🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Larissa Vitória

Larissa Vitória

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

ENTREVISTA COM O GESTOR

Como a gestora que já investiu mais de US$ 7 bilhões em imóveis quer lucrar com o aluguel residencial no Brasil

Paladin lista oportunidades para investidores em imóveis residenciais para renda, mas vê um risco na fonte de dinheiro desse mercado

Larissa Vitória
Larissa Vitória
26 de fevereiro de 2024
6:58 - atualizado às 15:22
Projeção da fachada de imóveis residenciais em desenvolvimento
A Paladin já explora tanto o mercado residencial para a venda quanto para a renda - Imagem: Divulgação

Ao contrário de outras áreas do setor imobiliário que são dominadas por grandes investidores institucionais — como shoppings, escritórios e galpões — o mercado residencial para renda sempre esteve na mão dos pequenos investidores brasileiros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Afinal, em um país onde o investimento em imóveis é um dos mais tradicionais, comprar uma casinha ou apartamento para alugar virou uma das formas favoritas de criar um “pé de meia” e gerar renda passiva.

Após anos observando a pulverização do nicho na mão das pessoas físicas, os “tubarões” do Real Estate começam a avançar sobre esse mercado — já há opções de fundos imobiliários focados em residencial para a renda na B3, por exemplo.

Mas esse nicho do mercado imobiliário encontra uma dificuldade para crescer no meio institucional, de acordo com Ricardo Raoul, diretor e responsável pelo escritório brasileiro da gestora norte-americana Paladin Realty: “leva tempo para construir um bom portfólio”.

O executivo conta, em entrevista ao Seu Dinheiro, que esse problema é causado justamente pelo fato de que os condomínios residenciais já existentes têm dezenas, às vezes até centenas, de donos diferentes, o que dificulta uma potencial negociação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para contornar esse desafio e garantir o controle de um empreendimento — condição necessária para poder conduzir a gestão de acordo com os objetivos para o investimento — é preciso desenvolvê-lo desde a fundação.

Leia Também

Nesse cenário, porém, há outros obstáculos. “O grande desafio é o tempo. Além disso, durante a construção é preciso arcar com todos os custos e ficar com 100% do ativo até a maturidade”, cita ele.

Ainda assim, o diretor acredita que o mercado deve se desenvolver cada vez mais por aqui.”É uma questão de escala e tempo, só não sabemos quanto”.

Já ouviu falar de imóveis do tipo multifamily?

A própria Paladin já explora tanto o residencial para a venda quanto para a renda e estuda a possibilidade de lançar um fundo imobiliário voltado para desenvolvimento de imóveis residenciais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No passado, a gestora, que também opera em outros segmentos imobiliários, trabalhava com foco no capital de investidores institucionais e gringos. 

“Mais recentemente o perfil dos nossos fundos têm mudado, estamos tentando trazer mais brasileiros para o negócio”, conta Fernanda Rosalem, sócia e head de investimentos.

A gestora lançou no início de 2021 um FII de lajes corporativas em parceria com a Hedge, o HDOF11, e estuda replicar esse modelo na frente residencial.  

Vale destacar que, considerando todos os escritórios e a operação principal nos Estados Unidos, a Paladin já investiu mais de US$ 7 bilhões em oito países, com foco justamente em escritórios e ativos residenciais para venda ou aluguel.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O escritório dedicado à região sul americana atua desde 1998 no Brasil e já alocou mais de US$ 3 bilhões em ativos comerciais, hotéis, residenciais e multifamily.

Este último é um segmento — que consiste em complexos residenciais nos quais todas as casas ou apartamentos são voltados para o aluguel — é muito popular na terra natal da Paladin e é uma das apostas da gestora para o mercado brasileiro.

Empreendimentos do tipo têm uma grande vantagem no enfrentamento de um dos maiores problemas para quem lucra com a locação de imóveis: a falta de inquilinos. “O multifamily é menos sensível à vacância porque o risco é muito pulverizado entre o grande número de locatários”, diz a sócia da Paladin.

Onde encontrar oportunidades no mercado residencial?

Outra forma de reduzir os riscos ao operar nesse mercado é ser certeiro na escolha do público-alvo. Nesse contexto, a Paladin prefere a média e a alta renda que, de acordo com a head de investimentos da gestora, são menos sensíveis às dinâmicas macroeconômicas e às flutuações de preço no mercado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Outro ponto essencial para o sucesso dos empreendimentos é a localização. “Acreditamos que São Paulo é um mercado já grande, mas que ainda tem muito a crescer em relação a preço”, aponta Ricardo Raoul.

O diretor cita alguns bairros da capital paulista que devem ganhar nesse sentido: Higienópolis — que, segundo ele, estava com os preços congelados há cerca de dois anos e voltou a se aquecer recentemente —, Jardins, Itaim Bibi e Pinheiros.

E ele segue o que prega: no portfólio de residencial e multifamily da Paladin há cinco lançamentos em Pinheiros e dois no Itaim atualmente.

Imagem de um dos empreendimentos da Paladim localizado em Pinheiros | Fonte: Divulgação

Já quanto às características físicas dos empreendimentos, Raoul diz que os campeões de procura são os imóveis dois quartos, seguidos de perto por aqueles com apenas um. No quesito tamanho, a faixa onde a Paladin deve concentrar os lançamentos é ampla e vai dos 30 a 120 metros quadrados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Mas isso não é excludente, lançamos um empreendimento de 190 metros quadrados no ano passado, por exemplo. A localização é quem manda no produto”, relembra Fernanda Rosalem.

Os riscos para o mercado de imóveis residencial

Apesar da perspectiva positiva, também há riscos para o mercado residencial. E, na visão dos executivos da Paladin, o principal deles é a questão do funding para o setor, que tradicionalmente trabalha com altos níveis de capital em ciclos longos de construção.

A poupança, uma das principais fontes de financiamento, terminou 2023 com uma retirada líquida de R$ 87,82 bilhões. Esse foi o terceiro ano consecutivo em que a caderneta teve mais saques do que depósitos.

Outra grande fonte de recursos também está ameaçada pela discussão da remuneração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no Supremo Tribunal Federal (STF). A corte discute uma alteração na remuneração do fundo que pode encarecer a tomada de crédito.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Uma opção é usar o Certificado de Recebível Imobiliário, mas, embora os CRIs possam até financiar o terreno e até a obra, ainda não financiam o comprador final”, indica Raoul.

Ainda assim, o diretor acredita que o mercado de capitais é o principal candidato para oferecer uma alternativa de funding ao setor. 

Mas primeiro é preciso pensar em uma solução para as taxas — que são subsidiadas pelo governo na poupança e no FGTS, mas não nos CRIs — e o prazo dos financiamentos, que é mais curto nos títulos financeiros. “Sem financiamento esse mercado não acontece”, diz Raoul.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SD ENTREVISTA

Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais

4 de novembro de 2025 - 17:50

O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro

FIIS HOJE

FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa

4 de novembro de 2025 - 11:33

Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII

AÇÃO DO MÊS

Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas

4 de novembro de 2025 - 6:02

Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa

NO TOPO

Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?

3 de novembro de 2025 - 14:46

Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é

LOCATÁRIOS DE PESO

Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões

3 de novembro de 2025 - 14:15

A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574

3 de novembro de 2025 - 11:53

Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP

PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO

A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde

1 de novembro de 2025 - 13:08

Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803

31 de outubro de 2025 - 18:15

O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões

REAÇÃO AOS RESULTADOS

Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?

31 de outubro de 2025 - 12:20

As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques

DINHEIRO EXTRA

A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG

30 de outubro de 2025 - 16:24

Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra

REAÇÃO AO RESULTADO

Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço

30 de outubro de 2025 - 8:56

Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar

29 de outubro de 2025 - 17:19

O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão

VALE MAIS QUE DINHEIRO

Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso

29 de outubro de 2025 - 14:35

Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs

O RALI NÃO ACABOU

Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025

29 de outubro de 2025 - 13:32

De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%

REAÇÃO AO RESULTADO

Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?

29 de outubro de 2025 - 10:38

Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?

NA GANGORRA

Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir

29 de outubro de 2025 - 6:05

Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal

FECHAMENTO DOS MERCADOS

IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597

28 de outubro de 2025 - 17:25

Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.

GIGANTE LOGÍSTICO

‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo

28 de outubro de 2025 - 11:23

Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas

OS QUERIDINHOS DOS GRINGOS

Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’

27 de outubro de 2025 - 18:43

Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina

AINDA HÁ ESPAÇO NA FESTA?

Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”

27 de outubro de 2025 - 15:52

Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar