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Camille Lima
Camille Lima
Repórter no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
SAÍDA HETERODOXA

Corrida pelo gás: Alemanha recorre à estatização para escapar da crise energética causada por Putin; entenda

Governo alemão assumiu o controle da gigante de energia Uniper e desembolsará 8 bilhões de euros injetar recursos e adquirir o restante da participação na empresa

Camille Lima
Camille Lima
21 de setembro de 2022
11:53 - atualizado às 8:53
O presidente da Russia, Vladimir Putin, durante Diálogo dos Líderes com o Conselho Empresarial do BRICS
O presidente da Russia, Vladimir Putin - Imagem: Agência Brasil

O desagradável som de tic-tac se faz cada vez mais presente ao redor da Europa, enquanto o continente corre contra o tempo para escapar de um congelante inverno agravado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin. Na tentativa de driblar os cortes de gás russos, a Alemanha fechou um novo negócio bilionário que, na prática, vai tornar a gigante de energia Uniper uma empresa estatal.

O governo alemão decidiu assumir o controle da companhia, que antes era a maior importadora de gás russo da Alemanha, e deverá desembolsar 8 bilhões de euros para injetar recursos e adquirir a participação na empresa.

“Este passo se tornou necessário porque a situação claramente mudou” nas últimas semanas, disse Robert Habeck, ministro da Economia da Alemanha,

Trata-se da segunda ação de Berlim para garantir o fornecimento de energia para residências e empresas em todo o país. 

Na semana passada, a Alemanha ainda assumiu o controle da Rosneft, uma refinaria de petróleo russa que fornece 90% do combustível para Berlim.

O governo alemão e a Uniper

No fim de julho, a maior empresa de comercialização de gás da Alemanha estava à beira da falência, em consequência do fechamento das torneiras de gás por Moscou após as sanções ocidentais. 

Vale destacar que a empresa é responsável pelo fornecimento de aproximadamente 40% de todo o gás usado no país, inclusive para o aquecimento das residências.

Então, o país aprovou um pacote de resgate de 15 bilhões de euros para evitar que a companhia quebrasse, e ainda abocanhou uma participação de 30% na Uniper.

Porém, a situação da gigante energética continuou se deteriorando rapidamente, somando perdas de mais de 8,5 bilhões de euros com o gás — e o governo alemão decidiu intervir mais uma vez.

Berlim concordou em nacionalizar a Uniper, a fim de garantir o fornecimento de energia para residências e empresas nos próximos meses. 

O mais novo negócio

Agora, Berlim atualizou o pacote e vai desembolsar outros 8 bilhões de euros para injetar na Uniper. O acordo inclui um aumento de capital, uma linha de crédito do governo alemão e a compra de papéis da companhia.

A Alemanha irá adquirir as ações da companhia que ainda não havia comprado e ainda aumentará o capital da empresa alemã. Com o negócio, o governo totalizará uma fatia de 98,5% na empresa. 

Até que a operação de aumento de capital seja concluída, o banco estatal alemão KfW garantiu fornecer à empresa um suporte de liquidez adicional caso seja necessário.

O negócio também estipula a emissão de 4,7 mil milhões de novas ações da Uniper, que Berlim pretende subscrever ao valor nominal de 1,70 euros por papel. 

Alemanha compra fatia da Fortum na Uniper

Após o aumento de capital na Uniper, parte da injeção bilionária da Alemanha servirá para comprar a participação da finlandesa Fortum, de 56%, na Uniper, que custa em torno de 500 milhões de euros.

"Estamos investindo na Uniper com 8 bilhões de ações e estamos efetivamente comprando a Fortum", disse o ministro da Economia alemão, Robert Habeck.

O governo ainda deverá financiar o reembolso do empréstimo de 4 bilhões de euros que a Fortum concedeu à Uniper.

O negócio ainda estipula que a finlandesa terá o direito de primeira oferta caso a gigante de energia alemã pretenda vender a totalidade ou parte de seus ativos hidrelétricos e nucleares suecos até 2026.

Assim que o acordo for concluído, a Fortum estará “livre” de suas relações com a Uniper, e poderá assumir a geração de energia limpa nórdica como seu principal negócio.

“O papel do gás na Europa mudou desde que a Rússia atacou a Ucrânia, assim como as perspectivas para um portfólio de gás pesado. Desse modo, o negócio de um grupo integrado não é mais viável”, afirmou Markus Rauramo, CEO da Fortum.

Alemanha e a refinaria russa Rosneft

Na última sexta-feira, o governo alemão também assumiu o controle de três refinarias de petróleo de propriedade russa localizada na Alemanha, que fornece em torno de 90% do combustível da capital.

As subsidiárias da Rosneft em território alemão correspondem a 12% da capacidade de refino do país. 

Desde a semana passada, as unidades da Rosneft passaram a ser administradas pela Bundesnetzagentur, a agência governamental de Berlim que supervisiona as redes elétricas alemãs.

“Esta é uma decisão de política energética de longo alcance para proteger nosso país”, disse o chanceler Olaf Scholz.

*Com informações de Reuters e The New York Times

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