🔴 AÇÕES, FIIs, BDRs E CRIPTO – ONDE INVESTIR EM SETEMBRO? CONFIRA AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Mudanças climáticas

Investimento verde é coisa de gringo, mas isso é bom para nós: saiba quais são as apostas ESG do investidor global no Brasil

Saiba para quais segmentos e tipos de negócios o investidor global olha no Brasil, segundo Marina Cançado, idealizadora de evento que aproximará tubarões internacionais com enfoque ESG do mercado brasileiro

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
17 de maio de 2024
6:33 - atualizado às 14:06
Imagem mostrando painéis de energia solar e pás de geração eólica, simbolizando a transição energética para fontes renováveis | Gerdau
Energias renováveis e de fontes alternativas estão entre os interesses do investidor estrangeiro no Brasil. Imagem: Shutterstock

As teses de investimentos centrados em boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG, na sigla em inglês) ainda não “pegaram” realmente entre os investidores brasileiros, sejam pessoas físicas ou institucionais, mesmo com todas as discussões em torno das mudanças climáticas e da necessidade de uma transição energética.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que se ouve no mercado local, na verdade, é que os “investimentos verdes” são muito mais relevantes para os grandes investidores internacionais, notadamente os europeus, do que para os brasileiros.

Ao mesmo tempo, com os juros altos nos países desenvolvidos, em especial nos Estados Unidos, o investimento nos países emergentes e mais arriscados, como o Brasil, perde a atratividade para o gringo. Que o diga o fluxo estrangeiro negativo em cerca de R$ 30 bilhões na bolsa brasileira neste ano.

Mas se, para o investidor global que aloca uma parte do seu capital em emergentes, o Brasil é apenas “mais um na multidão”, quando falamos de investimentos que tomam por base as teses climáticas, o país é um dos destinos que se sobressaem.

“O perfil do Brasil é o inverso do mundo. Nossa matriz energética já é majoritariamente limpa, nossos produtos já têm menos emissão de carbono”, diz Marina Cançado, fundadora da Converge Capital Conference e uma das idealizadoras do evento Brazil Climate Investment Week, em parceria com a Capital for Climate.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O Brasil é o país com melhor posicionamento no mundo para desenvolver e exportar soluções de descarbonização e gerar crescimento de empresas, economia e renda. Temos uma oportunidade única no mundo”, disse Cançado, em entrevista ao Seu Dinheiro.

Leia Também

O evento, que acontece nos dias 21, 22 e 23 de maio na capital paulista, visa a aproximar o mercado financeiro local de grandes investidores globais que já estão focando em teses relacionadas a soluções para o clima, a fim de acelerar esses investimentos internacionais no Brasil.

Segundo Cançado, não há como se pensar hoje em investimento de longo prazo, como aqueles que são feitos por fundos voltados para o investimento privado de risco – private equity e venture capital – ou mesmo por fundos de pensão e endowments, sem considerar as mudanças climáticas e como elas vão afetar os negócios e a sociedade.

Para esses investidores, é fundamental entender como as empresas e projetos nos quais eles investem estão relacionados com a jornada de descarbonização no mundo, explica Marina Cançado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essas mudanças impactam também o risco das empresas – vide o caso das seguradoras diante de desastres ambientais, como o do Rio Grande do Sul –, o que afeta tanto os investimentos em ações como nos títulos de dívida emitidos por essas companhias.

“As mudanças climáticas já estão impactando empresas e mercados, e o mercado financeiro ainda não está incorporando esses riscos da maneira necessária”, alerta.

Para ela, porém, a relevância do tema na Europa tem muito a ver com o fato de que lá isso já é discutido há quase 20 anos e já há regulações e modelos desenvolvidos para levar as questões ambientais em conta na hora de tomar a decisão de investimento.

Por aqui, por outro lado, o tema só foi ganhar mais evidência de 2020 para cá, em razão da pandemia de covid-19, além de predominar um horizonte de mais curto prazo para os investimentos, diz Cançado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Marina Cançado, fundadora da Converge Capital Conference e uma das idealizadoras do evento Brazil Climate Investment Week, em parceria com a Capital for Climate
Marina Cançado, fundadora da Converge Capital Conference e uma das idealizadoras do evento Brazil Climate Investment Week, em parceria com a Capital for Climate. Crédito: Divulgação.

O que o investidor estrangeiro está olhando no Brasil?

O investidor estrangeiro que já incorporou essa análise de risco à sua decisão de investimentos está de olho em teses verdes no Brasil, diz Cançado, que divide esse perfil de investidor em dois blocos: aquele que deseja recorrer ao investimento direto, como fundos de venture capital e private equity; e aqueles que visam a investir via mercado de capitais, por meio da compra de ações ou títulos de dívida.

Segundo ela, a maior parte opta pela via direta, de olho em empresas nascentes em setores emergentes e em consolidação. “Até que acaba suprindo a falta que temos no Brasil desse tipo de capital de risco”, diz.

Por outro lado, no mercado de capitais, onde se pode investir nas empresas mais consolidadas, existe uma pressão dos investidores internacionais para que as empresas estejam numa jornada de descarbonização. Mas esse movimento ainda é pontual entre as empresas brasileiras listadas.

“Para a gente ter redução de emissões, todos os setores precisam passar por uma profunda transformação. Na Europa já existe até regulação impondo tetos de emissão de gases do efeito estufa. As empresas brasileiras que estão se movendo ou estão percebendo que vão ter vantagem competitiva no seu negócio, ou estão sendo pressionadas por investidores internacionais, ou são listadas lá fora”, explica Marina Cançado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Já sabe onde investir agora que as empresas estão divulgando seus balanços do 1T24? Veja análises completas da Empiricus Research e saiba se você deve comprar, vender ou se manter neutro em cada uma das principais ações da bolsa. Clique aqui para receber os relatórios GRATUITOS. 

Essa realidade inclusive bate com o cenário mais geral, em que a bolsa brasileira vê saída líquida de investimentos internacionais no acumulado do ano, enquanto o investimento estrangeiro direto no país vai de vento em popa, com entrada de mais de US$ 20 bilhões no primeiro trimestre.

Mas quais os setores e segmentos preferidos desse investidor gringo aqui no Brasil? Cançado explica que os fundos de capital de risco buscam negócios principalmente na agenda de transformação do agronegócio, que busque um agro mais sustentável, como biofertilizantes, utilização mais racional de água e tecnologia de rastreamento, pois existe um movimento global de gestoras e empresas para garantir a compra de commodities livres de desmatamento.

Também chama a atenção do investidor global todo o universo de geração de energia a partir de fontes menos poluentes, como biomassa, biogás, hidrogênio verde, combustível sustentável para aviação e minerais críticos para a produção de pás eólicas, painéis solares e baterias de veículos elétricos. “Há muitas empresas voltadas para uma mineração mais sustentável”, afirma Cançado.

O desmatamento é outra preocupação do gringo, que também gosta de soluções baseadas na natureza, como negócios de reflorestamento, agrofloresta e restauração de áreas degradadas. Embora a matriz energética do Brasil seja majoritariamente limpa, explica Cançado, quase 75% das emissões do país estão relacionadas ao desmatamento ligado ao agro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O mundo entende que o Brasil precisa alimentar a humanidade, mas de uma forma mais sustentável. É interessante para o resto do planeta que o Brasil combata o desmatamento e também é um movimento de descarbonização, pois florestas capturam carbono de uma forma mais eficiente e barata que as tecnologias de remoção que estão sendo desenvolvidas e ainda não são escaláveis”, diz.

Há oportunidades até mesmo na indústria, como na produção de aço e cimento com menos carbono. “A partir de 2027 passa a vigorar na Europa uma taxa de importação que contabiliza a intensidade de emissões de carbono em cada produto. O Brasil pode sair na frente com isso”, acredita.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NOSTALGIA

Tamagotchi: clássico dos anos 1990 ganha nova versão e volta a fazer sucesso

14 de setembro de 2025 - 8:27

Impulsionado por revival de adultos que cresceram nos anos 1990, Tamagotchi ultrapassa a marca de 100 milhões de unidades vendidas

RISCO COM CONDENAÇÃO

Moody’s teme reversão de lista de isenção dos EUA ao Brasil após condenação de Bolsonaro

13 de setembro de 2025 - 16:04

Em agosto, o presidente dos EUA, Donald Trump, promoveu um “tarifaço” contra produtos brasileiros, porém, 694 produtos que ficaram de fora da lista

BOLADA QUE NÃO DÓI

Copa do Brasil 2025: por que Vasco e Fluminense faturaram até agora mais dinheiro que Corinthians e Cruzeiro mesmo com todos classificados para as semifinais

12 de setembro de 2025 - 12:42

Apesar de estarem na mesma fase da Copa do Brasil, a dupla carioca percorreu um caminho diferente dos outros dois semifinalistas

DE VOLTA AO TRONO

A felicidade durou pouco: Elon Musk desbanca Larry Ellison e retoma o trono de homem mais rico do mundo

12 de setembro de 2025 - 10:11

A disputa pelo topo da lista dos mais ricos continua acirrada: Elon Musk retomou a liderança como o homem mais rico do mundo, com uma fortuna de US$ 399 bilhões

LOTERIAS

Lotofácil e Dia de Sorte têm bolas divididas e deixam 4 apostadores no meio do caminho rumo ao primeiro milhão

12 de setembro de 2025 - 7:51

Enquanto a Lotofácil e a Dia de Sorte tiveram dois ganhadores cada, a Quina e a Timemania acumularam na noite de quinta-feira

LOTERIAS

Mega-Sena sai pela primeira vez em setembro e paga quase R$ 54 milhões a dono ou dona de aposta simples

12 de setembro de 2025 - 7:04

Depois de sair três vez em agosto, a faixa principal da Mega-Sena tem seu primeiro ganhador em setembro; ele ou ela tem agora 90 dias para reivindicar o prêmio

DE OLHO NA SEGURANÇA

Banco Central amplia regras de segurança e proíbe bancos de efetuar pagamentos para contas suspeitas de fraude

11 de setembro de 2025 - 11:07

A nova norma vem na esteira de uma série de medidas da autarquia para aumentar a segurança das transações financeiras

O BRINDE E A BRISA

Bebidas com cannabis: como a criatividade brasileira desafia as barreiras de um mercado bilionário?

