novas regras para investimentos de quem não mora no Brasil devem ajudar o mercado brasileiro?
Após a consulta da CVM e do BC realizada no início de setembro, a expectativa é que as novas normas saiam até o final do ano e entrem em vigor em 2025
Ações do Assaí (ASAI3) despencam 14% com empresa na mira do Fisco; Yduqs (YDUQ3) salta e lidera altas do Ibovespa na semana
Os papéis YDUQ3 repercutem os rumores de uma potencial fusão com outra empresa do setor de educação
Onde investir em outubro? Eletrobras (ELET6), Cyrela (CYRE3), Alianza Trust (ALZR11) e mais
Segundo analistas da Empiricus Research, é possível investir em ativos promissores mesmo após a alta da Selic; confira a cobertura
O início de um novo rali? Ações da Oncoclínicas (ONCO3) disparam mais de 10% na B3 nesta tarde
Apesar do tom mais positivo hoje, no acumulado do ano, a companhia ainda acumula forte desvalorização na bolsa
Dona do Ozempic vai investir mais de R$ 800 milhões no Brasil — mas não será para produção de ‘canetas do emagrecimento’
A farmacêutica dinamarquesa vai desembolsar R$ 864 milhões para a melhoria de processos na fábrica de Minas Gerais, responsável pela produção de insulina
Outra aérea em apuros: ação da Spirit Airlines cai mais de 26% em Nova York após rumores de recuperação judicial
Low cost americana vem passando por dificuldades financeiras que se agravaram após fusão fracassada com a JetBlue; dívidas somam US$ 3,3 bilhões
Nem o Plano Safra vai salvar? 3T24 de Banco do Brasil (BBAS3) e BB Seguridade (BBSE3) deve ser mais fraco, diz BTG
Redução no preço das commodities e fenômenos climáticos pressionam o segmento
Dado de emprego arrasa-quarteirão nos EUA faz bolsas subirem, mas pode não ser uma notícia tão boa assim. Como ficam os juros agora?
A economia norte-americana abriu 254 mil vagas em setembro, bem acima das 159 mil de agosto e da previsão de 150 mil; a taxa de desemprego caiu 4,2% para 4,2% e os salários subiram
Vai ficar mais barato investir nesses três fundos imobiliários do Santander — e aqui está o motivo
Os FIIs SARE11, SAPI11 e SADI11 anunciaram desdobramentos na B3, que terão como data base a posição de fechamento de 16 de outubro
Dona da Serasa compra ClearSale (CLSA3) com prêmio de 23,5% sobre cotações, mas por menos da metade do valor do IPO; ações sobem forte na B3. O que acontece com os acionistas agora?
Em meio à saída da ClearSale da bolsa após três anos desde o IPO, os investidores da companhia terão três opções de recebimento após a venda para a Experian
Entre o petróleo e o payroll: Ibovespa busca recuperação com juros nos EUA e conflito no Oriente Médio como pano de fundo
Relatório mensal de emprego nos EUA deve dar o tom do dia nos negócios enquanto guerra continua pressionando o petróleo
Vale (VALE3) destrona Itaú e se torna a ação mais recomendada para investir em outubro. A China não é mais pedra no caminho da mineradora?
Com resultados robustos e o otimismo em relação à China, a Vale se tornou a ação queridinha para este mês; veja o ranking com indicações de 12 corretoras
Como achar uma boa ação? Se a empresa que você investe não tiver essa qualidade, ela corre o risco de morrer no meio do caminho
Por menos de 9x lucros esperados para 2025, além de ser uma ótima empresa, a ação ainda guarda muito potencial de valorização
Atenção, investidor: B3 (B3SA3) lança novos índices de ações de empresas públicas e privadas; conheça
O objetivo dos novos indicadores, que chegam ao mercado no dia 7 de outubro, é destacar as performances dos ativos que compõem o Ibovespa de forma separada
BB Investimentos corta preço-alvo de Hypera (HYPE3) após semestre fraco e performance abaixo do Ibovespa
Empresa do segmento farmacêutico tem endividamento elevado, sendo duramente afetada pela alta dos juros
Vamos (VAMO3): os três motivos por trás da queda de 11% desde o anúncio da reestruturação; ação recua na B3 hoje
A Vamos deverá se fundir com a rede de concessionárias Automob, que também é controlada pela Simpar — e o plano de combinação das operações gerou ruídos entre investidores