Entre estímulos e desestímulos: corte de juros na China anima bolsas internacionais, mas Ibovespa espera a ata do Copom
Iniciativas do banco central chinês incluem a redução do compulsório bancário e corte de juros para financiamentos imobiliários e compra de um segundo imóvel

O dia a dia dos investidores brasileiros tem oscilado entre estímulos e desestímulos.
Os estímulos vêm principalmente de fora. Depois de o Fed ter cortado os juros na semana passada, hoje foi a vez de o banco central da China anunciar uma série de medidas.
As iniciativas incluem a redução do compulsório bancário e o corte de taxas de juros, inclusive para financiamentos imobiliários e para a compra de um segundo imóvel.
As medidas miram a contenção de uma crise imobiliária que já dura três anos e pesa sobre as metas de crescimento da segunda maior economia do mundo.
Com isso, o dia amanheceu positivo nos mercados internacionais. Destaque para as bolsas de Xangai e Hong Kong. Ambas fecharam em alta de mais de 4% nesta terça-feira.
Quem tem uma boa chance de tirar proveito dessa recuperação é a Vale. Isso porque a cotação do minério de ferro também saltou mais de 4% hoje.
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Já o desestímulo aos ativos de risco vem de dentro. A desancoragem das expectativas de inflação e a percepção de crescentes riscos fiscais têm feito o Ibovespa seguir na contramão das bolsas internacionais.
Ontem, apesar da alta em Wall Street, o principal índice da bolsa brasileira recuou 0,38%.
Depois de o Copom ter elevado a taxa Selic a 10,75% ao ano, o afrouxamento fiscal percebido no relatório bimestral de receitas e despesas do governo aprofundou o pessimismo dos analistas de mercado.
Enquanto isso, o Copom divulga hoje a ata de sua última reunião, Roberto Campos Neto participa de evento do banco J. Safra e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa na ONU.
O que você precisa saber hoje
IA no day trade Powered by Empiricus Research
De acordo com o desenvolvedor sênior de estratégias e algoritmos da Nexus Research, Victor Santos, o uso de IA no day trade é um caminho sem volta. Agora em setembro, por exemplo, a casa de análise em que ele trabalha irá lançar um robô que já gerou até R$ 15 mil em um mês.
SINAL VERDE
Cielo (CIEL3): Assembleia de acionistas aprova resgate compulsório de ações remanescentes da OPA. Minoritários que permaneceram com CIEL3 em suas respectivas carteiras agora serão obrigados a vender suas ações para os controladores.
ATENÇÃO, ACIONISTA
JBS (JBSS3) quer aumentar retorno ao acionista e anuncia recompra de ações — confira os detalhes do programa. Pelos próximos 18 meses, a gigante de alimentos se propõe a recomprar mais de 113 milhões de ações.
APETITE RENOVADO
Vale (VALE3): Os analistas deste banco revelam por que você deveria comprar as ações, mesmo com (quase) tudo contra a mineradora. Para BB Investimentos, a Vale ficou barata após a queda recente e ainda pode ser uma boa pedida para quem busca por ações pagadoras de dividendos.
TESOURO DIRETO
O Tesouro Direto não venderá títulos públicos nesta terça-feira (24) devido a greve de servidores; os resgates estão mantidos? A categoria reivindica a inclusão de reajustes salariais para o órgão na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 e no Orçamento de 2025, cujos projetos tramitam no Congresso.
RENDA FIXA NO RADAR
‘Prima’ da LCA e LCI, LCD deve ser lançada em outubro e pode movimentar R$ 1,5 trilhão – o que é esse novo título de renda fixa com isenção de IR? O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a nova renda fixa isenta de Imposto de Renda pode ser disponibilizada no mercado em breve; entenda como os títulos funcionam.
LOGÍSTICA
Sequoia Logística (SEQL3) negocia venda de ativo ‘não estratégico’, ainda como parte de plano de reestruturação. A empresa comunicou à CVM que assinou memorando de entendimentos para vender logtech.
ESCALADA DO CONFLITO
Irã vai entrar na guerra do Oriente Médio? Governo iraniano acusa Israel de ‘armadilhas’ para expandir conflito. O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou que Israel está levando o Irã para “um ponto que o país não deseja ir”.
DINHEIRO NO BOLSO
Dividendos e JCP: Rede D’Or (RDOR3) anuncia R$ 350 milhões; Grupo Mateus (GMAT3) e outras empresas também depositam; saiba quanto. O Conselho das companhias aprovaram mais uma distribuição de juros sobre o capital próprio para quem estiver na base acionária em setembro.
PAPÉIS À VENDA?
JBS (JBSS3): BNDES se pronuncia sobre notícia de que vai vender participação bilionária na gigante de alimentos. O banco de fomento, que atualmente é dono de 20,81% das ações da JBS, teria a intenção de colocar a oferta ainda este ano, segundo site.
HERMANOS EN DÓLAR
Em Nova York, Javier Milei promete eliminar controle cambial na Argentina — e abre brecha para um ataque especulativo contra o peso. Conforme o jornal Ámbito Financeiro, Milei argumentou que o cepo cambial poderá ser reduzido “sem nenhum problema” assim que a inflação induzida por capitais cair.
A FORÇA DOS ANÚNCIOS
A aposta do Mercado Livre (MELI34) que pode render faturamento de US$ 4 bilhões até 2028, segundo analistas. Na avaliação do Goldman Sachs, o Meli tem potencial para quadruplicar as receitas com publicidade no Mercado Ads; entenda o que está por trás da visão otimista.
COMPRAR OU VENDER
Prio (PRIO3), PetroReconcavo (RECV3), Brava (BRAV3) ou Petrobras (PETR4): qual a melhor ação para investir com a queda no preço do petróleo? Diante de novas projeções para o preço do petróleo, os analistas do Goldman Sachs revisaram as recomendações para as petrolíferas brasileiras.
ELEIÇÕES NOS EUA
A última eleição de Trump? Ex-presidente diz que não concorre mais à Casa Branca se perder para Kamala Harris. Comentários de Trump vêm à tona em momento no qual a democrata já aparece numericamente à frente nas pesquisas.
NOVA TURBULÊNCIA
Azul (AZUL4): Mais uma agência de risco corta nota de crédito da aérea em meio a incertezas sobre futuro da empresa. A Moody’s cortou ratings de dívida corporativa da aérea devido ao perfil de liquidez rígida da Azul e à dependência da empresa de renegociações adicionais com arrendadores de aeronaves.
PREVISÃO DOS ANALISTAS
Roberto Campos Neto vai colocar o pé no acelerador dos juros? Ao menos, é o que sugere o Boletim Focus. De acordo com a edição desta semana, os próximos encontros da autoridade monetária devem elevar a Selic para o patamar de 11,50% ao ano no fim de 2024.
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Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.
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A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
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Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.
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