Encontro de Haddad, Lira, Pacheco e Campos Neto dá “sinal positivo” para novo arcabouço fiscal e reforma tributária
Campos Neto se deparou com jornalistas na saída da reunião e disse que não poderia dar declarações, limitando-se a afirmar que o diálogo é importante
O governo se mostra otimista com a aprovação do novo arcabouço fiscal ainda no primeiro semestre deste ano, como afirmou o ministro da Economia, Fernando Haddad. Ele deu a declaração na residência oficial da Presidência do Senado ao lado dos presidentes das Casa Legislativas, políticos e empresários para discutir as pautas econômicas prioritárias do Congresso: a nova âncora fiscal e a reforma tributária.
Entre eles, estavam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do relator da regra fiscal, Cláudio Cajado (PP-BA), do relator da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e do líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA).
Além disso, estavam presentes o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e empresários como Flávio Rocha (Riachuelo), Benjamin Steinbruch (CSN), Josué Gomes (Coteminas) e Isaac Sidney (Febraban).
E o saldo dessa grande reunião de figurões parece ter sido positivo. Haddad se disse "bem impressionado" com o consenso em torno da agenda econômica. Também afirmou que Câmara e Senado têm feito esforços em prol do Brasil.
Campos Neto se deparou com jornalistas na saída da reunião e disse que não poderia dar declarações. Limitou-se a afirmar que o diálogo é importante.
Alinhamento com o novo arcabouço fiscal
Após participar do encontro, Arthur Lira destacou a interlocução do Executivo com o Congresso, a harmonia entre Câmara e Senado — e aproveitou também para dar alguns recados.
Lira disse que a votação do arcabouço fiscal dependerá da reunião de líderes, que fará na tarde de hoje, e que cabe ao Congresso decidir revisitar temas que foram recentemente discutidos nas Casas.
Ele fazia alusão à autonomia do Banco Central e à capitalização da Eletrobras, ambos temas que foram colocados no centro do debate pelo governo federal.
"Revisitar temas que o Congresso votou tem que acontecer e, quando acontecer, no âmbito do Congresso, não terá eco nas duas Casas. O governo tem sido informado disso", disse o presidente da Câmara.
Segundo Lira, a votação do arcabouço será nesta terça (23) ou quarta-feira, 24, a depender do andamento da reunião de líderes que ele promoverá nesta tarde. Técnicos do orçamento estão participando dos encontros e trabalham em ajustes do texto.
- Ainda tem dúvidas sobre como fazer a declaração do Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro preparou um guia completo e exclusivo com o passo a passo para que você “se livre” logo dessa obrigação – e sem passar estresse. [BAIXE GRATUITAMENTE AQUI]
Reforço no Senado
Quem também engrossou o coro contra a volta de pautas já debatidas pelo Congresso foi o presidente do Senado
"O Congresso fez o marco do saneamento, a capitalização da Eletrobras, a autonomia do Banco Central. São temas que já enfrentamos e consideramos realidade nacional", disse Pacheco.
O presidente do Senado também considera importante reconhecer a realidade reformista do Congresso e destacou que há harmonia entre Senado e Câmara.
"Importante entregar neste semestre o marco fiscal. E também o nosso grande anseio que é a reforma tributária", concluiu Pacheco.
É com você, Campos Neto
O tema taxa de juros também foi discutido na reunião, que contou com a presença do presidente do Banco Central. Apesar do silêncio de Campos Neto, Lira destacou a importância da reforma no contexto atual.
"A discussão sobre a taxa de juros esteve presente. Todos os temas tratados, o marco financeiro, o arcabouço como foi denominado, foram tratados, e o pedido para que todos se envolvam na defesa de uma reforma tributária, que é necessária e está na premência de ser votada", disse.
Sobre o ministro Haddad, Lira destacou a interlocução muito firme com o Congresso, como um dos principais pontos de apoio do Executivo.
A perspectiva para os próximos dias é a votação do arcabouço fiscal na Câmara e, tão logo o projeto chegue ao Senado, que será votado com celeridade.
Lula “sincerão” admite que não cumpriu o que prometeu na campanha — e conta o motivo por trás disso
Após aumento na desaprovação do governo, presidente se posiciona sobre as promessas eleitorais não cumpridas; veja o que ele disse
Lula vai além da Petrobras (PETR4) e volta a alfinetar Campos Neto a uma semana do próximo Copom — veja o que mais ele disse em entrevista ao SBT
Entre muitas outras declarações, Lula afirmou que é muito cedo para falar sobre uma eventual reeleição, tendo em vista que seu mandato atual vai até o fim de 2026
Donald Trump “se rende” ao bitcoin (BTC) e sinaliza apoio a criptomoedas se for eleito presidente dos EUA
Após chamar bitcoin de fraude, Trump indicou que, se for eleito como presidente dos EUA em novembro, permitirá que as criptomoedas passem a ser usadas regularmente por lá
Aprovação do governo Lula cai para o pior nível em um ano — e nem os próprios eleitores do presidente estão satisfeitos
Segundo o levantamento da Genial/Quaest, a quantidade de brasileiros que desaprovam o governo petista subiu para 34%, enquanto a avaliação positiva chega a 35%
Operação Lava Jato: Quase metade dos brasileiros desaprovam ações de Moro, enquanto 43% acreditam que Lula é culpado, mostra pesquisa
Uma década após o início da operação, 44% desaprovam a postura do ex-juiz e 40% aprovam, de acordo com estudo da Quaest
Pedido de impeachment de Lula por críticas a Israel tem mais assinaturas que os que derrubaram Dilma e Collor; mas tem chance de ser aceito?
Comparação de ação de Israel em Gaza ao Holocausto rendeu mais que polêmicas e um incidente diplomático; ontem, presidente rebateu críticas e voltou a acusar o país de genocídio
Como os super-ricos ajudaram o governo a conseguir a maior arrecadação de impostos em quase 30 anos
Foram R$ 280,6 bilhões recolhidos em tributos no primeiro mês do ano, o maior valor da série histórica iniciada em 1995
Os ventos do Norte não movem moinhos? Do que depende a queda dos juros no Brasil, segundo Haddad
Na mesma entrevista, Haddad disse que as perspectivas para o crescimento do Brasil serão melhores a partir do segundo semestre do ano
Eleições 2024: quem completar 18 anos entre o 1º e o 2º turno é obrigado a votar?
Vale relembrar que o voto é obrigatório a partir de 18 anos de idade e facultativo apenas aos jovens de 16 e 17 anos, maiores de 70 ou analfabetos
Lula compara ataques de Israel à Gaza ao Holocausto e diz que irá esperar conclusões de legistas para comentar morte de opositor de Putin
Em coletiva durante viagem à África, o presidente abordou dois temas sensíveis para a diplomacia internacional e foi criticado pelo premiê de Israel e pela oposição
Leia Também
-
Felipe Miranda: Sensação térmica: 60 graus
-
Vivara (VIVA3): fundador tenta acalmar mercado após reassumir cargo de CEO, mas ação amplia tombo na B3; saiba o que ele disse aos analistas
-
Fundo imobiliário BRCR11 fecha acordo de R$ 755 milhões para venda de imóveis; maior parte do dinheiro não deve virar dividendos, mas os rendimentos ainda devem subir
Mais lidas
-
1
Operação bilionária: o que os Correios vão fazer com R$ 4 bilhões emprestados pelo Banco do Brics, comando por Dilma
-
2
Por que o Ethereum está ‘preso’ abaixo dos US$ 4 mil, enquanto o Bitcoin não para de bater recordes?
-
3
Rombo bilionário: como as operadoras de celular deram um desfalque de R$ 12 bilhões nos cofres públicos e levaram União à justiça