🔴 DIVIDENDOS DE ATÉ 13% COM ESTE FUNDO IMOBILIÁRIO – VEJA QUAL

Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
MOEDAS DIGITAIS

O sonho ‘cripto-brasileiro’ acabou? Índia se torna país que mais usa criptomoedas no dia a dia e Brasil perde posições

Os analistas da Chainalysis identificaram um crescimento importante do uso de criptomoedas em países de renda baixa e média

Renan Sousa
Renan Sousa
12 de setembro de 2023
10:10 - atualizado às 9:54
Bitcoin (BTC) no Brasil lei de criptomoedas é aprovada no Senado
Imagem: Shutterstock

A expansão galopante do mercado de criptomoedas tinha um cavalo-chefe, o Brasil. O clima regulatório favorável e o crescimento da adoção pela população faziam do país um dos principais focos no desenvolvimento da economia digital, também chamada de criptoeconomia. 

Apesar do destaque na América Latina, o Brasil perdeu forças no âmbito global. É o que diz o mais recente estudo da Chainalysis, empresa de análise do comportamento on-chain dos usuários. 

De acordo com a pesquisa, o Brasil saiu da sétima para a nona posição. Mas isso não quer dizer que o país tenha deixado as criptomoedas de lado. O movimento se deve à entrada de outras nações ao ranking. 

Confira os vinte maiores países que lideram a lista de adoção de criptomoedas da Chainalysis: 

PosiçãoPaísRegião
1ÍndiaÁsia Central, Meridional e Oceania
2NigériaÁfrica Subsaariana
3VietnãÁsia Central, Meridional e Oceania
4Estados UnidosAmérica do Norte
5UcrâniaEuropa Oriental
6FilipinasÁsia Central, Meridional e Oceania
7IndonésiaÁsia Central, Meridional e Oceania
8PaquistãoÁsia Central, Meridional e Oceania
9BrasilAmérica Latina
10TailândiaÁsia Central, Meridional e Oceania
11ChinaÁsia Oriental
12TurquiaOriente Médio e Norte da África
13RússiaEuropa Oriental
14Reino UnidoEuropa Central, do Norte e Ocidental
15ArgentinaAmérica Latina
16MéxicoAmérica Latina
17BangladeshÁsia Central, Meridional e Oceania
18JapãoÁsia Oriental
19CanadáAmérica do Norte
20MarrocosOriente Médio e Norte da África
Fonte: Chainalysis

O Global Crypto Adoption Index é resultado de outros cinco sub-índices, que levam em conta os variados usos e serviços disponibilizados com criptomoedas em cada país, além de métricas como população e renda. 

Adeus Brasil — e olá Índia!

Os analistas da Chainalysis identificaram um crescimento importante do uso de criptomoedas em países de renda baixa e média — aqueles em que a renda nacional bruta per capita está abaixo dos US$ 4.255, como Nigéria, Ucrânia, Índia e Etiópia, por exemplo. 

Isso se reflete na composição do pódio: seis dos dez países no topo dos que mais cresceram no uso de criptomoedas estão na Ásia Central, do Sul e da Oceânia.

“As circunstâncias que impulsionam a adoção em cada país são únicas, o que leva a diferentes tendências de utilização e a falhas nos serviços mais populares”, destaca o documento.

O caso indiano é ainda mais difícil de se analisar. Afinal, o país tomou uma série de medidas que dificultam a institucionalização de empresas do ramo de criptomoedas, o que tende a afetar seu uso no dia a dia. 

Contrariando as expectativas, o país se tornou a segunda maior criptoeconomia do mundo, em uma estimativa de volume transacionado.

O motivo para isso está na diversificação dos usos no país: as corretoras de cripto (exchanges) podem não ter crescido tanto após imposição de um imposto de 30% sobre o mercado, mas exchanges descentralizadas (DEX), protocolos de lending e staking e outros usos de contratos inteligentes (smart contracts) estão entre as aplicações que mais movimentam ativos digitais no país. 

ONDE INVESTIR EM SETEMBRO - Novo programa do SD Select mostra as principais recomendações em ações, dividendos, FIIs e BDRs

Lembra dele? Axie Infinity impulsionou criptomoedas na região

Quem pode se esquecer da febre do Axie Infinity (AXS), um dos primeiros jogos do tipo play-to-earn a dominar o mercado. 

Esses games em que o jogador pode receber criptomoedas enquanto joga se popularizaram na Ásia como um todo. Afinal, era uma forma de complementar a renda de famílias mais pobres, além de popularizar o uso de moedas virtuais nesses países.

A queda dos preços do AXS fez essa população migrar de ativo digital, mas não sair do universo cripto, o que explica a ampla adoção de criptomoedas na região. 

No relatório da Chainalysis, os analistas acompanham com bons olhos o crescimento do uso de cripto na região, “não apenas porque os países estão no topo da lista do Global Crypto Adoption Index, mas porque são nações com aplicações diferentes para a economia digital e necessidades econômicas únicas, fomentando negócios para cada caso de uso”. 

Perspectivas positivas para as criptomoedas

Vale lembrar que não há como dourar a pílula: o mercado de criptomoedas como um todo vem sofrendo com sucessivas crises — desde as internas, como a quebra da FTX, até externas, como a aprovação do ETF de bitcoin (BTC) à vista nos EUA e regulação. 

No entanto, o uso de criptomoedas nos países de média e baixa renda continuou elevado, o que pode influenciar no futuro da adoção de ativos digitais.

Em outras palavras, esses países tendem a ter uma economia mais dinâmica, com indústria e população crescentes — alguns deles evoluíram de países de baixa para média renda nas últimas décadas. 

Mais importante do que isso: 40% da população global — 3,2 bilhões de pessoas — está em países de média e baixa renda. “Se essas nações são o futuro, então os dados indicam que criptomoedas serão grande parte desse futuro”, diz o documento. 

Outro lado das (cripto)moedas

Apesar do entusiasmo com o aumento do uso das criptomoedas em regiões em desenvolvimento, há um outro lado por trás desse crescimento. 

Isso porque esses países costumam ter economias instáveis e, não raro, uma parcela significativa da população não está bancarizada.

Ou seja, esses problemas estruturais acabam empurrando esse público para o setor de ativos digitais. É o caso da Argentina, por exemplo, que viu o uso de stablecoins lastreadas em dólar ganharem popularidade.

A inflação acima dos 110% ao ano e a deterioração do peso argentino frente ao dólar fez com que o país migrasse para esse classe especial de criptomoedas.

Compartilhe

NÃO ENTENDI!

Alta do desemprego nos EUA impulsiona e bitcoin (BTC) toca os US$ 62 mil: entenda o porquê

3 de maio de 2024 - 14:43

A disparada do dia também liquidou cerca de US$ 100 milhões de posições short (apostando na queda dos preços, no jargão do mercado), de acordo com o CoinGlass

SD ENTREVISTA

Diretor da Coinbase diz que regulação brasileira de criptomoedas favorece inovação e vê mão pesada da SEC nos EUA

1 de maio de 2024 - 6:15

Fábio Plein, diretor regional da Coinbase para as Américas, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre o momento atual dos mercados

MAGNATA EM APUROS?

Fundador da Binance, CZ é condenado à prisão nos EUA; entenda as acusações contra o bilionário de criptomoedas 

30 de abril de 2024 - 18:33

O bilionário foi condenado a quatro meses de prisão depois de se declarar culpado das acusações de permitir lavagem de dinheiro na exchange de criptomoedas

CRYPTO INSIGHTS

Do Staking ao Restaking: A próxima evolução das finanças descentralizadas (DeFi) já está aqui!

30 de abril de 2024 - 10:11

Existem vários métodos de restaking na Eigen Layer e isso depende do nível de risco que cada usuário quer assumir

EM QUEDA

Bitcoin (BTC) cai hoje, mesmo após halving e estreia do protocolo Runes; criptomoedas operam no vermelho em dia de pressão sobre empresas de tecnologia

25 de abril de 2024 - 9:10

Essa nova funcionalidade pretende trazer mais eficiência para a criação de NFTs dentro da maior blockchain do planeta

CRISE EM CRIPTO

Responsável pela crise da Terra (LUNA), a criptomoeda que virou pó, leva multa de até US$ 5,3 bilhões da SEC

24 de abril de 2024 - 9:03

A CVM nos Estados Unidos exige o pagamento de multa pelo calote aos investidores do protocolo Terra (LUNA) e outras ações civis

CRYPTO INSIGHTS

Após o halving, um protocolo ‘surge’ para revolucionar o bitcoin (BTC): entenda o impacto do protocolo Runes 

23 de abril de 2024 - 8:38

Sim, o halving aconteceu, mas não é essa atualização que vamos falar hoje, mas sim uma atualização que mudou a história da rede

ALGO MUDOU?

Após halving, bitcoin (BTC) sobe e toca US$ 66 mil, mas ainda não mostrou “tudo” para 2024

22 de abril de 2024 - 12:22

Os analistas da Kaiko, empresa especializada em research de criptomoedas, enxergam que o “efeito halving” deve acontecer dentro de alguns meses

ACONTECEU!

Halving do bitcoin (BTC) aconteceu! Mas… E agora? Veja o que analistas esperam da criptomoeda agora que emissão foi cortada

20 de abril de 2024 - 7:04

Nesta sexta-feira (19), o evento aconteceu mais uma vez. A recompensa dos mineradores por bloco de bitcoin caiu pela metade — de 6,25 BTCs para 3,125 BTCs

MAR CALMO

Recuo antes do tsunami: bitcoin (BTC) se aproxima dos US$ 60 mil antes do evento que pode fazer criptomoeda disparar 150%

17 de abril de 2024 - 14:44

As atenções se voltam para o halving, quando a recompensa pela mineração da criptomoeda cai pela metade

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar