🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 1T25 JÁ COMEÇOU – CONFIRA AS NOTÍCIAS, ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Quase lá!

Senado aprova reforma tributária; veja o que muda nos impostos e quais alterações devem impactar seu bolso mais diretamente

Como a PEC da reforma tributária foi alterada no Senado, agora ela precisa passar novamente pela Câmara dos Deputados

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
8 de novembro de 2023
19:39 - atualizado às 11:03
Senado
Plenário do Senado: texto da reforma tributária deve ser aprovado em dois turnos de votação. Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado

O Senado aprovou em dois turnos o texto da reforma tributária. Tanto no primeiro quanto no segundo turno, o placar da votação foi de 53 votos a favor e 24 contra.

O governo precisava de pelo menos 49 votos nas votações da noite desta quarta-feira (08) para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45, que prevê mudanças nos impostos sobre o consumo.

Por ter sido alterada no Senado, a PEC precisa agora ser aprovada novamente na Câmara dos Deputados antes de seguir para sanção pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde que foi enviada pelo Poder Executivo ao Congresso em 2019, não foram poucas as modificações sofridas pelo texto.

Algumas foram feitas e depois desfeitas, o que deixou o acompanhamento da tramitação bastante confuso pela população em geral.

Afinal, qual foi o texto aprovado hoje? Quais as principais mudanças propostas nos impostos cobrados sobre bens e serviços no país? E quais delas devem afetar mais diretamente, ao menos num primeiro momento, a vida do cidadão comum?

Leia Também

Listamos a seguir todas as principais mudanças trazidas pela PEC 45 após sua tramitação e votação na Câmara e no Senado, mas começamos com um resumo daquilo que mais diretamente deve afetar o seu bolso:

  • O ponto central da reforma tributária é substituir a cobrança de cinco impostos (PIS, Cofins, ICMS, ISS e IPI) por três (CBS, IBS e IS). O IBS e o CBS constituem o IVA, Imposto sobre Valor Agregado.
  • Em tese, a alíquota dos impostos que hoje correspondem ao IVA está em torno de 34%, mas a previsão é de que, com a reforma, caia para no máximo 27,5%. No entanto, o governo prevê que não deve haver perda de arrecadação. O objetivo da reforma é simplificar o sistema tributário e não reduzir impostos.
  • Ainda não é possível precisar quanto se vai pagar de imposto, pois as alíquotas dos novos tributos só serão definidas posteriormente, pelas leis que vão regulamentar as mudanças.
  • IPVA poderá passar a ser cobrado sobre embarcações e aeronaves, o que hoje não ocorre, e poderá ter alíquotas diferenciadas por tipo de veículo e se ele é poluente ou não.
  • IPTU poderá ser alterado por prefeitos via decreto, sem passar pela Câmara dos Vereadores, o que facilita a elevação desse imposto.
  • ITCMD, o imposto sobre heranças e doações, passará a ser obrigatoriamente progressivo (quanto maior o patrimônio transmitido, maior a alíquota) e cobrado no domicílio do falecido (quando se tratar de herança) e não mais no estado onde for realizado o inventário. Além disso, poderá ser cobrado sobre heranças recebidas no exterior.

Importante notar que, nesta etapa da reforma tributária, não há ainda alterações no Imposto de Renda, mas a reforma do IR está nos planos do governo.

Vamos agora passar para os principais pontos do texto aprovado hoje no Senado, após todas as mudanças sofridas no Congresso até agora. Colaborou para esta reportagem o tributarista Cassiano Menke, do escritório Silveiro Advogados.

Quais impostos serão extintos e quais serão criados?

O ponto central da reforma é substituir cinco impostos que incidem sobre o consumo de bens e serviços por apenas dois (que na prática são três). Os tributos federais PIS e Cofins, o estadual ICMS e o municipal ISS serão substituídos pelo Imposto sobre Valor Agregado Dual (IVA); já o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) será trocado pelo Imposto Seletivo (IS).

O IVA Dual é composto por uma parcela federal, administrada pela União e que substitui o PIS/Cofins, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS); e por uma parcela subnacional, com administração dividida entre estados e municípios e que substitui o ICMS e o ISS, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Assim: IVA Dual = CBS (antigo PIS/Cofins) + IBS (antigos ICMS e ISS)

Já o Imposto Seletivo, que entra no lugar do IPI, é um tributo federal com objetivo de desestimular o consumo de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente (no que ficou conhecido como “Imposto do Pecado”), como bebidas alcoólicas, cigarros, armas e munições.

  • Do zero a uma renda passiva: treinamento completo com os ‘tubarões’ do mercado mostrará as estratégias mais avançadas para poder gerar dinheiro na conta; inscreva-se aqui

Quanto vamos passar a pagar de imposto: os valores das alíquotas dos novos tributos

O texto da PEC não estabelece os valores das alíquotas, pois estas serão definidas apenas posteriormente, nas leis complementares e ordinárias destinadas a regulamentar o que tiver sido definido na reforma.

Entretanto, o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, acredita que a alíquota padrão do IVA Dual (isto é, a soma da parte federal com a de estados e municípios) deve totalizar entre 25,9% e 27,5%. Hoje, a alíquota cheia total dos impostos sobre o consumo está em torno de 34%.

Uma coisa que o texto da PEC estabelece, no entanto, são os setores que contarão com alíquotas reduzidas a um percentual da alíquota cheia e aqueles que terão (ou poderão ter) alíquota zero, como veremos adiante.

Trava para a carga tributária

No Senado, foi estabelecido ainda um teto para o aumento de impostos, a ser calculado com base na média da receita com os tributos que serão extintos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) entre 2012 a 2021, apurada como proporção do Produto Interno Bruto (PIB).

A ideia é que a alíquota de referência dos novos tributos seja reduzida caso exceda esse teto de referência. A trava poderá ser revisada a cada cinco anos.

Como incidirá o IVA Dual?

  • Base Tributável Ampla: incidirá sobre todas as atividades econômicas com bens e serviços, tangíveis ou intangíveis, inclusive importação e economia digital, mas não sobre exportações.
  • Cálculo por Fora: o IBS e a CBS não estão inclusos nas suas próprias bases de cálculo. PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS, enquanto existirem (durante o período de transição), também não serão integrados na base de cálculo da CBS e do IBS. É importante, porém, que a lei que regulamentar os novos impostos não deixe brechas para o cálculo “por dentro” (integrando o imposto na sua própria base de cálculo), como ocorreu com a lei que regulamentou o ICMS.
  • Tributação no Destino: a tributação será realizada de acordo com o Estado e o Município de destino dos bens e serviços, e não mais no local de origem desses bens e serviços, como é hoje.
  • Não cumulatividade: os negócios terão direito pleno a créditos tributários em razão de imposto incidente na etapa anterior da cadeia produtiva ao adquirirem bens, direitos e serviços. Em outras palavras, quando um comerciante compra um produto de uma indústria, por exemplo, ele pagará imposto somente sobre o valor que foi agregado na fábrica; o imposto sobre as matérias-primas usadas para a fabricação do produto já terão sido pagos pela indústria.
  • Uniformização da Legislação: CBS e IBS seguirão as mesmas regras, isto é, os mesmos fatos geradores, bases de cálculo, sujeitos passivos, regimes específicos, diferenciados ou favorecidos, regras de não cumulatividade e creditamento, bem como hipóteses de não incidência ou imunidade.

Os novos impostos passarão a valer imediatamente?

Não. A reforma tributária prevê um período de transição de nove anos até a adoção completa do novo modelo proposto. Apenas em 2033 o sistema atual será totalmente abandonado.

Durante a transição, os impostos atuais e os novos irão conviver, com o aumento gradual das alíquotas dos novos tributos e a redução gradual das alíquotas dos antigos, com a previsão de um mecanismo de compensações.

Trata-se de um período sensível, em que pode ainda haver bastante judicialização, até pelo seu prazo longo.

A transição ficará assim:

  • 2026: cobrança de alíquota-teste de 0,9% para a CBS e de 0,1% para o IBS, com dedução do PIS/Cofins ou de outros tributos federais, caso não haja PIS/Cofins a pagar;
  • 2027: substituição do PIS/Cofins pela nova CBS, extinção do IPI e instituição do Imposto Seletivo;
  • 2027 e 2028: IBS continua sendo cobrado à alíquota-teste de 0,1%;
  • 2029 a 2032: redução gradual das alíquotas de ICMS e ISS, com elevação gradual do IBS; os benefícios dos impostos atuais serão reduzidos na mesma proporção;
  • 2033: extinção do ICMS e do ISS.

A DINHEIRISTA - PENSÃO ALIMENTÍCIA: ACORDO VERBAL NÃO VALE NADA?

As exceções: regimes específicos e alíquotas reduzidas

Os maiores alvos de discussão no Congresso são os direitos de fazer parte de grupos com regimes específicos de tributação e alíquotas reduzidas ou até zeradas de IVA. Basicamente todos os setores e segmentos produtivos organizados da sociedade pleitearam uma exceção para chamar de sua.

Inicialmente, havia apenas alguns setores e produtos que teriam uma alíquota de IVA reduzida em 60% em relação à alíquota-padrão, mas a lista cresceu, e as categorias de alíquotas reduzidas também. A manutenção desses benefícios, porém, deverá ser reavaliada a cada cinco anos.

Até o momento, o texto ficou assim:

Alíquota zero

No Senado, foram estabelecidos dois tipos de Cesta Básica Nacional, ambas com lista de produtos a ser definida posteriormente, em lei complementar.

Um deles, uma cesta básica mais restrita, com foco no enfrentamento à fome, terá alíquota zero. O segundo tipo, a cesta básica ampliada, contará com alíquota reduzida em 60%, com possibilidade de cashback (devolução do imposto) à população mais carente, como veremos a seguir.

Além disso, o texto da reforma tributária passou a deixar a porta aberta para que a alíquota do IVA ou de um de seus componentes seja zerada, em Lei promulgada posteriormente, para uma série de produtos, serviços e setores. São eles:

  • Dispositivos médicos e de acessibilidade para pessoas com deficiência física;
  • Medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual;
  • Produtos hortícolas, frutas e ovos
  • Serviços de educação superior no âmbito do Prouni
  • Entidades de Inovação, Ciência e Tecnologia (ICT) sem fins lucrativos;
  • Medicamentos e dispositivos médicos adquiridos pelo poder público e entidades assistenciais sem fins lucrativos;
  • Serviços de transporte coletivo de passageiros;
  • Automóveis de passageiros adquiridos por pessoas com deficiência, pessoas com transtorno do espectro autista ou taxistas;
  • Atividades de reabilitação urbana de zonas históricas e áreas críticas de recuperação e reconversão urbanística.

Além disso, as imunidades tributárias atualmente previstas na Constituição permanecem. Isso inclui templos de qualquer culto, partidos políticos, entidades sindicais, instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos, livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão, fonogramas e videofonogramas musicais brasileiros.

Alíquota reduzida em 60%

Terão desconto de 60% em relação à alíquota-padrão do IVA (isto é, pagarão apenas 40% da alíquota cheia) os seguintes produtos, serviços e segmentos:

  • A cesta básica nacional ampliada (com possibilidade de cashback), conforme mencionado no item anterior;
  • Serviços de educação e saúde
  • Dispositivos médicos e de acessibilidade para pessoas com deficiência;
  • Medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual;
  • Produtos de higiene pessoal e limpeza majoritariamente consumidos por famílias de baixa renda;
  • Serviços de transporte público coletivo de passageiros rodoviários e metroviário de caráter urbano, semiurbano e metropolitano;
  • Insumos agropecuários e aquícolas, bem como produtos agropecuários, aquícolas, pesqueiros, florestais e extrativistas vegetais in natura;
  • Alimentos destinados ao consumo humano e sucos naturais sem adição de açúcares e conservantes;
  • Produções artísticas, culturais, jornalísticas e audiovisuais nacionais, além de atividades desportivas e de comunicação institucional;
  • Bens e serviços relacionados à segurança e soberania nacional, segurança da informação e segurança cibernética.

Alíquota reduzida em 30%

Os profissionais liberais de carreiras com conselho profissional, como médicos, advogados, dentistas e engenheiros, terão desconto de 30% na alíquota do IVA (isto é, pagarão apenas 70% da alíquota-padrão) quando não se enquadrarem no Simples Nacional.

Regimes específicos

Além das alíquotas reduzidas, outro tipo de exceção estabelecido pela reforma tributária são os regimes específicos, que podem estabelecer regras diferentes na forma de cobrança do IVA, como mudanças na base de cálculo e limites máximos de alíquota. Podem ser contemplados por esses regimes os seguintes segmentos:

  • Combustíveis e lubrificantes;
  • Serviços financeiros;
  • Operações com bens imóveis
  • Planos de saúde;
  • Loterias;
  • Cooperativas;
  • Serviços de hotelaria;
  • Parques de diversão e temáticos;
  • Bares e restaurantes;
  • Agências de viagens;
  • Aviação regional;
  • Missões diplomáticas e representações de organismos internacionais;
  • Serviços de saneamento e de concessão de rodovias;
  • Serviços de transporte coletivo de passageiros rodoviário intermunicipal e interestadual, ferroviário, hidroviário e aéreo;
  • Operações que envolvam a disponibilização da estrutura compartilhada dos serviços de telecomunicações;
  • Atividades esportivas desenvolvidas por Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs).

Exceções na cobrança do Imposto Seletivo (IS)

Finalmente, há as exceções também em torno da cobrança do Imposto Seletivo. Ele não poderá incidir sobre exportações ou operações com energia elétrica e telecomunicações.

A cobrança de IS sobre armas e munições não poderá incidir sobre esses produtos quando eles forem adquiridos pela administração pública.

Além disso, a alíquota máxima do IS sobre a extração de minérios e petróleo deve ser de 1%, independentemente da destinação, mas caberá a uma lei complementar definir quais tipos de recursos naturais extraídos serão taxados, podendo-se criar exceções.

IPTU, IPVA e ITCMD: o que muda nos impostos sobre a propriedade de imóveis, veículos e outros bens?

As alterações previstas nesta primeira etapa da reforma tributária não se restringem aos impostos sobre o consumo. Os impostos sobre a propriedade de bens como imóveis e veículos também sofrem algumas alterações.

Estamos falando de IPTU (municipal), IPVA (estadual) e do ITCMD, o imposto estadual que incide sobre heranças e doações. As mudanças que passam a ser permitidas são as seguintes:

Imposto sobre transmissão causa mortis e doações (ITCMD)

  • Progressividade obrigatória das alíquotas: hoje, alguns estados estabelecem alíquota única, enquanto outros adotam a progressividade (quanto maior o valor do patrimônio a ser transmitido, maior a alíquota). Com a reforma, todos os estados deverão adotar alíquotas progressivas de acordo com o valor dos bens a serem doados ou herdados.
  • Incidência sobre heranças recebidas no exterior.
  • Tributação no estado de domicílio do falecido, no caso das heranças, e não mais no local de processamento do inventário, para evitar que as famílias abram processo de inventário em estados com alíquotas mais baixas.
  • Não incidência sobre doações para instituições sem fins lucrativos “com finalidade de relevância pública e social, inclusive as organizações assistenciais e beneficentes de entidades religiosas e institutos científicos e tecnológicos”.

Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)

  • Possibilidade de tributação de veículos aéreos e aquáticos, os quais atualmente não sofrem incidência desse imposto. Exceções para aeronaves e máquinas agrícolas, embarcações de empresa com outorga para prestação de serviço de transporte, pessoa física ou jurídica que tenha como atividade a pesca industrial ou artesanal e plataformas suscetíveis a locomoção na água.
  • Alíquotas poderão ser diferenciadas de acordo com o tipo, valor, utilização e impacto ambiental do veículo.

Imposto sobre a Propriedade predial e Territorial Urbana (IPTU)

  • Prefeituras poderão atualizar a base de cálculo do imposto por meio de decreto (sem passar pela Câmara dos Vereadores), o que facilitaria a elevação do imposto.

Cashback de imposto para a população mais carente

Além da possibilidade de devolução do IVA (já reduzido) cobrado sobre os produtos da Cesta Básica Nacional ampliada à população mais pobre, o texto da reforma prevê ainda cashback obrigatório nas contas de luz e de gás (encanado ou de botijão) dos consumidores de baixa renda, o que deverá ser definido em Lei Complementar.

Muda alguma coisa para as pessoas jurídicas que estão no Simples ou para os Microempreendedores Individuais (MEI)?

Pessoas Jurídicas que estão no Simples ou que são MEI continuam com tratamento diferenciado. A diferença é que passarão a recolher os novos tributos (CBS e IBS) no lugar dos impostos que serão extintos.

Haverá duas opções: recolher separadamente o CBS e o IBS (alíquota cheia), mantendo os demais tributos na guia única do Simples; ou incluir CBS e IBS (alíquota reduzida) na guia única, mas sem poder apropriar créditos dos tributos pagos por insumos.

A Zona Franca de Manaus vai continuar a existir? Não vai perder sua competitividade com o fim do IPI?

A Zona Franca de Manaus continua a existir e, para manter sua competitividade, foi instituída uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre importação, produção ou comercialização de bens que concorram com aqueles produzidos na Zona Franca.

Com o fim do IPI, o risco era que produtos fabricados em outras regiões se tornassem mais atrativos que aqueles produzidos na Zona Franca. Até por isso, inicialmente, essa compensação seria feita via Imposto Seletivo, mas a proposta foi abandonada no Senado.

A arrecadação da Cide será destinada à subvenção da industrialização incentivada na Zona Franca de Manaus e também ao Fundo de Sustentabilidade para a região, que terá gestão compartilhada pela União com o estado do Amazonas.

Como os estados e municípios serão compensados pelas perdas com a reforma tributária?

A fim de compensar estados e municípios pelas eventuais perdas de arrecadação e desigualdades regionais com a reforma tributária, foram criados o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) e o Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais.

O primeiro destina-se a reduzir as desigualdades regionais e permitir aos estados conceder incentivos locais dentro do novo sistema tributário. Os recursos serão distribuídos conforme critérios de renda per capita e população. O fundo contará com um aporte de R$ 60 bilhões da União, feito gradualmente até 2043.

O segundo destina-se a compensar, até 2032, a perda de arrecadação de estados e municípios com o fim dos incentivos fiscais associados ao ICMS. A repartição dos recursos será feita segundo os critérios de perda de arrecadação e população.

O texto da PEC permite ainda aos estados criarem novas contribuições sobre produtos primários e semielaborados, como os produtos agropecuários.

Esse tipo de tributo já existe em algumas unidades da federação, com a finalidade de alimentar fundos destinados a investimentos em obras de infraestrutura e habitação, mas esse mecanismo seria prejudicado com a reforma tributária.

Em razão disso, o texto agora prevê que os estados que já cobram esse tipo de tributo hoje e que já possuam um fundo do gênero possam criar essas contribuições depois que a reforma entrar em vigor.

As alíquotas, no entanto, não poderão ultrapassar o valor que tinham em 30 de abril de 2023, e os fundos devem manter suas regras de funcionamento naquela data. Em 2043, porém, essas contribuições criadas deverão ser extintas.

