Não arrume sarna para se coçar na bolsa. Conheça uma história monótona, mas bastante lucrativa
Se você gosta de adrenalina e acha que a bolsa é cassino, essa ação não serve, mas ela pode ser ótima para o seu bolso

Você já deve ter ouvido a expressão "procurar sarna pra se coçar". Ela descreve bem aquelas pessoas que não conseguem ficar longe de um problema.
Se a vida está tranquila demais, o sujeito logo arranja uma obra para fazer em casa, se reaproxima de um parente folgado que só traz problema e por aí vai.
Pois saiba que isso também acontece no mundo dos investimentos — e com uma frequência bem maior do que você imagina.
Aliás, há boas chances que você goste de uma sarna para se coçar em seus investimentos e nem saiba disso.
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Boa parte dos investidores gosta de empresas problemáticas
Praticamente todas as perguntas que eu recebo de amigos e leitores são sobre empresas que estão bem longe de trazer paz de espírito aos seus acionistas.
"Ruy, Casas Bahia é uma boa depois da queda de 90%?", "O que você acha de Lojas Americanas com a Recuperação Judicial?", "Estou pensando em investir em Oi, você acha que ela vai quebrar?"…
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Repare que as próprias perguntas já deixam indícios de sérios problemas. Mas vocês gostam de uma sarna para se coçar, o que eu posso fazer?
Eu entendo que, algumas vezes, empresas envolvidas em problemas conseguem dar a volta por cima, o que faz as ações atingirem retornos de três ou quatro dígitos quando isso acontece.
Mas isso é muito menos frequente do que você imagina, e na maioria das vezes investir em uma empresa que está passando por problemas vai te trazer apenas prejuízo e muita "coceira".
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Bolsa não é cassino
A minha teoria para esse interesse em "problemas" é que na hora de investir em ações as pessoas estão mais interessadas na adrenalina do que propriamente em bons retornos. Elas tratam investimentos como cassino.
Elas preferem a pequena chance de poder ganhar muito dinheiro, apostando em reviravoltas, do que investir em empresas boas, com teses monótonas, mas que dificilmente vão fazê-las perderem dinheiro no longo prazo.
Pegue o exemplo da Vivo (VIVT3). Se você quer adrenalina, essa ação definitivamente não é para você, já que raramente temos grandes novidades envolvendo a companhia.
O negócio é bastante estável, não cresce muito mas cresce, o endividamento é baixo… enfim, praticamente todas as características de uma história que chega a dar sono.
Mas quem disse que isso é ruim para o seu bolso? Em 2023, ano em que muitas empresas despencam na bolsa, as ações da Vivo sobem 30%!
Os bons resultados da Vivo (VIVT3)
Aliás, nesta semana a companhia apresentou os resultados do terceiro trimestre de 2023, sem grandes surpresas, mas com crescimento em praticamente todas as linhas, mesmo com as condições macro ainda muito difíceis e a Selic acima de 12% ao ano.
Enquanto isso, boa parte das empresas da bolsa está sofrendo para entregar números minimamente razoáveis no 3T23.
Essa estabilidade de resultados da Vivo também traz outra vantagem para os acionistas: dividendos!
Depois de alguns anos com investimentos pesados em 5G, fibra e na compra de ativos da Oi, o que atrapalhou um pouco a remuneração dos acionistas, a Vivo deve voltar a distribuir bons dividendos nos próximos anos, ajudada pelo seu fluxo de caixa bastante previsível.
Por esse motivo, a companhia está na lista das 5 melhores ações de dividendos da Empiricus. Se quiser conferir a lista completa gratuitamente, deixo aqui o convite.
Um grande abraço e até a próxima semana!
Ruy
A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
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