Aqui estão cinco motivos para ter as ações da Vale (VALE3) na carteira, segundo o Goldman Sachs
Os analistas elevaram a recomendação para os papéis da mineradora de “neutro” para “compra” e selecionaram a Vale (VALE3) como a favorita no setor de metais na América Latina
O terceiro trimestre não foi fácil para a Vale. Só nesse período, a mineradora viu o lucro líquido desabar mais de 36% e registrou um dos maiores cortes de dividendos entre as gigantes brasileiras. Mas apesar de tudo isso, o Goldman Sachs acredita que você deve ter ações VALE3 na carteira.
Os analistas elevaram a recomendação para os papéis da mineradora de “neutro” para “compra” e selecionaram a brasileira como a favorita no setor de metais na América Latina.
“Acreditamos que a história agora é muito atraente para ser ignorada”, escreveu o banco, em relatório.
Os analistas fixaram um preço-alvo de US$ 19,50 para os ADRs (recibos de ações) VALE, negociadas na bolsa de valores de Nova York (NYSE), para os próximos 12 meses. O valor implica em um potencial de alta de 24,6% em relação ao último fechamento, de US$ 15,65.
Na bolsa brasileira, as ações VALE3 acumulam queda de 9,7% em 2023. Entretanto, os papéis mostraram recuperação nas últimas semanas, com alta de mais de 20% em um mês, na esteira da melhora de projeções de analistas para a mineradora.
Cinco razões para ter ações da Vale (VALE3) na carteira
Na visão do Goldman Sachs, o cenário atual é único para a Vale (VALE3) e conta com uma combinação de fatores favoráveis que não existem há pelo menos nove anos.
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Na conta dos analistas, existem cinco motivos para aproveitar o momento e comprar ações da mineradora:
- Preço do minério de ferro;
- Momento operacional positivo (apesar do ritmo um pouco frustrante);
- Exposição relativamente baixa dos investidores, principalmente brasileiros;
- Preço atrativo da ação;
- Perspectivas melhores para a China.
Começando pelo preço do minério de ferro, o Goldman avalia que o mercado de metais está equilibrado e deve sustentar o preço de US$ 110 por tonelada para 2024 — ainda maior do que a precificação da Vale para a commodity, que beira os US$ 104 por tonelada para o próximo ano, segundo os analistas.
O banco acredita que a Vale (VALE3) deve aproveitar o impulso operacional positivo do mercado. Em termos de desempenho operacional, o Goldman Sachs ainda acredita que o ritmo dos metais básicos — cobre e níquel — decepcionaram, mas que “o pior já passou”.
“O modelo revisado de minério de ferro do Goldman Sachs aponta agora para um mercado equilibrado devido ao crescimento limitado da oferta, às exportações de aço chinesas ainda elevadas e ao ganho limitado de participação de mercado da sucata na China para 2024”, afirma o banco.
Para os analistas, a situação para o próximo ano será diferente da vivenciada em 2023, quando o pessimismo dos investidores em relação ao crescimento da China e à produção de aço limitou o desempenho da Vale.
“Acreditamos que o mercado será lentamente convencido de uma melhor configuração de oferta/demanda e, enquanto isso, os investidores colherão os benefícios da forte geração de fluxo de caixa livre e distribuição de dinheiro.”
Outro pilar da tese de investimento do Goldman Sachs na Vale (VALE) baseia-se na exposição à mineradora. Segundo os analistas, os investidores — especialmente os brasileiros — atualmente possuem uma exposição relativamente baixa na mineradora.
Porém, a projeção do Goldman é que o mercado deve aumentar lentamente a exposição à medida que a confiança em torno do equilíbrio entre oferta e demanda de minério de ferro em 2024 evolua.
De olho nos números da Vale (VALE3)
A visão mais otimista dos analistas para a mineradora ainda avalia o balanço recente da companhia — e projeções operacionais positivas para o futuro.
Nas projeções do banco, a Vale (VALE3) tem potencial para aumentar a produção de minério de ferro em 15% até 2026, enquanto realiza investimentos reduzidos por tonelada, uma vez que poderá aproveitar a infraestrutura já existente.
“Uma potencial recuperação e melhoria de desempenho nos atuais ativos de metais básicos também é um potencial fator-chave de ganhos”, afirmam os analistas.
Um possível acordo final com o Ministério Público e os governos sobre o acidente da Samarco em 2015 também pode reduzir a incerteza da Vale (VALE3) e levar a uma potencial nova tarifa, de acordo com os analistas.
Por fim, o Goldman Sachs enxerga a Vale com um valuation atrativo. Isso porque o banco projeta um rendimento FCF (fluxo de caixa livre) de 12% no próximo ano.
Além disso, os analistas estimam um múltiplo EV/Ebitda, que relaciona o valor de firma sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), de 4,8 vezes em 2024 — o mais barato entre as principais empresas do setor.
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Os principais riscos da tese do Goldman
Apesar do otimismo com o futuro da Vale (VALE3), existem ainda cinco principais questões que podem colocar em risco a tese de investimentos do Goldman Sachs para a mineradora.
O maior risco para a Vale é o desempenho do minério de ferro no próximo ano. Caso a commodity registre preços mais fracos do que o esperado em 2024, os principais produtos da mineradora também serão afetados, segundo os analistas.
De acordo com o banco, o desempenho da commodity pode ser impactado por uma desaceleração macroeconômica mais forte do que o esperado na China e um apoio político aquém das expectativas ao mercado imobiliário asiático.
Além disso, a valorização do real em relação ao dólar poderá impactar negativamente a rentabilidade da Vale (VALE3).
Já no mercado de metais básicos, uma melhora mais lenta do que o esperado na dinâmica de oferta e demanda também manteria os preços baixos por mais tempo e afetaria a rentabilidade da Vale.
De olho nas operações da mineradora, se o desempenho decepcionar, a companhia também pode gerar volumes abaixo do esperado, o que pressionaria a geração de fluxo de caixa.
As questões com a Samarco ainda causam preocupações para o futuro da Vale (VALE3). Isso porque as ações judiciais poderiam potencialmente aumentar as provisões da mineradora.
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