Por que um dos melhores investimentos até aqui tem bons motivos para ser um dos melhores do segundo semestre também
Mesmo com um começo de ano difícil, a desaceleração da inflação e as perspectivas de queda de juros fizeram com que esse segmento disparassem, superando (e muito) o desempenho do Ibovespa nos dois últimos meses do semestre

Se tem uma coisa que costuma dar muito, mas muito errado mesmo no mundo dos investimentos é investir de acordo com rentabilidades passadas.
Sabe como é, o sujeito quer investir, entra no homebroker, ordena os fundos ou as ações por maiores retornos e escolhe aquele com a maior variação no ano ou nos últimos 12 meses.

Mas essa "análise" simplista costuma se transformar numa enorme armadilha, porque o que importa para o investidor não é o retorno dos últimos 12 meses, é o quanto o ativo vai render dali para frente.
Por exemplo, nos últimos 12 meses, o Tesouro Selic foi um dos melhores investimentos do mercado. Logo, continua atraindo uma leva de investidores, sedentos pelos rendimentos "elevados" e sem risco.
Mas estamos prestes a ver a Selic começar a cair. Será que ela continuará a ser o ativo com a melhor performance daqui para frente?
Por isso, antes de investir em algum veículo que performou muito bem no passado, é importante entender como ele chegou lá e se as condições continuarão propícias para ele.
Leia Também
Sem avalanche: Ibovespa repercute varejo e Galípolo depois de ceder à verborragia de Trump
Comércio global no escuro: o novo capítulo da novela tarifária de Trump
Analisando a conjuntura de mercado, você verá que muitos investimentos que foram excelentes no passado não necessariamente tem boas perspectivas para o futuro.
Mas existem casos em que um veículo com ótimo retorno passado ainda possui uma conjuntura favorável pela frente para repetir o bom desempenho.
Esse é o caso do SMAL11, o ETF que investe em ações de baixa capitalização de mercado e que superou com folga os retornos do Ibovespa e do Tesouro Selic no primeiro semestre, e conta com boas perspectivas para continuar aproveitando a melhora no segundo semestre.
Apenas o começo
O ETF SMAL11 valorizou 13% no primeiro semestre. Mesmo com um começo de ano difícil para o mercado brasileiro, a queda da inflação e as perspectivas de queda de juros a partir de maio fizeram com que as companhias menores disparassem, superando (e muito) o desempenho do Ibovespa nos dois últimos meses do semestre.

Esse desempenho não deveria ser uma surpresa, já que as companhias menores normalmente são mais sensíveis à conjuntura macro e, especialmente, à taxa Selic.
Além de estarem mais expostas ao mercado doméstico, elas têm um menor poder de barganha na captação de empréstimos, o que potencializa as variações da taxa de juros.
O resultado disso é que as ações dessas empresas tendem a ir muito mal quando as coisas vão mal, mas muito bem quando as coisas melhoram, como no fim do primeiro semestre.
A melhor parte nessa história é que o segundo semestre tem chances de trazer uma evolução ainda melhor nas condições de mercado.
Ao que tudo indica, a Selic deve começar a cair a partir de agosto, podendo fechar o ano abaixo dos 12%. Lembre-se que, apesar de o mercado ter subido, todo o movimento foi baseado apenas em expectativas. A Selic nem se mexeu ainda.
Com o arcabouço fiscal encaminhado, a inflação deixando de ser um problema e a queda da Selic finalmente começando a reduzir os custos de captação e o pagamento de juros, as microcaps e small caps tendem a continuar aproveitando a melhora, ainda mais levando em consideração que elas seguem com múltiplos descontados, mesmo depois da recuperação recente.

Mas é importante lembrar que nem todas as small caps e microcaps podem ser consideradas bons investimentos, mesmo se o cenário melhorar. Várias delas seguem extremamente endividadas, com resultados ruins e algumas não necessariamente estão em setores que serão beneficiados pela queda dos juros.
Se quiser investir através do ETF SMAL11 e diversificar esse risco, tudo bem. Agora, se quiser comprar apenas algumas, é preciso ter muito cuidado, para não acabar comprando um mico.
Investimentos: outra alternativa
Uma outra alternativa é investir em fundos focados em escolher as melhores empresas pequenas da Bolsa. O Microcap Alert foi o melhor fundo de small caps do mercado brasileiro no primeiro semestre de 2023, com uma valorização de 40%, muito acima dos 13% alcançados pelo índice Small Caps no mesmo período.
Mesmo com um começo de ano difícil para o mercado brasileiro, com vários ruídos políticos e receios fiscais, o fundo adotou uma abordagem defensiva, com papéis menos dependentes das condições macro e com nível de endividamento bastante baixo.

Essa abordagem fez com que o fundo passasse os três primeiros meses do ano andando praticamente de lado, o que na verdade foi ótimo dado o contexto difícil de mercado.
Quando as coisas começaram a melhorar a partir de maio, o fundo resolveu "agressivar" a carteira, reduzindo o peso de teses defensivas e aumentando a exposição a histórias mais sensíveis à evolução macro.
VEJA TAMBÉM - POR QUE A ALTA DE 10% DO IBOVESPA PODE SER SÓ O COMEÇO E QUAIS SÃO AS 10 AÇÕES PARA COMPRAR AGORA
Como você pode conferir na disparada do fundo a partir de maio, essa estratégia deu bastante certo e levou o fundo a fechar o semestre em primeiro lugar entre aqueles 100% investidos em small caps.
Dado que as perspectivas futuras seguem favoráveis, faz sentido manter uma exposição do seu portfólio em ações de baixo valor de mercado e que ainda guardam um grande potencial de valorização caso as coisas realmente continuem evoluindo.
Você pode se expor a essa possível evolução no segundo semestre através do Fundo Microcap Alert, que investe nas melhores pequenas empresas da Bolsa.
Mas atenção, porque o fundo fecha para captação nesta sexta (07), às 16h, sem previsão de reabertura.
Se quiser saber mais sobre o Microcap Alert e como investir antes do fechamento, você pode conferir aqui.
- VEJA TAMBÉM: analistas da Empiricus Research recomendam 11 small caps que podem subir até 400% nos próximos três anos; clique aqui para acessar a lista
Um grande abraço e até a semana que vem!
Ruy
A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
Ditados, superstições e preceitos da Rua
Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.
Feijão com arroz: Ibovespa busca recuperação em dia de payroll com Wall Street nas máximas
Wall Street fecha mais cedo hoje e nem abre amanhã, o que tende a drenar a liquidez nos mercados financeiros internacionais
Rodolfo Amstalden: Um estranho encontro com a verdade subterrânea
Em vez de entrar em disputas metodológicas na edição de hoje, proponho um outro tipo de exercício imaginativo, mais útil para fins didáticos
Mantendo a tradição: Ibovespa tenta recuperar os 140 mil pontos em dia de produção industrial e dados sobre o mercado de trabalho nos EUA
Investidores também monitoram decisão do governo de recorrer ao STF para manter aumento do IOF
Os fantasmas de Nelson Rodrigues: Ibovespa começa o semestre tentando sustentar posto de melhor investimento do ano
Melhor investimento do primeiro semestre, Ibovespa reage a trégua na guerra comercial, trade eleitoral e treta do IOF
Rumo a 2026 com a máquina enguiçada e o cofre furado
Com a aproximação do calendário eleitoral, cresce a percepção de que o pêndulo político está prestes a mudar de direção — e, com ele, toda a correlação de forças no país — o problema é o intervalo até lá
Tony Volpon: Mercado sobrevive a mais um susto… e as bolsas americanas batem nas máximas do ano
O “sangue frio” coletivo também é uma evidência de força dos mercados acionários em geral, que depois do cessar-fogo, atingiram novas máximas no ano e novas máximas históricas
Tudo sob controle: Ibovespa precisa de uma leve alta para fechar junho no azul, mas não depende só de si
Ibovespa vem de três altas mensais consecutivas, mas as turbulências de junho colocam a sequência em risco
Ser CLT virou ofensa? O que há por trás do medo da geração Z pela carteira assinada
De símbolo de estabilidade a motivo de piada nas redes sociais: o que esse movimento diz sobre o mundo do trabalho — e sobre a forma como estamos lidando com ele?
Atenção aos sinais: Bolsas internacionais sobem com notícia de acordo EUA-China; Ibovespa acompanha desemprego e PCE
Ibovespa tenta manter o bom momento enquanto governo busca meio de contornar derrubada do aumento do IOF
Siga na bolsa mesmo com a Selic em 15%: os sinais dizem que chegou a hora de comprar ações
A elevação do juro no Brasil não significa que chegou a hora de abandonar a renda variável de vez e mergulhar na super renda fixa brasileira — e eu te explico os motivos
Trocando as lentes: Ibovespa repercute derrubada de ajuste do IOF pelo Congresso, IPCA-15 de junho e PIB final dos EUA
Os investidores também monitoram entrevista coletiva de Galípolo após divulgação de Relatório de Política Monetária
Rodolfo Amstalden: Não existem níveis seguros para a oferta de segurança
Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.
É melhor ter um plano: Ibovespa busca manter tom positivo em dia de agenda fraca e Powell no Senado dos EUA
Bolsas internacionais seguem no azul, ainda repercutindo a trégua na guerra entre Israel e o Irã
Um longo caminho: Ibovespa monitora cessar-fogo enquanto investidores repercutem ata do Copom e testemunho de Powell
Trégua anunciada por Donald Trump impulsiona ativos de risco nos mercados internacionais e pode ajudar o Ibovespa
Um frágil cessar-fogo antes do tiro no pé que o Irã não vai querer dar
Cessar-fogo em guerra contra o Irã traz alívio, mas não resolve impasse estrutural. Trégua será duradoura ou apenas mais uma pausa antes do próximo ato?
Felipe Miranda: Precisamos (re)conversar sobre Méliuz (CASH3)
Depois de ter queimado a largada quase literalmente, Méliuz pode vir a ser uma opção, sobretudo àqueles interessados em uma alternativa para se expor a criptomoedas
Nem todo mundo em pânico: Ibovespa busca recuperação em meio a reação morna dos investidores a ataque dos EUA ao Irã
Por ordem de Trump, EUA bombardearam instalações nucleares do Irã na passagem do sábado para o domingo
É tempo de festa junina para os FIIs
Alguns elementos clássicos das festas juninas se encaixam perfeitamente na dinâmica dos FIIs, com paralelos divertidos (e úteis) entre as brincadeiras e a realidade do mercado