Dólar salta na abertura e vai a R$ 5,44: o ataque de Lula à Campos Neto que fez o real cair ainda mais
O presidente da República deu entrevista à Rádio CBN de Londrina e voltou a criticar o posicionamento político do chefe da autoridade monetária

O mercado amanheceu com grandes expectativas em relação à decisão de juros brasileira de amanhã (19), colocando Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, nos holofotes de qualquer novidade sobre o tema. Porém, foi uma notícia em relação à autoridade monetária brasileira que fez o dólar saltar para R$ 5,44 na abertura desta terça-feira (18).
Não exatamente uma notícia, mas uma entrevista. Mais precisamente, a do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, (PT) à Rádio CBN de Londrina.
Na manhã de hoje, o presidente voltou a criticar a condução da política monetária do Banco Central, afirmando que a autarquia não respeita a independência que conquistou.
“Só temos uma coisa desajustada neste país: é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Presidente que tem lado político, que trabalha para prejudicar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está”, disse Lula.
Vale lembrar que, no passado, o presidente já havia criticado a instituição, dizendo que os juros mais elevados atravancavam o crescimento do país.
Por volta das 10h, o dólar chegou a reverter a tendência de alta, passando a cair 0,14%, ainda porém na faixa dos R$ 5,4123. No ano, a moeda norte-americana acumula alta de 11,52% e, nos últimos 12 meses, de 12,26%.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
- Um erro muito comum entre investidores pode colocar o futuro financeiro da sua família em risco: ter sua fonte de renda 100% em reais. Clique AQUI e conheça a melhor estratégia de investimento para dolarizar o seu patrimônio.
Lula critica lado político de Campos Neto
Ainda no campo dos ataques ao presidente da instituição, Lula afirmou que o dirigente da autoridade monetária não demonstra “capacidade de autonomia” e tem “lado político”.
Ele fazia referência ao evento da última segunda-feira (10), em que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), havia convidado para um jantar o presidente do BC, além de outras figuras importantes como banqueiros, políticos e empresários.
Tarcísio é considerado um herdeiro político do ex-presidente Jair Bolsonaro — em junho deste ano, ele mesmo se declarou: “sou bolsonarista e vou continuar sendo bolsonarista”.
Porém, a aproximação de ambos no campo político minaria a confiança de que o BC age de maneira técnica, na visão de Lula. “A quem esse rapaz é submetido? Como vai a festa em São Paulo quase assumindo candidatura a cargo no governo de SP? Cadê a autonomia dele?”, questionou o presidente.
"Não é que Campos Neto encontrou Tarcísio em uma festa. A festa foi do Tarcísio para ele. Foi uma homenagem que o governo de São Paulo fez para ele. Quando ele se auto lança a um cargo, eu fico imaginando, nós vamos repetir o Moro? O presidente do Banco Central está disposto a fazer o mesmo papel que Moro fez?", disse.
E o futuro dos juros…
O Banco Central decide o futuro da Selic nesta quarta-feira. A expectativa geral é de que a autoridade monetária mantenha os juros na atual faixa de 10,5% ao ano.
Entidades do mercado, como o Bank of America (BofA) acreditam que há espaço para um corte de 25 pontos-base, colocando os juros na faixa de 10,25% ao ano.
Contudo, após as mais recentes falas de Lula em relação à meta fiscal e as sucessivas “caneladas” do governo sobre o cumprimento desses objetivos fizeram o mercado ficar mais cético em relação ao futuro dos juros.
Enquanto, no começo do ano, entidades do setor financeiro acreditavam em uma Selic na casa dos 9,5%, agora houve uma deterioração das expectativas. Agora, os juros devem permanecer no atual patamar até o fim de 2024, segundo a mais recente edição do Boletim Focus.
*Com informações do Money Times
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações
A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade
Fernando Collor torna-se o terceiro ex-presidente brasileiro a ser preso — mas o motivo não tem nada a ver com o que levou ao seu impeachment
Apesar de Collor ter entrado para a história com a sua saída da presidência nos anos 90, a prisão está relacionada a um outro julgamento histórico no Brasil, que também colocou outros dois ex-presidentes atrás das grades
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Bradesco dispara em ranking do Banco Central de reclamações contra bancos; Inter e PagSeguro fecham o pódio. Veja as principais queixas
O Bradesco saiu da sétima posição ao fim de 2024 para o primeiro colocado no começo deste ano, ao somar 7.647 reclamações procedentes. Já Inter e PagSeguro figuram no pódio há muitos trimestres
Por que o ouro se tornou o porto seguro preferido dos investidores ante a liquidação dos títulos do Tesouro americano e do dólar?
Perda de credibilidade dos ativos americanos e proteção contra a inflação levam o ouro a se destacar neste início de ano
Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs
Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Rodolfo Amstalden: Seu frouxo, eu mando te demitir, mas nunca falei nada disso
Ameaçar Jerome Powell de demissão e chamá-lo de frouxo (“a major loser”), pressionando pela queda da taxa básica, só tende a corromper o dólar e alimentar os juros de longo prazo
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284
Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Bitcoin engata alta e volta a superar os US$ 90 mil — enfraquecimento do dólar reforça tese de reserva de valor
Analistas veem sinais de desacoplamento entre bitcoin e o mercado de ações, com possível aproximação do comportamento do ouro
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
O preço de um crime: fraudes no Pix disparam e prejuízo ultrapassa R$ 4,9 bilhões em um ano
Segundo o Banco Central, dados referem-se a solicitações de devoluções feitas por usuários e instituições após fraudes confirmadas, mas que não foram concluídas
A última ameaça: dólar vai ao menor nível desde 2022 e a culpa é de Donald Trump
Na contramão, várias das moedas fortes sobem. O euro, por exemplo, se valoriza 1,3% em relação ao dólar na manhã desta segunda-feira (21)
Agenda econômica: é dada a largada dos balanços do 1T25; CMN, IPCA-15, Livro Bege e FMI também agitam o mercado
Semana pós-feriadão traz agenda carregada, com direito a balanço da Vale (VALE3), prévia da inflação brasileira e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)
A coisa está feia: poucas vezes nas últimas décadas os gestores estiveram com tanto medo pelo futuro da economia, segundo o BofA
Segundo um relatório do Bank of America (BofA), 42% dos gestores globais enxergam a possibilidade de uma recessão global