A semana do Ibovespa (e da Petrobras), nova crise no universo do Bitcoin e mais destaques do dia

Na semana que passou, dois assuntos monopolizaram a atenção dos investidores locais: os ataques frequentes do Executivo ao trabalho do Banco Central (BC) e o futuro da Petrobras (PETR4) — e de suas políticas de preços de combustíveis e de pagamento de dividendos.
É pouco provável que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus ministros moderem o discurso sobre o desconforto do governo com a taxa Selic na casa dos 13,75% ao ano — principalmente após a decepção geral com o PIB brasileiro —, mas talvez a Petrobras volte a ser coadjuvante das narrativas que se desenrolam na B3.
Não porque o tema não importe mais e sim porque a temporada de balanços não para e, na semana que vem, os holofotes se deslocam das petroleiras para as maiores empresas varejistas do país.
Depois da surpresa com a crise financeira enfrentada pela Lojas Americanas (AMER3), os investidores estarão atentos às mensagens das diretorias de suas principais concorrentes.
Nos derradeiros minutos como estrela principal, a Petrobras se esforçou para salvar o Ibovespa de mais um dia no vermelho, impulsionada pela alta do petróleo no mercado internacional. O principal índice da B3 subiu 0,52%, aos 103.866 pontos. Na semana, a baixa foi de 1,89%.
Já o dólar à vista teve um leve recuo de 0,07%, a R$ 5,2002. Isso porque a curva de juros americana passou por um movimento de ajuste de queda, logo após alguns títulos atingirem a máxima em 10 anos — a retração foi de 0,03% nos últimos 5 dias.
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LÁ VAMOS NÓS DE NOVO…
Bitcoin (BTC) atinge menor nível em duas semanas com temores de que banco Silvergate provocará novo abalo no mercado de criptomoedas. Na última quinta-feira (02), o banco de investimentos adiou a divulgação das suas demonstrações financeiras, o que preocupou ainda mais os investidores.
VOLTA AO MUNDO
O que a Arezzo (ARZZ3) viu na Paris Texas para desembolsar quase R$ 138 milhões pela fabricante italiana de calçados. Primeira aquisição internacional da empresa brasileira tem como alvo uma das marcas de calçados femininos de luxo de maior crescimento na Europa.
LOS HERMANOS
Itaú (ITUB4) quer lançar oferta para ficar com 100% do chileno Corpbanca. Maior banco privado brasileiro contratou assessores para realizar uma oferta na Bolsa de Santiago para adquirir os 34,38% que ainda não possui no banco.
EM MENOS DE UM ANO
Parece replay, mas não é: Loft demite 340 funcionários em quarta redução seguida no quadro de pessoal. A empresa desligou cerca de 1.200 pessoas desde abril do ano passado, quando começou a onda de demissões nas startups.
PENDURANDO A CHUTEIRA
Investidores miram aposentadoria daqui a sete anos com Tesouro Renda+; confira balanço do primeiro mês do novo título do Tesouro Direto. De 30 de janeiro a 1º de março, o total em investimentos na modalidade alcança R$ 211 milhões, liderados pelo Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra 2030, com R$ 80,3 milhões.
A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
Ditados, superstições e preceitos da Rua
Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.
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Em vez de entrar em disputas metodológicas na edição de hoje, proponho um outro tipo de exercício imaginativo, mais útil para fins didáticos
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Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.
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