Japão volta a mexer com as bolsas, agora positivamente; Ibovespa também repercute balanços e China
Vice-presidente do BoJ sinaliza que a instituição não voltará a elevar as taxas de juros enquanto a instabilidade nos mercados persistir

O início de agosto nos mercados internacionais foi abalado por um terremoto financeiro com epicentro no Japão.
O susto parece ter passado, pelo menos por enquanto. Bolsas de valores de todo o mundo dão continuidade nesta quarta-feira (7) à recuperação iniciada ontem.
Se o banco central do Japão foi o principal responsável pelo abalo de segunda-feira, hoje ele emerge como solução para a continuidade do apetite por risco nos mercados financeiros.
Recapitulando: na semana passada, uma elevação de juros pelo BoJ (como é conhecido o banco central japonês) veio acompanhada da sinalização de que a autoridade monetária continuaria subindo as taxas gradualmente se as atuais projeções para a economia e a inflação no país se confirmassem.
Hoje, durante discurso a líderes empresariais, o vice-presidente do BoJ, Shinichi Uchida, sinalizou um recuo dessa posição. Ele disse que a instituição não voltará a elevar as taxas de juros enquanto a instabilidade nos mercados persistir.
Diante disso, as bolsas de valores da Ásia estenderam a recuperação iniciada na véspera. O mesmo acontece nos mercados de ações da Europa e nos índices futuros de Wall Street.
Leia Também
Ao mesmo tempo, o passo atrás do BoJ deprecia o iene em relação ao dólar, o que pode dar uma ajudinha para o real.
Outro bom sinal para os ativos de risco vem do aumento das importações por parte da China. Elas cresceram 7,2% em julho, bem acima dos projeções de alta de 3%.
Embora o dado tenha pesado sobre o superávit comercial da segunda maior economia do mundo, o aumento das importações impulsiona os preços das commodities.
No pré-mercado em Nova York, esse movimento já beneficia os ADRs da Vale e da Petrobras, as duas empresas de maior peso sobre a carteira teórica do Ibovespa.
Além disso, a bolsa brasileira, que também se recuperou ontem, repercute hoje o lucro do Itaú. O maior banco privado brasileiro lucrou mais de R$ 10 bilhões em apenas um trimestre e fez sua rentabilidade crescer ainda mais.
Diante da agenda fraca no Brasil e nos Estados Unidos nesta quarta-feira, os investidores também se preparam para os balanços do Banco do Brasil, da Eletrobras e de mais 20 empresas de capital aberto.
O que você precisa saber hoje
EXCLUSIVO
B3 (B3SA3) avalia compra da CRDC para avançar em registro de recebíveis. A CRDC tem como única acionista a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que contratou a Laplace para encontrar um sócio para o negócio, dizem fontes.
FII DO MÊS
BTLG11 é ouro: fundo imobiliário de logística é o favorito para agosto; veja os FIIs que “ganharam medalha” dos analistas de dez corretoras. Após ficar com a medalha de prata no mês passado, o fundo voltou a garantir o ouro ao conquistar um lugar entre os favoritos de quatro casas.
NOVAS FRONTEIRAS
Oncoclínicas (ONCO3) anuncia joint venture para criar rede na Arábia Saudita. A Oncoclínicas terá 51% de participação na JV para a criação de uma operação de tratamento oncológico no país. Sócio saudita terá os 49% restantes. Veja quanto será investido.
BOLADA BILIONÁRIA
Esta gigante do petróleo vai pagar US$ 31 bilhões em dividendos para os acionistas — e não é a Petrobras (PETR4). Com a nova rodada de remuneração, outra petroleira estatal está a caminho de aumentar os proventos em 30% este ano, para um novo recorde anual de US$ 124 bilhões.
VALORIZAÇÃO DO MÍNIMO
Governo eleva estimativa de salário mínimo em R$ 7,00, para R$ 1.509, em 2025. O valor ainda é uma estimativa, mas, se confirmado, representará um aumento de 6,87% se comparado ao salário mínimo atual, de R$ 1.412.
Uma boa quarta-feira para você!
Dividendos vêm aí? IRB (IRBR3) tem bons resultados no primeiro trimestre e BTG vê possibilidade de distribuição dos lucros até o fim do ano
As operações internacionais e os resultados financeiros salvaram o balanço do IRB, mas não são todos os analistas que estão otimistas com a empresa
Ata do Copom: Juros podem até parar de subir, mas Galípolo e diretores do BC jogam água fria sobre momento da queda da Selic
Copom volta a sinalizar que o fim do atual ciclo de aperto monetário está perto do fim, mas uma alta residual da taxa de juros ainda segue na mesa
RBVA11 vende imóvel em São Paulo, cotistas lucram quase R$ 5 milhões e sinaliza mudança de perfil
O FII assinou um contrato para a alienação de um imóvel localizado no bairro Santa Cecília e que é locado para a Caixa Econômica Federal atualmente
Elo, agora em 3 fatias iguais: Bradesco, Banco do Brasil e Caixa querem voltar a dividir a empresa de pagamentos igualmente
Trio de gigantes ressuscita modelo de 2011 e redefine sociedade na bandeira de cartões Elo de olho nos dividendos; entenda a operação
Resultado da Petrobras (PETR4) não foi ótimo, mas também não foi terrível — o que fazer com as ações agora?
Ação segue como principal recomendação do BTG no setor, mas algumas linhas do balanço preocupam
Um acordo para buscar um acordo: Ibovespa repercute balanço da Petrobras, ata do Copom e inflação nos EUA
Ibovespa não aproveitou ontem a euforia com a trégua na guerra comercial e andou de lado pelo segundo pregão seguido
Depois do incêndio, EUA e China aparecem com baldes d’água: o que está em jogo no cessar-fogo da guerra comercial
A reação brasileira ao armistício tarifário tem sido, no mínimo, peculiar. Se por um lado a trégua parcial afasta o fantasma da recessão global e reacende o apetite por commodities, por outro, uma série de forças contrárias começa a moldar o desempenho do mercado local
Felipe Miranda: O elogio do vira-lata (ou sobre small caps brasileiras)
Hoje, anestesiados por um longo ciclo ruim dos mercados brasileiros, cujo início poderia ser marcado em 2010, e por mais uma década perdida, parecemos nos esquecer das virtudes brasileiras
O prejuízo ficou para trás: Petrobras (PETR4) tem lucro 48,6% maior no 1T25, investe 29% a menos do que no 4T24 e paga R$ 11,72 bilhões em dividendos
Entre janeiro e março, o lucro líquido da estatal subiu para R$ 35,209 bilhões em base anual; as projeções indicavam R$ 28,506 bilhões
Inscrições abertas para Embraer, Coca-Cola, Vibra e Carrefour; confira essas e outras vagas para estágio e trainee
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar até o segundo semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
Trégua entre EUA e China evita catástrofe, mas força Brasil a enfrentar os próprios demônios — entenda os impactos do acordo por aqui
De acordo com especialistas ouvidos pelo Seu Dinheiro, o Brasil poderia até sair ganhando com a pausa na guerra tarifária, mas precisaríamos arrumar a casa para a bolsa andar
Comprado em Brasil: as ações escolhidas pelo Bank of America para investir no Ibovespa hoje
O banco projeta corte de juros ainda neste ano e uma Selic menor do que o mercado para 2026 — nesse cenário, as ações podem ter um desempenho melhor na bolsa no curto prazo
Apple avalia aumentar preço da nova linha de iPhones enquanto evita apontar o verdadeiro “culpado”
Segundo o jornal The Wall Street Journal, a Apple quer justificar possível alta com novos recursos e mudanças no design dos smartphones a serem lançados no outono dos EUA
Criptomoedas (inclusive memecoins) disparam com avanço de acordos comerciais; Moo Deng salta 527% em uma semana
Mercado de memecoins ganha fôlego após alívio nas tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e outras potências globais
Retorno recorde nos títulos IPCA+ de um lado, spreads baixos e RJs do outro: o que é de fato risco e oportunidade na renda fixa privada hoje?
Em carta a investidores, gestora de renda fixa Sparta elenca os pontos positivos e negativos do mercado de crédito privado hoje
Exportadoras carregam o Ibovespa: Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) sobem até 3% com acordo comercial entre EUA e China
Negociação entre EUA e China melhora as perspectivas de demanda por commodities no mundo e faz exportadoras terem um dia do alívio na bolsa
Bitcoin (BTC) toca os US$ 105 mil; XRP lidera ganhos após trégua na guerra comercial entre China e EUA
Mercado de criptomoedas ganha força após EUA e China reduzirem tarifas comerciais e abrirem caminho para novas negociações; investidores voltam a mirar recordes
É o ano dos FIIs de papel? Fundos imobiliários do segmento renderam 4,4% em 2025, mas FIIs de tijolo cresceram no último mês
Na relação de preço pelo valor patrimonial dos fundos imobiliários, os dois setores seguem negociados com desconto neste ano
Ações das farmacêuticas passeiam na montanha-russa de Trump após ordem para cortar preços de remédios em 59%
De acordo com especialistas, uma nova pressão sobre os preços dos medicamentos pode ter um impacto significativo nas receitas do setor
Braskem (BRKM5) sobe forte na B3 após balanço do 1T25 e “ajudinha” de Trump e Xi Jinping. É hora de comprar as ações da petroquímica?
Além do aumento do apetite a risco nos mercados, os investidores repercutem o balanço da Braskem no primeiro trimestre