11 de setembro de 2025 - 8:46

Enquanto o mercado global de bebidas com THC e CBD movimenta bilhões, a indústria brasileira inova com criatividade, testando os limites da lei e preparando o terreno para uma futura legalização

LOTERIAS

Entre a simplicidade e a teimosia, Lotofácil 3483 tem 4 ganhadores, mas ninguém fica muito perto do primeiro milhão

11 de setembro de 2025 - 7:39

Assim como aconteceu na segunda e na terça-feira, a Lotofácil foi a única loteria a ter vencedores na faixa principal ontem

DANÇA DOS TRONOS

O trono de homem mais rico do mundo tem um novo dono: Larry Ellison, cofundador da Oracle, ultrapassa Elon Musk

10 de setembro de 2025 - 16:00

Salto nas ações da Oracle e projeções otimistas para a nuvem transformam Larry Ellison no novo homem mais rico do planeta, desbancando Elon Musk

JULGAMENTO BOLSONARO

Fux rejeita condenação de Bolsonaro por organização criminosa e dá início ao julgamento de outros crimes

10 de setembro de 2025 - 12:04

O voto do Ministro ainda está em andamento,

DINHEIRO ESQUECIDO

Mais de 48 milhões de brasileiros ainda têm dinheiro esquecido nos bancos; veja se você é um deles

10 de setembro de 2025 - 11:14

Sistema de Valores a Receber do Banco Central já devolveu R$ 11,3 bilhões, mas ainda há R$ 10,7 bilhões disponíveis para saque

NEGÓCIO DUVIDOSO

O que é a “cláusula da desgraça” que faz influencers lucrarem com as perdas de seus seguidores nas bets

10 de setembro de 2025 - 10:25

A cada real perdido por seguidores, influencers recebem comissão das casas de apostas

PRODUTIVIDADE EM XEQUE

Trabalho presencial, home-office total ou regime híbrido? Demissões no Itaú colocam lenha no debate

10 de setembro de 2025 - 8:52

As demissões no Itaú tiveram como justificativa a alegação de inatividade dos colaboradores durante o home office

LOTERIAS

Mega-Sena 2912 acumula, mas Lotofácil 3482 deixa mais duas pessoas mais próximas do primeiro milhão

10 de setembro de 2025 - 7:04

Assim como aconteceu na segunda-feira, a Lotofácil foi a única loteria a ter vencedores na faixa principal ontem; além da Mega-Sena, a Quina, a Dia de Sorte e a Timemania também acumularam

O FUTURO DO CRÉDITO

Fitch projeta novo cenário de crédito no Brasil com o Pix parcelado; saiba quem ganha e quem perde com isso

9 de setembro de 2025 - 14:37

Agência de classificação de risco prevê que o modelo vai remodelar pagamentos e aumentar a concorrência com os cartões de crédito no Brasil; Banco Central deve liberar nova modalidade ainda em setembro

VEM AÍ O ‘NOVO PRÉ-SAL’?

‘Vamos explorar petróleo na Foz do Amazonas’, diz Lula — presidente tenta esfriar tensões em torno da Margem Equatorial

9 de setembro de 2025 - 11:07

Durante entrevista à Rede Amazônica, o petista falou sobre as atividades na região e também saiu em defesa da ministra do Meio Ambiente

NAUFRAGOU

Criptomoedas, FBI e um cruzeiro ao Polo Norte: como a prisão de um intermediário russo nos EUA gerou dor de cabeça para uma das famílias mais ricas da França

9 de setembro de 2025 - 9:15

A prisão de um intermediário russo de criptomoedas pelo FBI transformou um cruzeiro de luxo ao Polo Norte em uma disputa judicial que respinga na bilionária família Pinault, dona da Gucci e da Saint Laurent

LOTERIAS

Lotofácil 3481 deixa duas pessoas mais próximas do primeiro milhão; Quina acumula e Mega-Sena pode pagar R$ 47 milhões hoje

9 de setembro de 2025 - 7:21

A Lotofácil foi a única loteria a ter vencedores na faixa principal na segunda-feira; Quina, Dupla Sena, Lotomania e Super Sete acumularam

RESISTÊNCIA À TECNOLOGIA

Mesmo com recorde de transações via Pix, por que os brasileiros ainda movimentam mais de R$ 200 bilhões por semestre em cheque

8 de setembro de 2025 - 13:29

Mesmo com queda no uso, cheques seguem relevantes nas transações de maior valor e ainda movimentam valores expressivos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar