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MERCADOS HOJE

Bolsa agora: Ibovespa sobe com ‘panos quentes’ em atrito entre Lula e BC e desempenho estelar do Itaú (ITUB4); dólar recua

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8 de fevereiro de 2023
7:07 - atualizado às 18:43

RESUMO DO DIA: A queda moderada dos índices em Wall Street, de olho em uma possível elevação maior dos juros americanos, não pressionou os ativos brasileiros nesta tarde. 

Isso porque o Ibovespa contou com a ajuda de dois bombeiros para aplacar as chamas que se formaram no mercado local nos últimos dias após os atritos entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Banco Central brasileiro. 

Primeiro, o banco Itaú (ITUB4), com forte peso na bolsa e puxando o setor financeiro, apresentou resultados sólidos e suas ações dispararam, dando fôlego aos negócios. Depois, Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais afirmou que não há nenhuma proposta do governo para rever a autonomia do BC, nem pressão para qualquer mandato, como o de Campos Neto e eventuais diretores da autarquia.

Confira os destaques do dia:

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

O balanço sólido apresentado pelo Itaú (ITUB4) agradou o mercado e puxou o desempenho do Ibovespa nesta quarta-feira (08), já que além do bom desempenho dos papéis, o setor financeiro em bloco reagiu positivamente. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
ITSA4Itaúsa PNR$ 8,858,46%
ITUB4Itaú Unibanco PNR$ 26,588,27%
SMTO3São MartinhoR$ 28,458,13%
BPAC11BTG Pactual unitsR$ 21,155,17%
BBDC4Bradesco PNR$ 14,164,89%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEULTVAR
GOLL4Gol PNR$ 7,04-5,38%
PCAR3GPA ONR$ 17,43-5,17%
HAPV3Hapvida ONR$ 4,48-3,66%
CRFB3Carrefour Brasil ONR$ 14,59-2,73%
AZUL4Azul PNR$ 10,80-2,35%
FECHAMENTO EM NOVA YORK

O dia nos Estados Unidos foi marcado por uma série de discursos de dirigentes do Federal Reserve e o recado foi claro — a inflação segue em níveis preocupantes, o aperto monetário ainda não está próximo do fim e os próximos dados divulgados sobre a atividade econômica sendo relevantes para a definição dos próximos passos da instituição. 

Pesou ainda a forte queda das ações da Alphabet, após um fracasso na apresentação da sua ferramenta de inteligência artificial. 

Confira os fechamentos dos principais índices de Wall Street hoje:

  • Nasdaq: -1,68%
  • S&P 500: -1,11%
  • Dow Jones: - 0,61%
FECHAMENTO DO DIA

O Ibovespa encerrou a sessão em alta de 1,95%, aos 109.951 pontos.

SEM PRESSÃO: PADILHA ENTRA EM CENA E COLOCA PANOS QUENTES NA RELAÇÃO DE LULA COM O BC; VEJA O QUE ELE DISSE

Com os ataques frequentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central (BC), o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também entrou em cena na tentativa de colocar panos quentes na relação do governo com a autoridade monetária.

Padilha afirmou que, além de não ter nenhuma proposta do governo para rever a autonomia do BC, não há nenhuma pressão sobre "qualquer mandato", em referência ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.

Padilha, porém, disse que a lei de autonomia tem de ser seguida por todos. "Tem lei que nós defendemos, tem que ser seguida, acompanhada e cumprida por todos", disse após reunião do Conselho político de coalizão no Palácio só Planalto.

Nesse quesito, o ministro afirmou que cabe ao Senado e à sociedade acompanhar o cumprimento da lei. "Acreditamos que todos diretores do BC vão se esforçar para cumprir a lei. O que pode existir por parte do Congresso é acompanhar se lei do BC está sendo cumprida."

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FECHAMENTO

O dólar à vista encerrou o dia em queda de 0,06%, a R$ 5,1965

VENTOS DO FED

Além da reação do mercado ao discurso de Padilha, os investidores também repercutem o bom humor de Wall Street com a fala de alguns dirigentes do Federal Reserve (Fed), o que aliviou a curva de juros e repercutiu no mercado emergente.

Há pouco, o Ibovespa voltou a subir mais de 2%, com ganhos de 2, 06%, aos 110.049 pontos.

RENOVANDO MÁXIMAS

A tarde parece ser de recuperação para o Ibovespa, com o índice renovando máximas e o dólar à vista reduzindo o ritmo de ganhos.

Isso porque além da melhora vista no mercado internacional, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que não há planos ou ação do governo federal para reverter a autonomia do Banco Central -- após semanas de tensão e ataques de Lula contra o presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

SEM NOVOS ATRITOS

A tensão entre o governo federal e Roberto Campos Neto continua elevada, mas a simples ausência de novos atritos leva os investidores a levarem a taxa básica de juros a um ajuste de baixa. Confira:

CÓDIGONOME ULT  FEC 
DI1F24DI Jan/2413,62%13,68%
DI1F25DI Jan/2513,04%13,15%
DI1F26DI Jan/2613,01%13,12%
DI1F27DI Jan/2713,11%13,20%
ITAÚ ACERTA AO PROVISIONAR 100% DA EXPOSIÇÃO À AMERICANAS

A decisão do Itaú Unibanco (ITUB4) de provisionar 100% da sua exposição à Americanas (AMER3) no balanço do quarto trimestre de 2022 foi acertada, na avaliação de analistas que cobrem o banco.

Por mais que a provisão adicional tenha impactado negativamente o resultado do Itaú no período e reduzido o lucro do banco, há um lado positivo: os resultados de 2023 virão “limpos” desse impacto.

Segundo a analista da Empiricus Larissa Quaresma, a provisão “zera a perda” e permite que os investidores olhem adiante. 

A postura do Itaú foi diferente da do Santander Brasil, que fez uma provisão de apenas 30% da varejista no balanço do quarto trimestre de 2022, indicando que o impacto deve se estender ao longo deste ano.

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SOBE E DESCE DA BOLSA

O Ibovespa sobe 0,76%, aos 108.646 pontos,

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
ITUB4Itaú Unibanco PNR$ 26,056,11%
ITSA4Itaúsa PNR$ 8,625,64%
SMTO3São MartinhoR$ 27,745,44%
CIEL3Cielo ONR$ 5,202,97%
LWSA3Locaweb ONR$ 5,552,78%

E as maiores quedas:

CÓDIGONOMEULTVAR
HAPV3Hapvida ONR$ 4,41-5,16%
BPAN4Banco Pan PNR$ 5,00-4,58%
PCAR3GPA ONR$ 17,63-4,08%
GOLL4Gol PNR$ 7,17-3,63%
PETZ3Petz ONR$ 6,69-3,04%

AMERICANAS (AMER3) DESPENCA

Após vários leilões em um pouco mais de duas horas de negociações na B3, a Americanas (AMER3) registra queda de 19,12%, a R$ 1,09.

Os investidores repercutem falas do CEO do Itaú, Milton Maluhy, durante a teleconferência dos resultados do banco, que apontam que a varejista segue sem acordo com os credores. Sem citar nominalmente a Americanas, o presidente do banco disse que "as reestruturações de empresas que estamos vendo não são casos novo, exceto o específico".

Além disso, o impasse sobre o acesso aos e-mails de diretores da Americanas segue repercutindo. Ontem, o Bradesco pediu ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que a empresa apresente as informações, após a medida ter sido barrada pela Justiça do Rio de Janeiro, foro em que está a sede da varejista.

COMO ANDAM OS MERCADOS

Na contramão da cautela do exterior, o Ibovespa avança de olho no cenário corporativo. A bolsa brasileira sobe 1,05%, aos 109.033 pontos.

Com a agenda macroeconômica esvaziada, os investidores repercutem os balanços do quarto trimestre, com destaque para Itaú Unibanco (ITUB4), que lidera os ganhos do dia. Além disso, a valorização das commodities no mercado internacional impulsiona, ainda que de forma tímida, as ações do setor e, consequentemente, refletem no Ibovespa.

Entre os ativos da bolsa, São Martinho (SMTO3) segue entre as maiores altas do Ibovespa com a elevação da recomendação de neutro para compra dos papéis pelo JP Morgan e do preço-alvo de R$ 33 para R$ 36, um dia após o mesmo movimento do UBS BB.

