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Mais derrotas para Lula: Confira 5 perdas do petista no Congresso

Governo Lula é a gestão com maior número de comissões parlamentares de inquérito em um tão pouco tempo de mandato

Estadão Conteúdo
31 de maio de 2023
13:43 - atualizado às 12:53
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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva - Imagem: Joédson Alves/Agência Brasil

Com pouco mais de 150 dias de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou inúmeras derrotas no Congresso — conquistando a coroa de gestão com maior número de comissões parlamentares de inquérito em um tão pouco tempo de mandato.

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Em cinco meses, foram abertas as comissões do MST, do 8 de Janeiro, das Americanas e das Apostas. Deputados de oposição ainda se articulam pela CPI do Abuso de Autoridade, motivada na cassação do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-procurador da Lava Jato.

Agora, a aprovação na Câmara do PL do Marco Temporal, que define a data de promulgação da Constituição de 1988 para a demarcação de terras indígenas, soma-se à lista de sucessivas derrotas de Lula.

Uma das formas usadas pelo governo para tentar lidar com a desarticulação no Congresso é a construção de uma "base" no Judiciário, e não no Legislativo, segundo o jornal Estadão.

Confira as 5 principais derrotas que Lula sofreu no Congresso:

1. CPMI do 8 de Janeiro

O Planalto sofreu uma derrota com a abertura da CPMI do 8 de Janeiro. Dez dias depois dos ataques às sedes dos três Poderes, Lula disse em uma entrevista à GloboNews que a abertura da comissão poderia "criar uma confusão tremenda". "Não precisamos disso agora", afirmou o petista.

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O governo defendia a condução das apurações pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), avaliando que a CPMI poderia atrapalhar a articulação no Congresso.

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De acordo com o jornal Estadão, o governo tentou até o último momento impedir a instalação da CPMI para preservar a votação do arcabouço fiscal.

O receio de Lula se concretizou: apenas nos três primeiros dias de trabalho, a CPMI do 8 de Janeiro recebeu 396 requerimentos.

O deputado Arthur Maia (União Brasil-BA) é o presidente do colegiado e a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a relatora. A comissão é composta de 16 deputados e 16 senadores.

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Vale destacar que o ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado no Supremo por causa dos ataques aos três Poderes em 8 de janeiro.

2. Marco do Saneamento e PL das Fake News

A primeira grande derrota a Lula no Congresso foi imposta no dia 3 de maio.

Na ocasião, 295 deputados derrubaram trechos de dois decretos editados pelo presidente, com regras vistas por parlamentares e pelo mercado como afronta ao Marco Legal do Saneamento, em vigor desde 2020, por dar sobrevida à operação de estatais.

O governo teve o apoio de 136 parlamentares da Câmara na análise da matéria. O movimento foi articulado por aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como o deputado Fernando Monteiro (PP-PE), e pela oposição.

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A votação contra os decretos de Lula contou com o apoio de deputados de partidos com cadeira na Esplanada.

Um dos trechos derrubados liberava empresas públicas estaduais de saneamento para prestarem serviços a microrregiões ou regiões metropolitanas sem licitação. O marco obriga os municípios a abrirem concorrência.

Do outro decreto, caiu o artigo que possibilitava que estatais incluíssem no processo de comprovação da capacidade econômico-financeira operações que hoje estão irregulares.

Pela lei, os municípios que estão nessa situação teriam de promover uma nova licitação para contratar seu prestador de serviços.

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Um dia antes, Lira adiou a votação do PL das Fake News, cuja redação, alterada pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), era de interesse do governo.

O texto foi fatiado para facilitar a tramitação, mas a votação foi mais uma vez adiada e o PL continua emperrado na pauta da Câmara.

3. Lula e o Marco Temporal

A votação do PL 490/2007, chamado de PL do Marco Temporal, foi mais uma derrota para o governo Lula.

Realizada na última terça-feira (30), o projeto de lei teve a adesão de 283 deputados, dos quais 98 compõem a base do governo.

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O PL 490/2007 estabelece um critério interpretativo para o artigo 231 da Constituição. Com isso, as demarcações de terras indígenas podem ser deferidas apenas quando forem referentes a terras ocupadas por povos originários depois da promulgação da Magna Carta, em 5 de outubro de 1988 - o chamado "marco temporal".

Apesar de o Planalto afirmar o compromisso com a causa indigenista, que foi uma das bandeiras de campanha, não há unanimidade nos Ministérios sobre a proposta.

Enquanto Marina Silva (Meio Ambiente) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas) se articularam contra o PL do Marco Temporal, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu a proposta na segunda-feira, 22, durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

4. CPI do MST

A proximidade do governo com o Movimento Sem Terra (MST) é alvo de uma das investigações abertas no Congresso.

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O objetivo da comissão, que tem como relator o deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, é apurar influência política e supostos financiamentos ao grupo.

A instalação da CPI é interpretada como uma resposta da bancada do agronegócio à postura do presidente atual.

Durante o chamado "Abril Vermelho", quando os sem-terra intensificaram as invasões de propriedades produtivas, o governo abriu margem de negociação com o movimento e prometeu o aumento de verbas para a reforma agrária.

Outro episódio que fragilizou a relação de Lula com o agronegócio foi a Agrishow, maior feira do setor no País. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, foi "desconvidado" para a abertura por causa da presença de Bolsonaro.

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O gesto teve vários desdobramentos.

Durante uma agenda na Bahia, Lula se referiu ao "desconvite" como iniciativa de "alguns fascistas" de São Paulo.

Dias depois, ministros e o vice-presidente Geraldo Alckmin compareceram à uma feira do MST no Parque da Água Branca, em São Paulo.

Por sua vez, o vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na Câmara, Evair de Melo (PP-ES), disse que "o governo arrancou a ponte com o agro e não tem mais diálogo".

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5. Convocação de ministros

Outra derrota que o presidente acumula na Câmara é a convocação de ministros para deporem e prestarem esclarecimentos no Congresso.

As iniciativas, chefiadas por parlamentares de oposição, são uma tentativa de "emparedar" os chefes das pastas do Executivo.

Inicialmente, em março, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) aprovou um requerimento para oitiva de quatro ministros de Lula: Flávio Dino (Justiça), Marina Silva (Meio Ambiente), Carlos Lupi (Previdência) e Carlos Fávaro (Agricultura).

Um mês depois, Luiz Marinho (Trabalho), Renan Filho (Transportes), Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Silvio Almeida (Direitos Humanos) foram convocados por diversas comissões.

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Flávio Dino foi convocado outra vez, mas para a Comissão de Segurança Pública. A sessão precisou ser encerrada às pressas por causa de um tumulto generalizado entre os parlamentares.

Na semana passada, mais sete ministros foram chamados pelas comissões - Marina, Almeida, Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Mauro Vieira (Relações Exteriores), general Marcos Antonio Amaro (Gabinete de Segurança Institucional) e Juscelino Filho (Comunicações).

De todos os colegas, Dino lidera a lista de requerimentos para depor no Congresso. Foi chamado 63 vezes e até agora já compareceu em três ocasiões na Câmara e uma no Senado.

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