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Camille Lima
Camille Lima
Repórter no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

Ozempic mais eficaz? Nova “caneta emagrecedora” aprovada pela Anvisa aumenta concorrência com Novo Nordisk no Brasil; conheça o Mounjaro

A Anvisa aprovou o uso do medicamento injetável para o tratamento da diabetes tipo dois. Até o momento, não há aval do medicamento para tratamento de sobrepeso e obesidade

Camille Lima
Camille Lima
25 de setembro de 2023
11:18
Mounjaro, medicamento rival do Ozempic
Mounjaro, medicamento rival do Ozempic - Imagem: Getty Images/Divulgação/Montagem Seu Dinheiro

Até então dominado pelo Ozempic, o mercado de “canetas emagrecedoras” no Brasil ganhou um novo player nesta segunda-feira (25). A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso do medicamento injetável Mounjaro para o tratamento da diabetes tipo dois.

Fabricado pelo laboratório norte-americano Eli Lilly, o Mounjaro funciona de forma semelhante à do Ozempic, incluindo no modo de uso, uma vez que é aplicado nos pacientes por meio de injeções semanais.

“Mounjaro é indicado para o tratamento de adultos com diabetes mellitus tipo 2, inadequadamente controlada, como um adjuvante da dieta e do exercício”, diz a bula da medicação.

Mas, assim como o Ozempic, o medicamento para diabetes também vem sendo usado de forma “off label” — isto é, fora das recomendações da bula — para o tratamento do sobrepeso e obesidade.

Como a caneta ainda ajuda na regulação do apetite e aumenta a saciedade, parte dos pacientes tiveram uma considerável perda de peso como efeito secundário da medicação.

Da mesma forma que o Ozempic fez com o laboratório Novo Nordisk, o Mounjaro também tem provocado efeitos colaterais positivos nas ações da Eli Lilly.

As ações da farmacêutica acumulam forte valorização neste ano. Em 2023, os papéis subiram 50% na bolsa de Nova York (NYSE). Em 12 meses, a alta chega a 80%.

Apenas no segundo trimestre, as vendas de Mounjaro saltaram 72,3% em relação aos três meses anteriores, para US$ 979,7 milhões, acima das projeções de analistas do mercado.

Em agosto, a Eli Lilly ainda elevou sua previsão de receita para 2023 em cerca de US$ 2,2 bilhões, para um intervalo entre US$ 33,4 bilhões e US$ 33,9 bilhões.

Como funciona o Mounjaro, rival do Ozempic

O medicamento da Eli Lilly estava aprovado pela FDA (agência regulamentadora de alimentos e medicamentos nos EUA) desde maio de 2022 para o tratamento da diabetes tipo 2. 

É importante ressaltar que, apesar do efeito secundário de perda de peso, a FDA não aprovou o uso do medicamento para tratamento de obesidade. Porém, a Lilly espera uma decisão dos EUA sobre o uso do medicamento em pacientes obesos ainda este ano.

“Mounjaro não é um medicamento para perder peso”, afirma o site oficial do medicamento. “A Lilly não promove ou encoraja o uso off-label de qualquer um dos nossos medicamentos.”

Mesmo assim, o site oficial do Mounjaro destaca, em grandes letras roxas, o efeito de perda de peso causado pelo medicamento.

As canetas para diabetes e perda de peso

O sinal verde para o Mounjaro no Brasil veio após um ensaio clínico que reuniu cerca de 1,9 mil participantes em 65 centros de estudo no mundo.

De acordo com o teste, o Mounjaro se mostrou superior ao Ozempic — fabricado pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk — tanto na redução da glicose quanto na eventual perda de peso.

Além disso, mais da metade dos participantes que receberam a dosagem mais alta de tirzepatida, de 15 mg, apresentaram nível de açúcar no sangue menor que 5,7% — equivalente ao de uma pessoa sem problemas de glicemia. 

Enquanto isso, apenas 20% dos usuários de semaglutida registraram esse mesmo patamar.

O estudo ainda revelou que os pacientes perderam cerca de 12,4 quilos com o Mounjaro, o dobro da perda de peso apresentada por quem realizou tratamento com o Ozempic.

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Qual a diferença das “canetas emagrecedoras” Mounjaro e Ozempic?

Ainda que tenham composições diferentes, o Mounjaro funciona de forma semelhante à do Ozempic. 

A tirzepatida atua nos receptores de dois hormônios produzidos no corpo, o GLP-1 e o GIP, ambos responsáveis pela saciedade e controle de açúcar no sangue.

Já o Ozempic e o Wegovy, produzidos pela Novo Nordisk, tem como princípio ativo a semaglutida, que replica apenas o hormônio GLP-1.

Segundo especialistas consultados pelo The New York Times (NYT), os efeitos do Mounjaro podem ser superiores aos dos rivais porque os dois hormônios que o remédio simula funcionam de forma sinérgica.

Já é possível comprar o Mounjaro no Brasil?

O aval da Anvisa acontece um ano e meio depois da aprovação da medicação produzida pela farmacêutica Eli Lilly nos Estados Unidos. 

Vale destacar que a Eli Lilly só poderá começar a vender o medicamento nas farmácias no Brasil após a definição do preço do Mounjaro.

O preço de venda do remédio será definido pela CMED, responsável pela regulação de preços de medicações no Brasil, em até três meses.

Vale destacar que o Ozempic está aprovado em bula para tratamento de diabetes tipo 2 em adultos pela FDA nos EUA  desde dezembro de 2017. No Brasil, a medicação foi aprovada em agosto de 2018 pela Anvisa.

Por sua vez, o Wegovy está aprovado para tratamento da obesidade e sobrepeso em adultos pela FDA desde junho de 2021. A Anvisa aprovou a medicação em janeiro de 2023, mas, até então, o remédio não começou a ser vendido no Brasil.

*Com informações de New York Times e Reuters.

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