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Expansão chinesa: maior banco do sudeste asiático terá suporte para yuan digital, a criptomoeda da China — e ameaça ao dólar aumenta

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O Development Bank of Singapore, mais conhecido como DBS Bank — e também o maior banco do sudeste asiático — passará a permitir pagamentos em yuan digital (e-CNY), a Central Bank Digital Currency (CBDC) da China, por meio de uma subsidiária no país.

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A nova tecnologia permitirá que empresas recebam pagamentos de clientes em e-CNY e realizem pagamentos automáticos de depósitos feitos nas contas bancárias em moeda corrente. O procedimento foi testado em Shenzhen, na China, e foi considerado um sucesso.

Com 74,3% da população de etnia chinesa, Singapura tem fortes conexões com o país, não apenas culturais, mas também comerciais: as exportações vindas da China somaram US$ 81,17 bilhões em 2022, segundo o Trading Economics.

O Gigante Asiático adotou uma estratégia de afrouxamento das restrições contra criptomoedas na ilha de Hong Kong. Esse movimento foi visto por analistas do mercado como uma forma de aproximar o universo digital dos investimentos no país.

Xadrez de criptomoedas com yuan digital…

Em maio de 2021, a China proibiu a mineração de criptomoedas e baniu os mineradores do país, alegando o impacto ambiental no consumo de energia da atividade.

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Entretanto, especialistas acreditam que esse decreto abriu espaço para uma adoção em massa do yuan digital, lançado pouco tempo depois.

A China também anunciou na mesma época a proibição de ofertar pagamentos e serviços que envolvam transações em criptomoedas para instituições financeiras e empresas de pagamentos.

É preciso destacar que o WeChat e o Alipay praticamente dominam os meios de pagamento na China, limitando demais a entrada de concorrentes no setor.

A criação do e-CNY surgiu como uma alternativa a esses meios de pagamento e é um dos projetos de CBDCs mais avançados do momento, junto com o piloto do Real Digital (RD).

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… e contra o dólar

O debate sobre a substituição do dólar como “moeda padrão” para o comércio internacional ganhou força em dois momentos distintos. Primeiro, com o pontapé inicial dado pela exclusão da Rússia do Swift, o sistema de pagamentos internacional. Desde então, o país vem buscando alternativas para transferências transfronteiriças.

Em seguida, quem levantou a lebre de que as trocas entre países deveriam acontecer sem a necessidade da moeda norte-americana foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Em visita à China, ele reforçou a necessidade de uma moeda comum para trocas comerciais dos BRICS— grupo de países emergentes que inclui Brasil, Rússia, Índia, a própria China e a África do Sul (o “S” vem do inglês South Africa).

A expansão do e-CNY para o maior banco do sudeste asiático pode representar um primeiro passo da expansão chinesa nos meios de pagamentos. No entanto, há quem acredite que o dólar não deva perder a majestade tão cedo. Leia as análises aqui.

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