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Ricardo Gozzi
ANCORANDO AS EXPECTATIVAS

Campos Neto vai cumprir a meta? Por que o mercado passou a acreditar que o BC vai entregar a inflação combinada já em 2023

Boletim Focus desta semana traz pela primeira vez no ano a projeção para a inflação acumulada de 2023 dentro da meta do CMN

Ricardo Gozzi
16 de outubro de 2023
11:05 - atualizado às 11:45
Montagem de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), com chapéu de aviador olhando sorrindo para o lado
O comandante do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto: a aeronave do Copom vai mudando a rota da Selic, apertando cada vez mais os juros - Imagem: Montagem Andrei Morais / Agência Brasil / Shutterstock/doomu

A alta dos preços tem um longo histórico de consumir horas e horas de sono dos brasileiros. Quanto menor a renda, mais a inflação pesa no bolso. Há pelo menos dois anos, porém, ela vem causando extremo desconforto a um servidor público de alto escalão: o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

Desde 2021, quando o BC ganhou autonomia formal para executar sua política monetária, o IPCA não termina o ano dentro da meta.

No primeiro ano de autonomia do BC, a inflação oficial no Brasil ficou em 10,06% — ante uma meta de até 5,25%.

Já em 2022, o forte aperto monetário promovido pelo BC ajudou a levar a inflação acumulada no ano a 5,79% — acima do teto da meta (5%) para o ano passado, apesar da forte desaceleração.

Como manda a lei, Roberto Campos Neto viu-se obrigado a explicar em carta ao Conselho Monetário Nacional (CMN) as razões do estouro da meta nos últimos dois anos.

Em 2023, a inflação perdeu mais força do que se esperava ao longo do ano. Ainda assim, o próprio Banco Central parecia prestes a jogar a toalha.

Na mais recente edição do Relatório Trimestral de Inflação, divulgada no fim de setembro, o BC calculava em 67% a chance de estouro da meta em 2023, de 61% no documento anterior, de junho.

Havia até quem especulasse qual seria a música escolhida por Campos Neto pelo terceiro ano seguido de inflação acima da meta.

O IPCA de setembro mudou o jogo

Até que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou, na última quarta-feira, o IPCA de setembro.

Na leitura mensal, a inflação acelerou a 0,26%, de 0,23% em agosto. No acumulado em 12 meses, o IPCA passou de 4,61% para 5,19%.

Observado sem a devida contextualização, a três meses do fim do ano, o dado parece sugerir que a meta não será alcançada de jeito nenhum.

Inflação vai acabar 2023 dentro da meta?

Eis que o BC publicou nesta segunda-feira o boletim Focus.

O documento traz, semanalmente, a mediana das projeções dos economistas de mercado para os principais indicadores macroeconômicos brasileiros.

Diante da eclosão de um conflito de consequências imprevisíveis no Oriente Médio, a Focus desta semana parece uma cópia da edição anterior, mas com uma exceção: a projeção para o IPCA de 2023.

E, ao contrário do que poderia sugerir a aceleração dos preços em setembro, a mediana das projeções entrou pela primeira vez no ano no escopo da meta de inflação para 2023.

Depois de três semanas projetando o IPCA deste ano em 4,86%, a Focus desta segunda-feira (16) estima a inflação em 12 meses fechando 2023 em 4,75%, exatamente no teto da meta.

Por que o mercado agora projeta a inflação na meta

Embora a inflação acumulada em 12 meses tenha acelerado bastante em setembro, acredita-se que a alta tenha atingido um pico.

Muito do que vinha pesando sobre os preços nos últimos meses vai finalmente perdendo efeito ou se estabilizando.

Ao mesmo tempo, componentes relevantes do IPCA vêm subindo abaixo das projeções dos analistas já há alguns meses.

Carlos Lopes, economista do Banco BV, cita como exemplos a queda nos núcleos e o “bom comportamento” da inflação de serviços, especialmente os subjacentes.

Logo depois da divulgação do IPCA de setembro, ele antecipou que o indicador provavelmente levaria a uma revisão para baixo da projeção do Banco BV para a inflação em 2023.

“Provavelmente de 5,2% para perto de 4,8%”, disse Lopes.

Números no retrovisor

Mirella Hirakawa, economista sênior da AZ Quest, pontua que dados como o IPCA funcionam como uma espécie de retrovisor para os diretores do Banco Central.

“Eles precisam olhar para a frente e as expectativas têm um peso significativo”, afirma ela. “O que essas surpresas mostram é que a dinâmica de inflação está sendo mais benigna do que se esperava.”

Para Mirella, isso levanta dúvidas importantes em relação a medidas estruturais no futuro próximo, entre elas o PIB potencial, a taxa de juros neutra e o nível de desemprego que não provoca inflação.

Já o economista André Perfeito vê “bons motivos para se pensar numa inflação melhor a curto prazo”.

“Dados qualitativos mostram melhoras. A dispersão caiu e os núcleos também retrocederam”, afirmou ele ao comentar a inflação de setembro.

A ver se será o suficiente para que o IPCA feche um ano dentro da meta pela primeira vez desde 2020.

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