Na ponta negativa, Banco Pan (BPAN4) recua depois de reportar lucro líquido de R$ 191 milhões, aquém da expectativa do mercado. O Citi considera que os papéis da instituição financeira são de alto risco, com destaque para "falha no maior custo de risco e menor venda de portfólio", e reiterou a recomendação neutra para os ativos BPAN4.

As companhias aéreas e o setor de varejo também recua em movimento de realização dos ganhos recentes, apesar do alívio nos juros futuros (DIs) com a perda de força do dólar.

A moeda americana cai 0,16%, a R$ 5,2022.

No exterior, os investidores seguem atentos aos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed), com possíveis sinalizações sobre a continuidade do aperto monetário após o payroll de janeiro.

Acompanhe as bolsas de Nova York:

  • Dow Jones: -0,15%;
  • S&P 500: -0,34%;
  • Nasdaq: -0,41%.
BALANÇO 5 ESTRELAS

Os critérios mais usados para avaliar uma viagem com nota máxima costumam ser a limpeza, educação e direção segura — e a Uber fez uma corrida com maestria no ano passado, atendendo a todos os requisitos do passageiro VIP “Mercado Financeiro” para atingir um balanço 5 estrelas no quarto trimestre de 2022.

A empresa encerrou os últimos três meses do ano passado com um lucro líquido de US$ 595 milhões — a cifra foi turbinada por um efeito não-recorrente de US$ 756 milhões  relacionado à  reavaliação de ganhos não realizados em investimentos de capital.

Apesar de ainda corresponder a uma queda de 33% na base anual, o lucro líquido da empresa superou as expectativas do mercado, que projetavam prejuízo no último trimestre do ano. “Encerramos 2022 com nosso trimestre mais forte de todos os tempos, com demanda robusta e margens recordes”, disse o CEO da empresa, Dara Khosrowshahi.

As ações da empresa dispararam mais de 7% no pré-mercado após a divulgação do balanço. Por volta das 12h05, os papéis UBER avançavam 1,95% na bolsa de valores de Nova York (NYSE). Ao mesmo tempo, os BDRs (recibos de ações, em português) da companhia, negociados na B3 sob o ticker U1BE34, subiam 6,57%. 

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ABERTURA DE NOVA YORK

As bolsas americanas abriram em tom negativo com investidores à espera de discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed).

Confira a abertura em NY:

  • Dow Jones: -0,29%;
  • S&P 500: -0,38%;
  • Nasdaq: -0,35%.

O Ibovespa sobe 0,58%, aos 108.455 pontos.

O dólar à vista recua 0,29%, a R$ 5,1952.

ENTENDA O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM A MARISA (AMAR3) — AÇÕES CAEM MAIS DE 5% NA B3

Basta falar em dificuldades financeiras ou mudanças de cargos que o mercado brasileiro já acende um sinal de alerta, especialmente após o escândalo envolvendo a Americanas (AMER3). Desta vez, após Oi (OIBR3) e Light (LIGT3) também assustarem os agentes nos últimos dias, foi a vez da Marisa (AMAR3) surpreender com a renúncia de seu presidente.

Em comunicado arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia informa que o diretor-presidente Adalberto Pereira dos Santos decidiu deixar o cargo, que ocupava há menos de um ano — desde maio de 2022, mais especificamente.

A partir de agora, o atual vice-presidente comercial e executivo, Alberto Kohn de Penhas, vai assumir o posto interinamente. Além disso, Marcelo Adriano Casarin, membro do conselho de administração, também renunciou.

A Marisa afirmou que já iniciou o processo de seleção do novo presidente. O colegiado também está tomando as medidas necessárias para a nomeação de um novo membro para o conselho, o qual ocupará a cadeira anteriormente ocupada por Casarin até a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária prevista para abril de 2023.

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SÃO MARTINHO (SMTO3) SOBE COM NOVA RECOMENDAÇÃO

Após encerrar o fechamento anterior entre as maiores altas do dia com a recomendação de compra dos papéis pelo banco UBS BB, a São Martinho (SMTO3) teve a recomendação elevada por outro banco.

Os ativos SMTO3 registram alta de 4,64%, a R$ 27,53.

O JP Morgan elevou a recomendação dos ativos da companhia para compra (owerweight). O banco considera que preços do açúcar são "atraentes" e que os preços do etanol passam por um recuperação com a volta da cobrança do PIS/Cofins aliada ao aperto na oferta.

ITAÚ UNIBANCO (ITUB4) AVANÇA APÓS BALANÇO

O Itaú Unibanco (ITUB4) sobe 5,62%, a R$ 25,89 com os resultados do quarto trimestre de 2022.

O banco registrou lucro gerencial de R$ 30,8 bilhões no consolidado de 2022, um aumento de 14,5% em relação a 2021, que, até então, havia sido o melhor resultado do banco na história.

O recorde veio mesmo com o impacto das provisões contra calote da Americanas, que entrou em recuperação judicial em janeiro após a revelação de um rombo contábil bilionário.

No quarto trimestre de 2022, o Itaú registrou lucro gerencial de R$ 7,7 bilhões, mas teria atingido R$ 8,4 bilhões se não fossem as provisões para cobrir 100% da exposição do banco à Americanas. A provisão complementar gerou impacto de R$ 719 milhões no resultado recorrente gerencial.

O resultado veio aquém do esperado por analistas consultados pela Bloomberg, que estimavam lucro de R$ 8,3 bilhões no período.

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MINÉRIO DE FERRO FECHA EM ALTA

Após a realização dos últimos dias, o minério de ferro retomou o campo de valorização.

A commodity encerrou as negociações em Dalian, na China, em alta de 0,71%, com a tonelada cotada a US$ 125,00.

SOBE E DESCE DA BOLSA

O Ibovespa aliviou o tom positivo, mas ainda opera em alta de 0,62%, aos 108.492 pontos.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
CIEL3Cielo ONR$ 5,294,75%
ITUB4Itaú Unibanco PNR$ 25,503,87%
CYRE3Cyrela ONR$ 14,463,06%
ITSA4Itaúsa PNR$ 8,413,06%
JHSF3JHSF ONR$ 4,942,92%

E as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
SLCE3SLC AgrícolaR$ 50,30-1,95%
HAPV3Hapvida ONR$ 4,59-1,29%
RDOR3Rede D'Or ONR$ 28,37-1,29%
BPAN4Banco Pan PNR$ 5,19-0,95%
USIM5Usiminas PNAR$ 7,54-0,53%
MARISA (AMAR3) CAI

Na retomada dos negócios, as ações da Marisa (AMAR3) caem 5,31%, a R$ 1,07.

MARISA (AMAR3) ENTRA EM LEILÃO

As ações da Marisa (AMAR3), varejista de moda, estão com as operações paralisadas após queda de 6,20%, a R$ 1,06.

Os papéis, negociados fora do Ibovespa, repercutem as renúncias do presidente da companhia Adalberto Pereira dos Santos e de membro do conselho de administração, Marcelo Adriano Casarin.

Em comunicado ao mercado, divulgado mais cedo, a empresa informou a contratação da BR Partners para assessorá-la no processo de renegociação de seu endividamento financeiro e a Galeazzi Associados para apoiá-la no aperfeiçoamento da estrutura de custos da companhia.

O dólar à vista segue em viés de queda, cotada a R$5,1829.

ABERTURA DO IBOVESPA

O Ibovespa abriu em alta de 0,80%, aos 108.694 pontos. As expectativas de alívio da tensão entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto é um dos fatores que impulsionam a bolsa para o tom positivo. Soma-se a isso, a valorização das commodities no mercado internacional.

Com a agenda de indicadores esvaziada, os investidores repercutem os balanços do Itaú Unibanco (ITUB4), divulgado ontem depois do fechamentos dos mercados, e de Klabin (KLBN11), divulgado mais cedo.

No exterior, os mercados aguardam novas sinalizações sobre a política monetária em discursos de dirigente do Federal Reserve (Fed) ao longo do dia.

CEO DO ITAÚ DIZ QUE ROMBO NA AMERICANAS FOI CASO ISOLADO

Os grandes bancos vão fechar a torneira do crédito após a descoberta do rombo contábil bilionário da Americanas (AMER3)? Grande credor da rede de varejo, o Itaú Unibanco (ITUB4) concluiu que a fraude se trata de um caso isolado.

Ou seja, o problema na Americanas não afetou o apetite do banco para conceder novos financiamentos. E isso também vale para a famigerada linha de risco sacado que foi a origem dos problemas na varejista.

“Paramos em um primeiro momento para olhar [a carteira de crédito do banco] e não encontramos caso semelhante. Então não tem efeito contaminação”, disse Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú, em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira.

De todo modo, o banco projeta para este ano um crescimento menor para a carteira de crédito, entre 6% e 9%. Mas essa decisão está mais relacionada com a perspectiva para o cenário macroeconômico. Essa política, aliás, já vem desde o fim do ano passado, de acordo com Maluhy.

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ADRS DE VALE E PETROBRAS

Ainda que os índices futuros em Nova York estejam em tom negativo, os ADRs das companhias brasileiras Vale e Petrobras avançam na esteira da valorização das commodities. Confira:

  • Petrobras (PBR): +0,72%, a US$ 11,13
  • Vale (VALE): +0,29%, a US$ 17,00
MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS

EM ALGUM MOMENTO O MERCADO VAI CANSAR

Lá fora, os mercados asiáticos fecharam sem uma única direção nesta quarta-feira (8), acompanhando as movimentações positivas de Wall Street durante o pregão de ontem, quando os investidores reagiram aos comentários do presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, no Clube Econômico de Washington.

A autoridade monetária disse esperar que 2023 seja um ano de quedas significativas na inflação, também alertando que as taxas de juros podem subir mais do que os mercados esperam se os dados econômicos não cooperarem. Os mercados europeus repercutem bem nesta manhã, enquanto os futuros americanos devolvem um pouco.

A ver…

00:29 — Não quis nem saber

No Brasil, o mercado voltou a acompanhar os ataques de Lula e sua base ao Banco Central, cobrando explicações da autoridade monetária sobre as taxas de juros elevadas, apesar de todos já sabermos o motivo e o BC ter explicado cada detalhe na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem — o documento foi até mais longo do que o usual, para deixar tudo bem esclarecido. 

A ata, inclusive, foi elogiada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que teve seu pacote recente citado como um vetor positivo no contexto fiscal brasileiro. Não foi o suficiente para acalmar o Lula, que parece descontrolado e não quis nem saber. As declarações de Gleisi e Boulos incomodam, sim, mas pouco importam, uma vez que são personalidades pouco relevantes. Quem importa mesmo é o Lula.

Em algum momento, o mercado vai cansar de tanto desaforo e começará a descontar os ruídos de maneira mais evidente, jogando os juros e o câmbio para o infinito. Se isso acontecer, aí sim o governo terá problemas para pilotar a economia. Até lá, ficamos atentos para as mudanças do governo no Banco Central — a primeira será Bruno Serra, diretor de Política Monetária, no dia 28 de fevereiro.

01:31 — Entre resultados e falas sobre política monetária

Nos EUA, estamos no auge da temporada de resultados, mesmo que o mercado só tenha se importado com questões de cunho macroeconômico. Ontem, por exemplo, todos estavam acompanhando a conversa transmitida após o almoço entre o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e o cofundador do Carlyle Group, David Rubenstein, no Clube Econômico de Washington.

O aumento da taxa de juros de 25 pontos-base na última quarta-feira foi seguido pelo relatório de emprego mais forte do que o esperado na sexta-feira. Os mercados previam que o banco central interromperia os aumentos das taxas ou até cortaria em breve, algo que sempre duvidei, mas o número de empregos estourados levou alguns a especular que Powell poderia adotar um tom mais agressivo ontem do que em sua coletiva de imprensa na semana passada. Não foi o caso.

Powell reiterou que, embora o processo desinflacionário tenha começado, mais aumentos contínuos das taxas de juros serão apropriados. O banco central continuará focado nos dados mensais e tomará decisões uma reunião por vez. Sabemos disso; afinal, o relatório de empregos mostra por que pensamos que este será um processo de redução da inflação que levará um período significativo.

Um mercado de trabalho apertado nos EUA dá ao Fed mais espaço para aumentar as taxas de juros e mantê-las mais altas por mais tempo, enquanto as autoridades esperam que o aperto acumulado do ano passado reduza a inflação. Ou seja, a inflação ainda não foi vencida, o Fed ainda não terminou o aperto e as autoridades estão observando de perto os dados para determinar o momento do pivô.

02:50 — Digerindo o Estado da União e mais falas de membros do Fed

Ainda nos EUA, o mercado deverá digerir o discurso do Estado da União de Joe Biden. Dada a divisão no Congresso, o presidente americano se limitou predominantemente aos assuntos de mais curto prazo, sem detalhar futuras propostas econômicas para o longo prazo — chamou a atenção o destaque dado à elevação de impostos para reduzir o déficit, uma tentativa para endereçar a demanda por controle orçamentário para que a Câmara aprove o aumento do teto da dívida neste semestre.

Pouco destaque foi dado aos assuntos mais relevantes de longo prazo, mas houve algumas menções, como o caso das relações com a China, em um momento conturbado, e da reorganização das cadeias de suprimentos, que poderá dar início a uma nova era de investimentos no Ocidente, com mudanças estruturais relevantes. Fora isso, também acompanhando seis membros do Fed que falam hoje e podem, eventualmente, complementar a fala de Powell registrada ontem.

03:35 — Imigrantes no Japão

Após anos de crescimento lento no número de trabalhadores estrangeiros admitidos no Japão, o país aumentou seus esforços para atraí-los nos últimos dois anos, fazendo com que número de estrangeiros trabalhando em solo japonês atingisse um novo recorde de quase 1,7 milhão — como a população japonesa está envelhecendo rapidamente, o governo japonês sente a necessidade de trazer talentos do exterior. É um processo que veremos em outros países nos próximos anos por conta das questões demográficas abaladas em diferentes regiões (falta trabalhador).

À luz de tudo isso, parece que o país realmente leva a sério um futuro mais multicultural. Ainda assim, essa nova visão da sociedade japonesa pode ser difícil de vender, uma vez que as medidas adotadas geraram alguma controvérsia e até levaram a confusão durante os debates parlamentares.

Políticos de direita criticaram a reforma dizendo que ela traria o crime e destruiria a homogênea sociedade japonesa. Os ruídos são relevantes e podem criar imbróglios políticos relevantes para o governo japonês, que vive momentos de instabilidade desde a saída de Shinzo Abe (já falecido).

04:27 — E uma Terceira Guerra Mundial?

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou nesta semana em um discurso proferido perante a Assembleia Geral da ONU que o mundo corre o risco de estar caminhando para uma guerra mais ampla na Ucrânia devido ao risco cada vez maior de escalada. Em outras palavras, o secretário quis chamar a atenção para o fato de que as perspectivas de paz continuam diminuindo.

Sua perspectiva negativa sobre a crise deriva do alerta ucraniano de que a maior ofensiva do Kremlin desde as primeiras semanas da guerra está se aproximando. Os russos atiraram em cerca de duas dúzias de cidades e vilas ao redor de Bakhmut, a cidade em ruínas que se tornou o ponto focal da campanha de Moscou para tomar todo o leste, área conhecida como Donbass.

No mês passado, os líderes ucranianos começaram a alertar seus apoiadores ocidentais de que Putin ordenou que centenas de milhares de soldados se reunissem ao longo da fronteira para uma nova ofensiva importante; mas tal escalada potencial não se materializou até agora. Se o presidente ucraniano Zelensky estiver certo, se a Ucrânia cair, seria o início da 3ª Guerra Mundial. A chance é pequena, mas merece ser mapeada.

O Ibovespa futuro renovou a máxima há pouco e sobe 0,96%, aos 109.080 pontos.

ABERTURA DOS JUROS FUTUROS

As taxas de juros futuros (DIs) abriram com viés de queda acompanhando o recuo dos rendimentos dos Treasuries, que operam em baixa antes de discursos de dirigentes do Fed.

Soma-se a isso, o alívio no dólar à vista, negociado em tom negativo nesta quarta-feira (8).

Confira a abertura dos DIs:

NOME ULT  FEC 
DI Jan/2413,65%13,68%
DI Jan/2513,07%13,15%
DI Jan/2613,03%13,12%
DI Jan/2713,10%13,20%
ABERTURA DO DÓLAR

O dólar à vista abriu em leve queda de 0,09%, a R$ 5,1952.

ABERTURA DO IBOVESPA FUTURO

O Ibovespa futuro abre em alta de 0,48%, ais 108.600 pontos, na contramão da cautela do exterior.

BALANÇO DA KLABIN (KLBN11)

A Klabin (KLBN11) registrou lucro líquido de R$ 790 milhões no quarto trimestre do ano passado, uma queda de 25% na comparação com o mesmo período de 2021.

O Ebitda — lucro antes de juros, impostos, apreciação e depreciação — ajustado soma R$ 1,905 bilhões ente outubro e dezembro, o que representa um avanço de 1% ante o mesmo período do ano anterior.

Já o endividamento líquido da companhia recou para R$ 21,038 bilhões ao final de dezembro de 2022. Por fim, o lucro líquido anual foi de R$ 4,689 bilhões no ano passado, alta de 38% na comparação com o ano anterior.

COMMODITIES EM ALTA

Ainda que os mercados estejam mais cautelosos nesta quarta-feira (8), o setor de commodities recupera os descontos os últimos dias.

O minério de ferro, negociado em Dalian, na China, registra alta de 0,71%, com a tonelada a US$ 125,03.

O petróleo tipo Brent sobe 0,84%, a US$ 84,36 o barril.

MARISA ANUNCIA RENÚNCIA DE PRESIDENTE E CONTRATA BR PARTNERS E GALEAZZI PARA REESTRUTURAÇÃO

Adalberto Pereira dos Santos renunciou à presidência da Lojas Marisa.

Interinamente, Alberto Kohn de Penhas, atual vice-presidente Comercial e executivo, assumirá o comando na empresa.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa ainda que o membro do conselho de administração, Marcelo Adriano Casarin também renunciou ao cargo.

A companhia diz que já iniciou o processo de seleção do novo presidente.

A empresa informa ainda que contratou a BR Partners para assessorá-la no processo de renegociação de seu endividamento financeiro e a Galeazzi Associados para apoiá-la no aperfeiçoamento da estrutura de custos da companhia.

FUTUROS DE WALL STREET AMANHECEM NO VERMELHO

Os índices futuros de Nova York amanheceram no vermelho nesta quarta-feira.

Os investidores estão à espera dos discursos de seis diretores do Federal Reserve (Fed, o banco central dos norte-americano) espalhados entre o fim da manhã e o meio da tarde.

As falas vêm à tona em um momento de dúvida sobre qual será o ritmo de aumento dos juros nos Estados Unidos de agora em diante.

Na véspera, o presidente do Fed, Jerome Powell, reafirmou que os EUA estão no início de um processo desinflacionário, o que ajudou Wall Street a encerrar o dia com ganhos.

Veja como estavam os índices futuros de Nova York por volta das 7h20:

  • Dow Jones: -0,23%
  • S&P-500: -0,34%
  • Nasdaq: -0,32%
BOLSAS DA EUROPA ABREM EM ALTA

As principais bolsas de valores da Europa abriram em alta nesta quarta-feira.

Os investidores ainda reagem ao discurso proferido na véspera pelo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell.

Ele reafirmou que os Estados Unidos estão no início de um processo desinflacionário, o que ajudou a impulsionar as ações em Wall Street ontem.

Veja como estavam as principais bolsas de valores por volta das 7h15:

  • Londres: +0,75%
  • Frankfurt: +0,87%
  • Paris: +0,56%
BOLSAS DA ÁSIA FECHAM SEM DIREÇÃO ÚNICA

As principais bolsas de valores da Ásia fecharam sem direção única nesta quarta-feira.

Notícias negativas nos mercados locais foram contrabalançadas pelos comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, na terça-feira.

Powell reafirmou ontem que os Estados Unidos estão no início de um processo desinflacionário.

Veja como fecharam as principais bolsas de valores da Ásia hoje:

  • Tóquio: -0,29%
  • Seul: +1,30%
  • Xangai: -0,49%
  • Hong Kong: -0,07%
  • Taiwan: +1,41%

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Bolsa hoje: Ibovespa sobe 1% com commodities e Wall Street após inflação nos EUA; dólar cai

26 de abril de 2024 - 6:51

RESUMO DO DIA: A ‘Super Sexta’ da inflação movimenta os mercados hoje, com divulgação de prévia dos preços em abril no Brasil e a inflação de março nos Estados Unidos. Por aqui, os investidores reagem a prévia da inflação oficial, o IPCA-15, que desacelerou em abril na comparação com março. Além disso, acompanham novas declarações […]

Proventos

Usiminas (USIM5) e Banrisul (BRSR6) anunciam dividendos; veja quanto as empresas vão pagar e quem poderá receber

25 de abril de 2024 - 19:12

Siderúrgica vai pagar R$ 330 milhões, enquanto o banco gaúcho distribuirá R$ 75 milhões aos acionistas

DESTAQUES DA BOLSA

Cogna (COGN3) nota 10? Banco estrangeiro passa a recomendar compra das ações, que lideram altas da B3

25 de abril de 2024 - 13:39

O banco também avalia um preço justo para as ações entre R$ 2,80 e R$ 4,40, o que representa um potencial valorização das ações de até 120%

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Com ‘cabo de guerra’ entre Petrobras (PETR4) e Wall Street, Ibovespa fecha em leve queda; dólar sobe a R$ 5,16

25 de abril de 2024 - 6:56

RESUMO DO DIA: O dia ficou nublado para os mercados acionários com a divulgação de novos dados econômicos nos Estados Unidos e um impasse de meses solucionado na Petrobras (PETR4). Com alguns raios de sol patrocinados pela petroleira, o Ibovespa sustentou os 124 mil pontos, mas ainda assim termino o dia entre nuvens.  O principal […]

CONFIRA O CRONOGRAMA

Magazine Luiza (MGLU3) recebe sinal verde para grupamento de ações e dá prazo para acionistas ajustarem as posições

24 de abril de 2024 - 19:02

A operação será feita na proporção de 10:1. Ou seja, grupos de 10 papéis MGLU3 serão unidos para formar uma única nova ação

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa cai com bancos e NY antes de resultados da Vale (VALE3); dólar sobe a R$ 5,14

24 de abril de 2024 - 6:46

RESUMO DO DIA: O Ibovespa está encarando uma montanha-russa nesta semana, com a temporada de balanços corporativos ganhando tração e Brasília voltando a dividir as atenções dos investidores. Depois de começar o dia em alta, o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com queda de 0,33%, aos 124.740 pontos. Já o dólar recuperou […]

DESTAQUES DA BOLSA

Exame bem feito: Fleury (FLRY3) acerta o diagnóstico com aquisição milionária e ações sobem 4%

23 de abril de 2024 - 14:04

A aquisição marca a entrada do Grupo Fleury em Santa Catarina com a estratégia B2C, o modelo de negócio direto ao consumidor

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa recua com pressão de Vale (VALE3) na véspera do balanço; dólar cai após dados nos EUA

23 de abril de 2024 - 7:06

RESUMO DO DIA: O Ibovespa até começou a semana com o pé direito, mas hoje faltou impulso para sustentar a continuidade de ganhos da véspera O Ibovespa fechou com queda de 0,34%, aos 125.148 pontos. O dólar à vista segue enfraquecido e terminou o dia a R$ 5,1304, com baixa de 0,74%. Por aqui, o […]

SEM PARAR

A bolsa nunca mais vai fechar? O plano da Bolsa de Valores de Nova York para negociar ações 24 horas por dia, sete dias da semana

22 de abril de 2024 - 17:22

O tema esquentou nos últimos anos por conta da negociação de criptomoedas e também por concorrentes da Nyse, que tentam registro para funcionar sem intervalo

EXCLUSIVO

Gestor do Quasar Agro (QAGR11) acusa Capitânia de “estratégia predatória” em disputa sobre FII com mais de 20 mil cotistas na B3 

22 de abril de 2024 - 13:32

A Capitânia solicitou no mês passado uma assembleia para discutir uma possível troca na gestão do fundo imobiliário

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