São Paulo tem o mercado imobiliário com o preço mais justo entre 25 grandes cidades do mundo, diz o UBS – veja qual é a metrópole mais cara
A capital paulista tem o menor risco de bolha imobiliária do ranking e sofreu um aumento nos preços dos aluguéis no último ano; confira a lista das 25 cidades

O mercado imobiliário de São Paulo teve um ligeiro aumento nos preços nos últimos quatro trimestres, segundo o UBS Wealth Management. Ainda assim, permanece muito menos aquecido do que já foi um dia.
A capital paulista foi incluída no UBS Global Real Estate Bubble Index (Índice Global de Bolha Imobiliária, em português) de 2024, que avalia os preços dos imóveis em 25 cidades ao redor do mundo e o risco de bolha imobiliária em cada local.
A cidade de São Paulo se destacou por ter os preços mais justos do ranking, com a nota 0,04.
A capital paulista é a mais barata – qual é a cidade mais cara?
O UBS separa os riscos de bolha de cada cidade em quatro grupos, de acordo com a avaliação do mercado imobiliário da região:
- Alto risco (nota acima de 1,5);
- Risco elevado (nota entre 1,0 e 1,5);
- Risco moderado (nota entre 0,5 e 1,0); e
- Baixo risco (nota abaixo de 0,5 – como São Paulo).
A análise do banco de investimentos é feita por meio de uma série de critérios, como a relação entre o preço dos imóveis e a renda da população, por exemplo.
Segundo o UBS, os riscos de bolhas imobiliárias ao redor do mundo diminuíram desde a última edição do índice. Os preços dos imóveis caíram, em média, 15% em relação a 2022 devido às altas de juros em diferentes países.
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O Head de Real Estate do UBS Wealth Management, Claudio Saputelli, explicou que “as cidades que tiveram as maiores quedas de preços são aquelas que apresentaram um alto risco de bolha imobiliária em anos anteriores”.
Porém, embora os preços dos imóveis tenham reduzido nos últimos dois anos, ainda existem cidades com alto risco de bolha imobiliária, de acordo com o índice.
Esse é o caso, por exemplo, de Miami, considerada a metrópole com o mercado imobiliário mais caro entre os participantes do ranking.

Desde 2019, os preços dos imóveis na cidade americana saltaram quase 50% em termos reais – 7% só nos últimos quatro trimestres –, impulsionados pela expansão do mercado de luxo.
A luxuosa cidade tem alto risco de bolha imobiliária, com a nota 1,79. Ao lado dela nesse grupo estão Tóquio e Zurique.
Outra metrópole conhecida pelo luxo que teve um “boom” nos preços imobiliários foi Dubai. Embora seja considerada com risco moderado, a cidade teve o maior aumento no índice em relação à edição do último ano.
Em 2023, a nota atribuída a Dubai foi 0,14. Já em 2024, saltou para 0,64. Nos últimos quatro trimestres, os preços reais dos imóveis aumentaram quase 17% e o UBS espera uma correção moderada no curto prazo.
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Cenário macro brasileiro ainda não favorece os preços dos imóveis em São Paulo
Os preços dos imóveis em São Paulo tiveram uma ligeira alta em termos reais no último ano, com um aumento de pouco mais de 2%. Porém, em comparação com o pico no mercado imobiliário paulistano em 2014, os valores ainda estão 20% menores.
Segundo a análise do UBS, o aluguel continua sendo financeiramente mais atraente do que a compra de um imóvel devido às taxas de juros muito altas.
O resultado desse cenário foi uma alta de quase 10% nos preços dos aluguéis nos últimos quatro trimestres e os analistas defendem que há baixo risco de bolha imobiliária na cidade.
No ranking, o UBS explica que existe uma demanda por moradias em boas localizações, apoiada pelo crescimento econômico robusto.
No entanto, dado o cenário macroeconômico de inflação alta e perspectiva de aumento da Selic nos próximos meses, há uma limitação para a valorização dos preços reais das casas.
Mercado imobiliário deve se recuperar globalmente
Enquanto no Brasil as perspectivas são de alta das taxas de juros, em grande parte do mundo a decisão daqui para frente deve ser de queda.
Na visão do UBS, a redução dos juros deve impulsionar o mercado imobiliário em nível global por tornar mais vantajosa a compra de um imóvel em relação ao aluguel.
Segundo o analista Matthias Holzhey, “os preços reais das moradias em muitas cidades atingiram o seu ponto mais baixo. A perspectiva econômica provavelmente determinará se os preços voltarão a subir ou se ficarão estáveis”.
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