🔴 ESSAS CRIPTOMOEDAS PODEM DISPARAR ATÉ 300 VEZES –  SAIBA COMO INVESTIR

Corte de juros nos EUA não resolve tudo na bolsa: bomba fiscal põe em risco fim de ano do mercado de ações no Brasil

Da mesma forma, o aumento dos juros por aqui é insuficiente sem um compromisso firme do governo com a responsabilidade fiscal

24 de setembro de 2024
6:17
Crise no Brasil
Fragilidade fiscal do Brasil ameaça estabilidade mais profunda. - Imagem: Shutterstock

Após um longo período de espera, na última quarta-feira o Federal Reserve finalmente encerrou as especulações e efetuou um corte significativo nas taxas de juros, reduzindo-as para o patamar entre 4,75% e 5,00%. Esse movimento, aguardado há bastante tempo, deu início ao ciclo de afrouxamento monetário nos EUA, anteriormente previsto para começar em 2023, mas sucessivamente adiado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Se a história nos serve de guia, com a ausência de sinais claros de recessão no horizonte, a redução das taxas deveria ser vista como um estímulo positivo para ativos de risco, especialmente para mercados emergentes como o Brasil, que tem sofrido com o impacto das taxas elevadas nas economias desenvolvidas. Em teoria, essa mudança deveria ser motivo de otimismo.

No entanto, o cenário no Brasil seguiu em uma direção oposta.

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa Selic em 25 pontos-base, sinalizando a possibilidade de novos aumentos até o final do ano.

Contudo, os desafios enfrentados pelo país vão além da política monetária.

O verdadeiro obstáculo para a economia brasileira não é apenas a alta dos juros, mas sim a fragilidade fiscal que ameaça sua estabilidade de forma mais profunda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A decisão do Banco Central de adotar uma postura mais agressiva, com a perspectiva de futuras elevações da Selic, tem como objetivo não apenas combater as pressões inflacionárias, mas também ancorar novamente as expectativas de inflação futura.

Leia Também

No entanto, sem um ajuste fiscal sólido, essas medidas monetárias isoladas serão insuficientes para alcançar os resultados desejados.

Aumentar os juros, sem um controle efetivo dos gastos públicos, não resolverá o problema subjacente.

O desequilíbrio fiscal continua sendo o principal fator de preocupação na economia.

A situação se tornou ainda mais crítica com a divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas do governo na sexta-feira à noite, quando se esperava o anúncio de medidas adicionais de contenção de gastos na faixa de R$ 5 a R$ 10 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Contudo, a realidade foi bem menos rigorosa do que o projetado.

Ao contrário do que se aguardava, o governo aumentou o bloqueio orçamentário em apenas R$ 2,1 bilhões, totalizando R$ 13,3 bilhões, um montante bem abaixo das expectativas do mercado.

Além disso, reverteu um contingenciamento anterior de R$ 3,8 bilhões, o que, na prática, representou um afrouxamento fiscal adicional de R$ 1,7 bilhão frente ao último relatório, ao invés de um esforço de ajuste mais rigoroso.

Em vez de adotar um ajuste fiscal necessário, o governo optou por adiar as decisões mais duras para o último relatório bimestral do ano, previsto para 22 de novembro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A reação do mercado foi imediata e negativa, uma tendência que já havia começado na sexta-feira.

Esse descontentamento se intensificou na segunda-feira, como refletido no relatório Focus, destacando o aumento da desconfiança quanto à capacidade do governo de cumprir suas promessas fiscais e manter sua credibilidade.

Fonte: Relatório Focus.

O boletim divulgado ontem revisou as expectativas para a taxa Selic em 2024, elevando o consenso de 11,25% para 11,50%.

Essa revisão reflete a postura mais rígida do Copom, motivada por um crescimento econômico acima do previsto e pelo aumento dos riscos fiscais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para 2025, a expectativa da Selic permaneceu em 10,50%, enquanto as projeções de inflação para 2024 e 2025 foram ajustadas para cima.

Fiscal frouxo exige política monetária dura

A falta de ações concretas e a demora em adotar medidas eficazes têm impactado negativamente a confiança do mercado.

A política fiscal frouxa, por sua vez, exige uma política monetária mais severa, com juros elevados que acabam prejudicando o desempenho de ativos como as ações. Essa falta de comprometimento com o ajuste fiscal reforça a visão negativa dos investidores sobre a gestão do país.

Embora o real já possa demonstrar sinais de valorização devido à combinação entre os cortes nas taxas do Federal Reserve e o aumento da Selic, um fortalecimento mais expressivo da moeda brasileira — possivelmente em direção a R$ 5 por dólar — dependerá de um compromisso mais firme do governo com a sustentabilidade fiscal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sem dúvida, até 2026, as políticas mais frouxas do Federal Reserve poderiam servir de base para um maior otimismo no mercado brasileiro.

Contudo, para um país preso em um ciclo de mediocridade, não existe uma "solução final".

Assim, como já ressaltado, o aumento dos juros por aqui, isoladamente, não será suficiente sem um compromisso firme do governo com a responsabilidade fiscal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: A neoindustrialização brasileira (e algumas outras tendências)

15 de setembro de 2025 - 20:00

Fora do ar condicionado e dos escritórios muito bem acarpetados, há um Brasil real de fronteira tecnológica, liderando inovação e produtividade

VISÃO 360

O que a inteligência artificial vai falar da sua marca? Saiba mais sobre ‘AI Awareness’, a estratégia do Mercado Livre e os ‘bandidos’ das bets

14 de setembro de 2025 - 8:00

A obsessão por dados permanece, mas parece que, finalmente, os CMOs (chief marketing officer) entenderam que a conversão é um processo muito mais complexo do que é possível medir com links rastreáveis

SEXTOU COM O RUY

A dieta do Itaú para não recorrer ao Ozempic

12 de setembro de 2025 - 6:05

O Itaú mostrou que não é preciso esperar que as crises cheguem para agir: empresas longevas têm em seu DNA uma capacidade de antecipação e adaptação que as diferenciam de empresas comuns

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Carne nova no pedaço: o sonho grande de um pequeno player no setor de proteína animal, e o que move os mercados nesta quinta (11)

11 de setembro de 2025 - 7:54

Investidores acompanham mais um dia de julgamento de Bolsonaro por aqui; no exterior, Índice de Preços ao Consumidor nos EUA e definição dos juros na Europa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Cuidado com a falácia do take it for granted

10 de setembro de 2025 - 20:00

A economia argentina, desde a vitória de Javier Milei, apresenta lições importantes para o contexto brasileiro na véspera das eleições presidenciais de 2026

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Roupas especiais para anos incríveis, e o que esperar dos mercados nesta quarta-feira (10)

10 de setembro de 2025 - 8:00

Julgamento de Bolsonaro no STF, inflação de agosto e expectativa de corte de juros nos EUA estão na mira dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os investimentos para viver de renda, e o que move os mercados nesta terça-feira (9)

9 de setembro de 2025 - 8:03

Por aqui, investidores avaliam retomada do julgamento de Bolsonaro; no exterior, ficam de olho na revisão anual dos dados do payroll nos EUA

Insights Assimétricos

A derrota de Milei: um tropeço local que não apaga o projeto nacional

9 de setembro de 2025 - 7:15

Fora da região metropolitana de Buenos Aires, o governo de Milei pode encontrar terreno mais favorável e conquistar resultados que atenuem a derrota provincial. Ainda assim, a trajetória dos ativos argentinos permanece vinculada ao desfecho das eleições de outubro.

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Tarcisiômetro

8 de setembro de 2025 - 20:00

O mercado vai monitorar cada passo dos presidenciáveis, com o termômetro no bolso, diante da possível consolidação da candidatura de Tarcísio de Freitas como o nome da centro-direita e da direita.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A tentativa de retorno do IRB, e o que move os mercados nesta segunda-feira (8)

8 de setembro de 2025 - 8:05

Após quinta semana seguida de alta, Ibovespa tenta manter bom momento em meio a agenda esvaziada

TRILHAS DE CARREIRA

Entre o diploma e a dignidade: por que jovens atingidos pelo desemprego pagam para fingir que trabalham

7 de setembro de 2025 - 7:32

Em meio a uma alta taxa de desemprego em sua faixa etária, jovens adultos chineses pagam para ir a escritórios de “mentirinha” e fingir que estão trabalhando

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Recorde atrás de recorde na bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta sexta-feira (5)

5 de setembro de 2025 - 8:04

Investidores aguardam dados de emprego nos EUA e continuam de olho no tarifaço de Trump

SEXTOU COM O RUY

Ibovespa renova máxima histórica, segue muito barato e a próxima parada pode ser nos 200 mil pontos. Por que você não deve ficar fora dessa?

5 de setembro de 2025 - 6:01

Juros e dólar baixos e a renovação de poder na eleição de 2026 podem levar a uma das maiores reprecificações da bolsa brasileira. Os riscos existem, mas pode fazer sentido migrar parte da carteira para ações de empresas brasileiras agora.

DESTAQUE NO PORTFÓLIO

BRCR11 conquista novos locatários para edifício em São Paulo e reduz vacância; confira os detalhes da operação

4 de setembro de 2025 - 11:07

As novas locações colocam o empreendimento como um dos destaques do portfólio do fundo imobiliário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O que fazer quando o rio não está para peixe, e o que esperar dos mercados hoje

4 de setembro de 2025 - 8:11

Investidores estarão de olho no julgamento da legalidade das tarifas aplicadas por Donald Trump e em dados de emprego nos EUA

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Se setembro der errado, pode até dar certo

3 de setembro de 2025 - 20:00

Agosto acabou rendendo uma grata surpresa aos tomadores de risco. Para este mês, porém, as apostas são de retomada de algum nível de estresse

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A  ação do mês na gangorra do mundo dos negócios, e o que mexe com os mercados hoje

3 de setembro de 2025 - 7:58

Investidores acompanham o segundo dia do julgamento de Bolsonaro no STF, além de desdobramentos da taxação dos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Hoje é dia de rock, bebê! Em dia cheio de grandes acontecimentos, saiba o que esperar dos mercados

2 de setembro de 2025 - 7:51

Terça-feira terá dados do PIB e início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de olhos voltados para o tarifaço de Trump

Insights Assimétricos

Entre o rali eleitoral e o malabarismo fiscal: o que já está nos preços?

2 de setembro de 2025 - 6:01

Diante de uma âncora fiscal frágil e de gastos em expansão contínua, a percepção de risco segue elevada. Ainda assim, fatores externos combinados ao rali eleitoral e às apostas de mudança de rumo em 2026, oferecem algum suporte de curto prazo aos ativos brasileiros.

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Powell Pivot 3.0

1 de setembro de 2025 - 20:00

Federal Reserve encara pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, por cortes nos juros, enquanto lida com dominância fiscal sobre a política monetária norte-americana

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar