🔴 ATÉ 50% DE DESCONTO NA TABELA FIPE COM LEI DE 1997- ENTENDA COMO

Camille Lima
Camille Lima
Repórter no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
INVESTIMENTO EM BIOTECNOLOGIA

Fabricante de ‘míssil guiado contra o câncer’ dispara 82% em Wall Street após ser vendida por US$ 10,1 bilhões – o dobro do seu valor de mercado

A farmacêutica AbbVie vai pagar o equivalente a R$ 49,67 bilhões pela ImmunoGen e seu principal remédio, o ELAHERE, o primeiro medicamento ADC aprovado nos EUA para câncer de ovário

Camille Lima
Camille Lima
30 de novembro de 2023
17:47 - atualizado às 17:48
A empresa de biotecnologia ImmunoGen
A empresa de biotecnologia ImmunoGen - Imagem: Reprodução/Twitter

Em Wall Street, só se falava em um nome na tarde desta quinta-feira (30): ImmunoGen. A empresa de biotecnologia dominou os holofotes dos mercados norte-americanos após fechar um acordo multibilionário de venda para a farmacêutica estadunidense AbbVie.

A AbbVie anunciou a compra da gigante de biotech, assim como do seu principal remédio, o  ELAHERE, uma terapia contra o câncer considerada “um míssil guiável” para as células cancerígenas.

Com a transação, a farmacêutica adquirirá todas as ações em circulação da ImmunoGen por US$ 31,26 por ação em dinheiro — um prêmio de 95,6% em relação à cotação do último fechamento, de US$ 15,98.

Com isso, o negócio avalia a ImmunoGen em um valor patrimonial total de aproximadamente US$ 10,1 bilhões (nas cotações atuais, isso daria algo em torno de R$ 49,67 bilhões).

Após o anúncio da transação, as ações da ImmunoGen entraram em disparada na bolsa de valores norte-americana Nasdaq. Por volta das 17h30, os papéis subiam 82,47%, negociados a US$ 29,31 em Nova York.

Já os papéis da AbbVie tiveram um desempenho bem mais sutil. No mesmo horário, as ações da farmacêutica avançavam 2,57%, cotadas a US$ 142,10.

Os conselhos de administração das empresas já aprovaram a transação. Agora, a conclusão do negócio está condicionada à aprovação dos acionistas da ImmunoGen, além de aprovações regulatórias e outras condições usuais de contrato.

A expectativa é que a operação seja concluída em meados do próximo ano.

Por que a AbbVie vai pagar um valor tão alto pela ImmunoGen

Atualmente, a ImmunoGen possui um valor de mercado de aproximadamente US$ 4,28 bilhões — menos da metade do valor proposto pela AbbVie para fechar o negócio.

Apesar de o montante que a farmacêutica vai desembolsar ser significativo — afinal, o preço está na casa dos bilhões de dólares —, ele não é “nada” comparado ao potencial que a companhia biotech poderá gerar para a empresa no segmento oncológico no futuro.

Isso porque o câncer de ovário é a principal causa de morte por câncer ginecológico nos Estados Unidos. 

Já o ELAHERE pertence a uma nova classe de tratamentos chamada ADCs (tecnologia de conjugação anticorpo-medicamento, em português), que é projetada para atacar diretamente as células cancerígenas, reduzindo os efeitos para células saudáveis.

O remédio da ImmunoGen é o primeiro medicamento que mostrou benefícios significativos de sobrevivência ao câncer de ovário resistente à quimioterapia baseada em platina — o tratamento padrão para a doença.

Além disso, o ELAHERE é o primeiro e único medicamento ADC aprovado nos Estados Unidos para câncer de ovário. A medicação recebeu o aval da FDA, a agência reguladora de alimentos e medicamentos nos EUA, em 2022. 

“Como uma terapia para tumores sólidos de rápido crescimento, o ELAHERE fornece à AbbVie um medicamento de potencial multibilionário no mercado, com oportunidades de expansão em linhas anteriores de terapia e em segmentos maiores do mercado de câncer de ovário”, escreveu a companhia, em nota à imprensa.

De acordo com a AbbVie, o portfólio de oncologia da ImmunoGen “tem potencial para ajudar a impulsionar o crescimento da receita a longo prazo da franquia de oncologia” da companhia. 

A corrida pela nova classe de remédios contra câncer

Vale destacar que o ELAHERE não é o único remédio da ImmunoGen que a AbbVie está de olho. 

Na verdade, a empresa de biotecnologia norte-americana possui um pipeline de conjugados anticorpo-medicamento (ADCs) de próxima geração para tratamento oncológico que estão em testes, não só para câncer de ovário, como também para um tipo raro de câncer no sangue.

“Programas de desenvolvimento clínico estão em andamento para expandir para linhas anteriores de terapia e entrar em outros grandes segmentos de pacientes do mercado ovariano nos próximos 5 a 10 anos”, disse a companhia.

Porém, a AbbVie não é a única farmacêutica na corrida pelos medicamentos ADCs. O interesse pelas fabricantes dessa classe de medicação aumentou no ano passado. 

A Pfizer atualmente está em processo de compra da Seagen, empresa pioneira no desenvolvimento de remédios ADC, em um acordo de US$ 43 bilhões. 

Já a Merck propôs à farmacêutica japonesa Daiichi Sankyo um acordo de US$ 5,5 bilhões para desenvolver juntas três ADCs, em um negócio que pode valer até US$ 22 bilhões para a empresa asiática, dependendo do sucesso das terapias de direcionamento celular.

*Com informações de Reuters.

Compartilhe

PASSOU DEMAIS?

Analista corta preço-alvo de BRF (BRFS3) e Minerva (BEEF3), mas diz que uma ação ainda está “no ponto” para comprar

13 de maio de 2024 - 17:29

O papel que ainda vale ter na carteira tem potencial para se valorizar quase 30% e está sendo negociado abaixo dos níveis históricos

CORRIDA DE CHIPS

À caça da Nvidia: Intel está prestes a fechar acordo bilionário para a nova fábrica de chips; ações sobem em NY

13 de maio de 2024 - 14:25

A empresa vem tentando voltar a surfar a onda dos chips, especialmente com a alta demanda do mercado de inteligência artificial, mas tem uma rival de peso pela frente

MUITO ALÉM DOS NÚMEROS

Yduqs (YDUQ3): por que as ações despencam mais de 10% na bolsa hoje — a resposta está no balanço, mas não é o resultado

13 de maio de 2024 - 13:00

O que derruba os papéis da empresa do setor de educação não é o que ela apresentou no primeiro trimestre, mas sim o que deixou de divulgar para o mercado; entenda essa história e saiba se vale a pena comprar os ativos que acumulam mais de 36% de queda em 2024

COMPANHIA DE ÁGUAS

Sabesp (SBSP3) inclui Itaú BBA na lista de bancos para coordenar oferta de ações mesmo com privatização questionada pela oposição

13 de maio de 2024 - 12:12

A expectativa é de que a oferta aconteça entre maio e setembro deste ano, de acordo com o cronograma estabelecido pelo Conselho da estatal

BALANÇO

BTG Pactual (BPAC11) tem lucro recorde e supera grandes bancos privados em rentabilidade no 1T24

13 de maio de 2024 - 6:25

Com avanço nas receitas em praticamente todas as linhas de negócio, BTG teve lucro de R$ 2,889 bilhões, alta de 27,7% em relação ao primeiro trimestre de 2023

PRÉVIA DO BALANÇO

Petrobras (PETR4) deve entregar lucro em queda no 1T24, mas com espaço para dividendos bilionários. Saiba o que esperar do balanço da estatal

13 de maio de 2024 - 6:03

A petroleira divulgou no final de abril os dados operacionais do período de janeiro a março, que mostraram uma queda na produção de petróleo e gás em base trimestral e, com esses números em mãos, os analistas projetam o que esperar do desempenho da companhia

COMBUSTÍVEIS

Gás natural mais barato: Petrobras (PETR4) anuncia mudanças que podem reduzir preços do combustível; entenda

11 de maio de 2024 - 17:26

A estatal lançou novas modalidades de venda que estarão disponíveis para distribuidoras estaduais e consumidores livres

OS PLANOS DA CHINESA

O IPO do ano? Shein se prepara para mega oferta de ações em Londres após tentativa de listagem frustrada nos EUA

11 de maio de 2024 - 16:12

A expectativa é que o gigante de e-commerce de moda apresente o pedido de listagem à Bolsa de Valores de Londres já neste mês

SEM MAIS VOLATILIDADE?

Adeus, penny stock: Oi (OIBR3) aprova grupamento de ações na B3. O que isso significa para o acionista?

11 de maio de 2024 - 11:40

Em assembleia de acionistas, a empresa conseguiu o aval para agrupar os papéis OIBR3 e OIBR4 na proporção de 10 para 1

SD ENTREVISTA

No cartão e no carnê digital: Os planos do Magazine Luiza (MGLU3) para expandir o crédito ao consumidor em 2024 

10 de maio de 2024 - 17:49

O gerente de relações com investidores do Magalu, Lucas Ozório, revelou os planos de lançamento da varejista para oferecer crédito aos clientes

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar