Público de shopping centers ainda está 20% abaixo do pré-pandemia
Regime híbrido de trabalho e popularização do e-commerce são algumas das hipóteses para explicar esse comportamento
Mesmo com o arrefecimento da pandemia de covid-19, o hábito de ir ao shopping center não voltou ao normal. Os estabelecimentos deixaram de receber mais de 100 milhões de visitas, queda de 21% do patamar de 505 milhões, em 2019, para 397 milhões, em 2022, segundo dados da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce).
Apesar do retorno ao trabalho presencial em muitas empresas e da liberdade para passear em segurança, os shoppings não estão lotados como antes. Uma pesquisa qualitativa feita pela Abrasce captou uma queda na frequência dos visitantes mais assíduos: pessoas que tinham o hábito de ir até seis vezes por mês aos centros de compras recuaram para a faixa de quatro a cinco vezes.
Para Glauco Humai, presidente da Abrasce, há duas hipóteses para explicar esse comportamento. A primeira delas é de que boa parte dos shoppings está localizada em regiões de escritórios. Ou seja, muitos visitantes eram trabalhadores que entravam nos shoppings na hora do almoço ou após o expediente. Hoje, esse público trabalha de casa alguns dias por semana "e não frequentam tanto o shopping quanto antes".
O segundo fator é o aumento de vendas no e-commerce. As pessoas buscam na internet desde livros e eletrônicos até roupas, calçados e alimentos, "roubando" uma parcela das compras que antes eram feitas presencialmente.
"O mundo físico cobra preços mais altos porque tem menos concorrentes ao lado. Na internet, os preços são mais baixos e a comparação é mais simples. É diferente de ter de se deslocar para outro shopping ou até diferentes lojas para ver o preço da mesma camiseta. A pandemia intensificou as possibilidades das compras via internet, como cashback e outros benefícios. Além disso, as pessoas se tornaram mais bancarizadas e podem comprar online", diz Lorain Pazzetto, executivo da empresa de tecnologia de varejo Grupo Fcamara.
Retorno gradual
Segundo Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da consultoria Gouvêa Malls, a retomada da circulação nos shoppings deve acontecer, mas com experiências que vão além de lojas e restaurantes.
Leia Também
"Os shoppings já estão se ajustando à nova realidade em que o centro de compras terá recorrência devido a consultas médicas, cinema, almoços ou eventos. Por isso, vemos eventos como a exposição Mundo Pixar, no Eldorado, ou a do Van Gogh, no Morumbi Shopping", diz Marinho. "Antes, era necessário ir a uma loja física para comprar alguma coisa. Agora, é preciso preferir ir até lá. Por isso, os shopping buscam formas de criar novas razões para as pessoas irem até eles", afirma.
Outro fator que deve ajudar é a esperada melhora nas safras de filmes. A indústria do cinema foi uma das mais afetadas pela covid-19, com muitas produções paralisadas, canceladas ou postergadas. E os blockbusters são um grande chamariz.
Vendas acima de 2019
As vendas dos shoppings do País caminham para crescer 27,4% em 2022, na comparação com 2021, em termos nominais (sem levar em conta a inflação do período), atingindo a marca de R$ 202 bilhões, de acordo com estimativa da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Em termos reais (descontando a inflação), a alta prevista é de 18% no período.
Se confirmado, o resultado representará o maior patamar de vendas da história do setor em termos nominais e uma recuperação importante perante 2019 (R$ 193 bilhões), último ano antes da chegada da pandemia que provocou o fechamento do comércio. As vendas nos shoppings voltaram sete anos no tempo devido à crise sanitária. Em 2020, o faturamento caiu 33%, batendo em R$ 129 bilhões, mesmo volume de 2013.
"Alguns analistas tinham falado que o setor ia levar cinco a seis anos para recuperar as vendas. Estamos vendo que isso vai acontecer em apenas dois anos", destaca o presidente da Abrasce.
As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
Vulcabras (VULC3): Santander corta preço-alvo da ação, mas expectativa de aumento nos dividendos mantém o interesse pela dona da Mizuno e Olympikus
Os analistas do banco destacam a busca por novos lançamentos e a falta de oportunidades para acelerar o crescimento por meio de aquisições
Mercado Livre: BofA acredita que as ações devem subir ainda mais neste ano e eleva aposta de ganhos com MELI
Em relatório publicado mais cedo, o banco estabeleceu um novo preço-alvo de US$ 2.500 para os papéis MELI negociados em NY
Disclaimer nas bolsas: Wall Street ganha uma ajudinha da inteligência artificial, enquanto mercado aguarda corte de juros na Europa
Durante o pregão regular de ontem (11), a Nvidia, joia da coroa do setor, chegou a saltar mais de 8% e animou os índices internacionais nesta quinta-feira
Descontos de encher os olhos: por que Magalu (MGLU3), Casas Bahia (BHIA3) e outras varejistas oferecem preços até 20% mais baixos para pagamento via PIX
Segundo o levantamento da consultoria Gmattos, os descontos variam de 2% a 15% na maioria dos produtos; pressão de caixa e efetividade do PIX explicam tendência
Em crise, Infracommerce (IFCM3) negocia financiamento de até R$ 70 milhões e anuncia novo responsável por operação no país
Infracommerce firmou memorando de entendimentos não vinculante com a Geribá Investimentos para reforçar o capital de giro; ações sobem na B3
Inscrições para o Programa de Trainee do Santander encerram hoje (9); confira essa e outras vagas com bolsa-auxílio de até R$ 8,7 mil
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar a partir do primeiro semestre de 2025
Por que o Leão da Receita Federal foi atrás do Grupo Mateus (GMAT3) com cobrança de mais de R$ 1 bilhão contra a gigante do varejo
A gigante do varejo recebeu um auto de infração contra a Armazém Mateus, com questionamentos sobre as exclusões de créditos presumidos do ICMS
Round 2 da bolsa: Ibovespa acompanha inflação dos EUA em preparação para dados do IPCA
Nos EUA, aumentam as apostas por um corte de juros maior; por aqui, inflação persistente sinaliza aumento das taxa Selic
Cartão amarelo: Varejo se movimenta contra bets em Brasília enquanto ainda busca dados conclusivos
Impacto do aumento de gastos com apostas esportivas no orçamento das famílias preocupa entidades do comércio varejista no país
Quem segura o Mercado Livre? Itaú BBA diz o que esperar das ações após varejista crescer 6 vezes mais que o Magazine Luiza
Os analistas avaliam que o Meli possui “alavancas claras para continuar crescendo” no Brasil, mas isso provavelmente exigirá penetração maior em categorias mais “desafiadoras”
Ações do Walmart acumulam alta de mais de 40% no ano e herdeira da rede volta a ser mulher mais rica do mundo
A valorização fez as ações da varejista atingirem máximas históricas, a US$ 77,81, elevando o valor de mercado do Walmart para US$ 615,81 bilhões
Lemann e sócios convertem bônus de subscrição e voltam a ter o controle de fato sobre a Americanas (AMER3)
Com exercício parcial de bônus de subscrição, trio de bilionários passou a deter 50,01% do capital votante da Americanas (AMER3)
Vale apostar na recuperação da Americanas (AMER3)? Analistas ‘botam mais fé’ no turnaround de outra varejista
“Show de volatilidade” da Americanas nos últimos dias não empolga analistas, que veem outra varejista em processo de turnaround como um investimento mais atrativo para o momento
Ações das Lojas Renner (LREN3) sobem quatro vezes mais que Ibovespa desde o balanço do 2T24 — e este banco vê espaço para mais
JP Morgan reiterou a recomendação equivalente a compra para Lojas Renner e elevou o preço-alvo para R$ 21,00, o que representa um potencial de alta de 24%
Inscrições para o programa do Itaú Unibanco encerram hoje (2); confira essa e outras vagas para estágio e trainee com bolsa-auxílio de até R$ 8,8 mil
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar a partir do primeiro semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
Fundador da Vivara (VIVA3) compra participação de ex-CEO e passa a ter 30% da rede de joalherias
O aumento da participação é um sinal de confiança de Nelson Kaufman no negócio, após o abalo que a Vivara sofreu com o ruidoso anúncio da troca de comando
Iguatemi (IGTI11) quer despejar Americanas (AMER3) de um dos principais shoppings de luxo de São Paulo
A companhia foi à Justiça contra o atraso no pagamento de aluguéis e pede, além do despejo, R$ 2,98 milhões para a causa*
Azzas 2154 (AZZA3) anuncia novo CEO e saída de fundadores da Reserva em meio à transição da AR&Co e fusão com dona da Hering
Atual conselheiro da Azzas 2154 e ex-diretor presidente da brMalls, Ruy Kameyama foi escolhido para chefiar a divisão
Magazine Luiza (MGLU3): BB Investimentos revisa preço-alvo da ação após queda de 37% no ano. Ainda há espaço para recuperação?
Os papéis da varejista vêm sofrendo diante da manutenção da taxa Selic em patamares ainda elevados e pela abertura da curva longa de juros
Ação da Americanas (AMER3) dá salto de 35% em menos de 1 hora de negociação após grupamento
O papel já chegou a subir 50% no pregão de hoje, quando AMER3 começou a ser negociada na proporção de 100 para 1 como previa o grupamento de ações aprovado em maio