A bolsa está caindo, mas este sinal me deixa bem mais confiante para o longo prazo
Não é hora de vender suas ações, mesmo que elas estejam sangrando. Mas também não é para comprar qualquer porcaria.

Com a onda de pessimismo recente, que tem derrubado muitas ações na bolsa, comecei a notar uma tendência curiosa nos últimos dias.
Muitas empresas (muitas, mesmo!) têm anunciado programas de recompra de ações, como você pode notar na imagem abaixo.
Além dessas, ainda tivemos anúncios de recompra da Cury, Direcional, CCR, BTG Pactual, Cosan, Cyrela, Rede D’or…
Mas o que isso significa, e por que você deveria ficar um pouco mais otimista com todos esses programas de recompra?
- VEJA MAIS: ação que pagou dividendos de 14% em 2024 pode saltar na bolsa graças a pagamento extraordinário
Por que empresas abrem programas de recompra?
As empresas podem usar o dinheiro que está sobrando para fazer uma dessas três coisas: distribuir dividendos, investir em crescimento ou recomprar suas ações. A escolha dependerá do retorno esperado de cada alternativa.
Leia Também
Como a Super Quarta mexe com os seus investimentos, e o que mais move os mercados nesta quarta-feira (17)
Para qual montanha fugir, Super Quarta e o que mexe com os mercados nesta terça-feira (16)
Por exemplo, se as ações de uma empresa estão caras e não há muitas oportunidades de aquisições, ela tende a distribuir o dinheiro na forma de dividendos.
Se, por outro lado, existirem grandes oportunidades de expansão do próprio negócio, ela vai segurar os dividendos e investir em crescimento.
Esses são os cenários mais comuns, mas há um terceiro, menos óbvio. Se as ações estiverem negociando por preços muito baixos, a companhia pode entender que recomprá-las é o melhor investimento.
Então, a decisão do que fazer com o dinheiro “sobrando” deveria seguir mais ou menos o fluxograma abaixo:
- Leia também: A Selic subiu, o dólar disparou e chegou a hora de fazer alguns ajustes no portfólio – mas sem exageros
Um detalhe importantíssimo
Como já deu para entender, recompras indicam que as ações estão baratas. Mas há um aspecto muito importante nessa decisão: ela é feita justamente pelas pessoas que mais entendem do negócio.
Isso porque quem decide se chegou a hora de usar o dinheiro da companhia para recomprar as ações são justamente os donos ou executivos das empresas, que têm “informações privilegiadas” sobre os resultados futuros.
E quando empresas anunciam programas de recompra na bolsa, esse é um sinal de que as ações estão ficando bem baratas.
Que fique claro: isso não significa que as ações vão parar de cair, até porque o humor continua ruim. Mas esse é um sinal importante para o investidor focado em construir uma carteira de ações para o longo prazo.
O problema é que a maioria dos investidores faz justamente o contrário. Vende ações no pior momento, quando as empresas estão comprando, e volta para o mercado quando os valuations estão absurdos, e essas mesmas empresas agora estão vendendo ações em IPOs, follow-ons, etc.
Lembre-se que os executivos são quem melhor conhecem o negócio, e normalmente você deveria estar do mesmo lado deles, não na ponta contrária.
Foco nas pagadoras de dividendos
Se não ficou claro, não é hora de vender suas ações, mesmo que elas estejam sangrando. Mas também não é para comprar qualquer porcaria.
Com a Selic “perigando” voltar para 15% ao ano, é preciso ter empresas boas, baratas, com pouca dívida e pagadoras de dividendos, exatamente o perfil da nossa Carteira de Dividendos, que está com um retorno bem melhor que o Ibovespa neste mês ruim de bolsa.
Aliás, boa parte desse desempenho se deve às ações da B3 (B3SA3), que foi uma das empresas que anunciou um programa de recompra em dezembro.
Se quiser conferir a lista completa de forma gratuita, deixo aqui o convite.
Um abraço e até a próxima semana,
Ruy
Carne nova no pedaço: o sonho grande de um pequeno player no setor de proteína animal, e o que move os mercados nesta quinta (11)
Investidores acompanham mais um dia de julgamento de Bolsonaro por aqui; no exterior, Índice de Preços ao Consumidor nos EUA e definição dos juros na Europa
Rodolfo Amstalden: Cuidado com a falácia do take it for granted
A economia argentina, desde a vitória de Javier Milei, apresenta lições importantes para o contexto brasileiro na véspera das eleições presidenciais de 2026
Roupas especiais para anos incríveis, e o que esperar dos mercados nesta quarta-feira (10)
Julgamento de Bolsonaro no STF, inflação de agosto e expectativa de corte de juros nos EUA estão na mira dos investidores
Os investimentos para viver de renda, e o que move os mercados nesta terça-feira (9)
Por aqui, investidores avaliam retomada do julgamento de Bolsonaro; no exterior, ficam de olho na revisão anual dos dados do payroll nos EUA
A derrota de Milei: um tropeço local que não apaga o projeto nacional
Fora da região metropolitana de Buenos Aires, o governo de Milei pode encontrar terreno mais favorável e conquistar resultados que atenuem a derrota provincial. Ainda assim, a trajetória dos ativos argentinos permanece vinculada ao desfecho das eleições de outubro.
Felipe Miranda: Tarcisiômetro
O mercado vai monitorar cada passo dos presidenciáveis, com o termômetro no bolso, diante da possível consolidação da candidatura de Tarcísio de Freitas como o nome da centro-direita e da direita.
A tentativa de retorno do IRB, e o que move os mercados nesta segunda-feira (8)
Após quinta semana seguida de alta, Ibovespa tenta manter bom momento em meio a agenda esvaziada
Entre o diploma e a dignidade: por que jovens atingidos pelo desemprego pagam para fingir que trabalham
Em meio a uma alta taxa de desemprego em sua faixa etária, jovens adultos chineses pagam para ir a escritórios de “mentirinha” e fingir que estão trabalhando
Recorde atrás de recorde na bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta sexta-feira (5)
Investidores aguardam dados de emprego nos EUA e continuam de olho no tarifaço de Trump
Ibovespa renova máxima histórica, segue muito barato e a próxima parada pode ser nos 200 mil pontos. Por que você não deve ficar fora dessa?
Juros e dólar baixos e a renovação de poder na eleição de 2026 podem levar a uma das maiores reprecificações da bolsa brasileira. Os riscos existem, mas pode fazer sentido migrar parte da carteira para ações de empresas brasileiras agora.
BRCR11 conquista novos locatários para edifício em São Paulo e reduz vacância; confira os detalhes da operação
As novas locações colocam o empreendimento como um dos destaques do portfólio do fundo imobiliário
O que fazer quando o rio não está para peixe, e o que esperar dos mercados hoje
Investidores estarão de olho no julgamento da legalidade das tarifas aplicadas por Donald Trump e em dados de emprego nos EUA
Rodolfo Amstalden: Se setembro der errado, pode até dar certo
Agosto acabou rendendo uma grata surpresa aos tomadores de risco. Para este mês, porém, as apostas são de retomada de algum nível de estresse
A ação do mês na gangorra do mundo dos negócios, e o que mexe com os mercados hoje
Investidores acompanham o segundo dia do julgamento de Bolsonaro no STF, além de desdobramentos da taxação dos EUA
Hoje é dia de rock, bebê! Em dia cheio de grandes acontecimentos, saiba o que esperar dos mercados
Terça-feira terá dados do PIB e início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de olhos voltados para o tarifaço de Trump
Entre o rali eleitoral e o malabarismo fiscal: o que já está nos preços?
Diante de uma âncora fiscal frágil e de gastos em expansão contínua, a percepção de risco segue elevada. Ainda assim, fatores externos combinados ao rali eleitoral e às apostas de mudança de rumo em 2026, oferecem algum suporte de curto prazo aos ativos brasileiros.
Tony Volpon: Powell Pivot 3.0
Federal Reserve encara pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, por cortes nos juros, enquanto lida com dominância fiscal sobre a política monetária norte-americana
Seu cachorrinho tem plano de saúde? A nova empreitada da Petz (PETZ3), os melhores investimentos do mês e a semana dos mercados
Entrevistamos a diretora financeira da rede de pet shops para entender a estratégia por trás da entrada no segmento de plano de saúde animal; após recorde do Ibovespa na sexta-feira (29), mercados aguardam julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que começa na terça (2)
O importante é aprender a levantar: uma seleção de fundos imobiliários (FIIs) para capturar a retomada do mercado
Com a perspectiva de queda de juros à frente, a Empiricus indica cinco FIIs para investir; confira
Uma ação que pode valorizar com a megaoperação de ontem, e o que deve mover os mercados hoje
Fortes emoções voltam a circular no mercado após o presidente Lula autorizar o uso da Lei da Reciprocidade contra os EUA