Com Agência Senado e Agência Brasil.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FACA DE DOIS GUMES

Países do Golfo Pérsico têm vantagens para lidar com o tarifaço de Trump — mas cotação do petróleo em queda pode ser uma pedra no caminho

9 de abril de 2025 - 13:07

As relações calorosas com Trump não protegeram os países da região de entrar na mira do tarifaço, mas, em conjunto com o petróleo, fortalecem possíveis negociações

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed

9 de abril de 2025 - 8:45

Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China

START NO 'TARIFAÇO'

Tarifas gerais de Trump começam a valer hoje e Brasil está na mira; veja como o governo quer reagir

5 de abril de 2025 - 10:48

Além do Brasil, Trump também impôs tarifa mínima de 10% a 126 outros países, como Argentina e Reino Unido

OLHO POR OLHO

China não deixa barato: Xi Jinping interrompe feriado para anunciar retaliação a tarifas de Trump — e mercados derretem em resposta

4 de abril de 2025 - 9:32

O Ministério das Finanças da China disse nesta sexta-feira (4) que irá impor uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell

4 de abril de 2025 - 8:16

Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais

3 de abril de 2025 - 8:14

Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa

2 de abril de 2025 - 8:13

Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA

DIA 68

Se cuida, Elon Musk: nem os milionários vão escapar de Trump

28 de março de 2025 - 19:47

Se a lua de mel do presidente norte-americano com Wall Street parece ter chegado ao fim, o casamento com os donos de grandes fortunas nos EUA também beira uma crise — e não é a dos sete anos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA

28 de março de 2025 - 8:04

O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo

27 de março de 2025 - 8:20

Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC

IR 2025

Como declarar aposentadorias e pensões da Previdência Social no imposto de renda

27 de março de 2025 - 8:03

Aposentados e pensionistas da Previdência Social têm direito à isenção de imposto de renda sobre uma parte de seus rendimentos. Veja os detalhes de como declará-los no IR 2025

COLETE SALVA-VIDAS

Inteligência artificial ajuda China a reduzir os impactos da guerra tarifária de Donald Trump

26 de março de 2025 - 13:12

Desenvolvimento de inteligência artificial na China vem fazendo empresas brilharem com a tecnologia e ajuda a proteger o país das tarifas de Trump

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump

26 de março de 2025 - 8:22

Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair

EM 1º DE ABRIL… E NÃO É MENTIRA

‘Taxa das blusinhas’: entenda por que vai ficar mais caro (de novo) comprar produtos da China

25 de março de 2025 - 16:35

As compras feitas em sites como Shein, Shopee e AliExpress passarão a pagar mais Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que sobe de 17% para 20% 

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços

21 de março de 2025 - 8:21

Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção

COISAS BOAS E COISAS NOVAS

LCI, LCA, FIIs e incentivados continuam isentos; já dividendos, nem tanto. O que muda na tributação de investimentos com a reforma do IR

20 de março de 2025 - 17:15

Todos os rendimentos entram no cálculo para enquadrar o “super-rico”, mas títulos isentos saem da base de cobrança, enquanto dividendos ficam

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom

20 de março de 2025 - 8:18

Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais

LEÃO MUDOU A DIETA

Quem banca a isenção de imposto de renda até R$ 5 mil? Veja as mudanças propostas para quem ganha mais de R$ 50 mil (e que têm dividendos na mira)

20 de março de 2025 - 7:05

O cálculo da renda a ser considerada para cobrança do imposto deixou de fora os investimentos isentos, mas criou uma nova regra para os dividendos pagos por empresas. Entenda

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais

19 de março de 2025 - 8:35

Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos

PEQUENO ALÍVIO

Atualização da tabela vem aí: isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil fica para 2026, mas governo ‘dá um chorinho’ para este ano

18 de março de 2025 - 19:18

Assim como no ano passado, governo irá aumentar o limite de isenção do imposto de renda em 2025 para abarcar dois salários mínimos, considerando o valor atual do rendimento

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar