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Larissa Vitória
Larissa Vitória
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
A VOLTA DO FLUXO POSITIVO

Gringos encerram jejum de Brasil e injetam R$ 21 bilhões na bolsa em novembro, maior volume em quase dois anos 

Esse é o maior aporte para um mês de novembro desde 2020 e contribuiu para o salto de 12,5% do Ibovespa no mês

Larissa Vitória
Larissa Vitória
4 de dezembro de 2023
13:17 - atualizado às 13:04
Bandeira do Brasil sobre cédulas de dólar
Imagem: iStock

Depois de mais três meses com fluxo negativo, os investidores estrangeiros enfim incrementaram os aportes na bolsa brasileira. De acordo com dados divulgados pela B3 nesta segunda-feira (4), os gringos compraram R$ 300,1 bilhões em novembro, contra R$ 279,1 bilhões em vendas.

O resultado final do mês foi a entrada de pouco mais de R$ 21,1 bilhões, o maior saldo desde março do ano passado. Segundo informações do Broadcast, este também é o maior aporte para um mês de novembro desde 2020.

O cenário contribuiu para a performance do Ibovespa, pois os estrangeiros representam cerca de 55% dos investidores da bolsa. Com o saldo positivo, o principal índice acionário da B3 subiu 12,5% em novembro — coincidentemente ou não, também o maior nível desde novembro de 2020. 

No acumulado anual, a entrada de dinheiro estrangeiro chega a R$ 27,3 bilhões, enquanto o Ibovespa registra alta de 16% em 2023.

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Por que os gringos voltaram a apostar na bolsa brasileira?

A volta do fluxo positivo coincide com uma virada nas expectativas para a principal economia do mundo.

Apesar de o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, ter descartado na semana passada a possibilidade de afrouxar a política monetária dos Estados Unidos em breve, o mercado norte-americano fortaleceu as apostas em corte de juros.

Dados reunidos pela ferramenta FedWatch do CME Group logo após o último discurso de Powell indicavam uma chance superior a 60% de o banco central norte-americano afrouxar as taxas em março. O percentual caiu desde então, mas ainda se mantém próximo desse patamar, em 58%.

Na visão da XP, a reaceleração da economia também contribuirá para que os estrangeiros continuem apostando no Brasil no próximo ano.

“Vemos o fluxo de investidores voltado, tanto estrangeiro quanto doméstico, e acreditamos que isso se acelere em 2024”, afirmou o estrategista-chefe da corretora, Fernando Ferreira, durante transmissão especial com perspectivas de investimento para o novo ano.

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