Ações da MRV (MVRE3) despencam 9% após prévia, mas BTG mantém recomendação de compra e espera que os papéis subam quase 100% nos próximos meses; veja por quê
A forte queda ocorre após a companhia reportar um avanço anual modesto, de 2,9%, no Valor Geral de Vendas (VGV) dos lançamentos do terceiro trimestre

As vendas fortes impulsionadas pelas melhorias no programa Minha Casa Minha Vida não foram suficientes para poupar a MRV (MRVE3) de uma dura reação do mercado à prévia operacional do terceiro trimestre.
Por volta das 12h30 desta quarta-feira (18), as ações da construtora anotavam a maior queda do Ibovespa no dia com um recuo de 9,43%, cotadas em R$ 8,64 — acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.
A forte queda ocorre após a companhia reportar ontem um avanço anual modesto, de 2,9%, no Valor Geral de Vendas (VGV) dos lançamentos no terceiro trimestre. O indicador chegou a R$ 1,8 bilhão e ficou abaixo das expectativas dos analistas do BTG Pactual.
O banco de investimentos explica que o crescimento menor que o previsto ocorreu devido à escolha da empresa de focar em reduzir o estoque e aumentar os preços — o ticket médio das unidades subiu 18,9% na mesma base de comparação, para R$ 239 mil.
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Subsidiárias da MRV (MRVE3) reportam forte queima de caixa
O BTG destacou também a queima de caixa reportada pelas subsidiárias: “Os resultados foram mistos, uma vez que a MRV está mostrando claramente uma recuperação nas operações do Brasil, mas a Resia não conseguiu vender um único projeto, o que prejudicou o fluxo de caixa.”
Segundo a companhia, a incorporadora norte-americana, que registrou uma queima de caixa de R$ 443 milhões no 3T23, deve iniciar as vendas do empreendimento Biscayne Drive nos próximos três meses.
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"A grande demanda pela locação dos imóveis construídos pela Resia se mantém, confirmada pela alta velocidade de locação dos empreendimentos já lançados e em processo de estabilização", cita o comunicado da MRV.
Já a Luggo, que desenvolve empreendimentos para locação, registrou um rombo menor no caixa, de R$ 53,2 milhões negativos. A subsidiária também espera concluir a venda de propriedades no quarto trimestre para reverter a queima de recursos.
Apesar da avaliação mista dos resultados, o BTG manteve a recomendação de compra para as ações MRV. Os analistas argumentam que o valuation dos papéis é “atraente” e estabelecem um preço-alvo de R$ 17, com potencial de alta de 96% ante à cotação atual.
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